Você está na página 1de 1

Why Fear Seduces

Mathias Clasen
Horror, em qualquer mídia, é um dos
gêneros mais consistentemente
populares e rentáveis.
Nesse livro, é considerado horror o tipo de ficção feita p.7 (Introduction: the dark genre and its
para assustar e/ou perturbar sua audiência. Muitos paradoxes - Stephen Prince)
críticos diferenciam horror sobrenatural de horror
psicológico. O horror sobrenatural geralmente envolve
uma suspensão ou violação das leis físicas, geralmente Especialistas tentam explicar nossa fascinação por terror há
encarnada em ou causada por um agente sobrenatural. décadas, recorrendo muitas vezes às ideias ultrapassadas de
Horror psicológico, no entanto, apresenta ameaças e Freud sobre como nossas mentes funcionam.
cenários naturalistas (ainda que muitas vezes "There is, in the Freudian view, a pleasure associated with
implausíveis). p.10 confronting "forbidden," repressed material, but also a price to
pay, namely the negative emotions produced by the story." p.9

A alegação central do livro é que ficção de horror é crucialmente dependente das propriedades evoluídas do sistema nervoso central
humano.
"Horror fiction targets ancient and deeply conserved defense mechanisms in the brain; when it works, it works by activating
supersensitive danger-detection circuits that have their roots far back in vertebrate evolution, circuits that evolved to help our ancestors
survive in dangerous environments. Humans have an adaptive disposition to find pleasure in make-believe that allows them to experience
negative emotions at high levels of intensity within a safe context." p. 11
As histórias são especialmente bem-sucedidas se refletem ou respondem a ansiedades socioculturais salientes. Nascemos suscetíveis a
sentir medo, mas as coisas que tememos são de certa forma plásticas e moduladas por cultura. Isso explica porque a ficção muda com o
contexto, de tempos em tempos e em lugares diferentes.

What horror is and how it is studied?


Estudiosos sugerem que o gênero de horror surge da eclosão dos romances góticos no final do século XVIII.
"[...] the Gothic novel -- the exotic setting in a faraway land in a faraway past; the creepy old castle; the dark and secret passageways; the
innocent heroines chased by malicious villains; uncanny, inexplicable events contributing to a darkly melodramatic atmosphere, and so
on." p.15
Uma hipótese comum em Horror Acadêmico / Estudo Gótico é que os romances góticos irrompem como uma consequência da repressão
do Iluminismo. Pensadores do Iluminismo valorizavam a razão, racionalidade, e ciência, e travou uma dura batalha contra a superstição e a
ortodoxia acadêmica e religiosa. Nesse clima, as paixões humanas básicas são suprimidas: emoções violentas, imaginação selvagem,
fantasias indomáveis; essas paixões encontraram uma saída no Romantismo.
Muitos críticos consideram horror moderno "gótico", ou usam "gótico" como termo guarda-chuva que contém horror. Outros consideram
"gótico" e "horror" sinônimos, ou reconhecem que são usados com frequência como sinônimos. Na visão do autor, "horror" é o termo
guarda-chuva, uma categoria que abrange os tipos de ficção que são projetadas para suscitar emoções negativas, como ansiedade e medo
na audiência. Horror é uma designação funcional, que transcende a história.
(Douglas E. Winter)
"Horror is not a genre, like the mystery or science fiction or the western. It is not a kind of fiction, meant to be confined to the ghetto of a
special shelf in libraries or bookstores. Horror is an emotion" p.17
De acordo com uma pesquisa feita pelo autor, a maior parte dos entrevistados considera o estímulo de emoções negativas uma parte
primária e irredutível da atração do gênero.
"Perhaps people seek out horror exclusively to be stimulated intellectualy or aesthetically, or because of peer pressure, or because their
curiosity overrides their aversion toward negative emotions evoked by artworks." p.17
Muitos estudiosos veem horror como um fenômeno puramente cultural, algo exclusivamente construido por condições culturais
específicas, mas essa noção é insustentavelmente redutiva: ela falha em levar em consideração as disposições psicológicas profundas
sobre as quais as histórias de horror se fundamentam. Ela é problemática, além disso, por ignorar as raízes do horror em tradições
narrativas mais antigas.
(James B. Twitchell)
"the place to start any comprehensive study of horror (of which this is not one!) would be back in the cave, where doubtless our ...
ancestors nestled among the rocks to watch the flickering shadows play on the walls, pretending that they were watching the forms of
charging beasts, the first 'creature features'" p.19
(H. P. Lovecraft)
"the horror tale is as old as human thought and speech themselves", which was "naturally [to be] expected of a form so closely connected
with primal emotion" p.19
"sometimes a curious streak of fancy invades an obscure corner of the very hardest head; so that no amount of rationalization, reform, or
Freudian analysis can quite annul the thrill of the chimney-corner whisper or the lonely wood" p.20
Lovecraft estava usando psicologia do senso comum e um conhecimento profundo de tradição literária, mas estudos mais recentes de
neurociência e ciência cognitiva fundamentam seu posicionamento. Ele também acreditava que as pessoas são biologicamente suscetíveis
ao medo supersticioso. Seguindo o caminho contrário de Lovecraft, muitos acadêmicos tentaram desvencilhar o gênero de horror da
"emoção primitiva" e focaram, ao invés disso, na força cultural que alegadamente abriram caminho e deram forma a tais narrativas. Essa
pretensão dessa separação era alimentada pela tendência intelectual geral de minimizar ou ignorar fundamentos biológicos culturais, uma
tendência que dominava na academia as ciências sociais e humanidades na maior parte do século XX.
Somos evoluídos para reagir com medo a até mesmo estímulos ambíguos que possam sugerir perigo. p.21
(Marks Isaac & Randolph M. Nesse) Em um ambiente perigoso e imprevisível, um falso-negativo -- assumir que não há perigo quando há --
é muito mais dispendioso que um falso-positivo -- assumir que há perigo quando não há. p.35
Na perspectiva Freudiana do horror tem uma característica de distorção profunda. De acordo com Chris Dumas, em 'Horror and
Psychoanalysis: A Primer', o horror é sempre lida com irracionalidade e é inegavelmente sexual em origem. Isso pode ser correto em
termos de psicanálise, mas o medo de perigo, do sobrenatural ou de agentes psicóticos (o que ele chama de irracionalidade) são
enraizados em fatores evolutivos e não em repressão psicossexual. Outra distorção Freudiana defendida pelo autor é que toda a violência
é sobre castração e punição e, de acordo, sempre sobre gênero. Se isso fosse verídico, mulheres e outros indivíduos que não possuem
pênis seriam imunes a narrativas que incluem decepamento. Do ponto de vista psicanalítico, horror não é sobre coisas horríveis, é sobre
desejos reprimidos apresentados em disfarces metafóricos, o que supostamente explica porque reagimos com horror a representações
simbólicas de nossas mais profundas e secretas fantasias. Nessa ótica, as narrativas podem ser vistas não como uma forma de escapismo,
mas uma maneira de lidar com materiais reprimidos. Muitos críticos aceitam a ótica Freudiana porque ela os presenteia com a ilusão de
um acesso privilegiado a uma camada oculta de realidade textual, que seria acessível apenas a especialistas altamente treinados. Se a
psicanálise ortodoxa foi rejeitada como um paradigma explicativo da psicologia, poderia de alguma forma ser verdadeira ou válida no
estudo literário e midiático? É problemático que atualmente as mais promissoras abordagens acadêmicas operam em falsos pressupostos
epistemológicos e são baseados em fundamentos psicológicos teoricamente obsoletos.
O autor apoia uma abordagem biocultural para o horror, integrando atenção a particularidades culturais em uma estrutura formada
biologicamente. p.30

The evolution and stimulation of negative emotion


(Rush W. Dozier)
Um fator paradoxal de nossos cérebros bem desenvolvidos e nossas imaginações unicamente desenvolvidas é que encaramos não apenas
perigos reais e plausíveis, mas também perigos imaginados, que existem apenas em nossas mentes, o que não os torna menos
assustadores.
Em humanos e outros mamíferos, emoções negativas tem a função de proteger os organismos de malefícios, de motivá-los a se distanciar
de coisas que representam dano em potencial.
(David Quammen)
"Among the earliest forms of human self-awareness was the awareness of being meat" p.34
(Arne Öhman & Susan Mineka) Tendemos a reagir com mais medo a estímulos que são evolutivamente relevantes, não necessariamente
estímulos que são verdadeiramente perigosos no mundo moderno.
"It is much easier for humans to fear snakes, say, than to learn to fear lawnmowers, despite the fact that lawnmowers are much more
dangerous to us in the industrialized world" p.35
(Donald E. Brown & Paul Ekman)
Medo é a emoção negativa prototípica e o verdadeiro universal humano, que é encontrado em todos os membros normalmente-
desenvolvidos da espécie.
(Arne Öhman)
O medo está intimamente relacionado à ansiedade, outra emoção negativa evoluída para nos proteger de malefícios. Mas onde o medo é a
resposta adaptativa para ameaças imediatas, a ansiedade é a resposta evolutiva para ameaças distantes, potenciais ou abstratas.
O medo nos prepara para lutar ou fugir, mas a ansiedade nos estimula a sondar e investigar nossos arredores. Dozier vê a ansiedade como
um subtipo de medo e argumenta que a ansiedade é uma emoção focada no futuro, que responde à antecipação do perigo e de ameaças.
(Arne Öhman & Susan Mineka)
Outra característica interessante do medo é seu encapsulamento, sua impermeabilidade do controle cognitivo. Quando a resposta de
medo está ocorrendo, ela dificilmente vai ser extinguida pela consciência. Por mais que o indivíduo saiba que não há perigo real na
situação, ele dificilmente conseguirá superar a influência dos mecanismos de defesa evolutivos que evoluíram para não confiar em meras
aparências.
(Kendal Walton)
Ficção produz emoções genuínas e não quasi-emoções.
(Denis Dutton)
A imaginação permite que criemos simulações e previsões, trabalhando possíveis soluções para problemas sem experimentação de alto-
custo com prática real. p.41
Ficção de horror normalmente é projetada para nos atrair e manter envolvidos, geralmente criando um universo ficcional reconhecível
(até em histórias com elementos sobrenaturais, o cenário costuma ser bastante naturalista), o que nos dá uma "âncora" no mundo ficcional
(um ou mais personagens cuja perspectiva podemos vivenciar na história ou com quem podemos empatizar) e expõe essa âncora a
eventos desagradáveis. Essa estrutura permite que a audiência projete a si no mundo ficcional e sinta com e pelo protagonista. A evolução
nos condicionou a prestar atenção em sinais de perigo, reais ou não, e nossa atenção é fixada pelo tipo de situação representada em
horror.
Escuro e cenários obstruídos visualmente são pilares da ficção de horror.
Quando somos expostos a estímulos que produzem medo ou ansiedade, nos tornamos sensibilizados e suscetíveis a esse tipo de estímulo,
reagindo com maior força a estímulos posteriores. Uma cena de filme fora de contexto provoca muito menos medo: uma boa narrativa
nos sensibiliza aos estímulos de medo e prende nossa atenção, além disso, não se cria o mesmo laço de empatia na falta de informação
anterior e sem empatia não há investimento emocional.

Spooky monsters, scary scenarios and terrified characters


Os monstros mais bem-sucedidos da ficção encarnam perigos ancestrais e exploram medos evolutivos humanos. Os artistas de terror
tipicamente querem atingir o máximo de pessoas possível, preferindo medos mais comuns e universais para a audiência. Ao longo da
história evolutiva, humanos e seus ancestrais encararam perigos letais nos domínios de predação, violência intra espécie, contaminação-
contágio, perda de status e características ambientais não-vivas. A pressão de seleção resultou em uma maior sensibilidade a esses
perigos. Às vezes, essa sensibilidade permite que o sistema do medo expanda irracionalmente uma categoria e identifique um objeto
inócuo como ameaça. p.47
(Pascal Boyer & Brian Bergstorm)
Crianças evoluem para desenvolver determinados medos na fase em que eles seriam tipicamente encontrados ou em que elas seriam
particularmente vulneráveis a eles. Por mais que algumas pessoas amadureçam e superem alguns medos, é comum que um medo tenha
início na infância e persistam ao longo do tempo, apesar de modificados. p.50
Seres humanos são altamente adaptáveis e se inserem em diferentes ambientes. Levando em consideração que ambientes diferentes
abrigam perigos diferentes, nem todos os medos humanos são instintivos e programados. Devemos aprender o que devemos temer, mas
esse aprendizado ocorre em um espaço de possibilidade biologicamente restrito.
Monstros são imaginados para replicar especificações de mecanismos de detecção de ameaça evoluídos -- eles se parecem com o tipo de
coisa que somos biologicamente preparados para temer, porém mais predatórios e maiores. A maioria desses monstros apresentam
características "supernormais" (Deirdre Barrett), eles são maiores, mais perigosos, ou mais astutos que os organismos reais que imitam.
Humanos decifram o estado interior, intenções e motivações de outros humanos através de suas expressões. O ocultamento da face
(máscaras e maquiagem de palhaço, por exemplo) criam uma atmosfera de incerteza: o indivíduo se torna ilegível e imprevisível. p.58
Conceitos sobrenaturais bem sucedidos tendem a serem minimamente contraintuitivos ou correspondem em grande parte a suposições
intuitivas sobre seu próprio grupo de coisas, mas têm um pequeno número de ajustes que os tornam particularmente interessantes e
memoráveis. Esses conceitos mais simples são mais marcantes e carregam melhor mensagens que conceitos muito bizarros e monótonos.
p.61
"C. S. Lewis, in his 1940 book The Problem of Pain, proposed an intriguing thought experiment:
Suppose you were told there was a tiger in the next room: you would know that you were in danger and would probably feel fear. But if
you were told ‘There is a ghost in the next room,’ and believed it, you would feel, indeed, what is often called fear, but of a different kind. It
would not be based on the knowledge of danger, for no one is primarily afraid of what a ghost may do to him, but of the mere fact that it is
a ghost. It is ‘uncanny’ rather than dangerous, and the special kind of fear it excites may be called Dread." p.62
O nojo evoluiu para proteger o organismo humano, mais especificamente de malefícios ligados à ingestão de substâncias patogênicas. As
pessoas tendem a achar os mesmos objetos e situações nojentas, independente de suas experiências culturais. Pesquisadores
identificaram três tipos de nojo: patógenos (como descrito anteriormente), moral e sexual. O nojo foi cooptado por outros sistemas
cognitivos para mobilizar nossa condenação à violação das normas (moral) e nos proteger de atividades reprodutivas geneticamente
prejudiciais (sexual). p.66
Mostrar detalhadamente a reação de personagens a horrores fortalece a resposta da audiência, pois explora a disposição humana de
reproduzir o estado emocional de outras pessoas.

The appeal, functions and effects of horror


Ficção é algo universalmente humano, encontrado em todas as culturas documentadas. p.66
Alguns cientistas sociais evolucionistas afirmam que nosso apetite por ficção é um subproduto evolutivo, um acidente biológico sem
função. Ele não teria um propósito adaptativo, mas que consumiríamos essas histórias como uma forma de estimular artificialmente
circuitos de prazer evoluídos.
Outros cientistas afirmam que esse apetite por ficção é biologicamente adaptativo. Eles teorizam que nosso envolvimento com mundos
ficcionais é um jeito crucial que encontramos para dar sentido ao mundo, a nós mesmos e uns aos outros. Ficção não é só "junk food da
mente", ela nos auxilia a entender o mundo, inclusive nosso mundo interior; nos ajuda a atribuir valor a alternativas comportamentais e a
escolher de forma inteligente entre essas alternativas; nos ajuda a ganhar um entendimento melhor de como funcionam as pessoas, os
grupos e as sociedades. Além disso, histórias engajam nossas emoções, e envolvimento emocional melhora a recordação -- quando um
evento é encharcado de emoção, ele é mais efetivamente guardado na memória.
"Thus, if a child grows up in an environment in which wolves pose a threat, it is better to tell the child an engaging and memorable story
about a dangerous wolf and a careless girl in a red hood than it is to let the child wander off and figure out on its own what happens when
you stray from the path."
Nonetheless, the writer Joe Hill suggests in an essay on the usefulness of horror that “while the vast catalog of horrific fantasies may not
be able to offer us simple answers to our biggest questions, it does occasionally remind us of small yet undeniably useful truisms: always
look in the back seat before you get in the car; don’t insult hillbillies with more power tools than teeth; whatever was making that awful
noise out in the woods, you can check it out in the morning” p.74
Como qualquer tipo de ficção, o horror pode funcionar como um instrumento de calibração emocional, ela dá ao público as ferramentas
para lidar com emoções negativas e situações de ameaça.

A very brief overview of american horror


A história do horror norte-americano tem seu início com a chegada de humanos no continente. Os chamado paleoamericanos contavam
histórias assustadoras entre si e compartilhavam cenários imaginários aterrorizantes a dezenas de milhares de anos atrás. Elementos
dessas narrativas foram absorvidas pelo folclore nativo-americano, que continua a inspirar a ficção de horror americana atualmente. Uma
tradição literária especificamente americana, no entanto, não começa a se cristalizar até o meio do século XIX, com o emergir do
romantismo sombrio, uma subdivisão do romantismo que foca no mal, na insanidade e no irracional. Os romances góticos britânicos
produzidos no final do século XVIII e início do XIX ganham bastante popularidade com os leitores americanos, mas poucos escritores do
continente aderiram à forma.
"H. P. Lovecraft, active primarily in the 1920s and 1930s, is universally recognized as the most accomplished practitioner and critic of a
peculiar brand of literary horror that he called “weird fiction.”
The weird, in Lovecraft’s conception, is distinct from “the literature of mere physical fear and the mundanely gruesome.” The weird
has something more than secret murder, bloody bones, or a sheeted form clanking chains according to rule. A certain atmosphere of
breathless and unexplainable dread of outer, unknown forces must be present; and there must be a hint, expressed with a seriousness and
portentousness becoming its subject, of that most terrible conception of the human brain—a malign and particular suspension or defeat of
those fixed laws of Nature which are our only safeguard against the assaults of chaos and the daemons of unplumbed space." p.84
O século XX viu a proliferação do horror em diversas mídias à medida que a tecnologia avançava e abria caminho para novos formatos. As
novas tecnologias de transmissão possibilitaram a difusão sem-fio de horror pelo rádio e a diminuição do preço de impressão impulsionou
as revistas pulp, as brochuras e histórias em quadrinhos. O cinema, no entanto, se tornou a forma dominante de disseminação de horror
americano. Os anos 50 foram considerados especialmente promissores pro horror, as HQs foram içadas a uma popularidade controversa
na cultura popular americana, mas sofreram com uma onda de auto-censura após a reação pública contra seu conteúdo "imoral e
subversivo". Simultaneamente, alguns autores revigoraram a presença do horror com histórias ambientadas nos Estados Unidos
contemporâneos e reconhecíveis, com monstros criados "em casa". Esses autores se envolveram inteligentemente com o legado do horror,
desenvolvendo e subvertendo convenções e tropes de gênero bem-estabelecidas em uma tentativa de tornar o horror relevante para uma
nova geração de fãs. p.87
Com o sucesso de produções como O Exorcista, O bebê de Rosemary, entre outras, combinadas com a ascensão de Stephen King no
gênero de horror abriram caminho para o surgimento de muitos novos títulos. O horror se torna um gênero blockbuster.
Nos anos 90, no entanto o mercado de horror estava saturado e tanto os lançamentos de filmes quanto as publicações de livros são
desaceleradas.
Os anos 2000 viram a controversa ascensão dos filmes de "torture porn" no mainstream. Para os fãs que achavam já ter visto de tudo, esse
novo subgênero trouxe novos níveis de espetáculo visual e repulsa visceral.

Você também pode gostar