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Ensaio “O Inquietante” – Freud

- Estética – teoria das qualidades de nosso sentir; p. 329;

- O inquietante como um dos domínio da estética ao qual a psicanálise se interessa; p.


329;

- Se relaciona ao terrível, que desperta angústia e horror; p. 329;

- Qual é o núcleo comum e a distinção (possível?) do que é inquietante e do que é


angustiante.; p. 330

- Olhar da estética e das belas artes ao sublime, ao conformado, ao belo; p. 330;

- Jentsch: Variação da inquietação de pessoa para pessoa; p. 330;

- Dois caminhos do ensaio: a evolução do termo; experiências relatadas; os dois


caminhos levam ao mesmo lugar: “[...] o inquietante é aquela espécie de coisa
assustadora que remonta ao que é há muito conhecido, ao bastante familiar.”; p. 330;

- Freud promete mostrar como é possível, como o inquitetante é tão próximo, ordinário
- e não o extraordinário; p. 330;

- Perspectivas da incerteza, o contrário do que é familiar – “Quanto melhor a pessoa se


orientar em seu ambiente, mais dificilmente terá a impressão de algo inquietante nas
coisas e eventos dele”; p. 331;

- Para Freud, é uma caracterização incompleta; p. 331;

- Coincidência com o oposto; o familiar, aconchegado, ao escondido, o oposto; p. 338;

- Ambiguidade do termo, até coincidir com o seu oposto – “Unheimich é, de algum


modo, uma espécie de heimlich”.; p. 340;

II

- Exame de pessoas, coisas, impressões, eventos e situações que despertam a sensação


inquietante: objetos que se tornam animados; sentimento inquietante das manifestações
de epilepsia e loucura – uma sensação automática, mecânica, do corpo humano; p. 340;

- Escritor que teve êxito em produzir efeitos inquietantes: E. T. A. Hoffmann.

- Citação de Jentsch: “deixar o leitor na incerteza de que determinada figura seja uma
pessoa ou um autômato, e isso de modo que tal incerteza não ocupe o centro da sua
atenção, para que ele não seja induzido a investigar a questão e esclarecê-la, pois assim
desapareceria o peculiar efeito emocional, como foi dito.”; p. 341;
- O medo de perder ou ferir os olhos como terrível angústia infantil, segundo a
experiência psicanalítica; p. 346;

- Alguns adultos conservam esse medo; p. 346;

- Relação (como substituto) com o medo da castração; p. 346;

- “O ato de cegar a si mesmo, de mítico criminoso Édipo, é apenas uma forma atenuada
do castigo da castração, o única que lhe seria apropriado, conforme a lei de Talião”; ps.
346 e 347;

- Medo de perder os olhos, da castração, em Hoffmann, na relação com a morte do pai;


O Homem da Areia que perturba o amor; p. 347;

- Pode ser também um desejo ou crença infantil – o que envolve uma contradição e
também uma complexidadade; p. 350;

- O duplo, a repetição, o retorno do mesmo e o inquietante; ps. 351 até 354;

- Inquietante – a repetição anterior; p. 356;

- O neurótico obsessivo: se fixa em algo como problema ou solução; tende a fixar em


certos aspectos inquietantes; p. 357;

- Onipotência do pensamento – exemplo do inquietante; pressentimentos; p. 358;

- “[...] superestimação narcísica dos próprios processos psíquicos”; p. 359;

- “A análise dos casos do inquietante nos levou à antiga concepção do animismo, que se caracterizava por
preencher o mundo com espíritos humanos pela superestimação narcísica dos próprios processos
psíquicos, a onipotência dos pensamentos e a técnica da magia, que nela se baseia, a atribuição de poderes
mágicos cuidadosamente graduados a pessoas e coisas estranhas (mana), e também por todas as criações
com que o ilimitado narcisismo daquela etapa de desenvolvimento defendia-se da inequívoca objeção da
realidade. Parece que todos nós, em nossa evolução individual, passamos por uma fase correspondente a
esse animismo dos primitivos, que em nenhum de nós ela transcorreu sem deixar vestígios e traços ainda
capazes de manifestação, e que tudo o que hoje nos parece “inquietante” preenche a condição de tocar
nesses rastros de atividade psíquica animista e estimular sua manifestação.”; p. 359;

- O inquietante: o elemento angustiante = algo reprimido que retorna; p. 360;

- Tudo o que se relaciona com morte; epilepsia e loucura; ideia de ser enterrado vivo –
apavorante fantasia que é a transformação de outra, de viver no ventre materno; ps. 361-
364;

- “[...] o efeito inquietante é fácil e frequentemente atingido quando a fronteira entre


fantasia e realidade é apagada, quando nos vem ao encontro algo real que até então
víamos como fantástico, quando um símbolo toma a função e o significado plenos do
simbolizado, e assim por diante.”; p. 364;

III
- Distinção entre o inquietante que é vivenciado e aquele que é apenas imaginado, sobre
o qual se lê em literatura, por exemplo; p. 368;

- O inquietante “[...] remonta a algo reprimido, há muito tempo conhecido”; p. 368;

- Condições do inquietante: “Nós – ou nosso ancestrais primitivos – já tomamos essas


possibilidades por realidades, estávamos convencidos de que esses eventos sucediam.
Hoje não acreditamos mais neles, superamos tais formas de pensamento, mas não nos
sentimos inteiramente seguros dessas novas convicções, as velhas ainda subsistem
dentro de nós, à espreita de confirmação. Quando acontece algo em nossa vida que
parece trazer alguma confirmação às velhas convicções abandonadas, temos a sensação
do inquietante [...].”; p. 369;

- Quem se livrou de forma radical disso, ignora o inquietante desse tipo; p. 369;

- Diferente das fábulas, do mundo poético criado, compartilhado pelo leitor, o texto que
se move no “âmbito da realidade comum” produz outra situação; p. 373;

- “[...] não nos deixa perceber, durante muito tempo, que premissas escolheu para o
mundo por ele suposto, ou em retardar até o fim com astúcia e engenho tal
esclarecimento decisivo. No geral, porém, cumpre-se aí o que enunciamos: a ficção cria
novas possibilidades de sensação inquietante, que não se acham na vida.”; p. 374;

- O escritor, a ficção e os afetos: “Mas em relação ao escritor somos particularmente


maleáveis; por meio do estado de ânimo em que nos coloca, das expectativas que em
nós suscita ele pode desviar nossos processos afetivos de uma direção e orientá-los para
outra, e pode frequentemente obter, do mesmo material, efeitos bem diversos; p. 374;

- “Quanto ao silêncio, solidâo e escuridão, tudo o que podemos dizer é que são
realmente os fatores a que se acha ligada a angústia infantil, que na maioria das pessoas
nunca desaparece inteiramente.”; p. 376;

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