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INDIVIDUALISMO

No trabalho a seguir, abordaremos o tema “individualismo”. O mesmo traz diversos


subtemas sobre o assunto. Neste trabalho procuraremos explicar a causa/motivo referente ao
individualismo, o que seria e o que o mesmo causa.

O individualismo na sociedade atual está ainda mais perceptível, vemos crianças e


adolescentes cada vez mais isolados em seu próprio “mundo”. Antigamente, era comum ver
as pessoas sendo mais sociáveis uns com os outros, hoje vemos pessoas pensando e agindo
em prol de seu próprio bem-estar. Mas, podemos também citar que muitas pessoas hoje se
encontram “individuais” pois possuem focos diferentes do restante da sociedade. Será que
temos o nosso lado individualista por consequência dos atos de terceiros, ou por vontade
própria?

Referências teórico

O referencial teórico da presente pesquisa foi estruturado em presando embasar o


contexto de individualismo na sociedade, ele consiste em quatro tópicos que são abordados as
referências dos temas trabalhados.

Individualismo no ambiente de trabalho

 "A diversidade funcional, especialização resultante do incremento


da divisão do trabalho, desencadearia a emergência e o fortalecimento do
'individualismo'. Trata-se de um processo gradual de afirmação das
diferenças que tem como um de seus subprodutos a "a diversidade moral"

(- MUSSE, Ricardo. Um diagnóstico do Mundo Moderno


In:DURKHEIM, 2007.)

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Individualismo estereotipagem Social

 “Individualismo é um conceito político, moral e social que exprime


a afirmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade ou ao
Estado. ... O exercício da liberdade individual implica escolhas, que, nas
sociedades contemporâneas, frequentemente estão associadas a um
determinado projeto.”

“Nas sociedades contemporâneas, uma vez que o indivíduo se


constitui na relação com o outro e em função de várias experiências e papéis
sociais, participando de vários mundos, a sua personalidade não é um
monólito: o indivíduo não é um, mas muitos, em função de suas
circunstâncias. Uma primeira dificuldade do individualismo seria, portanto, a
de definir o indivíduo, destacando-o da esfera do coletivo - que, de certa
forma, o constitui e lhe dá sentido.”

(Santos, Leandro Antônio dos ,TRIGO, 1989, p. 88)

Individualismo no ambiente familiar

  A ‘família moderna 1’, do período que vai do início do século


XX até os anos sessenta - caracterizou-se sobretudo pela construção de uma
lógica de grupo, centrada no amor e na afeição.” (...) “A ‘família moderna 2’
se distingue da precedente pelo peso maior dado ao processo de
individualização. A família se transforma em um espaço privado a serviço
dos indivíduos. Isso é perceptível através de numerosos indicadores do nível
da relação conjugal, coma maior independência das mulheres, a
possibilidade do divórcio por consentimento mútuo (na França, em 1975), a
lei de 1970 que dá fim à autoridade parental, e no nível da relação
pedagógica, como desenvolvimento da negociação das necessidades da
criança, de novas formas de pedagogia pelas quais a natureza da criança
deve ser respeitada mais do que modificada (no período precedente, a
educação moral deveria retificar a natureza imperfeita da criança).

(SINGLY, F. O nascimento do indivíduo individualizado e seus


efeitos na vida conjugal e familiar. In: PEIXOTO, C. et al. Família e
individualização. Rio de Janeiro: FGV, 2000. p.13-9.)

Individualismo no ambiente escolar

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Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas
que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim
são rotulados pela própria família, professores e colegas. Entre esses
problemas, encontram-se as dificuldades na aprendizagem e na socialização.
É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos
a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem por
algum tempo.

(Fröhlich, Ariete; Jacometo Marisa ClaudiaII IPsicopedagoga.


Professora do Colégio La Salle, Lucas do Rio Verde, MT, Brasil
II
Doutora em Educação. Professora orientadora do artigo, Lucas do Rio
Verde, MT, Brasil, 2017)

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PROBLEMA

Sabemos que hoje o individualismo vem crescendo de uma forma alarmante. Toda
uma geração está ligada cada vez mais em tecnologias que substituem o contato físico,
fazendo com que o ser humano crie relacionamentos artificiais. As pessoas continuam
caminhando paralelamente como seres individualistas e não medem esforços para atingir os
objetivos, esse isolamento é como um vírus que continua aumentando sem que se seja notado.
Sendo assim, é importante refletirmos, quantas coisas perdemos por olharmos muitas vezes
somente para nós, quão prejudicial pode ser o excesso de individualismo em tudo o que
somos e vivemos.

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OBJETIVO

INDIVIDUALISMO

O individualismo surgiu na década de 1820, entre os seguidores franceses do


socialismo de Claude-Henri Saint-Simon (1760–1825), sendo logo exportada para a
Inglaterra, Alemanha e outros países. Um autor que coloca bastante ênfase neste tema é John
Locke, ele foi uma das principais pessoas que deu início aos estudos sobre a questão do
individualismo.

Para Psicologia Social o individualismo insere todos os sujeitos em uma humanidade


comum, onde o “eu” não pode ser visto em si mesmo, mas analisado a partir da relação com o
outro, numa prática que prioriza a comunicação das consciências individuais, umas com as
outras, realizada com base na reciprocidade. Sendo assim expõe momento de equilíbrio, que
não é tão livre como determinada sociedade julga que ele é e nem se pode alcançar tudo o que
a mesma exige e insere um discurso que inverte a ordem estabelecida. Os sofrimentos
psicológicos do outro também são meus na medida que ocupamos a mesma humanidade.

O individualismo mostra uma forte ênfase em aspectos como a liberdade de escolha, a


realização pessoal, e a possibilidade de viver sem depender do outro.

Ambiente estudantil

A escola é um dos primeiros lugares onde convivemos em sociedade. Nela também


começamos a desenvolver o nosso eu, ou seja, é o lugar onde mais nos ajuda em relação a
autoconhecimento, entendemos o que somos, como somos e o que queremos ser. A
individualidade já está sendo desenvolvida desde então, na escola nos vemos individuais no
momento em que não nos encaixamos em nenhum grupo, a criança por exemplo ao entrar no

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seu primeiro ano se vê sozinha e sem amigos, ali ela precisa aprender a lidar com seu
individualismo e deixar com que outras crianças se aproximem. No decorrer dos anos,
principalmente entre os 9 aos 15 anos, muitas crianças sofrem com o bullying, são alvos dos
colegas de classe. Isso faz com que a criança se exclua por medo da rejeição de mais pessoas
e a mesma acaba crescendo e sempre se excluindo de tudo por conta desse trauma de sua
infância.

Com este núcleo educacional Dewey quer evitar a um só tempo tanto o autoritarismo
inerente à educação tradicional como o individualismo que brota do primeiro movimento de
reação à educação tradicional. Ou seja, seu dilema consiste em evitar o autoritarismo sem cair
no individualismo. Neste contexto, o fenômeno do individualismo precisava ser melhor
estudado e, por isso, Dewey dedica atenção, no capítulo VII de Democracia e Educação para
compreendê-lo.

Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas


que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim
são rotulados pela própria família, professores e colegas. Entre esses
problemas, encontram-se as dificuldades na aprendizagem e na socialização.
É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos
a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem por
algum tempo.

(Fröhlich, Ariete; Jacometo Marisa ClaudiaII IPsicopedagoga.


Professora do Colégio La Salle, Lucas do Rio Verde, MT, Brasil
II
Doutora em Educação. Professora orientadora do artigo, Lucas do Rio
Verde, MT, Brasil, 2017)

Tecnologia

Com o avanço da tecnologia na sociedade moderna, os indivíduos estão entrando sem


perceber em uma ilusão onde a vida na internet parece ser mais agradável do que a vida real
por diversos fatores.

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Como a internet é lugar muito livre os indivíduos encontram pessoas e opiniões nas
quais elas provavelmente se identificam mais, e acabam sentindo que elas podem ser mais
elas mesma no mundo virtual, do que no seu próprio ciclo social, surgindo assim um certo
tipo de individualismo.

Todas as faixas etárias e segmentos sociais estão vivenciando uma


epidemia da distração, onde o foco é o celular e não o mundo real no qual
estamos inseridos e devemos viver e interagir. Apesar da ilicitude, é comum
vermos motoristas usando celulares, em restaurantes, para muitos, é mais
importante a qualidade da foto do que o sabor do prato ou a companhia de
quem está sentado ao lado.

(Siqueira, João Paulo S. de é advogado, mestre em Consumo e


Desenvolvimento Social, professor e pesquisador-Capes,  Diário,
19/01/2017, 07h08m )

Ambiente familiar

Pode-se começar com pais que se dizem “sem tempo” para sua família por trabalho
excessivo, pais que não tem a interação com seus filhos o que é muito importante e essencial
na vida de uma criança. A falta dessa interação em casa faz com que a criança crie um mundo
só dela, um mundo de refúgio. Ela foge do convívio da sociedade por receio de não saber
interagir com outras pessoas onde acaba se distanciando da família e de amigos tornando-se
totalmente antissocial, caso isso não seja percebido e cuidado o caso pode se agravar para um
transtorno de personalidade antissocial que não tem cura.

A ‘família moderna 1’, do período que vai do início do século XX


até os anos sessenta - caracterizou-se sobretudo pela construção de uma
lógica de grupo, centrada no amor e na afeição.” (...) “A ‘família moderna 2’
se distingue da precedente pelo peso maior dado ao processo de
individualização. A família se transforma em um espaço privado a serviço
dos indivíduos. Isso é perceptível através de numerosos indicadores do nível
da relação conjugal, como a maior independência das mulheres, a
possibilidade do divórcio por consentimento mútuo (na França, em 1975), a
lei de 1970 que dá fim à autoridade parental, e no nível da relação
pedagógica, como desenvolvimento da negociação das necessidades da
criança, de novas formas de pedagogia pelas quais a natureza da criança
deve ser respeitada mais do que modificada (no período precedente, a
educação moral deveria retificar a natureza imperfeita da criança).

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(SINGLY, F. O nascimento do indivíduo individualizado e seus
efeitos na vida conjugal e familiar. In: PEIXOTO, C. et al. Família e
individualização. Rio de Janeiro: FGV, 2000. p.13-9.)

Individualismo pela estereotipagem social.

Outra forma que o individualismo está muito presente na nossa sociedade atual é o
estereótipo, julgamos as pessoas ao nosso redor pelo que vemos dela. Não deixamos que
outras pessoas se aproximem por crermos que pelo o que ela aparenta não nos é agradável ou
proveitoso a convivência com ela, não paramos para conhecer a essência de verdade e ficamos
na superficialidade como roupas, jeito, grupo social, tatuagens, piercings, gênero dentro
outros.

 “Individualismo é um conceito político, moral e social que exprime


a afirmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade ou ao
Estado. ... O exercício da liberdade individual implica escolhas, que, nas
sociedades contemporâneas, frequentemente estão associadas a um
determinado projeto.”

(Santos, Leandro Antônio dos ,TRIGO, 1989, p. 88)

Ambiente de trabalho

O comportamento individualista interfere negativamente no ambiente de trabalho e


consequentemente no resultado da empresa, pois enfraquece as relações sociais. O
profissional com comportamento individualista possui o desejo de alcançar seu sucesso
pessoal em detrimento ao sucesso coletivo. São pessoas que gostam de trabalhar com
autonomia e sem fazer parte de um grupo, ou seja, é uma postura conflitante com a exigida no
trabalho em equipe pelas empresas.

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Enquanto o individualismo caracteriza-se por um comportamento negativo da
personalidade, como já mencionado, a individualidade é um conjunto de características que
garantem a diversidade pessoal. Onde cada ser humano é único.

 "A diversidade funcional, especialização resultante do incremento


da divisão do trabalho, desencadearia a emergência e o fortalecimento do
'individualismo'. Trata-se de um processo gradual de afirmação das
diferenças que tem como um de seus subprodutos a "a diversidade moral"

(- MUSSE, Ricardo. Um diagnóstico do Mundo Moderno


In:DURKHEIM, 2007.)

Portanto, é possível trabalhar muito bem em equipe, colaborar com o atingimento dos
resultados exigidos pela empresa, sem deixar de lado os interesses pessoais, os seus valores e
alcançar seus objetivos individuais.

O INDIVIDUALISMO: conflitos são desencadeados

O convívio da individualidade entre amigos, família e relacionamentos amorosos


podem representar uma fonte de conflitos entre os mesmos.

A individualidade muitas vezes nos afasta do meio social. Quantas vezes nos pegamos
pensando que fomos excluídos por nossos amigos? Mas, se pararmos para pensar na verdade
quem acabou nos excluindo fomos nós mesmos. Muitas vezes nos sentimos insuficientes,
criamos paranoias em nossa cabeça que são desnecessárias e isso ocorre quando nós nos auto
excluímos de grupos, ficamos em nossa “individualidade” sem procurar saber o real motivo
de estarmos daquele jeito, os conflitos começam quando o grupo em questão percebe o nosso
afastamento, tentam uma reaproximação e, como estamos pensando que fomos excluídos
propositalmente, acabamos nos protegendo de uma forma agressiva, por esse e outros motivos
ocorrem brigas e discussões.

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No trabalho, por exemplo, queremos sempre bater meta e ser melhor para que
possamos ter reconhecimento, muitas pessoas passam por cima de outras para conseguir o que
quer, mas será que as mesmas se conhecem? Mais uma vez ficam presas em sua
individualidade e não permitem que terceiros se aproximem, e depois de tudo, percebe que
aquela pessoa era um alguém incrível para se trabalhar e se conviver.

A individualidade é conectada tanto com a baixa autoestima quanto com a autoestima


elevada, a questão de olharmos somente para nós mesmos é o principal foco, seja para nos
acharmos grandes demais para ter mais alguém por perto ou pequenos demais e preferir viver
sozinhos. É nessas situações que, infelizmente, ocasiona-se doenças mentais como depressão
e ansiedade. O convívio com o meio nos ajuda a vencer isso, mas precisamos permitir que
isso aconteça para que dê certo.

Não podemos esquecer que temos estados de espírito que devem ser respeitados,
muitas vezes passamos por traumas, insatisfações que afeta o nosso convívio com o outro e
por isso acabamos nos excluindo com um certo medo de represálias.

“Indivíduos frequentemente têm fins que envolvem o bem-estar de outros indivíduos;


eles frequentemente acreditam em entidades supra individuais não redutíveis às crenças que
têm sobre os indivíduos."

“Absorver e desenvolver o que é útil, criticar e rejeitar o que não tem valor.”

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HIPÓTESE

As pessoas estão ficando incapazes de se relacionar pois as mesmas estão ficando cada
vez mais narcisistas e individuais com o tempo por diversas relações como, tecnologia,
famílias ausentes dentre outros motivos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com o dicionário Aurélio: individualismo é a tendência de quem pensa


somente em si próprio; egoísmo, egocentrismo; sobreposição do valor e dos direitos do
indivíduo em detrimento de um grupo ou sociedade.

Conforme apresentado no presente trabalho, o individualismo leva a práticas


presunçosas, afastando as pessoas. Muitas situações no ambiente familiar, escolar, e do
trabalho contribuem para que esse comportamento seja acentuado. Outra forma que possibilita
o desenvolvimento do individualismo é a tecnologia, que provoca a substituição do contato
pessoal pelo virtual, assim, levando as pessoas acreditarem que estão mais próximas uma das
outras, e ao mesmo tempo afastando-as progressivamente.

Com base nas informações apresentadas é visível que o individualismo é um grave


problema que afeta não apenas as crianças e adolescentes, mas também adultos em seu âmbito
familiar e profissional. O crescimento descontrolado de aparelhos celulares, contribuiu para
uma sociedade mais individualista, enraizando uma imagem falsa de que a tecnologia só nos
aproxima. É possível afirmar que o individualismo é um dos maiores problemas que assola a
população atualmente e isso acontece de forma silenciosa.

Entretanto, o individualismo ele não tem só o lado nocivo. De acordo com o Médico-
psiquiatra Flávio Gikovate, é por meio do individualismo que chegamos ao amadurecimento,
afinal o individualismo permite que você tenha a liberdade de escolha e se desenvolva como
pessoa. Gikovate diz “Reafirmo minha convicção que o individualismo corresponde ao
atingimento da maturidade emocional, condição indispensável para o estabelecimento de
relações afetivas de qualidade e também o surgimento de um efetivo avanço moral entre nós”.
Logo é necessário um equilíbrio entre a generosidade, amor e o individualismo, pois assim é
possível ter harmonia e viver em união.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A perspectiva educacional individualista. Disponível em


<http://rdplanalto.com/noticias/23869/a-perspectiva-educacional-individualista>. Acessado
em 26/10/2019

MACHADO, Lia Zanotta. Famílias e individualismo: tendências contemporâneas


no Brasil. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/icse/v5n8/02.pdf>. Acessado em
26/10/2019

CARVALHO, Mário S. Sobre as origens dos paradigmas modernos do universalismo e do


individualismo. Disponível em
<https://www.uc.pt/fluc/dfci/public_/publicacoes/sobre_as_origens_dos_paradigmas_modern
os>. Acessado em 28/10/2019.

AVERROES, Exposición de la República de Platón 1, 3, trad. M. Cruz Hernandez


Artigo científico Scielo a individualidade no âmbito da sociedade indústria
Lua Nova: Revista de Cultura e Política, 163-204, 1989.

ELSTER, Jon. Marxismo, funcionalismo e teoria dos jogos Argumentos em favor


do individualismo metodológico. 1, 3, trad. M. Cruz Hernandez
Artigo científico Scielo a individualidade no âmbito da sociedade indústria
Lua Nova: Revista de Cultura e Política, 163-204, 1989.

Apresentado e comentado por Ricardo Musse. Trad. Cilaine Alves Cunha e Laura Natal
Rodrigues. São Paulo: Ática, 2007. p.7-11.

GIKOVATE, Flávio. Individualismo não é Egoísmo. Disponível em:


<https://flaviogikovate.com.br/individualismo-nao-e-egoismo-2/>. Acessado em 05/11/2019.

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Siqueira, João Paulo, advogado, mestre em Consumo e Desenvolvimento Social,
professor e pesquisador-Capes,  Diário, 19/01/2017, 07h08m,
https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/politica/2017/01/joao-paulo-s-de-siqueira-o-
individualismo-tecnologico.html

Vieira Douglas, Stengel Érico, Universidade Luterana do Brasil, 2010


https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=115020838012

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Anexos

Relatório de observação

Observador(a) Adriane Peroni De Santana

Local da observação: Praça de alimentação do Shopping Boulevard

Data: No dia 18 de setembro as 17:30

Lá observei várias coisas e atitudes que me chamou muita atenção e que é presente e
“normal” no nosso dia a dia.

Ao chegar no local sentei em umas das mesas e comecei a observar um grupo de


colegas de trabalho, uniformizados se aproximam da fila da pizza hut e discutem o pedido e
depois saem para procurar uma mesa onde acomode a todos. Ao se acomodarem tiram uma
coca cola a bolsa e coloca no centro da mesa, todos parecem bem descontraídos enquanto
esperam suas refeições, e enquanto isso vão conversando e passando um papel por todos que
estavam na mesa.

Depois de alguns minutos os pedidos são entregues por uma mulher que trabalha no
restaurante, e assim que faz a entrega os pedidos o grupo pede para a mulher tirar uma foto do
grupo e após tirar a foto se retira. O grupo volta a interagir entre si enquanto se servem. O
grupo se alimenta muito rápido, se levantando e deixando o lixo todo para trás e vão embora.

Logo em seguida um casal se aproxima da praça de alimentação e sentam em uma


mesa redonda no centro da praça, colocam bolsas em cima da mesa e começam a se beijar
ensandecidamente durante alguns minutos, logo após começam a conversar dando risadas
altas e tirar muitas fotos juntos, ficaram alguns minutos assim e logo em seguida vão embora
abraçados.

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Observador(a) Annaís Gaspar

Local da observação: Praça de alimentação do Shopping Boulevard

Data: No dia 15 de setembro as 16:45

Foi observado o público diante a uma apresentação de karaokê. Havia em torno de 90


a 100 pessoas no local, dentre elas crianças, mulheres e homens de diversas idades.

No primeiro momento da apresentação, onde o apresentador explicava sobre a


competição de karaokê, poucas pessoas estavam prestando atenção no que estava
acontecendo, assim que foram iniciadas as apresentações, a atenção do público começou a se
prender nos cantores e logo em seguida, os celulares começaram a aparecer. Foi neste
momento que foi possível observar que as pessoas presentes não estavam interessadas em
discursos e sim nas apresentações em si, nas músicas e performances que aconteciam por lá.

Foi observado também que o público só prestou atenção realmente nos momentos
onde foram tocados estilos musicais que os agradavam, quando subia ao palco algum cantor
que tocava um estilo musical que não satisfazia o público, logo a atenção do mesmo era
perdida.

O uso do celular também foi muito evidente, as pessoas gravavam e tiravam foto
das apresentações que os agradavam mais.

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Observador(a) Beatriz Gianini L. Lins

Local: Praça de alimentação do Shopping Boulevard

Data: 18/09/2019 as 18h40m

Vi uma criança correndo de um lado para o outro. 

Vi um casal namorando em quanto comiam e vi uma família comendo, sem muita


comunicação. 

Um grupo de 5 meninas, todas aparentando entre 18 e 20 anos estão sentadas


em uma mesa mais espaçosa na lateral da praça de alimentação. As meninas se
alimentaram de lanches do fast food Mc Donald's. Todas dão risadas altas, batem
palmas e conversam sobre algo bem descontraído. Todas parecem ser amigas de longa
data, pois conversam com bastante intimidade e sem nenhuma preocupação. Estão
sentadas confortavelmente em cadeiras espaçosas, e não se preocupam com as pessoas
ao redor. O uso de aparelhos eletrônicos é curiosamente reduzido a zero. Elas mantem
o contato físico, tocando umas nas outras, nos braços e nas mãos, e o contato visual
parece importante. Ao contrário da maioria das pessoas ali, que sentam e comem
rapidamente com o celular na mão, as garotas não parecem estar preocupadas com o
horário, conversa se mantém assim por todo o tempo da observação.

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Observador(a): Breno Fernandes da Costa

Local: Praça de alimentação do Shopping Boulevard

Data 15/09/2019 Início 19:45, duração: 1h30

Ao chegar na praça de alimentação havia mais de 300 pessoas.

Naquela noite tinha um campeonato de Karaokê e os cantores eram muito talentosos.

Muitas pessoas estavam tomando cerveja em frente ao palco, cantando junto com os
cantores.

Havia pessoas em pé gritando e aplaudindo as apresentações.

Os restaurantes estavam vazios, apesar do ambiente estar cheio.

As atendentes dos restaurantes, estavam incomodadas com o som alto.

Muitas famílias que circulavam o local ficaram surpreendidas pela atração do


shopping.

A maior parte das pessoas na praça de alimentação eram mulheres adultas e a maioria
delas eram amigas ou familiares dos cantores.

Ao observar as pessoas aproveitando o show de Karaokê, o que mais chamou minha


atenção era a quantidade de pessoas que se mostravam alcoolizadas, mesmo em um ambiente
público com famílias por perto. Elas não se preocupavam com suas atitudes e vocabulário
"pesado".

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No fim do show, era possível ver em cima das mesas muitos copos plásticos que
continha cerveja.

Os funcionários que executavam limpeza estavam com aspecto de exaustão, cansados


e não esboçavam nenhuma feição alegre.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É notável que todas as pessoas que vão ao shopping estão em busca de conforto e
lazer, porém certas atitudes individualistas podem comprometer o passeio de outras pessoas.
O shopping apesar de ser um ambiente muito frequentado deveria compartilhar de mais
atitudes empáticas para proporcionar um ambiente mais agradável a todas as pessoas.

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Observador(a) Danielle Pinheiro Del Busso

Data da observação: 27/09/2019 15h08m

Local da observação: Praça de alimentação do Shopping Boulevard

Cheguei até o local da observação, sentei e fiquei procurando por algo que me
chamasse realmente atenção, fiquei procurando por uns 5 minutos mais ou menos.

Pelo horário tinha bastante movimento e gente de tudo que era jeito como: pessoas em
grupos, pessoas sozinhas, pessoas comendo, pessoas no celular e etc.

Diante a tantas observações para realização deste trabalho não imaginava o que
realmente notar, até que eu encontrei algo que me mostrou grande interesse em observar.

Comecei a notar 2 mulheres conversando uma era morena e outra era loira. Tendo
também 3 crianças pequenas junto com elas, que aparentava ter de 4/8 anos mais ou menos.
Uma das mulheres era morena de cabelo cacheado, blusa na cor branca. Enquanto a outra
moça era loira, com uma blusa de frio azul e usava uma aliança.

Uma das crianças aparentava ser bem elétrica e parecia querer chamar atenção da
mulher loira a toda custo, enquanto ela conversava com a morena.

As outras duas crianças estavam no celular e assim permaneceu o tempo todo, sem
interagir, sem fazer birras, somente focadas no celular.

As duas mulheres a todo o momento estavam conversando ali entre elas, sem se
preocupar com as crianças ou com as pessoas em volta, enquanto uma delas está de costas
para criança que mais aparentava querer chamar atenção desta moça.

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As duas mulheres aparentavam ser bem próximas. Durante todo o período de
observação eu notei que elas riam o tempo todo da conversa e aparentavam estar bem
animadas com aquela conversa.

Más a todo o momento não se direcionavam as crianças, que estavam ali na mesma
mesa que elas, notei que as duas crianças que estavam no celular eram bem parecidas uma
com a outra, poderia ter algum vínculo familiar ou não.

A criança que estava do lado da moça de azul a todo o momento não parava de fazer
birras. A criança aparentava ser bem parecida com esta mulher, e de até querer certa atenção
tanto da moça quanto dos outros dois meninos que estavam no celular.

Neste caso eu comecei a notar dois fatores, comecei a dar conta das pessoas em minha
volta e ver que todo mundo não saia do celular, até os que estavam em grupos que
provavelmente seria casais, família, amigos.

O primeiro fator foi o uso excessivo do celular e o quanto ele está tomando uma
proporção gigantesca na vida das pessoas, afastando elas de quem está próximo no presente e
juntando quem está distante, fiquei bem impressionada ao ver as pessoas não largarem ele
nem para comer, conversar (as pessoas que estavam acompanhadas de alguém), se tornando
até um “vício” para maioria das pessoas hoje em dia

O segundo fator foi a questão da individualidade, o quanto algumas pessoas até se


excluem e começam a ficar ali no “mundo delas” que seria basicamente o celular, esquecendo
das pessoas em voltas. Ver as pessoas totalmente robotizados “esquecendo” de viver aquele
presente.

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Observador(a) Erika Barbosa Alves

Data: 18 de outubro de 2019

Local da observação: Praça de alimentação do Shopping Boulevard

Senhora de idade avançada com cabelos grisalhos, branca roupa social caminhando
lentamente falando no celular, fica parada por uns instantes no meio do local e depois volta a
caminhar, local movimentado muitas pessoas entrando e saindo.

Mulher jovem com uma criança de colo em um canguru com outro menino jovem ao
lado com um copo de sorvete na mão andando conversando menino diz algo mulher para
responde faz menção de colocar a bolsa em cima do banco porem continua andando.

A minha frente a um banco de 6 lugares todos ocupados no momento por 4 mulheres e


2 homens todos mexendo no celular logo ao lado uma loja de havaianas dentro há 3 homens e
4 mulheres uma sai rapidamente da loja com um riso no rosto.

Praticamente todas as meses visivelmente cheias, mulher com movimentos


visivelmente debilitados de idade avançada com uniforme retira pratos sujos de uma mesa,
outra senhora com outro tipo de informe passa com um carrinho de limpeza e um esfregão,
homem jovem passa assoviando e batendo um papel contra sua mão, mulher falando ao
telefone rindo parada no meio do espaço livre da passagem desliga o celular ao se aproximar
um homem jovem que encosta no seu braço os dois saem andando conversando, homem de
palito e fones parado no canto observando todos aos redor, se aproxima outro homem com um
palito parecido e o mesmo fone cruza os braços e começam a conversar.

Mulher entra em restaurante com placa restaurante mineiro pega um prato e começa a
observar as comidas, começa a colocar comida em seu prato menina pequena com uma
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mochila de coruja seguindo ela, mulher da duas voltas a mesa se servindo depois entra para
dentro onde entrega o prato a uma balconista, menina pequena fala algo mulher olha para ela,
elas entram em um diálogo, mulher conversa com a balconista e.

Em uma mesa há 1 homem e 2 mulheres, mulher de roupa preta jovem conversa com
homem, outra mulher de verde mexendo no celular a de preto fala algo com a de verde ambas
dão uma risada e a de preto sai, homem e mulher de verde continuam mexendo no celular.

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Observador(a) Estella Lima de Azevedo Zímolo

Local: Praça de Alimentação, Shopping Boulevard, Tatuapé.

Data: 17/10 às 21h20m

Ao abdicar do “piloto automático” e aderir um olhar sublime, nesta noite observei os


relacionamentos interpessoais, sendo mais especifica, entre pais e filhos.

Hodiernamente, relações familiares estão cada vez mais escassas; a afetividade,


esvaindo-se. A princípio, meu alvo foi questionar o porquê de a afetividade ser um dos
maiores estímulos para o desenvolvimento.

Com o passar do tempo, sentada na praça de alimentação, avistei uma mesa cercada
por dois casais e seus respectivos filhos, onde os adultos conversavam entre eles, e as crianças
buscavam fontes de diversão com brincadeiras por elas inventadas.

Doravante, atentei-me para os detalhes que rodeavam aquelas pessoas e minhas


indagações passaram a aumentar. As famílias que estavam presentes, aparentavam ter
combinado de se encontrar em um ambiente de lazer para fugir da rotina e compartilhar
experiências, porém, não havia um diálogo misto e único, como já foi mencionado
anteriormente. As crianças criavam brincadeiras que propiciassem um foco de atenção, muitas
vezes não percebido, e quando conseguiam, as respostas eram, na maioria das vezes,
negativas, como por exemplo, “não faça isso”, “fique quieto” e frases com esse teor.

Atentei para as expressões faciais e corporais das crianças e notei um comportamento


hiperativo, oscilando com momentos de internalização. Não houve boa comunicação com os
genitores.

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Posteriormente, outro casal sentou à mesa com sua filha, então mudei um pouco o foco
e passei a comparar para fazer associações. Neste caso, a mãe conversava o tempo todo com a
filha; o pai olhava muito o celular, mas compartilhava o que estava vendo com a filha.

A partir desses pequenos estímulos, percebi uma diferença enorme na formação de


uma personalidade. A garota demonstrava interesse em estar ali, interagia com os pais, sorria
frequentemente e fazia brincadeiras sutis.

Com esses dois casos comparativos, inclinei-me para as pesquisas sobre os estímulos,
reforços e como a afetividade influencia no desenvolvimento da pessoa e pude discernir
alguns dos erros cometidos por nossos primeiros educadores.

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Observador(a) Larissa Vasconcelos Nascimento

Local: Praça de alimentação do shopping Boulevard em São Paulo

Data: dia 21 de novembro 16:00 às 17:24.

Vi pessoas brigando em um restaurante com o dono ou gerente do estabelecimento.

Funcionários de um estabelecimento trabalham com bastante agilidade.

Ouço músicas vindo de um restaurante, música alta, as pessoas gostam da música do


restaurante, um grupo se reúne no restaurante.

O chefe de um restaurante pede agilidade para os funcionários.

Um outro restaurante mal tem movimento de pessoas, os funcionários do restaurante


sem movimento me parecem bem desanimados.

Observei um terceiro restaurante com uma imensa fila na porta de entrada.

Os funcionários de um dos restaurantes observados trabalham com a expressão facial


bem séria, o mesmo restaurante é bem vazio, quase ninguém entra.

Já em um outro restaurante, um fast food, observasse que os funcionários são bem


mais ativos, a expressão facial é mais alegre e neste restaurante entram bem mais clientes, o
único problema é que não possui um espaço físico considerável para suportar todos os clientes
dentro do mesmo, a maioria fica na própria praça de alimentação.

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Vi um outro restaurante que também é muito movimentado, nele há uma certa
organização, uma fila para entrar, etc. É bem mais caro e a comida é muito bem falada.

O segundo que também era movimentado é uma hamburgueria bem conhecida onde os
lanches são muito bem falados. A diferença entre ele e o terceiro está apenas no preço e na
comodidade comparando um com o outro.

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Observador(a): Maria Verginia Silva Spranger

Data: 21/09/19 as 17h22m, duração 1h30

A observação foi realizada na praça de alimentação do Shopping Boulevard no bairro


do Tatuapé em São Paulo.

Ao chegar à praça de alimentação, procurei uma mesa livre para me acomodar e iniciar
minhas observações.

Haviam pessoas sentadas, algumas em grupos e outras sozinhas. Algumas


conversando e fazendo refeição. Outras utilizando o celular mesmo na companhia de pessoas
à mesa. Observei também pessoas lendo livros e fazendo anotações.

Diante de tantas opções de observação para realização desse trabalho, me senti um


pouco perdida, e decidi observar o comportamento dos funcionários dos restaurantes da praça
de alimentação.

Mesmo de longe, a forma de apresentação das funcionárias da loja Mc Donald’s me


chamou a atenção. Elas utilizavam o uniforme, mas em suas cabeças laços coloridos e uma
maquiagem bem forte.

Troquei de lugar, sentei-me em frente à loja e assim iniciei minha observação.

Havia quatro funcionários trabalhando no caixa, recepcionando os clientes, sendo: três


do sexo feminino e um do sexo masculino. Cada caixa contava com o auxílio de um
funcionário, todos do sexo feminino, jovens com idades entre 18 e 25 anos.

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No interior da loja, onde são preparados os lanches, havia aproximadamente sete
funcionários, todos do sexo masculino e aparentemente com idades entre 18 e 25 anos.

Havia na fila aproximadamente 18 pessoas, a maioria jovem. As filas de clientes


aguardando atendimento diminuíam rapidamente, mas aumentavam com a mesma velocidade.

Percebi que as atividades eram executadas de forma padronizada e com muita rapidez.
Mas o que me chamou a atenção foram os semblantes de tensão dos funcionários na maior
parte do tempo.

Em um dado momento, uma funcionária da equipe, que parecia ter a função de


supervisora do grupo, falou algumas palavras em voz baixa, dificultando a minha escuta
devido à distância, e em seguida os atendentes, sem parar o que estavam fazendo,
mecanicamente esboçaram sorrisos. Os sorrisos nos rostos tinham curta duração, logo
voltavam à tensão inicial. Observei que a ação se repetiu mais três vezes até o final da
observação, o que me pareceu ser uma estratégia de descontração para reduzir o nível de
estresse da equipe e aumentar a produtividade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O ambiente de trabalho é o local onde as maiorias das pessoas passam a maior parte do
seu dia, desse modo o ambiente de trabalho irá refletir diretamente sobre a personalidade do
indivíduo.

As constantes pressões por resultados cada vez maiores podem ter um efeito
extremamente prejudicial tanto para empresa quanto para o trabalhador.

Momentos descontraídos no trabalho contribuem para melhorar o astral das pessoas,


trazendo sensação de leveza, mas isso não é suficiente. É preciso atenção às consequências

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que a pressão no trabalho, em busca de resultados cada vez maiores, traz sobre a saúde do
trabalhador, como por exemplo, o stress.

As pessoas estão preparadas para trabalhar sobre pressão sem prejuízos à saúde?

Segundo dados da OMS, os transtornos mentais e comportamentais estão entre as


principais causas de perdas de dias de trabalho no mundo. Os casos leves causam em média
perda de quatro dias de trabalho/ano e os graves cerca de 200 dias de trabalho/ano.

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Observador(a): Samara Rodrigues

Local: Praça de alimentação do shopping Boulevard em São Paulo


Data: 15 de setembro de 2019 as 16h45m

Se foi observado a reação do público, que era composto por homens, mulheres,
crianças e jovens em uma quantidade aproximada de 100 a 159 pessoas, em relação a uma
competição de karaokê que estava ocorrendo no momento.

De primeiro instante, quando se iniciou, poucas pessoas que estavam na praça de


alimentação prestaram atenção, pois só estavam tendo discursos e apresentações mas logo
após o término da introdução da competição, começaram a entrar os competidores, que logo
captaram a atenção de todos que estavam presentes, quando a apresentação do competidor que
estava a se apresentar no palco era muito boa na opinião do público, foi observado que as
reações eram mais exuberantes, as pessoas gritavam, assobiavam e ficavam em pé para bater
palmas, diferente de quando a apresentação não chamava muita atenção e no final o público
só fazia uma salva de palmas rápida.

Foi observado também durante as apresentações que alguns estilos musicais


mostrados chamaram mais atenção do que outros, por exemplo, um competidor que cantou
uma música gospel chamou muito menos atenção do público do que o competidor que cantou
uma música de rock, que teve uma salva de palmas muito grande.

Em geral, foi observado que o público teve bastante interação com a competição, mesmo
tendo menos atenção em alguns momentos do que outros, as pessoas filmavam, batiam
palmas, torciam e interagiam de diversas outras formas.

Conclui-se então que a competição de karaokê tirou o público presente do habitual que se
ocorre em uma praça de alimentação e os levou para um momento diferente e amistoso, o que
de forma geral pode ter deixado o dia de várias pessoas mais agradável.

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Observador(a): Sthefany Oliveira.

Local: Praça de alimentação do Shopping Boulevard Tatuapé.

Data de observação: 27/09/2019 18h00m

Grande parte das pessoas que lá estavam, ficavam mexendo no celular, até quando
estavam com familiares ou amigos, dando mais atenção ao mundo virtual do que ao mundo
real.

Na maioria das vezes não havia diálogo entre o grupo. O celular era mais importante e
mais agradável que as pessoas que estavam lá.

Pelo horário tinha bastante movimento, grupos de amigos e famílias.

Observei o que me pareceu ser uma família, um homem, uma mulher e duas crianças.

O homem tentava falar com a mulher, mas a mesma não lhe dava atenção, pois estava
no celular. Até que o homem se irritou e saiu da mesa.

Ficou a mulher e as duas crianças, o filho ficou a chamando, mas ela não respondia,
pois estava mexendo no celular. A criança fazia de tudo pra chamar atenção da mãe.

Outro fato que me chamou atenção foi que, quando o filho mais novo a chamava, ela
parava de mexer no celular e lhe dava total atenção. Brincava com a criança e deixava o
aparelho de lado.

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Ele foi o único que conseguiu fazer com que a mãe se interessasse no mundo real, e
não ficasse apenas no mundo virtual.

Outro fato que me chamou atenção foi um casal, estavam sentados um de frente para o
outro.

Enquanto a comida não chegava, eles não conversavam, ficavam apenas mexendo no
celular, não havia nenhum tipo de diálogo ou interação.

Quando a comida chegou trocaram meia dúzia de palavras e voltaram para o mundo
virtual. Deixando a comida de certa forma de lado.

O uso do celular pode ser bom em algumas circunstancias, como por exemplo: acesso
rápido a informações, poder se comunicar com quem está longe, tirar fotos a qualquer
momento e assim eterniza-lo.

Mas o uso desenfreado do mesmo pode causar malefícios também, como por
exemplo: falta de concentração, dores de cabeça, isolamento social, entre outros.

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Observador(a): Vitória da Cunha Souza

Local da observação: Praça de alimentação do Shopping Boulevard

Data: 21/09/2019 14h30m

A observação foi realizada no Shopping Metrô Boulevard Tatuape, que fica localizado
no bairro Tatuape em São Paulo.

Quando cheguei ao local da observação, fui ate um ponto da praça de alimentação que
estivesse cheio e que tivesse algo que me chamasse a atenção.

E por conta do horário de grande movimento normalmente nas ilhas de coleta que
ficam espalhados pela praça sempre tem um ou dois funcionarios da limpeza, fazendo a
organização dos pratos, enfim. Ao ficar observando os procedimentos que eles faziam (o
mesmo em todos os pratos), percebi algo que me chamou muito a atenção.

Todos os funcionarios que estavam nas ilhas, não aparentavam estar felizes, ou
satisfeitos ou qualquer coisa do tipo. E confesso que isso me intrigou um pouco, e foquei
minha observação mais nesse ponto, e então consegui deduzir o motivo.

Muitas pessoas que iriam colocar os pratos no local não agradeciam, não pediam por
favor e muita das vezes nem se quer olhavam para a pessoa que ali estava, tratando os
mesmos como se não existisse. Logo após observei que o supervisor deles era “arrogante” e
não tratava os funcionarios com educação, falava apenas e “pronto e acabou”.

E foi então que eu entendi o motivo da expressão triste, por conta da falta de empatia
do meio em que se está, e isso realmente deve se levar em consideração.

Esse foi o ponto mais forte que eu observei, o egoismo e a falta de empatia com o
proximo.

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