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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

INSTITUTO DE FÍSICA – INFI


LABORATÓRIO DE FÍSICA 2

PROFESSOR: AIRTON CARLOS NOTARI


ACADÊMICOS: ISABELA LIMA DE ALENCAR

VELOCIDADE DO SOM EM BARRAS METALICAS

CAMPO GRANDE – MS
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
INSTITUTO DE FÍSICA – INFI
LABORATÓRIO DE FÍSICA 2

VELOCIDADE DO SOM EM BARRAS METALICAS

PROFESSOR: AIRTON CARLOS NOTARI


ACADÊMICOS: ISABELA LIMA DE ALENCAR

Relatório apresentado ao curso de


Engenharia Elétrica como parte dos
requisitos necessários à obtenção da
formação acadêmica.

Campo Grande- MS
2023
Sumário

1.Introdução...................................................................................................................4
2.Objetivo.......................................................................................................................5
3. Materiais e Métodos..................................................................................................5
4. Resultados e Discussão...........................................................................................7
5.Conclusão ................................................................................................................10
6.Referências...............................................................................................................11
INTRODUÇÃO

A velocidade do som em metais é uma propriedade física fundamental que tem


sido objeto de estudo em diversas áreas da ciência e da engenharia. A velocidade do
som em um material é definida como a rapidez com que as ondas sonoras se
propagam através do mesmo, e é influenciada por diversas propriedades físicas do
material, como sua densidade, elasticidade e coeficiente de compressibilidade.
O estudo da velocidade do som em metais é particularmente importante em
áreas como a engenharia de materiais, a física e a acústica. Essa propriedade é
utilizada para avaliar a qualidade de materiais metálicos e para desenvolver novas
técnicas de caracterização de materiais. Além disso, a velocidade do som em metais é
uma das propriedades que permite a utilização de ondas sonoras para o ensaio não
destrutivo de materiais, como na inspeção de peças em aviões e automóveis.
Neste relatório laboratorial, será realizado um estudo experimental da
velocidade do som em metais, com o objetivo de avaliar as propriedades físicas de
diferentes materiais metálicos. Para isso, serão utilizados equipamentos específicos
que permitem medir a velocidade do som em amostras de metais de diferentes
densidades e elasticidades. Serão analisados os dados obtidos, bem como as
possíveis fontes de erros experimentais.
Os resultados obtidos neste estudo experimental permitirão avaliar a qualidade
dos materiais metálicos analisados e identificar possíveis diferenças entre as
propriedades físicas dos mesmos. Além disso, serão discutidas as aplicações práticas
da medição da velocidade do som em metais, como na inspeção de materiais em
indústrias e na avaliação da segurança de estruturas metálicas. Por fim, serão
apresentadas as conclusões pertinentes ao estudo da velocidade do som em metais,
bem como possíveis sugestões para futuras pesquisas.
OBJETIVOS

Determinar a velocidade do em materiais metálicos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para determinar a velocidade do som em barras metálicas, foi utilizado o método da


medida do comprimento de onda, a velocidade de propagação do som em barras
metálicas utilizando como cronômetro a curva de descarga de um circuito RC-série
(resistor e capacitor em série).

Os materiais utilizados foram:

 3 barras metálicas de diferentes materiais e diâmetros;


 1 circuitos RC em série para conexão com as barras metálicas;
 Trena;
 multímetro
 Resistor de 1 kΩ;
 Capacitor de 100 nF;
 Chave S;
 Voltímetro.

Para realizar o experimento, os seguintes procedimentos foram adotados:

1. Medição do comprimento da barra de alumínio (Lo): O comprimento da


barra foi medido três vezes com uma trena para garantir maior precisão
no resultado.
2. Registro dos valores dos componentes eletrônicos: Foram registrados
os valores da resistência elétrica do resistor (R), da capacitância do
capacitor (C) e da resistência elétrica da barra (RB).
3. Cálculo da constante de tempo capacitiva: A partir dos valores de R, C
e RB, foi calculada a constante de tempo capacitiva (τ) do circuito: τ =
(R + RB)C.
4. Preparação da barra para o experimento: A barra foi posicionada a 15
cm acima da base metálica, para evitar que a ponta da barra se
amasse, e conectada à chave S, sem estar em contato com a base
metálica. Em seguida, a tensão no capacitor foi observada até que esta
não varie, indicando que o capacitor está completamente carregado.
5. Realização do experimento: A chave S foi desconectada e a barra foi
solta, colidindo com a base metálica. Em seguida, a barra foi segurada
no ar para que não caia novamente, e foram anotados o valor da tensão
inicial no capacitor (Vi) e o novo valor da tensão final (Vf).
6. Repetição do experimento: O procedimento foi repetido diversas vezes,
anotando os valores de Vi e Vf em cada medida até que a tensão final,
Vf, atingisse um valor de aproximadamente 3V. Se necessário, o
capacitor foi recarregado para realizar outras medidas.
7. Construção da tabela de valores: Foi construída uma tabela contendo
os valores de Vi e Vf para cada medida, assim como os valores de lnVi
e lnVf.
8. Construção do gráfico: Um gráfico em escala linear de lnVi (eixo y) em
função de lnVf (eixo x) foi construído.
9. Cálculo da equação da melhor reta: A partir dos valores de lnVi e lnVf
obtidos experimentalmente, foi calculada a equação da melhor reta que
representa a melhor linearização dos dados e o coeficiente de
determinação, r2.
10. Cálculo do tempo de contato: A partir do coeficiente linear da reta (a), o
tempo de contato (tc) foi determinado pela equação tc = a.R.C.
11. Cálculo da velocidade do som: Com os valores de Lo e tc determinados
experimentalmente, a velocidade do som (v) na barra metálica foi
calculada utilizando a Equação 4.
12. Comparação dos resultados: O valor obtido experimentalmente foi
comparado com o valor apresentado na Tabela 1.

Com os valores obtidos para o comprimento de onda e as frequências, foi calculada a


velocidade do som em cada barra metálica utilizando a fórmula:

v=λxf

onde v é a velocidade do som, λ é o comprimento de onda e f é a frequência.

Os valores calculados para a velocidade do som em cada barra foram registrados em


uma tabela e comparados com os valores teóricos da velocidade do som em cada
material, obtidos a partir das propriedades físicas dos materiais utilizados.

É importante ressaltar que foram realizadas três medidas para cada barra, a fim de
minimizar erros experimentais e garantir maior precisão nos resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados obtidos neste experimento mostraram que é possível determinar a
velocidade do som em uma barra de alumínio utilizando o método de queda livre e a
análise de dados obtidos com um circuito RC em série.
Inicialmente, foi medido o comprimento da barra de alumínio em três ocasiões
distintas, para garantir uma medida precisa e confiável. Em seguida, foram registrados
os valores da resistência elétrica do resistor, da capacitância do capacitor e da
resistência elétrica da barra utilizada. A partir desses valores, foi possível calcular a
constante de tempo capacitiva do circuito RC em série.
Para determinar a velocidade do som, a barra de alumínio foi solta a uma altura de no
máximo 15 cm acima da base metálica, e a tensão no capacitor foi registrada antes e
depois de cada colisão da barra com a base. Esse procedimento foi repetido diversas
vezes, até que a tensão final no capacitor atingisse um valor de aproximadamente 3V.
A partir dos valores de tensão no capacitor antes e depois de cada colisão, foi
construída uma tabela com os valores de ln(Vi) e ln(Vf). Esses valores foram utilizados
para construir um gráfico em escala linear de ln(Vi) em função de ln(Vf). Foi aplicado o
método dos mínimos quadrados para obter a equação da melhor reta que representa a
melhor linearização dos dados e o coeficiente de determinação (r²). O valor de r²
obtido indicou um bom comportamento linear entre ln(Vi) e ln(Vf).
A partir da equação da melhor reta obtida, foi possível determinar o coeficiente linear
da reta (a) e, a partir deste valor, determinar o tempo de contato (tc = a.R.C). Com os
valores de Lo e tc determinados experimentalmente, foi possível calcular o valor da
velocidade do som na barra de alumínio utilizando a Equação 4.
O valor experimental da velocidade do som foi comparado com o valor apresentado na
tabela fornecida e observou-se que os valores eram bastante próximos, indicando a
precisão do método utilizado.
Em conclusão, o método utilizado neste experimento permitiu determinar com sucesso
a velocidade do som em uma barra de alumínio utilizando um circuito RC em série e a
análise de dados obtidos a partir da queda livre da barra. Esse experimento demonstra
a relação entre a velocidade do som em um meio material e as propriedades físicas
desse material, como sua densidade e elasticidade.

Analisando os gráficos;
Figura 1 – Gráfico da velocidade do som no Alumínio

O gráfico apresentado no relatório mostra a relação entre o logaritmo natural da


tensão inicial (Vi) e o logaritmo natural da tensão final (Vf) para as medidas realizadas
na barra de alumínio. Esse tipo de gráfico é chamado de gráfico log-log e é utilizado
para verificar se existe uma relação linear entre duas grandezas.
No caso desse experimento, a reta que melhor se ajusta aos pontos no gráfico indica
uma relação de potência entre as grandezas Vi e Vf. Essa relação é dada pela
equação da reta, que foi obtida utilizando o método dos mínimos quadrados, e permite
determinar o coeficiente angular (inclinação) da reta, que é igual a -0,49.
A partir do coeficiente angular da reta, é possível calcular o tempo de contato entre a
barra de alumínio e a base metálica, que é uma informação importante para
determinar a velocidade do som na barra. Esse tempo de contato é obtido a partir da
constante de tempo capacitiva (τ) do circuito e é dado pela equação tc = a.R.C, em
que "a" é o coeficiente angular da reta, "R" é a resistência elétrica da barra e "C" é a
capacitância do capacitor utilizado no circuito.
Por fim, o valor da velocidade do som na barra de alumínio é determinado a partir do
comprimento da barra e do tempo de contato, utilizando a equação v = 2L/tc.
Comparando o valor obtido experimentalmente com o valor teórico da velocidade do
som no alumínio, é possível verificar a precisão do experimento e a confiabilidade dos
resultados.

Figura 2 – Gráfico da velocidade do som no Cobre

O gráfico de cobre apresentado no mesmo estudo mostra a relação entre o quadrado


da frequência natural de vibração da barra de cobre e o inverso do comprimento da
barra. Similarmente ao gráfico de alumínio, o gráfico de cobre também exibe uma
relação linear entre essas grandezas, com um coeficiente de determinação alto
(0,9999), indicando que a relação é altamente precisa.
O coeficiente angular da reta ajustada no gráfico de cobre é de 3,913 x 10^11 m^-2,
enquanto o coeficiente linear é de -1,025 x 10^6. Com esses valores, é possível
determinar a velocidade do som no cobre utilizando a equação da frequência natural
de vibração, obtendo um valor experimental de aproximadamente 3,99 x 10^3 m/s.
No entanto, é importante ressaltar que a relação linear apresentada no gráfico é válida
apenas dentro da faixa de valores experimentais obtidos, ou seja, para comprimentos
e frequências de vibração específicos. Fora dessa faixa, a relação pode não ser mais
linear e a velocidade do som no cobre pode variar.
Figura 3 – Gráfico da velocidade do som no Latão
O gráfico para o latão apresenta um comportamento semelhante ao do cobre, com
uma relação linear entre o quadrado do comprimento de onda e a frequência, como
mostrado na equação da reta obtida pela regressão linear. Novamente, o coeficiente
angular da reta fornece o valor da velocidade de propagação do som no material, que
foi de aproximadamente 4563 m/s. Este valor também está dentro da faixa esperada
para o latão, que é conhecido por ter uma velocidade de som entre 3600 e 4900 m/s.
Além disso, é possível observar que o coeficiente de determinação, r², para o latão foi
de 0,9995, o que indica uma excelente linearidade e ajuste dos dados experimentais.
Esse alto valor de r² confirma que a equação da reta obtida pela regressão linear é
uma boa representação dos dados experimentais.
Em resumo, o gráfico para o latão apresenta um comportamento semelhante ao do
cobre, mas com uma velocidade de som um pouco maior, e com uma excelente
linearidade dos dados experimentais.
CONCLUSÃO

Com base nos experimentos realizados para determinar a velocidade do som em


barras de alumínio, cobre e latão, podemos concluir que a velocidade do som nesses
materiais é influenciada pelas propriedades elásticas de cada um deles. Os resultados
indicaram que a velocidade do som no alumínio é menor que a velocidade do som no
cobre e no latão. Isso pode ser atribuído à menor rigidez do alumínio em comparação
com o cobre e o latão. Além disso, os gráficos obtidos para cada material mostram que
a relação entre ln(Vi) e ln(Vf) é linear, o que comprova que a queda da barra e a
consequente geração de ondas sonoras seguem uma lei de potência.
A partir dos coeficientes angulares das retas ajustadas aos gráficos, foi possível
calcular o tempo de contato entre a barra e a base, que foi utilizado para determinar a
velocidade do som em cada material.
Em comparação com os valores teóricos, os resultados experimentais apresentaram
uma boa concordância, o que indica que o método utilizado foi eficiente na
determinação da velocidade do som.
Em resumo, os experimentos realizados e os resultados obtidos demonstraram a
importância das propriedades elásticas dos materiais na propagação do som, além de
evidenciar a aplicação do método dos mínimos quadrados na análise de dados
experimentais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RESNICK, ROBERT; HALLIDAY, DAVID; KRANE, KENNETH S. Física 1. 5. ed. Rio


de Janeiro: LTC Ed., c2003. 368 p. ISBN 85-216-1352-0. HALLIDAY, DAVID;
RESNICK, ROBERT; WALKER, JEARL. Fundamentos de física, 1. 4. ed. Rio de
Janeiro: LTC Ed., 1996. ISBN 85-216-1069-6. - SPEZIALI, N.L; VEAS LETELIER, E
F.O; Ondas Longitudinais: Determinação da Velocidade do Som Em Metais. Rev. Ens.
de Fis. 8/1, 3-9 (1986). -
www.fisica.ufmg.br/~lab1/roteiros_2013/Velocidade_do_som_em_metais.pdf,
consultado em 19/05/2017.

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