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AS MÁQUINAS

História da ansiedade causada


pelas máquinas
TÓPICOS DA AULA
Produtividade e máquinário: razão de ansiedade
Revoltas e mudanças
Auxílio de Força Complementar
Panorama abrangente.
LIVRO

Susskind, Daniel. A World


Without Work. Henry Holt and
Co. Kindle Edition.
O INÍCIO...
- Pela maior parte dos trezentos mil anos, a vida econômica era
relativamente estagnada.
- Nas últimas centenas de anos, a quantidade de produção de cada
pessoa aumentou cerca de treze vezes, e a produção mundial
disparou quase trezentas vezes.
- Imagine que a soma da existência humana durasse uma hora: a
maior parte dessa ação aconteceu no último meio segundo ou
mais, literalmente em um piscar de olhos.
RAZÕES DO CRESCIMENTO
- Geográficas (facilidade de comunicação por rios e costas, ou
acesso a fontes de energia como o carvão, por exemplo)
- Culturais (formações de diversidade religiosa e de origem)
- Atitudes perante métodos técnico-científico, finanças e trabalho
gerando clima de confiança em transações mercantis
Essas explicações podem variar e por vezes são contraditórias.
O MAIS IMPORTANTE
Alguns Estados protegeram mais efetivamente os
direitos de propriedade privada e criaram teorias
a respeito, o que criou segurança jurídica para a
tomada de risco, o empenho enérgico do trabalho
e a inovação.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
- Mudança dos rumos econômicos do globo a partir de 1760
- Isso fluiu da Inglaterra para todo o planeta e nós ficamos
dependentes da solução econômica
- A ansiedade se instalou pois usar mais máquinas poderia
significar um aumento incalculável da produtividade tendo apenas
poucas pessoas como necessárias ao sistema industrial
REAÇÕES
The spinning jenny. Essa era uma
máquina que permitiria que o fio fosse
fiado de algodão com muito mais rapidez
do que apenas com as mãos humanas,
uma inovação valiosa em uma época em
que transformar algodão cru em fio
utilizável era um negócio em crescimento.
(Na verdade, em meados do século XIX, a
Grã-Bretanha estaria produzindo metade
de todo o tecido do mundo.)
JAMES HARGREAVES
- Teve sua máquina e seu móveis destruídos.
- Estabeleceu uma fábrica em outra localidade, fora de Lancashire, e foi
atacado com o seu sócio pelo movimento de tecelões contra as máquinas.
- John Kay teve problemas similares em inícios do século 18 com a sua
"lançadeira" transportadora que reduzia o quantitativo de mão de obra pela
metade.
- Durante o século 18 e até inícios do século 19, o movimento ludista (em
virtude do seu fundador, Ned Ludd) desenvolveu-se.
- 1812 e 1817: os destruidores de máquinas poderiam ser sentenciados à
morte por lei do Parlamento Inglês.
DOIS EXEMPLOS QUINHETISTAS
- Em 1589, o mestre William Lee foi desprezado por
sua invenção de uma máquina para tricotar sem o uso
das mãos. A rainha considerou que a invenção iria fazer
a todos de mendigos.
- Anton Möller, em 1586, inventou um tipo de tear de
fita em Danzig (Polônia) e foi mandado ser
estrangulado pelo Conselho Municipal.
ECONOMISTAS E
PERSONALIDADES
- David Ricardo (1817): buscava demonstrar que vinha
observando que o maquinário não era em verdade favorável
aos trabalhadores.
- John Maynard Keynes (1930): "desemprego tecnológico", a
perda de postos de trabalho devido a mudanças tecnológicas.
15h/semana. Termo que em 1940 tinha se tornado um "velho
argumento", um lugar comum (The New York Times).
- Einstein, Kennedy e Obama falaram com essa tonalidade
IMPROVÁVEL FUTURO
Olhando para as últimas centenas de anos, há
poucas evidências para apoiar o medo primário:
que o progresso tecnológico criaria grandes grupos
de trabalhadores permanentemente
desempregados. Mas o que garante que desta vez
haverá realmente postos de trabalho em outras
funções? Afinal, não há lei natural que garanta que
futuro repetirá o passado.
PASSADO NÃO FOI IDÍLICO
Indústrias inteiras foram dizimadas, com trabalhos lucrativos como a
tecelagem manual e a fabricação de velas transformados em
passatempos inúteis. Comunidades foram esvaziadas e cidades inteiras
entraram em declínio. É digno de nota que os salários reais na Grã-
Bretanha quase não subiram - um aumento de míseros 4% no total de
1760 a 1820. Enquanto isso, os alimentos ficaram mais caros, as dietas
pioraram, a mortalidade infantil piorou e a expectativa de vida caiu. As
pessoas foram, literalmente, diminuídas: um historiador relata que as
alturas físicas médias caíram para seus “níveis mais baixos de todos os
tempos” por causa dessas dificuldades.

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