Título questão é um discurso sobre as ciências, que aborda a crise do paradigma
científico dominante e a emergência de um novo paradigma. O autor começa explicando que a ciência moderna se desenvolveu a partir da revolução científica do século XVI e foi consolidada nos séculos seguintes, principalmente no domínio das ciências naturais. Esse modelo de racionalidade científica se estendeu às ciências sociais emergentes no século XIX, formando um modelo global de racionalidade científica. O autor argumenta que esse modelo de racionalidade científica é totalitário, na medida em que nega o caráter racional a todas as formas de conhecimento que não se pautem por seus princípios epistemológicos e regras metodológicas. Ele defende, por meio de fronteiras ostensivas e ostensivamente policiadas, a distinção entre a ciência e outras formas de conhecimento não científico, como o senso comum e as humanidades. O autor também discute a crise do paradigma científico dominante, que é caracterizada por quatro condições teóricas. A primeira é a crise da fundamentação, que se refere à dificuldade de fundamentar as teorias científicas em fatos observáveis. A segunda é a crise da objetividade, que se refere à dificuldade de separar o observador do observado. A terceira é a crise da unidade, que se refere à dificuldade de unificar as diferentes áreas da ciência em uma teoria geral. A quarta é a crise da microfísica, que se refere aos avanços do conhecimento nos domínios da microfísica, da química e da biologia nos últimos vinte anos. O autor argumenta que a crise do paradigma científico dominante traz consigo o perfil do paradigma emergente. Esse novo paradigma é caracterizado por uma visão de mundo mais plural e mais aberta a outras formas de conhecimento, como a intuição, a imaginação e a criatividade. Ele defende que a ciência deve ser vista como uma aventura encantada, em busca de uma vida melhor e de um conhecimento mais.