A principal ideia que o filme "A Onda" transmite é a exploração da tendência humana à
conformidade e a facilidade com que ideologias totalitárias podem se desenvolver em grupos,
mesmo em sociedades democráticas. O filme destaca como o autoritarismo pode emergir rapidamente quando as pessoas abdicam de sua individualidade e seguem cegamente um líder carismático. Ele serve como um alerta sobre os perigos da manipulação de massas e a importância de questionar a autoridade e as ideias extremistas. Para Lewin, “o grupo é uma realidade da qual o indivíduo faz parte, de forma que a dinâmica de um grupo tem sempre um impacto social sobre os indivíduos que o constituem”, sendo assim, no filme “A onda”, pode-se perceber o impacto gigantesco que o grupo criado por um professor em uma das suas aulas causa na vida de cada um dos estudantes da escola, considerando que alguns dizem que o grupo é “família” por ser o único lugar a onde se sentem acolhidos já que não têm isso em casa, outros já preferem ficar andando junto com o grupo do que ir pra casa e lidar com o pai que não lhe dá atenção. Lewin define que “a essência de um grupo não é a semelhança ou a diferença entre seus membros, mas sua independência”, em certo ponto do filme, alguns dos membros da Onda vão para uma festa na praia enquanto um único membro vai à casa do professor para “protegê-lo”, dizendo que ficará com ele para que nada de ruim aconteça com o “líder” da onda, corroborando com a ideia de Lewin sobre a interdependência dos membros, através da atitude do garoto que se propôs proteger um dos membros do seu grupo. Através das relações estabelecidas, conclui-se que o filme “A onda” exemplifica de maneira bem clara as ideias tratadas por Lewin sobre o que constitui um grupo e suas relações. Sendo assim, o filme se mostra como um ótimo exemplo de como um grupo pode ter um grande impacto na sociedade moderna.