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A partir do artigo de Kim et al. (2018) podemos esclarecer o modelo com base na
pergunta de investigação feita pelos autores: "Como as interações positivas entre pais e
filhos podem afetar o desenvolvimento socioemocional e o bem-estar das crianças?".
Sabendo disso, o estudo busca investigar a eficiência de possíveis intervenções prematuras
na infância para melhorar o desenvolvimento socioemocional e o bem-estar das crianças.
Partindo desse pressuposto, os autores nomeiam os parâmetros que irão usar para
montar o modelo, sendo eles habilidades paterna coercitivas e não-coercitivas. Para o
primeiro estudo foi analisado a partir da criança ser deliquente ou não, no qual, Y ∈ {0, 1}
em que Y=1 é que não foi deliquente e Y=0 que foi delinquente, além disso, para descobrir
a probabilidade de tal usasse um produto dos parametros entre esforço "e" que existe a
escolha entre 0 e 1. Além dela, "A" captura os fatores ambientais da investigação da
pergunta. O modelo, por fim, fica e função dessas seguintes variaveis pelo seguinte modelo:
𝑌 = 𝑓(𝑃, ℇ, 𝐴)
Acrescentando informações para o modelo não ficar parecido com outros modelos
de principal-agente, é medido as políticas parentais que são medidas a partir de b ∈ {0, 1}
com uma variavel aleatória de Bernoulli B com probabilidade q(e,b) ≡ 𝑃(𝐵 = 1|e, b).
Por outro lado, o pai decide sobre a sua política de parentalidade (b). Ao anunciar
b=1, o pai motiva a criança a escolher e = 1, proporcionando um incremento em sua
utilidade, representada por B (um ganho), multiplicada pela probabilidade (1, 1). Entretanto,
essa escolha implica um custo para o pai (c).
O efeito de contágio (spillover effect) é desqualificado, uma vez que o estudo foi
randomizado no nível pré-escolar e apenas uma criança foi avaliada por domicílio. Não
podemos rejeitar a possibilidade de que o efeito da intervenção tenha sido impulsionado
pela provisão de informações, mas consideramos essa possibilidade improvável. A punição
corporal foi proibida na Alemanha em 2000, e o governo lançou campanhas de informação
contra tais castigos (Bussmann, 2004). Tanto o grupo de intervenção quanto o grupo de
controle teriam sido expostos de maneira semelhante às informações sobre os efeitos
negativos da parentalidade severa. A explicação mais provável é que a intervenção melhora
as habilidades parentais por meio de treinamento comportamental, conforme consistente
com o modelo proposto antes do problema de maximização.
O principal resultado teórico advindo desse modelo é que o investimento dos pais
nas interações com seus filhos têm impacto significativo no desenvolvimento das
habilidades comportamentais das crianças. Ou seja, um maior investimento dos pais está
positivamente relacionado à melhora das habilidades comportamentais das crianças. Isso
implica que, quando os pais dedicam tempo e recursos para a interação com seus filhos, as
crianças têm uma maior probabilidade de desenvolver habilidades comportamentais
positivas.