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1a)

A partir do artigo de Kim et al. (2018) podemos esclarecer o modelo com base na
pergunta de investigação feita pelos autores: "Como as interações positivas entre pais e
filhos podem afetar o desenvolvimento socioemocional e o bem-estar das crianças?".
Sabendo disso, o estudo busca investigar a eficiência de possíveis intervenções prematuras
na infância para melhorar o desenvolvimento socioemocional e o bem-estar das crianças.

Partindo desse pressuposto, os autores nomeiam os parâmetros que irão usar para
montar o modelo, sendo eles habilidades paterna coercitivas e não-coercitivas. Para o
primeiro estudo foi analisado a partir da criança ser deliquente ou não, no qual, Y ∈ {0, 1}
em que Y=1 é que não foi deliquente e Y=0 que foi delinquente, além disso, para descobrir
a probabilidade de tal usasse um produto dos parametros entre esforço "e" que existe a
escolha entre 0 e 1. Além dela, "A" captura os fatores ambientais da investigação da
pergunta. O modelo, por fim, fica e função dessas seguintes variaveis pelo seguinte modelo:

𝑌 = 𝑓(𝑃, ℇ, 𝐴)

Acrescentando informações para o modelo não ficar parecido com outros modelos
de principal-agente, é medido as políticas parentais que são medidas a partir de b ∈ {0, 1}
com uma variavel aleatória de Bernoulli B com probabilidade q(e,b) ≡ 𝑃(𝐵 = 1|e, b).

Dessa forma, analisando o problema de maximização do autor, a criança é


responsável pela determinação de seu nível de esforço (e) no desenvolvimento de
habilidades acadêmicas e sociais. Esse esforço demanda um custo (v) para a criança.

Por outro lado, o pai decide sobre a sua política de parentalidade (b). Ao anunciar
b=1, o pai motiva a criança a escolher e = 1, proporcionando um incremento em sua
utilidade, representada por B (um ganho), multiplicada pela probabilidade (1, 1). Entretanto,
essa escolha implica um custo para o pai (c).

O objetivo da criança é maximizar a sua utilidade, levando em consideração o custo


associado ao esforço e a utilidade vinda da política parental anunciada pelo pai.

Todavia, o pai busca maximizar a sua utilidade, considerando o custo envolvido na


implementação da parentalidade (quando anuncia b=1) e a resposta ótima da criança (e*) à
política parental anunciada.
Dessa forma, a criança determina o nível de esforço com base na política parental
anunciada pelo pai, visando otimizar a sua utilidade, considerando tanto os custos quanto
os ganhos envolvidos. O pai, por sua vez, decide sua política parental com o intuito de
maximizar sua utilidade, levando em consideração os custos e a resposta ótima da criança.

Trazendo o modelo econometrico estimado a partir da equação:


𝑌𝑘,𝑡 = α𝑡 + β𝑡𝑍𝑖𝑘 + γ𝑡𝑋𝑖𝑘 + ϵ𝑖𝑘,𝑡 onde as variaveis são denominadas da seguinte maneira:

𝑌𝑖𝑘: representa o resultado para o o participante ik (nesse caso a criança

dentro de um dos casos)


𝑍𝑘: variavel que indica o cluster ou pré escola que foi atribuido ao grupo de

intervenção ou ao grupo de controle


𝑌𝑖𝑘(1): é o contrafactual para o participante ik caso o grupo de intervenção

tenha sido atribuído (Zk=1)


𝑌𝑖𝑘(0): é o contrafactual para o participante ik caso o grupo de intervenção

tenha sido atribuído (Zk=0)


𝛼: constante
β: coeficiente que representa o efeito da intervenção (objetivo da regressão
que foi estimada)
𝑋𝑖𝑘: é um vetor de variaveis de controle

ℇ𝑖𝑘: é o termo de erro individual

Com base nas figuras 1 e analisando a tabela 3 sobre intervenção e seus


resultados, consideramos mecanismos que conectam uma parentalidade melhorada aos
resultados infantis. Acreditamos que o problema de decisão dos pais seja o canal mais
plausível para os efeitos observados, uma vez que a intervenção interage apenas com os
pais. Eles não receberam recursos materiais e o compromisso de tempo foi leve,
desqualificando canais através das restrições do orçamento doméstico. A intervenção
melhorou apenas alguns resultados.

O efeito de contágio (spillover effect) é desqualificado, uma vez que o estudo foi
randomizado no nível pré-escolar e apenas uma criança foi avaliada por domicílio. Não
podemos rejeitar a possibilidade de que o efeito da intervenção tenha sido impulsionado
pela provisão de informações, mas consideramos essa possibilidade improvável. A punição
corporal foi proibida na Alemanha em 2000, e o governo lançou campanhas de informação
contra tais castigos (Bussmann, 2004). Tanto o grupo de intervenção quanto o grupo de
controle teriam sido expostos de maneira semelhante às informações sobre os efeitos
negativos da parentalidade severa. A explicação mais provável é que a intervenção melhora
as habilidades parentais por meio de treinamento comportamental, conforme consistente
com o modelo proposto antes do problema de maximização.

O principal resultado teórico advindo desse modelo é que o investimento dos pais
nas interações com seus filhos têm impacto significativo no desenvolvimento das
habilidades comportamentais das crianças. Ou seja, um maior investimento dos pais está
positivamente relacionado à melhora das habilidades comportamentais das crianças. Isso
implica que, quando os pais dedicam tempo e recursos para a interação com seus filhos, as
crianças têm uma maior probabilidade de desenvolver habilidades comportamentais
positivas.

A hipótese econômica essencial explorada no artigo é que as interações entre pais e


filhos possuem um papel de grande importância no desenvolvimento do capital humano
infantil, dando ênfase nas habilidades comportamentais das crianças. Assim, a hipótese é
que, ao aumentar o investimento dos pais em interações positivas com seus filhos, as
crianças terão uma probabilidade maior de adquirir e desenvolver habilidades
comportamentais que contribuam para seu bem.

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