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O LIVRO INFANTIL E JUVENIL:

1. O DIREITO AO LIVRO Paulo Verano


2. A CENSURA AO LIVRO
3. OS TEMAS “DIFÍCEIS” 30 set. 2020
4. O POLITICAMENTE CORRETO COMO FORMA DE CENSURA
5. EPISÓDIOS BRASILEIROS RECENTES 6. “CONTA PRA MIM” 7. DEBATE CJE, ECA, USP
AULA DE HOJE (30/9) E PRÓXIMAS AULAS
AULA 7 — 30/09/2020. Livro e literatura infantil e juvenil: Rupturas no livro
literário para crianças e jovens: os temas “difíceis”.
AULA 8 — 07/10/2020. Livro e literatura infantil e juvenil: a afirmação
estética. Discussão do livro A bolsa amarela, de Lygia Bojunga.
— Para aula de 07/10: alunos deverão formalizar lista de grupos e temas de
seminário e artigo final.
AULA 9 — 14/10/2020. Livro e Literatura infantil e juvenil: a afirmação
“estética” da imagem.
AULA 10 — 21/10/2020. Relações Texto/Imagem/Projeto Gráfico no Livro
Infantil e Juvenil. Convidada: Raquel Matsushita.
AULA 11 — 28/10/2020. Livro infantil e juvenil: o “boom” editorial dos anos
1970 e desdobramentos. Convidada: Lenice Bueno da Silva.
O DIREITO AO LIVRO
▪ “Ninguém pode passar vinte e quatro horas sem mergulhar no universo da
ficção e da poesia, a literatura concebida no sentido amplo parece
corresponder a uma necessidade universal, que precisa ser satisfeita e cuja
satisfação constitui um direito. (…) A literatura é o sonho acordado das
civilizações. Portanto, assim como talvez não haja equilíbrio psíquico sem o
sonho durante o sono, talvez não haja equilíbrio social sem a literatura.
Deste modo, ela é fator indispensável de humanização e, sendo assim,
confirma o homem na sua humanidade.”
Antonio Candido, O direito à literatura. Em: Vários Escritos. Rio de Janeiro:
Ouro Sobre Azul, 5. ed., 2001.
https://www.youtube.com/watch?v=4cpNuVWQ44E
O DIREITO AO LIVRO
▪ “O reconhecimento da leitura e da escrita como um direito, a fim de possibilitar a
todos, inclusive por meio de políticas de estímulo à leitura, as condições para exercer
plenamente a cidadania, para viver uma vida digna e para contribuir com a
construção de uma sociedade mais justa.”
Lei número 13.696, 12/07/2018, chamada “Lei Castilho”.

▪ “Se a literatura é um direito, relacioná-la à censura – como temos visto nos últimos
tempos – parece indicar que estamos violando, de alguma maneira, esse direito.”
Sandra Mayumi Murakami Medrano, Porque literatura não rima com censura. In: Revista
Emília, 12 dez. 2017.
A CENSURA AO LIVRO
▪ Concepção de criança (século XVIII) x concepção de livros para
crianças.
▪ “Até esse período, as crianças eram consideradas adultos em
miniatura e assim tratadas em todos os aspectos. É possível
imaginar que antes desse período, os assuntos a que tinham acesso
eram os mesmos que circulavam no mundo dos adultos.”
▪ Nessa nova perspectiva (a partir da “criação” da criança e da
infância), há a distinção total da criança do mundo adulto. Ao
indicarmos “homens, mulheres e crianças”, quase que as tratamos
como assexuadas durante esse período.
A CENSURA AO LIVRO
▪ Partimos de uma não distinção do seu leitor para outra perspectiva
em que se considera a necessidade de resguardar e educar a criança.
▪ A escritora argentina Graciela Montes chama de curral da infância
esse lugar da literatura em que a criança está submetida e protegida,
tida como um “cristal puro” (MEDRANO, 2017).

➢ “Curral da infância”: O adulto deve proteger a criança para que ela


não se quebre e assim floresça.
▪ Temas a evitar: crueldade; morte; sensualidade; vida real...
A CENSURA AO LIVRO
▪ “A realidade retratada nos livros é, assim, despojada de tudo que seja
denso, matizado, dramático, contraditório, absurdo, doloroso: de tudo
que pode brotar dúvidas e questionamentos.” (MEDRANO, 2017)
▪ “A censura como um mecanismo ideológico de revelação/ocultamento
que serve para o adulto domesticar e submeter (ou colonizar) as crianças.”
(MEDRANO, 2017).

➢ De novo o embate entre as duas concepções: a moralizante e a


estética, a dos irmãos Grimm (séc. XIX) e a de Perrault (séc. XVII).
Gustave Doré, Chapeuzinho vermelho, século XIX. Na versão de Perrault,
do séc. XVII, em que a Chapeuzinho é devorada pelo Lobo. Na versão
dos irmãos Grimm, é o lobo que é morto, assegurando o final feliz.
A CENSURA AO LIVRO
▪ “Agora, quando escrevo livros para crianças, não me deixam colocar
os maus! Nem bruxas, nem ogros, nem monstros… A culpa é do afã
da sociedade por criar uma bolha para os filhos às custas de obrigar
os escritores a criar literatura sonsa. E o que ocorre é que o mau
desta literatura ‘sonsa’ não é a crítica que recebemos. O mau é que
cria leitores sonsos, crianças sem nervos nem reflexos morais.”
Santiago Roncagliolo, 2016
escritor peruano contemporâneo
A CENSURA AO LIVRO
Sandra Medrano (2017) faz uma crítica à BNCC: separação entre
Ensino e Literatura:

➢ “Nesse eixo [educação literária], e também no eixo Leitura, a


escolha dos textos para leitura pelos alunos deve ser criteriosa, para
não expô-los a mensagens impróprias ao seu entendimento, consoante
determinam os Artigos 78 e 79 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei no 8.069/1990).” (BNCC citando ECA)
➢ Abstração da palavra “Criteriosa”.
A CENSURA AO LIVRO
▪ “Art. 78. As revistas e publicações contendo material impróprio ou
inadequado a crianças e adolescentes deverão ser comercializadas em
embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo.” (ECA)
▪ “Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que
contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam protegidas com
embalagem opaca.” (ECA)
▪ “Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público infantojuvenil
não poderão conter ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios
de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão respeitar os
valores éticos e sociais da pessoa e da família.” (ECA)
A CENSURA AO LIVRO
▪ “É preciso confiar na capacidade intelectual das crianças, na
capacidade de lidarem com as informações e construírem
conhecimentos e, principalmente, de lidarem com a literatura. E só
com acesso e espaço para a discussão que podemos formar pessoas
que pensem, que criem e que, principalmente, façam o mundo
progredir. E um dos espaços para fazer isso acontecer é a escola.”
(MEDRANO, 2017)
OS TEMAS “DIFÍCEIS”
▪ O menino perfeito; Rei e rei; A história de Júlia e sua sombra de menino;
Cachorros não dançam balé.
OS TEMAS “DIFÍCEIS”
➢ Seja por meio do realismo ou da fantasia, as obras são ferramentas para
encarar questões polêmicas.

“Na Espanha, as pessoas com cerca de cinquenta anos cresceram em um mundo


homofóbico, onde se acreditava que a homossexualidade era um desvio, uma
coisa má, negativa. Avançou-se muito, ao menos por aqui, mas não podemos
nos esquecer das políticas conservadoras e discriminatórias de alguns países
não tão distantes. Trata-se de favorecer, pois, que meninos e meninas cresçam
em um ambiente cuja base seja a aceitação, a tolerância e o respeito. Nesse
sentido, o livro infantil pode ser útil.”
Bernat Cormand, autor de O menino perfeito (2017)
Bernat Cormand, autor de O menino perfeito (2017)
O POLITICAMENTE CORRETO COMO
FORMA DE CENSURA
Peter Hunt. A produção de literatura infantil. In: Crítica, teoria e literatura
infantil. São Paulo, Cosac Naify, 2010, p. 219-230.

“Passamos nossa vida – como nossos filhos passarão – constantemente


processando, pesando e equilibrando uma gama fenomenal de
conhecimento, percepções e sensações. Não podemos ser simplistas a
respeito deles e não esperamos que nossos filhos sejam. Deve ser
óbvio que o mesmo aconteça em nossas abordagens dos livros para
criança e na relação com eles.” (p. 230)
EPISÓDIOS BRASILEIROS RECENTES
“PEPPA”
Ano de publicação: 2009. Ano de censura: 2016
Episódio: Em 2016, o livro Peppa – que a essa
altura já tinha venda expressiva, histórico de
adoção escolar e bom acolhimento em escolas –
foi alvo de polêmica ao ter sido considerado
racista pela blogueira Ana Paula Xongani.
A postagem desencadeou uma infinidade de reações.
Consequência: A autora tomou a decisão, juntamente com a editora, de retirar o livro de
circulação.
Vídeo de Ana Paula: https://www.youtube.com/watch?v=ONMqIROJ9pI&feature=youtu.be
“ENQUANTO O SONO NÃO VEM”
Ano de publicação: 2003. Ano de censura: 2017
Episódio: Em 2017, o livro Enquanto o sono não vem foi retirado
de escolas da Grande Vitória (ES) após reclamações de
professores. Em um dos contos, inspirado em tradições populares,
“A triste história de Eredegalda”, o pai sugere a ideia de se casar
com uma de suas filhas, que acaba morrendo no fim da história.
Consequência: Foram recolhidos 93 mil exemplares da obra que tinham sido distribuídos pelo
Programa de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) para alunos de primeiro, segundo e
terceiro anos do ensino fundamental das escolas públicas. O MEC informou que sua decisão
estava respaldada em parecer técnico da Secretaria de Educação Básica (SEB), que considerou
a obra não adequada para as crianças de sete a oito anos do Ensino Fundamental.
➢ Pronunciamento do ministro: https://www.youtube.com/watch?v=bNJwyxiKGdE
“O MENINO QUE ESPIAVA PARA
DENTRO”
Ano de publicação: 1983. Ano de censura: 2018
Episódio: Em 2018, o livro O menino que espiava
para dentro foi acusado, por pais de alunos matriculados
em diversas escolas brasileiras, de fazer
a apologia do suicídio.
▪ Algumas reações no Google Books:
“Que Deus tenha misericórdia dessa autora. Esse livro apresenta uma maneira inescrupulosa de
como uma criança pode provocar um suicídio. Que o MEC [Ministério da Educação] reveja e
retire esse livro de circulação.”
“Livro impróprio para crianças, simplesmente as ensina a se suicidar. Como pode uma autora
renomada como a Ana Maria Machado ter escrito e ainda manter um livro como este em
circulação?”
“Livro lixo. Instiga a criança ao suicídio.”
“O MENINO QUE ESPIAVA PARA DENTRO”
Trecho “polêmico”: “Como as compras só
chegaram quando ele estava no colégio, ainda
teve que esperar a volta, o jantar e a hora da
sobremesa. Quase não aguentava mais. Aí
também resolveu que o melhor era deixar para
engasgar com a maçã na hora de deitar, quando
estivesse sozinho. E que a família dele era tão
desligada dessas coisas que era até capaz de
alguém dar um tapa nas costas dele só para
desengasgar, e aí estragava o plano todo.”
“APARELHO SEXUAL E CIA.”
Ano de publicação: 2007. Ano de censura: 2018
Episódio: Em 28 de agosto de 2018, o então candidato à
Presidência Jair Bolsonaro acusou o livro Aparelho sexual
e cia., de Zep e Hélène Bruller, de fazer parte
de um “kit gay” de administrações anteriores
durante uma sabatina ao Jornal Nacional.
▪ Consequências: O livro, que estava fora de catálogo,
voltou a ser lançado com sucesso pela editora Companhia das
Letras.
“A SEMENTE DO NICOLAU.
UM CONTO DE NATAL”
Ano de publicação: 2012. Ano de censura: 2018
Episódio: No final de 2018, uma escola
particular de Brasília excluiu da lista
de materiais escolares o livro
A semente do Nicolau após sofrer pressão
de pais de alunos, que protestaram após
descobrirem que a obra é de autoria do
então deputado federal Chico Alencar (PSOL –RJ).
Temática do livro: O livro conta, por meio de um conto de Natal,
a lenda do Papai Noel e como as crianças podem aprender valores
relacionados à solidariedade, espírito natalino e respeito aos idosos.
“MENINOS SEM PÁTRIA”
Ano de publicação: 1981. Ano de censura: 2018
Episódio: No final de 2018, a imprensa noticiou que o
tradicional colégio católico carioca Santo Agostinho
censurou o livro Meninos sem pátria por supostamente
“doutrinar crianças com ideologia comunista”,
promovendo um “discurso esquerdopata” entre os alunos.
Consequência: O episódio levou a um embate entre pais
e entre filhos, com a organização de leituras espontâneas
do livro no ambiente escolar e a supressão da censura.

Temática do livro: No final dos anos 60 Marcão e sua família são obrigados a deixar o Brasil
para viver em outros países a árdua experiência do exílio.
LEITURINHA (2019)
▪ Final de fevereiro de 2019:
edital para chamamento de
obras para seleção pelo clube
proibia o envio de obras que
“apresentem seres mágicos, como
bruxas, fadas e duendes, como
temática central na história”.
▪ Após grita houve recuo.
“A BOLSA AMARELA”
Ano de publicação: 1976. Ano de censura: 2019
Episódio: Em agosto de 2019, o vereador Clayton Silva
(PSC-SP), da cidade de Limeira (SP), foi às redes sociais
criticar um livro usado pela rede municipal de Educação.
Segundo o parlamentar, o exemplar aborda ideologia de
gênero e, por isso, fez um requerimento à Secretaria
Municipal da Educação local questionando o uso e a
distribuição do material, que estaria sendo usado por
professores para estudos com alunos de 10 a 11 anos.
Argumento do parlamentar: “O governo vira as costas para
a vontade da população e investe contra nossas crianças e contra a família”, declarou o
vereador, apontando que foi procurado por mães de alunos se disseram “perdidas e pedem
ajuda contra essa afronta a sua moral”.
“OS VINGADORES –
A CRUZADA DAS CRIANÇAS”
Ano de publicação no Brasil: 2010. Ano de censura: 2019
Episódio: Em 7 de setembro, o prefeito do Rio de Janeiro,
Marcelo Crivella (PRB), ordenou a retirada da obra da
Bienal do Livro, que acontecia na cidade. Após a fala do
prefeito, o livro acabou esgotado em menos de 30 minutos
e simbolizou luta por liberdade de expressão.
Argumento do prefeito: Segundo o político, a obra oferece
“conteúdo sexual para menores”.
Repercussão: “Eu deveria contratar o prefeito do Rio de Janeiro para promover meu próximo
livro”, ironizou o ilustrador do HQ, o britânico Jim Cheung.
Felipe Neto: O youtuber Felipe Neto notabilizou-se ao fazer uma campanha de distribuição
maciça de livros com temática LGBTQ+ na Bienal. Dias depois, noticiou ser vítima de
perseguição.
“OS VINGADORES –
A CRUZADA DAS CRIANÇAS”
8 IDEIAS EQUIVOCADAS SOBRE O QUE É
ESCREVER PARA CRIANÇAS
Ana Garralón (2014)

1. Meus filhos adoram as histórias que lhes conto antes de dormir.


2. Os contos para crianças devem trazer uma lição.
3. Escrever para crianças é mais fácil do que escrever para adultos.
4. Tenho uma ideia genial e preciso de um ilustrador.
5. As crianças pensam em abstrato.
8 IDEIAS EQUIVOCADAS SOBRE O QUE É
ESCREVER PARA CRIANÇAS
Ana Garralón (2014)

6. O livro ideal para crianças tem ação, suspense e aventuras.


7. Sou contador de histórias e as histórias que invento as crianças
adoram.
8. Não sei contar histórias mas tenho muita sensibilidade.
CENSURA E AUTOCENSURA

http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim
A CENSURA COMO FENÔMENO GLOBAL

http://www.ala.org/advocacy/bbooks/frequentlychallengedbooks/decade2019
A CENSURA COMO FENÔMENO GLOBAL
▪ O Office for Intellectual Freedom (OIF), da American Library
Association (ALA), vem documentando desde 1990 as tentativas de
proibição ou censura de livros em bibliotecas e escolas.
▪ Lista de livros escolares e de bibliotecas mais censurados entre
2010-2019.
▪ O órgão acredita que esses relatos são menos de 3% do total das
moções de censura a livros nos Estados Unidos.

http://www.ala.org/advocacy/bbooks/frequentlychallengedbooks/decade2019
O POLITICAMENTE CORRETO NA
LITERATURA INFANTIL
▪ Dois pontos de vista não excludentes:
atualização histórica e cerceamento à liberdade.

▪ BRENMAN, Ilan. A condenação de Emília: o


politicamente correto na literatura infantil. Belo
Horizonte, Aletria, 2012.
REFERÊNCIAS DE LEITURA
▪ Sandra Mayumi Murakami Medrano, “Porque literatura não rima com
censura”. In: Revista Emília, 12 dez. 2017. Disponível em:
http://revistaemilia.com.br/porque-literatura-nao-rima-com-censura/
▪ Bernat Cormand, “Histórias sem armários. In: Revista Emília, 18 out.
2018”. Disponível em: http://revistaemilia.com.br/historias-sem-
armarios/
▪ Heloisa Pires, “Peppa e o debate público: relações raciais nas páginas
de livros infantis”. In: Revista Emília, 12 dez. 2017. Disponível em:
http://revistaemilia.com.br/peppa-e-o-debate-publico-relacoes-raciais-
nas-paginas-de-livros-infantis/
REFERÊNCIAS DE LEITURA
▪ Adolfo Córdova, “Terrorismo de Estado e livros para crianças”. In:
Revista Emília, 1 set. 2017. Disponível em:
http://revistaemilia.com.br/terrorismo-de-estado-e-livros-para-
criancas/
▪ Ana Garralón, “8 ideias equivocadas sobre o que é escrever para
crianças”. In: Revista Emília, 25 jun. 2014. Disponível em:
http://revistaemilia.com.br/8-ideias-equivocadas-sobre-o-que-e-
escrever-para-criancas/
REFERÊNCIAS DE LEITURA
▪ Joana Oliveira, “‘Caça às bruxas’ de Damares provoca autocensura no
mercado literário infantil”. In: El País, 13 fev. 2020. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/cultura/2020-02-13/caca-as-bruxas-de-
damares-provoca-autocensura-no-mercado-literario-infantil.html
▪ Rubens Valente, “Conta outra: Funcionários do MEC recontam contos de
fadas em coleção coordenada por discípulo de Olavo de Carvalho”. In:
Revista 451, 19 set. 2020. Disponível em:
https://quatrocincoum.folha.uol.com.br/br/noticias/politicas-do-
livro/conta-outra

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