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JÚLIO ALVES CAIXÊTA JÚNIOR

KENY DE MELO SOUZA


ORGANIZADORES

DIREITO
EM FOCO
DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES

Londrina/PR
2023
Dados Internacionais de Catalogação na
Publicação (CIP)

Direito em foco: Direito de Família e


Sucessões/ Organizadores: Júlio Alves
Caixêta Júnior, Keny de Melo Souza. –
Londrina, PR: Thoth, 2023.

253 p.
Inclui bibliografias.
ISBN 978-65-5959-431-3
© Direitos de Publicação Editora Thoth.
Londrina/PR. 1. Adoção 2. Reforço sentimental paralelo. 3.
www.editorathoth.com.br Monogamia. 4. Alienação Parental. 5. Direito
contato@editorathoth.com.br real de habitação. I. Júlio Alves Caixêta
Júnior. II. Keny de Melo Souza.

CDD 342.1

Diagramação e Capa: Editora Thoth


Índices para catálogo sistemático
Revisão: Keny de Melo Souza
Editor chefe: Bruno Fuga 1. Direito Civil 342.1
Coordenador de Produção Editorial: Thiago
Caversan Antunes
Diretor de Operações de Conteúdo: Arthur
Bezerra de Souza Junior

Proibida a reprodução parcial ou total desta obra


sem autorização. A violação dos Direitos Autorais é
crime estabelecido na Lei n. 9.610/98.
Todos os direitos desta edição são reservados
pela Editora Thoth. A Editora Thoth não se
responsabiliza pelas opiniões emitidas nesta obra por
seus autores.
SOBRE OS ORGANIZADORES
JÚLIO ALVES CAIXÊTA JÚNIOR
Mestre em Educação pela Universidade de Uberaba - UNIUBE (2019).
Mediador e Conciliador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJ/MG
(2017). Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade de
Direito Professor Damásio de Jesus (2014). Especialista em Direito de Família
e Sucessões pela Universidade Anhanguera (2013). Especialista em Direito
Processual Civil pela Universidade Anhanguera (2012). Bacharel em Direito
pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2010). Membro
do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). Assessor Jurídico
do Município de Lagamar/MG (2013/2015). Professor de Direito Civil e de
Processo Civil no Centro de Ensino Superior de São Gotardo/CESG (2013
– Atual). Coordenador e Professor de Prática Real do Núcleo de Prática
Jurídica Desembargador Pedro Bernardes - NPJ/CESG (2015 – Atual).
Professor de Direito Civil e de Processo Civil na Faculdade Patos de Minas
FPM (2020 – Atual) Professor Preceptor da Clínica Jurídica na Faculdade
Patos de Minas FPM (2020 – Atual). Sócio proprietário do escritório
de advocacia Caixêta e Braga Sociedade de Advogados (2010 – Atual).
Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil na 45ª Subseção da Ordem
de Patos de Minas/MG (2019 - Atual). Assessor Jurídico Parlamentar da
Câmara Municipal de Lagamar/MG (2021 - Atual). Pesquisador. Advogado
atuante. E-mail: prof.juliojunior@gmail.com. Instagram: @juliojunior.1988.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/4136600064958259.

KENY DE MELO SOUZA


Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Federal de Ouro Preto -
UFOP. Especialista em Coordenação e Supervisão Pedagógica pela Faculdade
da Região dos Lagos - FERLAGOS. Licenciada em Letras pelo Centro
Universitário do Planalto de Araxá - UNIARAXÁ. Bacharel em Direito pelo
Centro de Ensino Superior de São Gotardo - CESG. Mestranda em Direito
Ambiental pela Escola Superior Dom Helder Câmara. Servidora Pública
concursada da Secretaria Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais.
Professora de língua portuguesa e suas tecnologias. Supervisora Pedagógica
de Educação Básica. Revisora de Texto. Assessora linguística. E-mail: keny.
suporte@gmail.com. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1049321815756873
SOBRE A REVISORA

KENY DE MELO SOUZA


Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Federal de Ouro Preto -
UFOP. Especialista em Coordenação e Supervisão Pedagógica pela Faculdade
da Região dos Lagos - FERLAGOS. Licenciada em Letras pelo Centro
Universitário do Planalto de Araxá - UNIARAXÁ. Bacharel em Direito pelo
Centro de Ensino Superior de São Gotardo - CESG. Mestranda em Direito
Ambiental pela Escola Superior Dom Helder Câmara. Servidora Pública
concursada da Secretaria Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais.
Professora de língua portuguesa e suas tecnologias. Supervisora Pedagógica
de Educação Básica. Revisora de Texto. Assessora linguística. E-mail: keny.
suporte@gmail.com. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1049321815756873.
SOBRE OS AUTORES

ALÍCIA PAULA RODRIGUES DE LIMA


Graduada pelo Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM); Pós-
Graduanda em Ciências Criminais pela Faculdade CERS; Assessora de
Promotor de Justiça na Comarca de Tiros/MG. E-mail: aliciapaulalima@
gmail.com - Instagram: @aliciapaulalima

CLEBER COUTO
Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais. Mestrando
em Segurança, Justiça e Direito pela Universitat de Girona, Espanha.
Doutorando em Direito pela Universidad de Buenos Aires, Argentina.
Instagram: @profclebercouto.

EDUARDO MIRANDA GOMES


Graduando em Direito pela Faculdade Patos de Minas – FPM. E-mail:
edumirandag27@gmail.com - Instagram: @edu_miranda27.

GEOVANNA ALVES FERREIRA DA SILVA


Graduanda em Direito pela Faculdade de Ensino Superior de São
Gotardo (CESG). E-mail: geovannaferreiraa4@gmail.com. Instagram: @
geovannaaalvess

GRAZIELE APARECIDA OLIVEIRA AZEVEDO


Acadêmica do curso de direito da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
do Alto São Francisco – FASF. E-mail: grazielleluzmgdireito@gmail.com

IREMAR SEBASTIÃO DOS REIS


Mestre em Educação, Linguagem e Tecnologias pela Universidade Estadual
de Goiás, UEG. Especialista em Docência do Ensino Superior pela
Universidade Candido Mendes, UCAM. Graduado em Licenciatura Plena
em Letras Português/Inglês pela Universidade Estadual de Goiás, UEG.
Graduando em Direito pela Faculdade Patos de Minas – FPM. E-mail:
iremarreis@gmail.com - Instagram: @iremar.reis

JOÃO BATISTA ARAÚJO JUNIOR


Graduado em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto (1986).
Especialização em Direito Civil e Mestrado em Direito pela Universidade
de Ribeirão Preto (2007). Atualmente é professor da Escola Superior de
Advocacia da OAB, desde sua criação. Professor no Centro de Ensino de
São Gotardo (CESG) desde 2015. Foi professor titular de Direito Civil por
34 anos na Universidade de Ribeirão Preto. Atualmente é Presidente da
Comissão de Direito Civil da OAB/SP. Autor de vários artigos em Revista
eletrônicas, inclusive em revista na Europa. Palestrante e Congressista
em Congresso Internacionais, sendo o últimos no CONPEDI no
Uruguiai em 2017 e no I Congresso Internacional de Direito de Família e
Sucessões ocorrido na cidade de São Luiz no Maranhão em 2018. E-mail:
joaoaraujoadvogado@hotmail.com. Instagram: @profjoaoaraujo

JÚLIO ALVES CAIXÊTA JÚNIOR


Mestre em Educação pela Universidade de Uberaba - UNIUBE (2019).
Mediador e Conciliador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJ/MG
(2017). Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade
de Direito Professor Damásio de Jesus (2014). Especialista em Direito de
Família e Sucessões pela Universidade Anhanguera (2013). Especialista em
Direito Processual Civil pela Universidade Anhanguera (2012). Bacharel em
Direito pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2010).
Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). Assessor
Jurídico do Município de Lagamar/MG (2013/2015). Professor de Direito
Civil e de Processo Civil no Centro de Ensino Superior de São Gotardo/
CESG (2013 – Atual). Coordenador e Professor de Prática Real do Núcleo
de Prática Jurídica Desembargador Pedro Bernardes - NPJ/CESG (2015 –
Atual). Professor de Direito Civil e de Processo Civil na Faculdade Patos
de Minas FPM (2020 – Atual) Professor Preceptor da Clínica Jurídica na
Faculdade Patos de Minas FPM (2020 – Atual). Sócio proprietário do
escritório de advocacia Caixêta e Braga Sociedade de Advogados (2010 –
Atual). Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil na 45ª Subseção da
Ordem de Patos de Minas/MG (2019 - Atual). Assessor Jurídico Parlamentar
da Câmara Municipal de Lagamar/MG (2021 - Atual). Pesquisador.
Advogado atuante. E-mail: prof.juliojunior@gmail.com. Instagram: @
juliojunior.1988. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4136600064958259.

KENY DE MELO SOUZA


Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Federal de Ouro Preto -
UFOP. Especialista em Coordenação e Supervisão Pedagógica pela Faculdade
da Região dos Lagos - FERLAGOS. Licenciada em Letras pelo Centro
Universitário do Planalto de Araxá - UNIARAXÁ. Bacharel em Direito pelo
Centro de Ensino Superior de São Gotardo - CESG. Mestranda em Direito
Ambiental pela Escola Superior Dom Helder Câmara. Servidora Pública
concursada da Secretaria Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais.
Professora de língua portuguesa e suas tecnologias. Supervisora Pedagógica
de Educação Básica. Revisora de Texto. Assessora linguística. E-mail: keny.
suporte@gmail.com. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1049321815756873.

LAURA GABRIELA DE FARIA


Acadêmica do curso de direito da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
do Alto São Francisco – FASF. Auxiliar de serviços administrativos na
Prefeitura Municipal de Dores do Indaiá-MG. E-mail: lauragabriela5@
gmail.com

LAURO HENRIQUE FERNANDES VIANA


Graduado em Direito pelo Centro Universitário de Patos de Minas
(UNIPAM); Pós-graduado em Direto Público pela Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais – PUC/MG; Advogado e Professor Universitário.
E-mail: laurofviana@hotmail.com - Instagram: @vianalauro.

LUIZ HENRIQUE FARIA DE LIMA


Graduanda do curso de Direito pelo Centro de Ensino Superior de
São Gotardo – CESG, E-mail: luis_henrique7@live.com - Instagram:
luizhenriquefaria7

MARIA CAROLINA DE MELO SANTOS


Mestra em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU.
Pesquisadora na área de Direitos Humanos e Inteligência Artificial.
Professora no curso de Direito da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
do Alto São Francisco – FASF/MG. Advogada. Redatora voluntária na
RPC Politize!. Email para contato: s.mcarolinam@gmail.com. E-mail:
s.mcarolinam@gmail.com

NATÁLIA VIEIRA DA CONCEIÇÃO


Graduanda do curso de Direito pelo Centro de Ensino Superior de São
Gotardo – CESG, E-mail: nataliavieiravr@gmail.com. Instagram: @
natalia_vieira1999
PAULO HENRIQUE DIAS BORGES
Graduando do curso de Direito pela Faculdade Patos de Minas (FPM),
E-mail: ph99135678@gmail.com - Instagram: @paulohsb21.

SABRINA SAMPAIO SANTIAGO LELLES E SOUZA


Advogada militante. Procuradora Municipal concursada. Ex-professora do
CESG- Centro de Ensino Superior de São Gotardo - Curso de Direito.
Conselheira OAB/MG (2019/2021). Membro da Comissão de Direito da
Família da OAB/MG. Membro da Diretoria do IBDFAM - Patos de Minas.
Doutora em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Del Museo Social
Argentino, Buenos Aires. Especialista em Direito do Trabalho e Processo
do Trabalho pela Universidade Federal de Uberlândia. Especialista em
Direito Público pela Faculdade de Direito de Ipatinga em parceria com a
ANAMAGES - Associação Nacional de Magistrados Estaduais. Especialista
em advocacia Cível pela FUMEC. Especialista em Direito do Consumidor
pela Faculdade Legale.

SUZIE KERLE DO AMARAL


Graduanda do curso de Direito pela Faculdade Patos de Minas (FPM),
Instagram: @suzie.amaral.

THAYNÁ LORENA VIEIRA


Graduanda do curso de Direito pela Faculdade Patos de Minas (FPM),
E-mail: thaynavieira2605@gmail.com - Instagram: @thayna.lorena.10a
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Direito de família antes e após a vigência da CF/1988 26


Quadro 2 - Argumentos jurídicos da Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental 132 julgada pelo Supremo Tribunal Federal 32
Quadro 3 - Da formação do parentesco 41
Quadro 4 - Relações de parentesco 42
Quadro 5 - Parentes em linha reta 43
Quadro 6 - Parentes em linha colateral 44
Quadro 7 - Grau de parentesco 45
Quadro 8 - Dos impedimentos decorrentes do parentesco 46
Quadro 9 - Princípios para realização da reprodução assistida – RA 50
Quadro 10 - Fundamentos da sentença 94
Quadro 11 - Formas legais de alienação parental 123
LISTA DE IMAGENS

Imagem 1 - Família patriarcal 27


Imagem 2 - Crianças adotadas pelo Cadastro – 2019-2022 75
Imagem 3 - Crianças adotadas pelo Cadastro – 2019-2022 75
Imagem 4 - Crianças adotadas pelo Cadastro – por
região – 2019/2022 76
Imagem 5 - Crianças disponíveis para adoção – 2022 76
Imagem 6 - Pretendentes para adoção – 2022 77
SUMÁRIO

SOBRE OS ORGANIZADORES ...........................................................................................7


SOBRE A REVISORA ..............................................................................................................9
SOBRE OS AUTORES............................................................................................................11
LISTA DE QUADROS ............................................................................................................15
LISTA DE IMAGENS .............................................................................................................17

CAPÍTULO 1
Júlio Alves Caixêta Júnior
ASPECTOS JURÍDICOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA ......25
Introdução ...................................................................................................................................25
1 Perfis constitucionais contemporâneos do direito de família ..........................................29
2 Da formação e impedimentos decorrentes da constituição do parentesco ...................38
3 Da filiação como forma de constituição dos vínculos de parentesco ............................47
Considerações finais ..................................................................................................................51
Referências ..................................................................................................................................52

CAPÍTULO 2
Júlio Alves Caixêta Júnior
Luiz Henrique Faria de Lima
CRIANÇAS INVISÍVEIS: O IMPACTO DA PANDEMIA COVID-19 NO PROCESSO
DE ADOÇÃO NO BRASIL...................................................................................................57
Introdução ...................................................................................................................................57
1 A normatização da adoção no Brasil ...................................................................................60
2 Os impactos da pandemia no processo de adoção............................................................73
Considerações finais ..................................................................................................................77
Referências ..................................................................................................................................78

CAPÍTULO 3
Iremar Sebastião dos Reis
Júlio Alves Caixêta Júnior
O REFORÇO SENTIMENTAL PARALELO COMO VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO
DA MONOGAMIA: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DO DEVER DE FIDELIDADE,
RESPEITO E LEALDADE ...................................................................................................81
Introdução ...................................................................................................................................81
1 A infidelidade como forma de descumprimento dos deveres de fidelidade, respeito e
lealdade ........................................................................................................................................90
2 As consequências jurídicas da existência de relações paralelas ........................................93
Considerações finais ..................................................................................................................97
Referências ..................................................................................................................................98

CAPÍTULO 4
Júlio Alves Caixêta Júnior
Suzie Kerle do Amaral
Thayná Lorena Vieira
FAMÍLIA MULTIESPÉCIE: UM ESTUDO DE CASO EM PATOS DE MINAS,
MINAS GERAIS, BRASIL ....................................................................................................103
Introdução .................................................................................................................................103
1 As obrigações adquiridas na constância do casamento como fundamento para o
reconhecimento de guarda e alimentos aos semoventes ....................................................108
2 Semoventes como sujeitos de direito.................................................................................111
Considerações finais ................................................................................................................115
Referências ................................................................................................................................115

CAPÍTULO 5
Júlio Alves Caixêta Júnior
Lauro Henrique Fernandes Viana
Eduardo Miranda Gomes
SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL, AUTOALIENAÇÃO E
CONTAMINAÇÃO DA MEMÓRIA COMO FORMAS DE ALIENAÇÃO
PARENTAL: UMA ANÁLISE de MÉTODOS PARA A SOLUÇÃO DOS EFEITOS
NEGATIVOS ..........................................................................................................................119
Introdução .................................................................................................................................119
1 Síndrome da alienação parental, autoalienação e contaminação da memória como
formas de alienação parental ..................................................................................................121
2 Métodos para a solução dos efeitos negativos produzidos pelas condutas de alienação
parental ......................................................................................................................................128
Considerações finais ................................................................................................................131
Referências ................................................................................................................................132
CAPÍTULO 6
Sabrina Sampaio Santiago Lelles e Souza
Júlio Alves Caixêta Júnior
Keny de Melo Souza
DA (IM)POSSIBILIDADE DO RECONHECIMENTO DA FILIAÇÃO
SOCIOAFETIVA DE FORMA LITIGIOSA....................................................................135
Introdução .................................................................................................................................135
1 Constitucionalização da pluralidade familiar ....................................................................137
2 Filiação socioafetiva e a recepção no ordenamento jurídico .....................................139
3 Filiação socioafetiva litigiosa ...............................................................................................142
Considerações finais ................................................................................................................144
Referências ................................................................................................................................144

CAPÍTULO 7
Júlio Alves Caixêta Júnior
Paulo Henrique Dias Borges
ASPECTOS JURÍDICOS DA SUCESSÃO DO PATRIMÔNIO DIGITAL .............147
Introdução .................................................................................................................................147
1 Aspéctos jurídicos do patrimônio digital ..........................................................................151
2 A extinção de perfis não transmitidos aos herdeiros ......................................................153
Considerações finais ................................................................................................................155
Referências ................................................................................................................................156

CAPÍTULO 8
Graziele Aparecida Oliveira Azevedo
Laura Gabriela de Faria
Maria Carolina de Melo Santos
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA DA MULHER E DIREITO REAL DE
HABITAÇÃO .........................................................................................................................159
Introdução .................................................................................................................................159
1 Análise do direito real de habitação e seu contexto histórico ........................................161
2 A evolução sociocultural do direito da mulher frente à violência doméstica ..............166
3 A necessidade da criação de medidas protetivas que assegurem dignidade à mulher..173
Considerações finais ................................................................................................................181
Referências ................................................................................................................................182

CAPÍTULO 9
Geovanna Alves Ferreira da Silva
João Batista Araújo Junior
ALIENAÇÃO PARENTAL: PERSPECTIVAS DAS ALTERAÇÕES DA LEI N.
12.318/10 PARA A LEI N.14.340/2022 .............................................................................187
Introdução .................................................................................................................................187
1 Da alienação parental ...........................................................................................................189
2 Síndrome da alienação parental ..........................................................................................193
3 A família frente à alienação parental em busca da proteção da criança e do adolescente..195
4 Mediação na alienação parental ..........................................................................................197
5 Perspectivas de mudanças da lei 12.318/10 a partir da lei Nº 14.340/22 ....................199
Considerações finais ................................................................................................................204
Referências ................................................................................................................................205

CAPÍTULO 10
Cleber Couto
ALIMENTOS NA CONTEMPORANEIDADE: A GENTE NÃO QUER SER SÓ
COMIDA ..................................................................................................................................209
Introdução .................................................................................................................................209
1 Alimentos: Relações familiares horizontais e verticais ...................................................209
2 Alimentos transitórios entre ex-cônjuges e ex-companheiros .......................................211
3 Alimentos compensatórios entre ex-cônjuges e ex-companheiros ...............................212
4 Alimentos e discussão de culpa na dissolução da conjugalidade ...................................215
5 Prisão civil e contemporaneidade ......................................................................................217
6 Alimentos e medidas executivas atípicas ..........................................................................219
7 Intervenção atípica de terceiros e a obrigação alimentar divisível ................................220
8 Alimentos e boa-fé objetiva ...............................................................................................222
Considerações finais ................................................................................................................224
Referências ...............................................................................................................................225

CAPÍTULO 11
Júlio Alves Caixêta Júnior
Natália Vieira da Conceição
DA SUCESSÃO POR MEIO DO TESTAMENTO VITAL E SUAS LIMITAÇÕES:
DIREITO A UMA MORTE DIGNA ................................................................................227
Introdução .................................................................................................................................227
1 A família contemporanêa e o direito sucessório ..............................................................229
2 Da sucessão por meio do testamento vital e suas limitações .........................................230
Considerações finais ................................................................................................................234
Referências ................................................................................................................................234

CAPÍTULO 12
Alícia Paula Rodrigues de Lima
A (IN)CONSTITUCIONALIDADE DO REGIME DE SEPARAÇÃO
OBRIGATÓRIA DE BENS IMPOSTO AOS MAIORES DE 70 ANOS ..................237
Introdução .................................................................................................................................237
1 O estatuto do idoso e a realidade do idoso na sociedade ..............................................239
2 O regime de bens .................................................................................................................240
3 Princípio da dignidade da pessoa humana em confronto com o art. 1.641, II, do código
civil .............................................................................................................................................244
4 Posição majoritária acerca da inconstitucionalidade do art. 1.641, II, do código
civil .............................................................................................................................................247
Considerações finais ...............................................................................................................250
Referências ................................................................................................................................251
CAPÍTULO 1
ASPECTOS JURÍDICOS CONSTITUCIONAIS DO
DIREITO DE FAMÍLIA

JÚLIO ALVES CAIXÊTA JÚNIOR


E-mail: prof.juliojunior@gmail.com
Instagram: @juliojunior.1988.

INTRODUÇÃO

A evolução do direito de família nos leva a observar a construção


histórica da própria família, por meio das intensas transformações sociais
vivenciadas. Antes do advento da Constituição Federal de 1988, a única forma
de composição legal de uma família, que teria proteção e reconhecimento
estatal, era pela formação da família patriarcal, formada por intermédio do
casamento, conforme as normas estabelecidas pela legislação civil vigente à
época do matrimônio.
A CF/1988, que define a família como a base da sociedade e com
proteção especial do Estado,1 é considerada um marco para o direito de
família brasileiro; pois, ampliou, consideravelmente, o conceito de família,
reconhecendo a união estável entre o homem e a mulher, com igualdade
de direitos e deveres, como entidade familiar, a qual tem toda proteção
estatal e facilitação de sua conversão em casamento. O texto constitucional
reconhece a relação heterossexual, relação entre pessoas de sexos distintos,
para formação do vínculo familiar; reconhecendo ainda, expressamente,
como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes, a família monoparental.
Apesar do texto constitucional reconhecer, claramente, como
entidade familiar apenas a formada pela relação heteroafetiva, e apresentar,

1. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Planalto.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.
htm.
26 DIREITO EM FOCO

com isso, o conceito de família de relações tradicionais heterossexuais. Em


uma interpretação conforme da CF/1988, o STF reconheceu (ampliando o
conceito de família) a união estável entre pessoas do mesmo sexo, as uniões
homoafetivas.
Desta forma, além das entidades familiares apresentadas pela
CF/1988, quais sejam, casamento, união estável heterossexual e família
monoparental, em interpretação conforme, o texto maior consagrou uma
cláusula geral de reconhecimento de outros arranjos familiares, além de,
apresentar mudanças significativas no direito de família, das quais destaca-
se:
Quadro 1 - Direito de família antes e após a vigência da CF/1988.
ANTES DA CF/1988 APÓS A CF/1988

Reconhecimento pela CF/1988 de outras


A família patriarcal como única família formas de constituição de família, como
legítima, o que deixava a marginalidade à a uniparental e a formada pela união
união estável, à época reconhecida como estável, além de assegurar a cláusula geral
concubinato;
de reconhecimento de arranjos familiares;

O homem como o chefe soberano da Igualdade de direitos e obrigações entre


família; homens e mulheres;

Reconhecimento de direitos apenas à Reconhecimento de direitos a família


família formada por vínculos biológicos; biológica e à família afetiva;

Igualdade de direitos e obrigações entre


Discriminação entre as classes de filhos, os filhos, sendo proibidas as distinções de
reconhecendo alguns como legítimos e qualquer natureza, indiferente do vínculo
outros como ilegítimos; ser biológico ou civil (adotivo);

O vínculo matrimonial não podia ser Possibilidade de extinção do vínculo


dissolvido. matrimonial.

Fonte: elaborado pelo pesquisador a partir de Eduardo de Oliveira Leite2 e de Cristiano


Chaves de Farias e Nelson Rosenvald3.

A Carta Magna apresenta um sistema familiar inclusivo, fluido, aberto


e não discriminatório, com valores sociais e humanizadores, em especial, a

2. LEITE, Eduardo de Oliveira. Direito Civil Aplicado: Direito de Família. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2005. v. 5, p. 34.
3. FARIAS, Cristiano Chaves de. ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil: famílias, vol. 6. 7ª
ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Atlas, 2015.
JÚLIO ALVES CAIXÊTA JÚNIOR 27
KENY DE MELO SOUZA
ORGANIZADORES

dignidade humana, a igualdade substancial e a solidariedade social.4 A família


contemporânea, dentre outras características, passa a ser caracterizada pelo
afeto existente entre os membros que a compõe e não de forma abstrata,
restritiva, discriminatória, estática e em poucas linhas pela legislação.
Partindo desta cláusula geral de reconhecimentos dos arranjos
familiares, observa-se não ser mais cabível, no ordenamento jurídico, a
família patriarcal, modelo familiar base no ordenamento jurídico anterior
a CF/1988.
Como o próprio nome sugere, a família patriarcal era chefiada tão
somente pelo homem, a quem cabia o poder das decisões; aos outros
componentes apenas era concedido o direito ao “sim senhor” e nada mais.
O homem da casa,5 que era o ser superior e responsável pela direção do
grupo familiar, formado pelo soberano e por uma esposa submissa, a prole
(filhos), além de empregados e demais pessoas que viviam na dependência
econômica deste soberano. Normalmente essas famílias eram famílias
numerosas, identificadas pela supremacia masculina.

Imagem 1 - Família patriarcal

Fonte: Imagem apresentada por Nathalia Menezes em O que é patriarcado?6

4. FARIAS, Cristiano Chaves de. ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil: famílias, vol. 6. 7ª
ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Atlas, 2015.
5. A expressão homem da casa era muito utilizada para identificar o chefe da família, o provedor
do sustento e da direção do núcleo familiar.
6. MENEZES, Nathalia. O que é patriarcado? Revista Miga, 2016. Disponível em: https://
revistamiga.wordpress.com/2016/06/21/o-que-e-patriarcado/.
28 DIREITO EM FOCO

Com a redação apresentada na CF/1988,7 percebe-se que este modelo


patriarcal foi dando lugar a famílias menos numerosas e constituídas por
vários núcleos diferentes, com a participação, em todos os sentidos, de
ambos os cônjuges na manutenção, planejamento e direção da família.
Destarte, as intensas transformações sociais vivenciadas após a
CF/1988 culminaram na mudança, no desenvolvimento do direito de
família, principalmente no conceito de família. Família, assim, em uma
interpretação conforme a CF/1988, é o núcleo social de humanos que
buscam a realização de seus membros e possuem laços sanguíneos e/ou
de convivência, baseados no afeto e voltados para o desenvolvimento da
pessoa humana.
O objetivo da pesquisa é apresentar os aspectos jurídicos constitucionais
do direito de família; apresentando, de maneira clara e pertinente, os atuais
arranjos familiares, evidenciando os perfis constitucionais contemporâneos do direito
de família (1), a formação e impedimentos em razão da constituição do parentesco (2),
com apresentação das linhas e graus de parentesco, e da filiação como forma de
constituição dos vínculos de parentesco (3).
Para tanto, a metodologia para desenvolvimento da pesquisa visa
apresentar os procedimentos racionais, metodológicos e sistemáticos
aos problemas que são propostos, sendo a esta desenvolvida mediante
o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de
métodos, técnicas e outros procedimento científicos.8 9
Método principal da presente pesquisa, a pesquisa normativa-jurídica,
garantia do estudo científico jurídico, representa uma pesquisa fundamentada
nas normas (nacionais e internacionais) e nos julgados (incorporando todos
7. Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (Regulamento)
§4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos
pais e seus descendentes.
§5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo
homem e pela mulher.
§6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
§7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável,
o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por
parte de instituições oficiais ou privadas.
§8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram,
criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
(BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Planalto.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.
htm).
8. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999. 202 p.
9. HELDER, R. Como fazer análise documental. Porto: Universidade de Algarve, 2006.
JÚLIO ALVES CAIXÊTA JÚNIOR 29
KENY DE MELO SOUZA
ORGANIZADORES

os nichos: jurisprudência, precedentes etc.); modalidade de pesquisa que


busca definir um padrão jurídico no tema estabelecido.10
Ainda, na metodologia, utilizou-se do método dedutivo, com extração
do conhecimento a partir de premissas gerais direcionada a hipóteses
concretas; obtendo como meio de pesquisa, dissertações de mestrado, teses
de doutorado, artigos originais e de revisão, livros com menção ao tema
proposto.

1 PERFIS CONSTITUCIONAIS CONTEMPORÂNEOS DO DIREITO


DE FAMÍLIA

As intensas transformações sociais vivenciadas após a Constituição


Federal de 1988 culminaram na mudança, no desenvolvimento do direito de
família, principalmente seu conceito; que passou a ter como característica
fundamental para seu reconhecimento o afeto, assim, como visto, família é
o núcleo social de seres, que buscam a realização pessoal de seus membros e
possuem laços sanguíneos e/ou de convivência que são baseados no afeto,
voltadas para o desenvolvimento da pessoa humana.
Com isso, os perfis constitucionais das famílias passaram a apresentar
vários núcleos e com distintos arranjos, como: a família tradicional ou
nuclear (i); família informal (ii); família eudemonista, socioafetiva ou afetiva
(iii); família homoafetiva (iv); família monoparental (v); família unipessoal
(vi); família recompostas, pluriparental ou mosaico (vii); família anaparental
(viii); família multiparental (ix). Além de impulsionar a discussão da
formação de novas constituições familiares, que vão além do ser humano,
como a família multiespécie (x). Apesar da evolução do direito de família,
o ordenamento jurídico, ainda, mantém a monogamia como princípio base
do direito de família, não reconhecendo a união simultânea ou paralela (xi)
entre pessoas.
A família tradicional ou nuclear (i) é aquela constituída por dois adultos de
sexos diferentes, ou seja, que possuem uma relação heterossexual, arranjo
familiar expressamente previsto na CF/1988, que vivem maritalmente em
razão de uma união constituída pelo matrimônio/casamento, com ou sem
prole, filhos biológicos e/ou adotados.
A expressão mais utilizada pelos juristas e pesquisadores do direito
de família contemporâneo, quando se referem a esse arranjo familiar, é
denominá-la como família nuclear, tendo em vista que o conceito de família
tradicional11 muitas vezes reforça as grandes desigualdades e violências
10. BITTAR, EDUARDO CARLOS BIANCA. Metodologia da pesquisa jurídica. Saraiva
Educação. SA, 2016.
11. CAIXETA JÚNIOR, Júlio Alves. Educação na Diversidade para a Cidadania: interseccionalidade

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