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Biologia e Geologia 11º

Ficha de Trabalho

Ciclos de vida
GRUPO I
A malária é uma doença infeciosa causada por protistas parasitas do género Plasmodium. Estes
parasitas têm um ciclo de vida complexo, que inclui dois hospedeiros: o homem e mosquitos do género
Anopheles (figura 1). Os parasitas passam por diferentes estádios, cada um com uma morfologia e um papel
distintos no seu ciclo de vida.

Figura 1. Ciclo de vida de Plasmodium vivax.

A malária é uma doença frequente em zonas tropicais e subtropicais favoráveis à reprodução dos
mosquitos, que colocam os ovos em águas estagnadas, onde as larvas eclodem e se alimentam até
atingirem o estado adulto.
Apesar de décadas de combate, a doença tem vindo a ganhar terreno à medida que aumenta a
resistência dos mosquitos aos inseticidas e a resistência dos parasitas aos medicamentos administrados a
pessoas infetadas. Um desses medicamentos é a cloroquina, que, por se ter tornado pouco eficaz, tem sido
menos receitada nos últimos anos.
A ocorrência de mutações nos parasitas dá origem a diferentes fenótipos, que podem apresentar resistências
distintas aos medicamentos existentes no mercado. Mutações que conferem resistência aos medicamentos
tornam, muitas vezes, os parasitas que as apresentam menos aptos em ambientes onde os medicamentos
estão ausentes.

1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações, relativas ao ciclo de vida
de Plasmodium vivax.
A. Durante a reprodução no fígado, o crossing-over contribui para a variabilidade genética.
B. Ocorrem fenómenos de recombinação genética no interior do mosquito.
C. A passagem da fase diplóide para a fase haplóide ocorre no interior do corpo humano.
D. No fígado, ocorre a segregação dos cromossomas homólogos.
E. Neste ciclo, a fase diplóide é dominante.
F. A mitose intervém na produção de merozoítos, nos glóbulos vermelhos.
G. Os esporozoítos presentes nas glândulas salivares dos mosquitos são haplóides.
H. A redução cromática ocorre entre a formação do ovo e a formação dos esporozoítos.
2. Tanto no homem como no mosquito...
A. a mobilização da energia dos nutrientes ocorre essencialmente por respiração aeróbia.
B. as trocas gasosas efetuam-se por difusão direta.
C. a digestão iniciada nas cavidades digestivas termina no interior das células que as revestem.
D. o fluido circulante é transportado em vasos sanguíneos e em lacunas.

3. Alguns medicamentos administrados a pessoas infetadas atuam ao nível da transcrição ou da tradução em


Plasmodium. Durante a _____ ocorre a _____.
A. transcrição […] ligação do RNA mensageiro aos ribossomas
B. transcrição […] duplicação da molécula de DNA
C. tradução […] migração do RNA mensageiro do núcleo para o citoplasma
D. tradução […] polimerização de uma cadeia peptídica

4. Quando se administram simultaneamente dois medicamentos, com diferente modo de ação, a uma pessoa
infetada com Plasmodium, a probabilidade de sobrevivência dos parasitas é _____do que quando se
administra apenas um medicamento, o que torna o tratamento simultâneo com dois medicamentos _____
eficaz do que com um.
A. menor […] menos
B. maior […] mais
C. menor […] mais
D. maior […] menos

5. A erradicação da malária está dependente da implementação de medidas de controlo que atuam a


diversos níveis.
Constituem medidas de intervenção direta na eliminação de larvas do mosquito Anopheles e na
transmissão de Plasmodium do mosquito para o homem, respetivamente a,...
A. drenagem de pântanos e a administração de medicamentos que atuam nos eritrócitos humanos.
B. administração de medicamentos que atuam no fígado e a aplicação de inseticidas nas paredes das
habitações.
C. utilização de mosquiteiros nos quartos e a colocação de telas nas janelas e portas das habitações.
D. introdução de peixes insectívoros em pequenos lagos e a aplicação cutânea de cremes repelentes de
insetos.

6. Explique de que modo a diminuição da utilização de cloroquina nos últimos anos está relacionada com a
diminuição da resistência dos parasitas a este fármaco.

GRUPO II
As leveduras apresentam os dois tipos de reprodução: sexuada e assexuada. A figura 2 representa
esquematicamente o ciclo de vida da levedura Saccharomyces cerevisæ.
Figura 2. Ciclo de vida de Saccharomyces cerevisæ

1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma


das seguintes afirmações, relativas à interpretação do
ciclo de vida esquematizado na figura 2.
A. Os esporos dão origem a leveduras haplóides.
B. A levedura assinalada com a letra X é diplonte.
C. A levedura assinalada com a letra Y pode dividir-
se por mitose.
D. Os esporos representados resultaram de mitoses
sucessivas.
E. A célula assinalada com a letra Y pode
reproduzir-se por gemulação.
F. Os esporos de Saccharomyces cerevisæ são
diplóides.
G. A gemulação da levedura X é responsável pela
alternância de fases nucleares.
H. As leveduras X e Y apresentam a mesma
informação genética.
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2. Explique em que medida a análise da figura 2 permite afirmar que, nestas leveduras, a ocorrência de
reprodução assexuada é independente do facto de aquelas serem haplóides ou diplóides.

GRUPO III
Um grupo de investigadores descobriu que a planta do
milho, quando atacada, emite um pedido de socorro químico.
A planta responde ao ataque da lagarta (Mythimna convecta),
libertando uma mistura de químicos voláteis, os quais acabam
por atrair uma vespa parasitoide (Apanteles ruficrus), que
deposita os seus ovos no interior do corpo da lagarta. Quando
os ovos eclodem, as larvas da vespa alimentam-se da lagarta
até emergirem à superfície, fixando-se em casulos, onde se
metamorfoseiam em pequenas vespas. Esta «bomba-relógio»
biológica acaba por matar a lagarta.

Recentemente, descobriu-se que é necessária uma


substância química, presente na saliva de Mythimna convecta,
para desencadear o pedido de socorro químico por parte da
planta.
Figura 3 - Ciclo de vida de Mythimna convecta

1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações, relativas às interações
entre a planta do milho, a Mythimna convecta e a Apanteles ruficrus, descritas nos dados apresentados no
texto.
A. Apanteles ruficrus é uma espécie parasitoide da planta do milho.
B. Danificar manualmente as folhas da planta desencadeará o sinal de alarme químico.
C. As substâncias libertadas pela planta atraem Apanteles ruficrus.
D. Uma substância química presente na saliva de Mythimna convecta atrai Apanteles ruficrus.
E. As plantas do milho não parasitadas não atraem quimicamente a vespa Apanteles ruficrus.
F. A predação da planta, por Mythimna convecta, induz esta a produzir um pedido de socorro químico.
G. Mythimna convecta só completa o seu ciclo de vida na presença de Apanteles ruficrus.
H. Apanteles ruficrus e Mythimna convecta são consumidores de diferente ordem.

2. Analise as afirmações que se seguem, relativas ao ciclo de vida de Mythimna convecta.


Reconstitua a sequência temporal dos acontecimentos que culminam na formação de um ovo, colocando
por ordem as letras que os identificam.
A. Formação do casulo e desenvolvimento da pupa, à custa de reservas alimentares acumuladas.
B. Meiose das células da linha germinativa e formação de células sexuais.
C. União de gâmetas haploides com restabelecimento da diploidia.
D. Mitoses e diferenciação celular originam um organismo pluricelular, que se alimenta da planta.
E. Mitoses e expressão diferencial do genoma dão origem à forma com capacidade reprodutora.

3. As fito-hormonas _____ atuar em diferentes órgãos do indivíduo. O seu efeito _____ de fatores como o
estado de desenvolvimento da planta.
A. não podem […] é independente
B. não podem […] depende
C. podem […] é independente
D. podem […] depende

4. O texto descreve uma cadeia alimentar com um produtor _____, que obtém a _____ indispensável ao seu
metabolismo a partir do carbono atmosférico.
A. fotossintético […] matéria
B. fotossintético […] energia
C. quimiossintético […] matéria
D. quimiossintético […] energia

Ficha 5 3/12
5. Nos insetos, o fluido circulante não apresenta pigmentos respiratórios. Pode daí deduzir-se que o
transporte de gases respiratórios até às células e destas para o exterior é efetuado por difusão _____, o
que implica que as células _____, necessariamente, próximas do meio externo.
A. indireta […] estejam
B. indireta […] não estejam
C. direta […] estejam
D. direta […] não estejam

6. Uma planta de milho atacada por uma lagarta liberta substâncias voláteis que podem servir de
sinalizadores químicos para plantas vizinhas. Estas substâncias desencadeiam a produção de uma
hormona vegetal que intervém nos mecanismos de defesa de plantas, nomeadamente a libertação de
químicos que atraem parasitóides de lagartas. Uma equipa coordenada por Tumlinson verificou que a
exposição prévia a estes sinalizadores químicos desencadeava mais rápida e intensamente os
mecanismos de defesa da planta, quando atacada.
Explique de que modo a investigação de Tumlinson pode ter aberto uma via de controlo de pragas
(lagartas) em campos de milho.

GRUPO IV
Toxoplasma gondii (T. gondii) é um parasita intracelular obrigatório, cujos hospedeiros são sempre
animais endotérmicos. De entre eles, o gato é o hospedeiro que assume particular relevância no seu ciclo de
vida. Depois da ingestão de pedaços de carne contendo cistos, estes invadem células da parede do intestino
do gato, desenquistam, multiplicam-se e diferenciam-se em gametócitos. Estes fundem-se, originando o
ocisto, que é expulso para o ambiente no interior das fezes. O ocisto sofre meiose, originando esporozoítos –
células muito resistentes e altamente infecciosas –, que podem permanecer durante muitos anos em
ambientes húmidos. Após serem ingeridos por um segundo hospedeiro, os esporozoítos diferenciam-se em
taquizoítos, que se multiplicam rapidamente e originam uma infecção aguda. Na maioria dos hospedeiros,
noentanto, a infecção torna-se crónica, porque os taquizoítos se modificam para outra forma, os bradizoítos,
que são cistos onde as divisões celulares ocorrem muito lentamente. Os tecidos infectados com bradizoítos
persistem durante toda a vida do hospedeiro. Se um novo hospedeiro ingerir tecidos contendo esporozoítos
ou bradizoítos, estes diferenciam-se em taquizoítos, e a infecção propaga-se.
A figura 4 representa, de forma esquemática, o ciclo de vida de T. gondii.

Figura 4

1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, referentes ao ciclo de
vida de Toxoplasma gondii.
(A) Os ocistos são células diplóides que se originam por fecundação.
(B) Os gametócitos exercem a função de gâmetas.
(C) T. gondii provoca infecção no rato, por multiplicação de células diplóides.
(D) A fase sexuada do ciclo de vida é a causa da infecção aguda no rato.
(E) A parte do ciclo de vida que ocorre no gato aumenta a variabilidade genética de T. gondii.
(F) O ciclo de vida é haplonte, apresentando meiose pré-espórica.
(G) Na ausência de gato, a propagação de T. gondii faz-se por reprodução assexuada.
(H) Esporozoítos, taquizoítos e bradizoítos são células haplóides.
Ficha 5 4/12
2. Toxoplasma gondii é um ser unicelular eucarionte, porque...
(A) … possui parede celular.
(B) … apresenta organitos membranares.
(C) … possui membrana plasmática.
(D) … apresenta ribossomas.

3 . A elevada capacidade de divisão de Toxoplasma gondii exige uma grande produção de _______, o que
determina o desenvolvimento _______.
(A) proteínas (…) do retículo endoplasmático rugoso.
(B) glícidos (…) da mitocôndria.
(C) glícidos (…) do retículo endoplasmático rugoso.
(D) proteínas (…) da mitocôndria.

4. Os animais que servem de hospedeiros a Toxoplasma gondii são endotérmicos. Para tal, contribui...
(A) … a troca de gases efectuada por difusão directa.
(B) … a quantidade de água e de solutos presentes no seu organismo.
(C) … um sistema circulatório em que a circulação é dupla e completa.
(D) … um processo de nutrição por heterotrofia e por ingestão.

5. Na multiplicação de taquizoítos, verifica-se...


(A) … emparelhamento de cromossomas homólogos.
(B) … colocação, ao acaso, de bivalentes na placa metafásica.
(C) … redução a metade do número de cromossomas.
(D) … manutenção do número de cromossomas das células produzidas.

GRUPO V
O diagrama da figura 5 representa, de forma esquemática, estruturas e processos que caracterizam
diferentes tipos de ciclos de vida.

Figura 5

1. O ciclo C representa um ciclo de vida ______, porque a meiose é ______.


(A) diplonte (…) pós-zigótica.
(B) diplonte (…) pré-gamética.
(C) haplonte (…) pós-zigótica.
(D) haplonte (…) pré-gamética.

Ficha 5 5/12
2. No ciclo de vida B, a entidade multicelular adulta desenvolve-se a partir de…
(A) … uma célula haplóide.
(B) … uma célula diplóide.
(C) … um zigoto.
(D) … um gâmeta.

3. A reprodução sexuada caracteriza-se pela ocorrência de fecundação e meiose.


Relacione a ocorrência desses dois processos no ciclo reprodutivo de qualquer espécie com a
manutenção do número de cromossomas que caracteriza essa espécie.

GRUPO VI

Ginkgo biloba é uma espécie arbórea, cujos ancestrais surgiram no final da Era Primária. Esta
espécie chegou à atualidade, porque encontrou refúgio em vales profundos, quentes e húmidos, no Sudoeste
da China, permanecendo inalterada desde há milénios.
Árvore de grande porte, de 25 a 40 metros de altura, alberga no interior das suas células uma alga verde
unicelular, que participa no seu metabolismo. Esta associação rara é uma endossimbiose.
Quando Jocelyne T. Guiller procedia a estudos citológicos em G. biloba, observou que as suas células em
cultura, desprovidas de parede, entravam em necrose em poucas semanas. Em paralelo, surgiam, neste
meio, amontoados de formações esféricas de um verde brilhante. Constatou, posteriormente, tratar-se de
uma alga unicelular do género Coccomyxa.
Posta a possibilidade de ter ocorrido contaminação externa do meio de cultura, a observação de intensa
proliferação da alga, no interior de células de G. biloba em necrose, veio confirmar a origem endógena desta
alga. Observações feitas posteriormente permitiram detectar a existência de Coccomyxa, num estado celular
transitório imaturo, em células não necrosadas de diferentes tecidos de G. biloba. Estas formas precursoras
da alga não apresentam quaisquer organitos visíveis num citoplasma homogéneo.
Supõe-se que a existência de formas imaturas da alga em células vivas de G. biloba se deve à
repressão exercida pelo genoma da árvore sobre o genoma do intruso tolerado. Este passa a poder
manifestar-se quando as células daquela entram em necrose, possibilitando, então, a proliferação da alga.
Esta relação simbiótica, que se revela estável, poderá ter começado no momento em que uma alga
do género Coccomyxa, ocasionalmente alojada perto do gâmeta feminino, terá sido conduzida até ele com os
gâmetas masculinos. Incluída no ovo, a alga terá resistido à digestão intracelular, ajustando o seu processo
de divisão no interior do hospedeiro.
Estudos genéticos de amostras de Coccomyxa recolhidas em G. biloba, em diferentes locais do globo,
demonstraram semelhanças genéticas entre estas algas. Estas semelhanças sugerem que este tipo de
simbiose intracelular foi e continua a ser transmitida de geração em geração.
Adaptado de T. Guiller, J., Pour la Science, Fevereiro 2008

1. A relação existente entre Coccomyxa e Ginkgo biloba é uma endossimbiose, porque...


(A) a alga e a planta apenas sobrevivem se permanecerem juntas.
(B) as algas do género Coccomyxa provêm de um ancestral comum.
(C) as algas vivem no interior das células da árvore, com benefício para ambas.
(D) a alga simbionte com Ginkgo biloba desenvolve-se em células necróticas.

2. Nos estudos efetuados em culturas de células de Ginkgo biloba, a hipótese de contaminação exógena por
Coccomyxa foi posta de parte, porque...
(A) foram observadas algas no meio extracelular durante a proliferação.
(B) Coccomyxa apenas proliferava no meio intracelular de Ginkgo biloba.
(C) havia libertação de células da alga a partir de células hospedeiras.
(D) se formaram amontoados de células de Coccomyxa.

Ficha 5 6/12
3. A existência de formas _______ de Coccomyxa em células necróticas de Ginkgo biloba resulta da _______
do DNA do hospedeiro.
(A) maturas ... expressão
(B) imaturas ... repressão
(C) imaturas ... expressão
(D) maturas ... repressão

4. Atendendo às condições de sobrevivência exigidas por Coccomyxa no interior da planta, é pouco provável
a proliferação de células algais nos vasos _______, porque estes são constituídos por células _______.
(A) xilémicos ... muito especializadas
(B) floémicos ... muito especializadas
(C) xilémicos ... sem conteúdo celular
(D) floémicos ... sem conteúdo celular

5. A relação entre Coccomyxa e Ginkgo biloba foi originada na fase _______ do ciclo de vida da planta,
enquanto a dispersão da alga pelos tecidos da planta se iniciou com a divisão _______ do zigoto do
hospedeiro.
(A) haploide ... mitótica
(B) diploide ... meiótica
(C) diploide ... mitótica
(D) haploide ... meiótica

6 . Estudos genéticos em Coccomyxa sugerem que, uma vez estabelecida a relação endossimbiótica com
Ginkgo biloba, a alga se transmitiu de geração em geração.
Explique de que modo os resultados dos estudos efetuados permitem relacionar a transmissão da relação
endossimbiótica, de geração em geração, com a forma como se iniciou esta relação.

GRUPO VII

O pinheiro bravo (Pinus pinaster) está sujeito a uma doença designada por doença da murchidão do
pinheiro. As árvores afetadas apresentam, ao fim de algumas semanas, uma diminuição no fluxo de resina,
amarelecimento e emurchecimento progressivos das folhas, começando pelas mais jovens. A murchidão do
pinheiro e causada pelo Nematode da Madeira do Pinheiro (NMP), Bursaphelenchus xylophilus, um pequeno
animal que mede menos de 1,5 mm de comprimento e infeta as árvores através de um inseto vetor, o
Monochamus galloprovincialis.
O pinheiro e infetado através do inseto vetor quando este se alimenta. Uma vez no interior da planta,
ocorre uma rápida proliferação do Bursaphelenchus xylophilus, que se alimenta inicialmente dos tecidos dos
canais resiníferos. Posteriormente, o NMP invade os canais resiníferos associados ao xilema e outros tecidos
corticais, provocando a destruição das paredes celulares e, simultaneamente, a formação de bolhas de ar
nos vasos xilémicos, provocando a sua morte.
Em árvores mortas ou em restos de madeira infetada, o inseto vetor coloca os seus ovos, que virão a
transformar-se em pupas. Estas são invadidas por agregados de larvas de NMP, que se alojam no sistema
respiratório do inseto vetor. Este, ao alimentar-se, alastra a infeção pela população de pinheiros.

Adaptado de http://www.na.fs.fed.us

Ficha 5 7/12
Figura 6. Ciclos de proliferação e de dispersão do NMP.

1. O emurchecimento dos pinheiros infetados pelo NMP resulta da diminuição da pressão _______, ao nível
das folhas, por interrupção da circulação da seiva _______.
(A) de turgescência … bruta
(B) osmótica … bruta
(C) de turgescência … elaborada
(D) osmótica … elaborada

2 . A perfuração das paredes das células do xilema, efetuada pelo nematode, provoca a entrada de ar nos
vasos condutores, o que e diretamente responsável por…
(A) aumentar a tensão ao nível do xilema.
(B) impedir a coesão na coluna de água.
(C) aumentar a adesão da água aos vasos.
(D) impedir a transpiração foliar.

3. Os sintomas da murchidão do pinheiro iniciam-se pelas folhas mais jovens, em consequência da _______
do metabolismo celular e do aumento da _______ das clorofilas.
(A) redução … sintese
(B) reducao … degradação
(C) intensificação … sintese
(D) intensificação … degradação

4. A infeção do inseto vetor processa-se durante a sua _______, através de um estádio de desenvolvimento
_______ do NMP.
(A) reprodução … pós-zigótico
(B) reprodução … pré-zigótico
(C) alimentação … pós-zigótico
(D) alimentação … pré-zigótico

5 . No combate a doença da murchidão do pinheiro, o extermínio do inseto vetor seria uma estratégia de
sucesso, uma vez que...
(A) o NMP não poderia completar o seu ciclo de vida.
(B) o ciclo de proliferação do NMP seria interrompido.
(C) a população do NMP de cada pinheiro ficaria isolada.
(D) a dispersão do NMP tenderia a aumentar.

Ficha 5 8/12
6. Ordene as letras de A a F, de modo a reconstituir a sequência dos processos ocorridos durante a obtenção
e a utilização de matéria pelas células. Inicie a ordenação pela afirmação A.
A. Absorção de energia luminosa pelos pigmentos fotossintéticos.
B. Armazenamento da glicose sob a forma de amido.
C. Fixação do carbono inorgânico.
D. Oxidação dos pigmentos fotossintéticos.
E. Hidrolise do amido para consumo metabólico.
F. Redução do transportador de eletrões (NADP+).

7. Em Portugal, uma parte da floresta de pinheiro encontra-se no litoral.


Explique de que modo a subida do nível do mar poderá afetar a absorção de água pelas raízes destas
plantas.

GRUPO VIII
As Feófitas são algas castanhas macroscópicas, que apresentam dimensões muito variadas,
podendo atingir cerca de cem metros de comprimento. Sendo um grupo maioritariamente marinho, com cerca
de 1500 espécies, encontra-se geralmente próximo da superfície do mar. O talo das Feófitas diferencia-se em
três partes: o disco de fixação, que lhes permite fixarem-se a um substrato, o estipe, cilíndrico e alongado, e
a lâmina, que encima o estipe. Possuem como pigmentos fotossintéticos as clorofilas a e c, associadas a
carotenoides, que lhes conferem a cor castanha. A parede celular contém fundamentalmente celulose,
apresentando outras substâncias como a algina, utilizada no fabrico de doces, gelados e na indústria
farmacêutica, tendo a laminarina como substância de reserva.
A maior das algas castanhas, Macrocystis, também denominada «sequoia dos mares», pode
ultrapassar cem metros de comprimento. O crescimento de Macrocystis é assegurado pela atividade de uma
região meristemática, localizada na junção do estipe com a lâmina. Esta alga não necessita de um
mecanismo para o transporte interno de água. Contudo, precisa de conduzir glícidos das zonas superiores do
talo, mais bem iluminadas, para as zonas mais profundas.
O estipe possui cordões de células alongadas, que se assemelham ao floema, por apresentarem placas
crivosas.
No ciclo de vida de outra Feófita, a Laminaria, representado na figura 7, as fases haplóide e
diploide são perfeitamente distintas. A alga é o esporófito e, na sua superfície, desenvolvem-se esporângios,
produtores de esporos. Estes originam gametófitos filamentosos e microscópicos, que produzem gâmetas,
oosferas e anterozoides. Após a sua união, os zigotos desenvolvem-se em novas algas de Laminaria.
Raven, Evert e Eichhorn, Biology of Plants, 1999 (adaptado)

Ficha 5 9/12
Figura 7. Representação esquemática do ciclo de vida de Laminaria.

1. Macrocystis e Laminaria têm em comum com os organismos do reino Plantae...


(A) a nutrição por absorção com digestão extracorporal.
(B) a substância de reserva e a organização celular.
(C) a presença de clorofila e o polissacarídeo estrutural.
(D) a produção de energia química através da quimioautotrofia.

2. Na região meristemática do estipe de Macrocystis, encontra-se um grande número de células em divisão...


(A) meiótica, responsável pela sobrevivência em condições desfavoráveis.
(B) meiótica, responsável pelo crescimento e pela renovação celular.
(C) mitótica, responsável pelo crescimento e pela renovação celular.
(D) mitótica, responsável pela sobrevivência em condições desfavoráveis.

3. Relacione a existência de algas castanhas de grandes dimensões, como Macrocystis, com a presença de
um estipe com células semelhantes às de um tecido de transporte presente nas plantas.

4. No ciclo de vida de Laminaria, esquematizado na Figura 7, o processo que origina a variabilidade genética
da descendência, através do crossing-over, ocorre na formação de _______, originando estes entidades
_______ e pluricelulares.
(A) gâmetas … diplóides
(B) esporos … haplóides
(C) esporos … diplóides
(D) gâmetas … haploides

Ficha 5 10/12
5 . As células do esporófito, no ciclo de vida de Laminaria, são geneticamente idênticas ao _______ e as
células dos gametófitos _______ pares de cromossomas homólogos.
(A) esporo … apresentam
(B) zigoto … apresentam
(C) esporo … não apresentam
(D) zigoto … não apresentam

6. Na fase haploide do ciclo de vida de Laminaria,...


(A) os gametófitos resultam da germinação de esporos diferentes.
(B) os gametófitos são entidades unicelulares que participam na fecundação.
(C) o esporófito é uma entidade pluricelular que forma esporângios.
(D) o esporófito origina esporos morfologicamente diferentes.

7 . Quando, durante um período de tempo, uma alga liberta para o meio maior quantidade de átomos de
carbono do que a quantidade que fixa através da fotossíntese, a alga recorre à _______ de glícidos de
reserva, _______ ATP neste processo.
(A) hidrólise … consumindo
(B) síntese … produzindo
(C) hidrólise … produzindo
(D) síntese … consumindo

8. Faça corresponder a cada uma das funções celulares, expressas na coluna A, o respetivo constituinte da
ultra-estrutura celular, referido na coluna B.

GRUPO IX
O plâncton, base da alimentação de ecossistemas aquáticos, é composto por um número elevado de
organismos de dimensões e formas diversas, pertencentes aos mais variados grupos taxonómicos. No
zooplâncton, predominam protozoários, rotíferos e crustáceos. Nas cadeias alimentares, os rotíferos servem
de alimento às crias de inúmeras espécies de peixes. Os rotíferos são omnívoros e apresentam um sistema
digestivo completo. Estes organismos não possuem nem sistema circulatório, nem sistema respiratório e
controlam a osmolaridade do seu meio interno através de uma bexiga pulsátil.

Ficha 5 11/12
O ciclo de vida dos rotíferos, representado
na figura 8, inclui reprodução assexuada e
reprodução sexuada. As fêmeas produzem
geralmente dois tipos de óvulos, ambos de casca
fina: óvulos de «Verão» e óvulos de «Inverno». Os
primeiros desenvolvem-se rapidamente, sem
fecundação prévia, produzindo somente fêmeas. F ig u ra 7 – R ep resen tação
esquemática do ciclo de vida de
Perante alterações ambientais, como, por
um rotífero.
exemplo, a escassez de alimento, produz-se uma
geração cujas fêmeas põem óvulos de «Inverno»
que, se não forem previamente fecundados, se
desenvolvem em machos de reduzidas dimensões
e férteis. Os ovos formados, denominados ovos
de dormência, apresentam uma casca resistente e
espessa, podendo permanecer em repouso por
longos períodos de tempo e sobreviver à
dessecação e ao congelamento. Ao eclodirem,
esses ovos originam fêmeas.
Figura elaborada com base em Storer e Usinger, Zoologia
Geral, 1991

1. No ciclo de vida esquematizado na Figura 7, a


letra X representa o processo em que cada
óvulo apresenta _______ número de
cromossomas da fêmea, e a letra _______
representa o processo que assegura a
variabilidade genética através do crossing-
over.
(A) o mesmo … Y
(B) o mesmo … Z
(C) metade do … Y
(D) metade do … Z

2. As fêmeas que resultam de ovos de dormência são…


(A) haplontes e originam fêmeas por partenogénese.
(B) diplontes e originam fêmeas por gemulação.
(C) haplontes e originam fêmeas por gemulação.
(D) diplontes e originam fêmeas por partenogénese.

3 . Quando os rotíferos de água doce são colocados em água destilada, a sua bexiga pulsátil tende a
_______ a quantidade de água excretada, porque o meio interno destes organismos é _______ em
relação ao meio externo.
(A) diminuir … hipertónico
(B) aumentar … hipertónico
(C) diminuir … hipotónico
(D) aumentar … hipotónico

4. A importância do fitoplâncton nos ecossistemas aquáticos está relacionada com a…


(A) oferta de alimento aos seres autotróficos.
(B) reciclagem de nutrientes orgânicos.
(C) produção primária de biomassa.
(D) preservação da camada de ozono.

FIM

Ficha 5 12/12

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