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SEGURANÇA EFICÁCIA
QUALIDADE
Produtividade: aumentar a produtividade é produzir cada vez mais e melhor com cada vez menos,
é aumentada para melhorar a qualidade do produto.
Controle de Qualidade
-Parte das BPF referente a amostragem, especificações, ensaios, procedimentos de organização,
documentação e procedimentos de liberação que asseguram que os ensaios necessários e relevantes
sejam executados e que os materiais não são liberados para uso, nem os produtos liberados para venda ou
fornecimento, até que as qualidades dos mesmos sejam julgadas satisfatória.
Conceitos
-Ação corretiva: correção de algo que está errado, medidas adotadas para tratar e eliminar a causa raiz de
desvio ou não conformidade já ocorrida.
-Ação preventiva: medidas adotadas para se evitar que um desvio ou não conformidade venha a ocorrer.
Busca eliminar a causa de um potencial desvio ou não conformidade.
-Calibração: conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os
valores indicados por um instrumento ou sistema de medição, ou valores representados por uma medida
materializada, e os valores correspondentes conhecidos de um padrão de referência.
-Certificado de análise: documento que fornece um resumo dos resultados dos testes em amostras de
produtos ou de materiais juntamente com a avaliação de sua conformidade com a especificação declarada.
-Contaminação: a introdução não desejada de impurezas de natureza química ou microbiológica, ou de
matéria estranha, em matéria prima, produto intermediário ou produto terminado durante as etapas de
amostragem, pesagem, formulação, produção, embalagem, armazenamento ou transporte.
-Contaminação cruzada: contaminação de determinada matéria-prima, produto intermediário, produto a
granel ou produto terminado por outra matéria-prima, produto intermediário, produto a granel ou
produto terminado durante as etapas de amostragem, pesagem, formulação, produção, embalagem e
armazenamento.
-Desvio: não cumprimento de requisitos determinados pelo sistema de gestão da qualidade farmacêutica
ou necessários para a manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos produtos.
-Especificação: documento que descreve em detalhes os requisitos com os quais produtos ou materiais
usados ou obtidos durante a fabricação devem atender. Servem de base para a avaliação da qualidade.
-Fabricação: todas as operações envolvidas no preparo de determinado medicamento, incluindo a
aquisição de materiais, produção, controle de qualidade, liberação, armazenamento, expedição de
produtos acabados e os controles relacionados.
-Limite de ação: critério estabelecido, exigido acompanhamento imediato e ação corretiva se excedido.
-Limite de alerta: critérios estabelecidos que dão o alerta antecipado do desvio potencial de condições
normais que não são necessariamente motivos para uma ação corretiva definitiva, mas que requerem
ações de acompanhamento.
-Lote: quantidade definida de matéria-prima, material de embalagem ou produto processado em um ou
mais processos, cuja característica essencial é a homogeneidade. Produzidos na mesma condição.
-Matéria-prima: qualquer substância utilizada na produção de medicamentos, excluindo os materiais de
embalagem.
-Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática,
curativa ou para fins de diagnóstico. Produto final.
-Não conformidade: o não atendimento de um requisito preestabelecido. Tais requisitos poder variar
entre fatores externos e internos.
-Procedimento: receita do bolo. Descrição das operações a serem realizadas, das precauções a serem
tomadas e das medidas a serem aplicadas, direta ou indiretamente relacionadas com a fabricação de um
medicamento.
-Produto acabado: produto que tenha passado por todas as etapas de produção, incluindo rotulagem e
embalagem final.
-Produto a granel: qualquer produto que tenha completado todos os estágios de processamento até, mas
não incluindo, a embalagem primária. Os produtos estéreis em sua embalagem primária são considerados
produto a granel.
-Produto intermediário: produto parcialmente processado que deve ser submetido a etapas
subsequentes de fabricação antes de se tornar um produto a granel.
-Quarentena: estado das matérias-primas ou do material de embalagem, produtos intermediários, a
granel ou acabados, separados fisicamente, não necessariamente em ambientes distintos, ou por outros
meios eficazes, enquanto se aguarda uma decisão sobre a sua liberação ou recusa.
-Reanálise: análise realizada em matéria-prima/insumo, previamente analisada e aprovada, para confirmar
a manutenção das especificações estabelecidas pelo fabricante, dentro do prazo de validade.
-Registro: documento que fornece evidências das ações adotadas para demonstrar a conformidade com
as instruções, por exemplo, atividades, eventos, investigações e, no caso de lotes fabricados, um histórico
de cada lote do produto, incluindo sua distribuição.
-Validação: ação de provar, de acordo com os princípios das Boas Práticas de Fabricação, que qualquer
procedimento, processo, equipamento, material, atividade ou sistema realmente leva aos resultados
esperados. Demostra a confiabilidade de análise, de equipamento que está sendo validado.
MATÉRIA PRIMA
-Matéria prima é todo o material utilizado na fabricação do medicamento e é composta pelas análises de
Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) e Excipientes.
DMF
-É um documento (dossiê) emitido pelo fabricante do insumo e contém todos os itens respectivos a
características físico-química: pka, solubilidade, polimorfismo; rota de síntese; demonstração da identidade
da molécula (testes de RMN, massas); avaliação de impurezas (tudo que não pertence ao princípio ativo);
avaliação de solventes residuais (restante do final da molécula); métodos de análise (determinação de teor,
os solventes residuais, é a descrição de como fazer uma análise); validação das metodologias analíticas
(provar que a metodologia é eficiente).
Rota de síntese: mostra como chegou na molécula final, ou seja, descrever cada processo,
temos o material de partida (aqui começa a reação química), solvente (temos normalmente 2 solventes
para solubilizar, a reagente fica embaixo da seta e os solventes em cima da reta).
Tudo que está entre o material de partida e o produto final temos os intermediários de
síntese, ou seja, não estão com a síntese completa. Nenhuma reação tem um rendimento de 100%,
Ensaios
=Identificação: visa demonstrar a identidade da molécula, garantir a autenticidade da molécula,
realizada com testes complementares.
Reações de avaliação de grupos funcionais, que resultam em formação de precipitado,
produto colorido, entre outros; infravermelho, que é uma técnica amplamente utilizada para identificação
de moléculas; cromatografia em camada delgada (CCD), consiste no sistema cromatográfico em que a
separação dos componentes de uma mistura ocorre através da migração diferencial sobre uma fase
estacionaria composta por uma fina camada de adsorvente aplicado sobre um suporte plano;
=Doseamento (Teor): teste que consiste na realização de analises que visa quantificar o teor de
substância ativa no insumo farmacêutico ativo. Os métodos utilizados podem ser clássicos e instrumentais.
=Polimorfismo: consistem em arranjos desordenados de moléculas do insumo farmacêutico ativo que
não possuem uma estrutura de cristal distinguível (amorfos); vão ter várias formas de cristalizar, tem um
padrão, ou seja, com diferentes estruturas cristalinas, está ligada a características físico-químicas,
principalmente a solubilidade, que acaba afetando na biodisponibilidade, absorção (polimorfismo).
É a forma de como a molécula se cristaliza.
=RMN: a espectroscopia de ressonância magnética nuclear, que consiste em um procedimento analítico
que se baseia nas propriedades magnéticas de determinados núcleos atômicos. Similar as outras técnicas
espectroscópicas, nas quais ocorre a adsorção e a emissão de energia em determinada frequência,
proporcionando a informação analítica.
=Difração de Raio X: fenômeno de interferência que aparece quando as ondas passam através de um
objeto de dimensões similares ao comprimento de onda.
=Análise Térmica (DSC / TG): caloria exploratória diferencial, técnica que possibilita avaliar os fenômenos
energéticos, físicos e ou químicos, produzidos durante o aquecimento de uma substancia (ou
resfriamento), mede o ponto de fusão.
TERMOGRAVIMETRIA mede diferença de massa por aplicação de calor. O DSC aplica calor e
verifica o ponto de fusão.
=Tamanho de partícula / Granulometria: o tamanho da partícula de um fármaco pode impactar
diretamente nas propriedades físicas, nos processos galênicos e na quantidade do medicamento. O grau
de divisão ou a granulometria de pós é expresso pela referência à abertura nominal da malha do tamis
utilizado.
Pode ser classificado em Pó grosso, Pó moderadamente grosso, Pó semi-fino, Pó fino e Pó
finíssimo.
Testes Físicos
=Solubilidade: a solubilidade indicada não deve ser considerada estritamente como constante física, mas
como complemento dos demais ensaios, podendo ter um valor definitivo no caso em que a substância não
apresenta a solubilidade mínima exigida, principalmente quando o solvente é a água.
=Descrição: é a descrição de um IFA, correspondendo ao aspecto do mesmo.
=Rotação Específica/Ótica: propriedade que algumas substancias liquidas ou solutos em solução
apresentam de girar o plano de polarização da luz polarizada que sobre elas incide. Para moléculas que
possuem carbono quiral, que possuem 4 ligantes diferentes.
O equipamento utilizado é o POLARÍMETRO, a rotação ótica especifica e calculada a partir da
rotação ótica observada na solução amostra, obtida conforme especificado na monografia correspondente.
=pH: definido como a medida da atividade do íon hidrogênio de uma solução.
O valor de pH é expresso pela equação em relação ao pH da solução padrão (pHp) e
determinado em peagômetro utilizando eletrodo de vidro.
=Ponto de fusão: é definida como a temperatura na qual está se encontra completamente fundida. É uma
propriedade intrínseca das substâncias, que é utilizada, junto a outros ensaios, para a confirmação da
identidade das mesmas, assim como indicador de pureza.
=Perda por Dessecação: se destina a determinar a quantidade de substancia volátil de qualquer natureza
eliminada nas condições especificadas na monografia individual. Pode ser também para a perda de água.
MATERIAL DE EMBALAGEM
-Qualquer material empregado na embalagem de medicamentos, excluindo qualquer embalagem externa
usada para transporte ou embarque. Os materiais de embalagem podem ser classificados em primários e
secundários, de acordo com o grau de contato com o produto.
Embalagem primária: mantem contato direto com seu conteúdo. É considerado material de
embalagem 1ª: ampola, bisnaga, estojo, flaconete, frasco de vidro, entre outros. Não deve haver qualquer
interação entre o material de embalagem primaria e o seu conteúdo, que seja capaz de alterar a
concentração, qualidade ou pureza do material acondicionado.
Embalagem secundária: possibilita total proteção do material de acondicionamento nas
condições usuais de transporte, armazenamento e distribuição. É considerado embalagem 2ª: caixa de
papelão, cartuchos de cartolina, madeira ou material plástico ou estojo de cartolina, entre outros.
-Os materiais de embalagem devem atender as especificações vigentes, dando ênfase a compatibilidade
do mesmo com as formulações. É qualquer forma de acondicionamento destinada a envolver o
medicamento, garantindo proteção e estabilidade que impeçam de sofre mudanças físicas e químicas.
Os atributos de qualidade para o material de embalagem são: performance, compatibilidade,
perda de potência (quantidade de ativo que possui no medicamento), degradação, precipitação, mudança
de pH, segurança, proteção, temperatura, entre outros.
Na vida útil do medicamento, alguns fatores como temperatura, incidência de luz, calor e
umidade podem alterar a estabilidade da forma farmacêutica.
Tampas de Elastômero
-Tampas de elastômeros são fabricados em materiais obtidos a partir da polimerização, poliadição ou
policondensação de substancias orgânicas. Tem que ser eméticas. Geralmente contem substancias que
conferem as propriedades físico-químicas, coloração, estabilização para formulação da tampa.
Tipo I – utilizados em preparações aquosas
Tipo II – Utilizadas em preparações não aquosas
Tipos de Água
-Água potável: é empregada nas etapas de procedimentos de limpeza e como fonte de obtenção de agua
de mais alto grau de pureza. A água potável não é recomendável para a produção farmacêutica, a indústria
recebe agua potável que deve ter um controle de qualidade, porem deve vir da agencia responsável pelo
abastecimento na indústria.
Da água potável que se faz a água purificada.
Água purificada: produzida a partir da água potável e deve atender as especificações estabelecidas
na respectiva monografia. É obtida por osmose reversa, eletrodeionização, múltipla destilação. É
empregada como excipiente na produção de forma farmacêuticas não parenterais (nas
aplicações parenterais, deve se usar agua para injetáveis) e em formulações magistrais, desde
que não haja nenhuma recomendação de pureza superior no seu uso ou que não necessite ser
apirogênica.
Não contem qualquer outra substancia adicionada.
Água Ultra Purificada: possui baixa concentração iônica, baixa carga microbiana e baixo nível de
COT Essa modalidade de água é requerida em aplicações mais exigentes, principalmente em
laboratórios de ensaios, para diluição de substâncias de referência, em controle de qualidade e
na limpeza final de equipamentos e utensílios utilizados em processos que entrem em contato
direto com a amostra que requeira água com esse nível de pureza.
Não pode beber agua purificada, pois vai ter partículas livres, levando um desiquilíbrio eletrolítico.
Tanque de tratamento
-A instalação de um tanque de tratamento é uma exigência universal para instalações farmacêuticas.
Organismos presentes na agua potável vai se sedimentar nas laterais e no fundo do tanque, formando
biofilmes.
Dispositivos de deionização
-O sistema-padrão de deionização consiste em colunas com grânulos de resina com carga catiônica (+) e
aniônica (-), separadamente, ou por sistemas de leito misto. Uma vantagem desse sistema é que as colunas
exigem regeneração com soluções de ácido clorídrico 1M e hidróxido de sódio 1M, ambas fortemente
biocidas.
Destilação
-Processo que busca remover substâncias em um meio com base na diferença do ponto de ebulição entre
eles. A água é aquecida até seu ponto de ebulição, o vapor resultante é direcionado para um recipiente,
onde fica armazenado após a condensação.
A água destilada (tira íons e matérias orgânicos) é melhor que uma deionizada (livre de íons).
Água Purificada
-Testes químicos necessários: descrição e ensaios de pureza.
Descrição: informações referentes a descrição de uma substancia. Visualização do aspecto visual da
substancia.
Ensaios de pureza: pureza é mais próximo que se tem da sustância pura, isolada. Os testes são
acidez ou alcalinidade (pela cor apresentada pode mostrar o pH da água), COT (quantifica os
átomos de carbono dissolvido na amostra – a análise é utilizada para identificar a contaminação
da agua por impurezas orgânicas), substâncias oxidáveis (teste qualitativo, mesmo princípio de TOC,
oxida e leva a combustão), condutividade da água (medida do fluxo de elétrons, o qual é facilitada
pela presença de íons, moléculas de água dissociam-se em íons em função do pH e da temperatura,
resultando em uma determinada condutividade), nitratos, sulfatos, cloretos, amônio, cálcio e
magnésio.
Água Ultrapurificada
-Testes químicos necessários: descrição, ensaios de pureza.