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Termografia Aplicada ao
Diagnóstico de Falhas
Ubatan A. Miranda, Me. Eng.
Plano de ensino
Unidade Curricular: Termografia Aplicada ao Diagnóstico de
Carga Horária (h): 24
Falhas
Ementa: Conceitos fundamentais;
Radiação térmica (Corpo negro; Lei de Stefan-Boltzmann; Lei
de Planck; Propriedades radiativas; Lei de Kirchhoff);
Propriedades básicas de sistemas de imagem infravermelha
(Detectores, Processo básico de medição, câmera
termográfica, sistema óptico, FOV)
Processamento de imagem infravermelha (Imagem térmica,
Temperatura aparente, Temperatura aparente vs
emissividade, Outros parâmetros que influenciam a
Temperatura aparente)
Técnicas de medição termográfica (Gradiente térmico,
Sintonia térmica, Isoterma, Paleta de cores, Perfil térmico)
Estudos de caso (Reflectividade, Aplicação em indústria
metal-mecânica, Aplicação em indústria automotiva,
Aplicação em indústria aeroespacial, Aplicação em
manutenção preditiva, Aplicação em controle de qualidade,
Aplicação em indústria petroquímica, Aplicação em sistemas
elétricos)
Norma ISO 18434-1
Referências bibliográficas:
HELLIER, Charles J. Handbook of nondestructive evaluation. New York: UTFPR,
2001. pag. irreg. ISBN 0-07-028121-1
INCROPERA, Frank P.; DEWITT, David P. Fundamentos de transferência de calor e
massa. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003
KARDEC, Alan; NASCIF, Júlio; BARONI, Tarcísio. Gestão estratégica e técnicas
preditivas. Rio de Janeiro: ABRAMAN, 2002.
Introdução
• O que é Termografia?
• O que é Termografia?
• O que é Termografia?
“Visualizar” o calor...
Introdução
• Vantagens da Termografia
• Funcionamento da câmera
Sensores
• Temperatura
• Reconhecimento
de lentes
Detector
Eletrônica
• Filtro
Radiação Radiação IV • Condicionamento • Cálculos/correções
e digitalização do • Processamento de
sinal imagens
Interface usuário
Lentes • Controle
• Display
Introdução
• Aplicações
• Aplicações
– Mecânica
• Mancais
• Engrenagem
• Correias
• Acoplamentos
• Bombas
• Motores
• Caldeiras
• Isolamentos
Introdução
• Aplicações
– Elétrica
• Transformadores
• Inspeções Elétricas
• Problemas de Conexão
• Sobrecarga em Circuitos e Componentes
• Desbalanceamento de Cargas
• Mal dimensionamento
• Elementos danificados...
Introdução
• Conceitos fundamentais
– Temperatura
• Por quê ela é importante?
Introdução
• Conceitos fundamentais
– Temperatura
• Conceitos fundamentais
– Além disso…
• Temperatura mede intensidade; indica o estado de um corpo em
relação a outros.
• Aumenta ou diminui à mesma medida que a troca de calor
• Zero absoluto: -273,15 °C (estado no qual as moléculas de um
corpo estão totalmente paradas)
• °C = K - 273,15
• °R = 1,8 K
• °F = 1,8 K – 459,67 = 1,8 °C + 32
Introdução
• Conceitos fundamentais
– Calor
• Existe diferença entre calor e temperatura?
Introdução
• Conceitos fundamentais
– Calor
• É a energia em trânsito devido à diferença de temperaturas.
• Se é energia em trânsito, só acontece quando esta energia cruza a
fronteira do sistema;
• Calor não pode ser armazenado, mas convertido de/para outra
forma de energia (fricção, combustão).
• O que induz a transferência de calor é a diferença de temperaturas.
Se o fluxo de energia que cruza o sistema é causado por qualquer
potencial que não seja DT, então esta energia não é calor.
Introdução
• Conceitos fundamentais
– Calor
• Lei da Conservação da Energia
• A soma de todas as formas de energia associadas a um sistema é
constante.
• Não se pode criar energia, apenas converter de uma forma para
outra.
– Exemplo: sistema fechado
Introdução
• Conceitos fundamentais
• Conceitos fundamentais
– Transferência de Calor
• Lei da Conservação da Energia
• A soma de todas as formas de energia associadas a um sistema é
constante.
• Não se pode criar energia, apenas converter de uma forma para
outra.
– Exemplo: sistema fechado
Transferência de calor
Transferência de calor
Condução
Transferência de energia (a nível molecular)
através de uma substância (sólido ou fluido) como
resultado da variação de temperatura dentro da
substância.
Transferência de calor
Q k A T
t L
Transferência de calor
04 fatores a considerar:
• k – condutividade do material (W/m.K)
• A – área da secção transversal (m2)
• DT – diferença de temperatura (K)
• L – comprimento do percurso de condução (m)
Transferência de calor
Exemplo:
A parede de um forno industrial é constituída com
tijolos refratários de espessura 0,15 m e
condutividade térmica 1,7 W/m.K. Medições
realizadas durante a operação em regime
estacionário apresentam temperaturas de 1400 e
1150 K nas superfícies interna e externa,
respectivmente. Qual é a taxa de perda de calor
através da parede com 0,5 m x 1,2 m em um lado?
Transferência de calor
Convecção
Radiação
• O espectro eletromagnético
Radiação térmica
Eb T S
4
Emissor/absorvedor perfeito
de radiação (corpo negro)
Radiação térmica
Eb T
S
4
Radiação térmica
• Distribuição de Planck
E l , T
C1
l e
5
C2
lT
1
C1 3,742 108W mm 4 / m 2
C2 1,439 10 4 mm K
http://fisicamodernaexperimental.blogspot.com/2009_04_01_archive.html
Radiação térmica
http://fisicamodernaexperimental.blogspot.com/2009_04_01_archive.html
Radiação térmica
C3
lmax
T
C3 2897,8mm K
• O poder emissivo espectral máximo é deslocado
para menores comprimentos de onda com o
aumento da temperatura;
• No caso da radiação solar, este valor encontra-se a
aprox. 0,50 mm;
• Ex.: Um filamento de tungstênio de uma lâmpada a
2900K tem lmax = 1mm e emite luz branca, apesar
da maior parte da emissão estar no infravermelho.
http://csep10.phys.utk.edu/guidry/java/wien/wien.html
Radiação térmica
• Propriedades radiativas
– Lembrando que:
• Superfície opaca: a radiação não atravessa o meio;
• Superfície transparente: a radiação atravessa o meio sem
atenuação;
• Superfície translúcida (semi-transparente): a radiação atravessa o
meio com atenuação;
– Materiais apresentam diferentes comportamentos em
faixas de comprimento de onda diferentes;
– Importância do conhecimento de propriedades como
emissividade, absorvidade, reflectividade e
transmissividade.
Radiação térmica
• Superfície difusa
– Suas propriedades
são independentes da
direção da radiação;
• Superfície cinzenta
– Suas propriedades
são independentes do
comprimento de onda;
Radiação térmica
• Emissividade (e)
– É a razão entre a radiação emitida por uma superfície a
uma dada temperatura e a radiação emitida por um corpo
negro à mesma temperatura.
– Determina o fluxo de calor emitido por radiação a partir de
uma superfície real:
E e T S
4
(0 e 1)
• É a medida da capacidade de
emissão de radiação em relação a
um corpo negro.
• Depende fortemente do material e
do acabamento da superfície .
Radiação térmica
• Emissividade (e)
– Numa superfície real, a emissão
pode não ser difusa;
– A emissividade pode variar com
o comprimento de onda (l), com
a direção da emissão (q) e com e
a temperatura da superfície;
– Na prática, definem-se médias
direcionais e espectrais, e
utiliza-se uma “emissividade
média”, a emissividade total
hemisférica E (T )
e
Eb (T )
Radiação térmica
* Emissividades de quase todos os materiais são medidas a 0 °C mas não diferem muito à temperatura ambiente.
**Tinta, acabamento em prata é medida a 25 °C e Tinta, esmalte a 27 °C.
Fonte: www.fluke.com
Radiação térmica
• A emissividade de superfícies
metálicas é geralmente pequena
(camadas de óxido podem
aumentar sua emissividade);
• Para materiais não-metálicos, a
emissividade é relativamente alta;
• A emissividade depende fortemente
da natureza da SUPERFÍCIE, sendo
influenciada pelo método de
fabricação, ciclo térmico, ambiente...
Radiação térmica
Gabs a G
Gabs
a
G
0 a 1
Radiação térmica
Grefl
Grefl r G r
G
0 r 1
Radiação térmica
Gtrans
Gtrans t G t
G
0 t 1
Radiação térmica
– Meio semi-transparente
G Gabs Grefl Gtransm
G a G r G t G
a r t 1
– Meio opaco
a r 1
Radiação térmica
• Lei de Kirchhoff
– Considere um invólucro isotérmico;
– Todos os corpos dentro do invólucro estão submetidos à
mesma irradiação: G = Eb(TS)
― Equilíbrio térmico:
TA1 TA2 ... TS Energia 0
• Sabe-se que:
E1 TS E2 TS
... Eb TS
a1 a2
e1 Eb TS e 2 Eb TS
... Eb TS
a1 a2
a1 a 2
... 1 a e Invólucro isotérmico (corpo negro)
e1 e 2
Obs.: Esta relação foi obtida considerando-se a temperatura
da superfície igual à temperatura da fonte de radiação.
Deve-se tomar cuidado ao utilizá-la, pois ela deixa de ser
válida quando a diferença entre as temperaturas ultrapassa
algumas centenas de graus.
Radiação térmica
• Radiação ambiental
– Radiação solar é a energia de radiação que chega à Terra
proveniente do Sol;
– É uma fonte de radiação esférica e a radiação incidente na
atmosfera é um feixe de raios paralelos;
– A intensidade da radiação que incide no planeta depende
da latitude geográfica e dos períodos do dia e do ano;
Radiação térmica
• Radiação ambiental
– Radiação atmosférica é a radiação emitida e refletida pela
atmosfera para a superfície da Terra;
Radiação térmica
• Radiação ambiental
– No topo da atmosfera, se aproxima da
emissão de um corpo negro à temperatura
do Sol (5800 K) e concentra-se na região
de baixo comprimento de onda (0,2 ~ 3
mm);
– A radiação solar sofre variações quando
passa através da atmosfera: dispersão
por moléculas de gás (espalhamento de
Rayleigh) ou poeira (espalhamento de
Mie) e absorção (gases atmosféricos);
– Radiação total = parte direta + parte
difusa. A parte difusa pode variar entre
10% do total (dia claro) até 100% (dia
nublado);
Radiação térmica
Câmera termográfica
• Converte radiação infravermelha em uma imagem visível;
• A radiação passa por lentes e é focalizada no detector;
• É criado um sinal elétrico proporcional à intensidade da
radiação incidente na câmera;
• Conversão dos sinais elétricos em uma figura (imagem
termográfica ou infravermelha)
Componentes Esquema
Interpretação da imagem térmica
• Detectores
– Herschel (1800): primeira detecção registrada da radiação
térmica infravermelha;
– Câmeras termográficas usam detectores térmicos:
radiação incidente eleva temperatura, que é convertida em
sinal elétrico;
– Dependendo do material empregado,
mecanismo físico envolvido e óptica e
eletrônica associadas, os detectores
cobrem diversas faixas de comprimento de
onda.
– Custo e da facilidade de operação também
desempenham papel importante na
utilização de um sistema de detecção para
uma determinada aplicação;
Interpretação da imagem térmica
• Detectores
– Microbolômetros são os elementos que detectam a
radiação. São montados sobre uma matriz para formar o
Focal Plane Array (FPA);
– Os mais usuais são os microfabricados em óxido de
vanádio (VOx)
O microbolômetro consiste em uma ponte
de Si3N4 e VO2 com 0,5 mm de espessura
suspensa 2-2,5 mm sobre um substrato.
Interpretação da imagem térmica
• Detectores
Interpretação da imagem térmica
Visual x Infravermelho
• Na faixa de luz visível, os olhos veem somente o que
é refletido. A câmera detecta tanto radiação IV
refletida quanto emitida;
• Os olhos veem diferentes comprimentos de onda
como cores diferentes e intensidades diferentes. A
câmera detecta somente a intensidade de radiação
dentro da faixa de trabalho (8-12mm, 7-14 mm, ...).
Interpretação da imagem térmica
Imagem térmica
Temperatura aparente
Temperatura aparente
Temperatura aparente
Interpretação da imagem térmica
Umidade relativa
Ângulo de visão
Compensação da atmosfera
• Questões relevantes: quanta atmosfera há entre câmera e alvo?
Quão densa ela é?
• Os fatores mais importantes que influenciam o efeito da
atmosfera são: distância, temperatura di ar e umidade relativa.
• Distância: quanto mais atmosfera, mais ela absorverá.
• Temperatura do ar: afeta a radiação da própria atmosfera.
Combinada com umidade relativa, ajuda na atenuação devido ao
vapor d’água.
• Umidade relativa: Não diz quanta água tem no ar, mas uma
porcentagem do ponto de orvalho (100% - condensação).
• Ajustando estes parâmetros na câmera, ela usará esta
informação para realizar os cálculos necessários.
Interpretação da imagem térmica
• Cálculo da temperatura
Radiação Emitida
3000,00
• Lei de Stefan-
Boltzman: WRB = e.s.T4 2500,00
Radiação Corpo Negro
Radiação Corpo Real e = 0,74
• Um corpo negro a
2000,00
90ºC emite a mesma
Radiação (W/m2)
intensidade que um
1500,00
corpo real a 120ºC
• Numa câmera 1000,00
infravermelha, eles
parecerão iguais 500,00
0,00
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
200
-50
-40
-30
-20
-10
Temperatura (ºC)
Interpretação da imagem térmica
• Cálculo da temperatura
– As câmeras infravermelhas são calibradas para corpos
negros, portanto, apenas a radiação de corpo negro pode
ser convertida em temperatura.
– Desta forma, deve-se compensar a radiação do corpo real
incluindo o efeito da emissividade.
– Sabendo-se que:
WCR WCR
e WCN
WCN e
– Portanto, conhecendo-se a radiação do corpo real, é
possível determinar a radiação equivalente do corpo negro
do alvo.
Interpretação da imagem térmica
• Cálculo da temperatura
Interpretação da imagem térmica
• Cálculo da temperatura
3000,00
2500,00
WCR
WCN e 0,74
2000,00 e
Radiação
1500,00
Compensação
1000,00
500,00
0,00
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
200
-50
-40
-30
-20
-10
Temperatura (ºC)
Interpretação da imagem térmica
Gradiente térmico
• É uma mudança gradual na temperatura com
localização em uma superfície
Interpretação da imagem térmica
Gradiente térmico
• Superfícies sólidas opacas troca de calor por
CONDUÇÃO
• Mostra a direção do fluxo de calor
Interpretação da imagem térmica
Sintonia térmica
• É o ajuste da escala de temperatura da imagem sob
análise, visando otimizar o contraste para melhor
visualização do padrão térmico.
Interpretação da imagem térmica
Sintonia térmica
• Uma imagem capturada geralmente é auto-ajustada:
todas as partes da imagem são cobertas pela escala
de cores contraste pobre
• A sintonia térmica corrige este problema,
proporcionando uma imagem mais fácil de analisar.
Interpretação da imagem térmica
Isoterma
• Substitui algumas cores na escala por uma cor
contrastante, delineando uma região da imagem de
temperatura aparente igual.
Interpretação da imagem térmica
Paleta de cores
• Atribui a uma imagem cores diferentes para delinear
níveis de temperatura aparente.
Policromática
Cinza Iron
Alto Contraste
Escolha da paleta
Perfil térmico
• Traça a variação de temperatura ao longo de uma
linha na imagem
Interpretação da imagem térmica
Perfil térmico
Interpretação da imagem térmica
Padrões enganosos
• Reflexão a partir de fontes pontuais (ponto diferente
da vizinhança)
Fonte externa
a r
e
T
ALVO
Interpretação da imagem térmica
Barramento/conectores:
• baixa emissividade
• gradiente térmico
indefinido/abrupto
• alta Reflectância (reflete o
redor)
Interpretação da imagem térmica
Padrões enganosos
• Diferença de emissividade
Alteração abrupta da emissividade criará mudança
abrupta no padrão térmico, mesmo para uma mesma
temperatura real.
Interpretação da imagem térmica
Qualitativo e Quantitativo
• A termografia qualitativa depende da análise dos
padrões térmicos (imagens) para revelar a existência
e localizar a posição das anomalias.
QUALITATIVO QUANTITATIVO
• Análise de PADRÕES de • Ajuda a CLASSIFICAR a
imagem severidade da anomalia
• Descobre SE e ONDE há • Medição da temperatura
alguma anomalia envolvida
• Mostra APENAS • Há COMPENSAÇÃO da
temperatura aparente temperatura
• É a primeira análise a ser
feita
Interpretação da imagem térmica
Qualitativo
• EXISTE anomalia? Se existe, ONDE ela está?
• O que é mais relevante: o padrão térmico ou a
temperatura?
Interpretação da imagem térmica
Qualitativo
• O padrão térmico
sugere alguma
anomalia? Onde?
• A temperatura é
importante?
Interpretação da imagem térmica
Qualitativo
Interpretação da imagem térmica
Quantitativo
• Havendo anomalia, quão grave ela é? Em que
momento precisarei agir?
• Neste momento, o valor da temperatura torna-se
relevante!
25,2 ºC 42,5 ºC
Interpretação da imagem térmica
Quantitativo
• Variação de temperatura (T) – diferença entre a
medição da temperatura real do componente com
anomalia e uma temperatura de referência
(“normal”).
• A este valor “normal”, deve ser atribuído um valor de
referência (especificações de fabricantes ou dados
históricos).
• Em componentes elétricos, pode ser estabelecida
através de comparação com uma fase adjacente
com a mesma carga.
Interpretação da imagem térmica
Comparação
Calibração da câmera
• Radiação se relaciona com temperatura através da Lei de
Stefan-Boltzman (W = . T4)
• A calibração é feita em laboratório com condições
ambientais controladas, com fontes de referência que
simulam corpos negros (e @ 1,0).
• Fontes em semi-círculos, cada
uma a uma temperatura
controlada.
• A potência do sinal captado é
registrada para cada temperatura
(curva de calibração).
Interpretação da imagem térmica
Interpretação da imagem térmica
Radiação
Temperatura
Interpretação da imagem térmica
• Material
• Estrutura da superfície
• Geometria
• Ângulo de visão
• Comprimento de onda
• Temperatura
Interpretação da imagem térmica
Material:
• Não-metais: geralmente têm emissividade elevada;
têm pouca variação entre tipos e com o decorrer do
tempo;
• Metais: puros, lisos e não-oxidados têm emissividade
bastante baixa (~0,05), que pode ser corrigida
pintando o material com tinta ou fita isolante preta;
metais oxidados têm emissividade elevada (até
~0,95)
Interpretação da imagem térmica
Estrutura da superfície:
Geometria:
A forma física do alvo (plano, esférico, dobrado,
etc.) interfere na emissividade. Cavidades,
ângulos, furos se comportam de forma semelhante
a um simulador de corpo negro (reflexões múltiplas
aumentam a absorção e portanto a emissividade).
Interpretação da imagem térmica
Ângulo:
Afeta a emissividade de acordo com o tipo de
superfície, mas normalmente não faz muita
diferença.
Se o ângulo se aproximar de 90º (ou seja, paralelo
à superfície), a emissividade diminui.
Interpretação da imagem térmica
Comprimento de onda:
A medição de emissividade feita com uma câmera
pode não ser correta para ser usada com outra
câmera, uma vez que podem funcionar com
diferentes comprimentos de onda.
Interpretação da imagem térmica
Temperatura:
A temperatura do alvo pode ter influência (embora
pequena) na emissividade. Nos metais, a
emissividade pode aumentar a altas temperaturas
(ex.: testes de freios).
Exemplos de aplicação
• Reflexão térmica
Exemplos de aplicação
• Reflexão térmica
Metais
Não-Metais
Exemplos de aplicação
• Indústria metal-mecânica
– Observação direta de moldes de metal aquecido
• Indústria metal-mecânica
– Determinação da temperatura de metais: efeito cavidade
• Indústria automobilística
– Controle de qualidade
Exemplos de aplicação
• Indústria automobilística
– Sistema de visão noturna
Exemplos de aplicação
• Indústria petroquímica
Vazamento em
tubulação
Verificação de nível
em tanques
Exemplos de aplicação
• Aplicações elétricas
Normas
• ISO 18434-1
– Termografia como ferramenta de monitoramento da
condição e diagnóstico de falhas.
Normas
• ISO 18434-1
– Dentre outros aspectos, a norma aborda os seguintes
itens:
10. Coleta de dados:
– Devem acontecer quando condições operacionais e de transferência
de calor forem favoráveis;
– Garantir repetitividade das condições operacionais e ambientais;
– Utilizar emissividade e temperatura refletida corretas;
– Dimensão do alvo deve ser compatível com a resolução da câmera;
– Deve-se conhecer o funcionamento do equipamento e de suas
anomalias;
– Utilizar termografia para verificar reparos.
Normas
• ISO 18434-1
13. Critérios de severidade de temperatura
– Devem ser desenvolvidos para cada categoria de equipamentos,
levando-se em conta aspectos de seu projeto, manufatura, operação,
instalação e manutenção, bem como seus modos de falha e
criticidade.
– Podem ser estabelecidos para máquinas ou mesmo componentes;
– Diferença de temperatura (T): variação de temperatura em relação a
uma temperatura de referência;
– Exemplo:
Alerta Até 10 oC acima da referência ou baseline
Intermediário De 10 oC a 20 oC acima da referência ou baseline
Grave De 20 oC a 40 oC acima da referência ou baseline
Severo Acima de 40 oC acima da referência ou baseline
Normas
• NBR 15572
– Ensaios não destrutivos — Termografia — Guia para
inspeção de equipamentos elétricos e mecânicos
– Não tem valor normativo;
– Convém que o termografista:
• tenha conhecimento sobre os componentes, suas funções e o
regime de operação dos equipamentos inspecionados;
• tenha conhecimento para ponderar os efeitos das condições
ambientais e de operação nos resultados encontrados;
• seja capaz de executar o ensaio e interpretar os dados
provenientes;
• conheça a operação do termovisor utilizado e suas limitações para
o tipo de inspeção requerida;
Normas
• NBR 15572
– Convém que o termografista:
• tenha conhecimento dos requisitos de segurança da NR-10, se
suas atividades abrangerem a inspeção de equipamentos elétricos;
• obedeça às práticas e normas de segurança da empresa.
– Convém que o usuário final:
• assuma a responsabilidade por consequências provenientes de
ações tomadas;
• designe, para acompanhar o termografista, um assistente
qualificado que tenha conhecimento sobre os equipamentos a
serem inspecionados.
Normas
• NBR 15572
– Limitações do ensaio termográfico:
• Variáveis que podem interferir: baixa emissividade, variações na
corrente de carga, o efeito da convecção natural e forçada,
mudanças nas condições ambientais, entre outras.
• Utilizar a temperatura absoluta ou a diferença relativa de
temperatura medida através da termografia como o único
parâmetro para definir uma falha NÃO É RECOMENDÁVEL.
• A incerteza da medição de temperatura depende da calibração da
câmera termográfica e da incerteza dos parâmetros informados
pelo termografista.
Normas
• NBR 15572
– Instrumentos
• Para a especificação do instrumento adequado, recomenda-se
observar os seguintes itens:
– faixa da temperatura de medição;
– faixa espectral;
– resolução espacial e de medição;
– tipo de detector;
– sensibilidade térmica;
– campo de visão (FOV);
– taxa de repetição de quadros (frame rate);
– temperatura de operação;
– grau de proteção do instrumento: interferência eletromagnética,
resistência a vibrações e a choques, encapsulamento;
Normas
• NBR 15572
– Instrumentos
• Para a especificação do instrumento adequado, recomenda-se
observar os seguintes itens (cont.):
– características físicas: ergonomia, peso, dimensão;
– possibilidade de ajuste de parâmetros: distância, temperatura e
umidade, emissividade;
– pós-processamento que permita uma avaliação qualitativa e
quantitativa a partir da alteração dos parâmetros de medição;
– certificado de calibração com rastreabilidade reconhecida.
Normas
• NBR 15572
– Equipamentos e materiais
• Os equipamentos e materiais necessários à execução da inspeção
são os seguintes:
– câmera termográfica calibrada e adequada;
– termo-higroanemômetro calibrado;
– alicate tipo amperímetro categoria III ou IV, quando aplicável;
NOTA Recomenda-se que a periodicidade de calibração dos instrumentos de
medição descritos acima não ultrapasse 24 meses.
– máquina fotográfica digital;
– lanterna de alta potência (para inspeções noturnas);
– rádio para a comunicação interpessoal, conforme legislação vigente;
– histórico das últimas inspeções
– equipamentos mapeados segundo uma rota lógica;
– equipamentos de proteção individual (EPI)
Normas
• NBR 15572
– Práticas recomendadas antes da execução da inspeção
• Convém que o termografista tenha conhecimento sobre
informações das instalações e equipamentos, como:
– tipo de fonte de energia elétrica;
– classificação da área;
– informações sobre zonas de risco e controlada.
– Práticas recomendadas para a execução da inspeção
• Efetuar o ajuste de parâmetros (emissividade, distância do objeto,
umidade do ar, temperatura ambiente, atmosférica e refletida ) no
termovisor no início dos trabalhos de inspeção;
• No caso de painéis energizados que não podem ser abertos por
motivos de segurança ou operacionais, recomenda-se a instalação
de janelas infravermelhas com posicionamento adequado.
Normas
• NBR 15572
– Práticas recomendadas para a execução da inspeção
• Na presença de janela infravermelha, e para câmeras que não
disponham de ajuste de compensação, utilizar como emissividade
do alvo o produto da emissividade do componente pela
transmitância da janela.
NOTA A transmitância espectral das janelas infravermelhas é informada no
certificado emitido pelo fabricante.
• Ajustar a faixa de temperatura do termovisor de acordo com a
temperatura do alvo a ser medido.
• Convém que o termografista faça a medição de temperatura nas
áreas dos componentes onde existam cavidades, oxidação,
corrosão ou sujeira, aproveitando-se do incremento de
emissividade nestas áreas.
Normas
• NBR 15572
– Práticas recomendadas para a execução da inspeção
• Para equipamentos colocados em operação, ou submetidos a
grande variação de carga, recomenda-se registrar a temperatura,
após o sistema atingir a estabilidade térmica.
• Recomenda-se que as inspeções sejam realizadas com carga
máxima. Evitar inspecionar componentes que estejam operando
com carga abaixo de 40 % do valor histórico.
• Para a inspeção em ambientes abertos, evitar inspeções
termográficas diurnas, para não haver influências do reflexo e do
carregamento solar. Quando isto for inevitável, recomenda-se:
– realizar as inspeções nas primeiras horas da manhã ou ao entardecer,
evitando o carregamento solar;
– observar o mesmo objeto segundo várias posições diferentes para
evitar os efeitos do reflexo solar.
Normas
• NBR 15572
– Práticas recomendadas para a execução da inspeção
• Evitar inspeções com velocidade do vento acima de 20 km/h;
• Não realizar inspeções sob chuva, garoa ou neblina. Após a
estiagem, esperar no mínimo 1 h para iniciar o trabalho;
• Evitar inspeções com umidade relativa do ar acima de 90 %, a
não ser que o fenômeno inerente esteja associado à umidade
elevada, como, por exemplo, correntes superficiais.
• Recomenda-se que o ângulo entre o termovisor e o ponto
inspecionado seja o mais perpendicular possível, de modo a evitar
a redução na emissividade em função de ângulos de observação
inadequados (maiores que 60º em relação à normal, linha
perpendicular ao plano do objeto-alvo).
• Utilizar a lente adequada às distâncias e às dimensões dos pontos
a serem inspecionados.