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ATAS DO SIMPOSIO

SÔBRE A

BIOTA AMAZÔNICA

VoL. 2 : Antropologia

Belém, Pará, Brasil, Junho 6-11, 1966

EDITOR; HERMAN LENT

Publicado pelo
CONSELHO NACIONAL DE PESQUISAS
RIO DE JANEIRO, GB
1967

Biblioteca Digital Curt Nimuendajú


http://www.etnolinguistica.org/biota
Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica
Vol. 2 (Antropologia): 93-100 — 1967

OS IVIAKUXÍ E OS WAPITXÂNA: ÍNDIOS INTEGRADOS


OU ALIENADOS?
EDSON SOARES DINIZ
Museu Paraense “Emílio Goeldi”, Belém, Pará

(Com uma figura no texto)

A conjunção intersocietária que diretamente, no século XVII, to-

têm de um lado os índios Makuxi mou forma mais permanente a par-


e Wapitxâna, habitantes da zona tir da segunda metade do século
campestre do Território Federal de seguinte. Porém, não ocorreu e
Roraima e, de outro o segmento nem ocorre com a mesma intensi-
da sociedade brasileira dêsse extre- dade para ambas as tribos referi-
mo setentrião de nosso país, origi- das, sendo mais expressivo, desde
nou a pergunta que encabeça esta o comêço, para os Wapitxâna. Nos
breve comunicação dias de hoje, também, o processo
Os Makuxi (Karib) e os Wapit- de interação varia de grau, em con-
xâna (Aruak) são, no momento, seqüência da maior ou da menor
aquêles que recebem de modo mais vizinhança com os regionais.
incisivo, os abalosdo contato inte-
A seguir serão apresentados, de
rétnico que atingiu os grupos indí-
modo sucinto, aspectos da ambiên-
genas da área rio-branquense ‘2’.
cia; a situação de contato; e, fi-
Êsse contato iniciado, direta ou in-
nalmente, os fatôres que concor-
Duas estadas em campo foram rem para a alienação e os modos
efetuadas. A primeira no período de
fevereiro-abril de 1964 e a segunda em como esta se manifesta.
setembro-outubro de 1965. Em traba-
lhos anteriores (Diniz, 1964; 1965;
1966) foram apresentados resultados A AMBIÊNCIA
parciais da pescjuisa.
™ CoTjDREAu (1887: 391-394) em fins
do século XIX cita o completo desapa- Nesta parte será delineado um
recimento ou drástica redução popula-
cional de vários grupos tribais dessa esbôço econômico-social do ambien-
area, referidos no final do século an- te onde desenrolam as relações
se
terior, os quais haviam entrado em
contato continuado com os brancos. interétnicas acima referidas.

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A
Área Riobranquense está com- les que aí se englobavam sob a ru-
preendida nos limites do atual Ter- brica de civilizados
totalizavam
ritório Federal de Roraima, entre 1.000 indivíduos, constituídos de
os paralelos 5°16T9” N e 1°27’00’' brancos, mestiços e “índios vesti-
5 e os meridianos 58°58’30” E e dos” (CouDREAu, 1887: 407). A fal-
64°39’30” O. Sua extensão é de ta de interêsses econômicos, em
234. 104 km-. A principal artéria primeiro plano, o fator desfavo-
foi

fluvial é 0 rioBranco, cujo regime rável para a exploração e fixação.


hidrográfico se caracteriza por um Interêsses de caráter político-mili-
período de cheia que se prolonga tar propiciaram a fundação do For-
de março a setembro e de outro de te de São Joaquim (1775), tentan-
sêca que se estende de outubro a do-se desde logo iniciar a coloniza-
fevereiro. Três zonas distintas a ção. Mas, isso só foi conseguido
compõem: o baixo rio Branco (flo- com a introdução da atividade pas-
resta amazônica) e o alto rio Bran-
,
toril.
co (campos e cerrados) e as mon-
O crescimento dessa atividade,
tanhas, as quais constituem estrei-
porém, sofreu de limitações tais
ta faixa ao norte. A população
como a falta de mercado, a difi
atual orça em cêrca de 40.000 in-
culdade de transporte, o isolamen-
divíduos, achando-se a maioria na
to em relação aos demais centros
zona campestre, onde está localiza-
da a capital do Território, Boa Vis- do país, advindo daí o marasmo
ta, o único centro urbano aí exis- econômico em
que estêve imersa a
tente. Sua economia baseia-se na área até recentemente. A remessa
pecuária, na pequena agricultura, de gado para Manaus, que sempre
no extrativismo vegetal e mineral. foi e continua sendo o principal

A principal dessas atividades é a centro consumidor, apenas era fei-


pastoril,introduzida na segunda ta em determinada época do ano
metade do século XVIII. Consti- (cheia), sendo as rêzes conduzidas
tuindo-se desde então a economia vivas por via fluvial <=*>.
Êsses fa-
dominante, deu a área uma feição torestornavam a principal ativida-
tipicamente rural.
de econômica pouco rendosa e, até
Embora as primeiras penetrações mesmo, fechada. Essa inércia eco-
remontem ao final do século XVII,
essa área conservou-se isolada e o
transporte de carne bovina por
via aérea para Manaus, teve início em
com um reduzido contingente de 1965, através de dois aviões particula-
população branca. Para se ter uma res. Um dêles recebe o carregamento
na aldeia makuxí de Contão, onde é
idéia dessa rarefação populacional, feito 0 abate das rêzes. Seus habitan-
tes executam a maior parte dêsse tra-
ainda em fins do século XIX aquê- balho.
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*
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60 *

D POVOADOS
A ALDEIAS MAKUXI
A ALDEIAS WAPITXÂNA
A ALDEIAS MAKUXÍ- WAPITXÂNA
+ ALDEIAS VISITADAS C ' .

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S.Jor^+ A
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Perdiz

1 — Localização dos índios makuxí e Wapitxána no Território Federal


Roraima, Brasil (Corrige, em parte, mapas publicados anteriormente; cf.
Diniz, 1965 e 1966).

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.

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nômica vem tendendo a modificar- contra si as flutuações de um mer-


-se,discretamnte, após a instala- cado de trabalho de pouca desen-
ção do Território Federal (1944). voltura. Valem-se, também, como
outro meio de suprir o poder aqui-
A SITUAÇÃO DO CONTATO sitivo, da garimpagem diamantífe-
ra, feita por métodos rotineiros,
Em uma situação de contato en- sendo porisso pouco lucrativa. A
tre sociedades de níveis tecnológi- isto se acrescentam os lôgros de
cos diferentes, onde uma é a domi- que são vítimas pelos compradores
nante, as estruturas econômica e de suas diminutas pedras. À guisa
política da mais fraca, são as esfe- de exemplo, cita-se o caso de um
ras mais afetadas. São elas as ins- makuxi da Aldeia de Limão: êsse
tâncias cruciais pelas quais a so- homem e seus dois filhos haviam
ciedade mais poderosa se capacita conseguido 42 xibíus e então ruma-
para o manejo de seus objetivos ram para “Vila Surumu”, o povoa
manifestos ou não. Sabe-se, tam- do mais próximo, para fazer a ven-
bém, que a introdução do sistema da, pela época dos festejos de mar-
mercantil em uma economia de au- ço de 1964. Aí chegando, foram
toconsumo e de escambo intertri- oferecer ao proprietário da olaria
bal, importa na modificação de local todo o achado, pelo preço de
comportamentos, refletindo-se não CrS 35.000, o qual ficou reduzido
somente na economia mas, tam- a CrS 10.000. Para não voltarem
bém, no sistema social em geral. de “mãos limpas”, pai e filhos em-
Tendo em vista êsses princípios, pregaram-se durante uma semana
já comprovados plenamente, pro- na olaria, com uma diária de ...
curar-se-á situá-los no campo a que CrS 500 cada um, fazendo serviços
se restringe êste trabalho. desde tirar lenha até “bater tijo-
lo”. Os marreteiros que visitam
4c 4; «
suas aldeias também se valem des-
sas ludibriações, quase sempre au-
Os Makuxi e os Wapitxâna, não
xiliados pela cachaça.
tendo condições materiais para fa-
As relações entre civilizados e ca-
zer face à nova situação, gerada
bocos na Área Rio-branquense,
pelo contato continuado e cada vez
estreito, vendem sua fôrça de “Na área riobranquense, o índio
<•>
mais
integrado ou em vias de integração
trabalho, a fim de suprir as defi- que, geralmente, além da língua tribal
ciências comerciais de sua eco- ou gíria (como dizem os regionais)
fala ou entende o português, seja al-
nomia ainda quase de autoconsu- deado ou destribalizado, é chamado
mo. Mas, além de constituírem “cahoco”, corruptela da palavra cabo-
clo. Esta designação têm duplo sen-
mão-de-obra não qualificada, têm tido: um é aquêle que ressalta a con-
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medeiam entre relações coloniais e balho. Suas resistências se exterio-


relações de classe embora a es- rizam quase sempre por meios não
tratificação baseada em índices só- violentos, através de furtos, fugas,
cio-econômicos ainda não tenha se embriaguês, ociosidade ou, ainda,
transferido para os últimos, a não por explosões puramente emocio-
ser quando são vistos como inte nais. Essas reações favorecem as
grantes da “classe braxa” Ade- representações negativas feitas pe-
mais, a camada dominante da so- los regionais. Êstes
longe de enten-
ciedade regional que enfeixa em derem a alienação que o con-
suas mãos a estrutura do poder, tato impõe ao índio, evidenciam
não foi ainda abalada em seu as- suas depreciações <*>.
pecto monolítico. Assim, a estereotipia deturpa o
A
reação dos Makuxi e dos Wi- verdadeiro sentido da oposição de
pitxâna, nos dias atuais, é de paci- valores entre essas sociedades
fismo, embora não de conformis-
mo. Seja em relação à invasão e Entende-se aqui por alienação do
índio, o processo que se caracteriza
tomada de suas terras, à espolia- pela ambiguidade sócio-cultural, pro-
vocada neste caso, pelo contato inte-
ção nas suas transações comerciais rétnico continuado. Nesse embate in-
ou na venda de sua fôrça de tra- tersocietário a sociedade indígena fica
desfigurada, e, por outro lado, seus
dição de “índio manso’’ ou “índio civi- membros não conseguem vivência plena
lizado”, outro é 0 que enfatiza sua ca- como participantes da sociedade envol-
tegoria social, considerada inferior. vente, obstada pela oposição estrutu-
Em contrapartida o brasileiro ou re- ral e histórica que as separa.
gional, como está sendo tratado neste <">
Para os regionais, além de ele-
trabalho, é identificado pelo indígena mentos que lhes são úteis como mão-
acima caracterizado como branco ou -de-obra (serviços domésticos e bra-
civilizado não importando sua condi- çais de tôda a natureza), de fácil dis-
ção econômico-social e nem sua mes- ponibilidade e a baixo custo, os ca-
tiçagem, tendo conotação social equi- bocos são os produtores de bens tais
valente” (Diniz, 1966: 16). como farinha de mandioca e outros
produtos roceiros, galinhas, porcos,
“No puededejar-se de insistir etc. Porém, como não conseguem rea-
9ue carácter clasista y el carácter
el lizar de modo satisfatório essas ta-
colonial de las relaciones interétnicas refas de acordo com a expectativa da-
son dos aspectos intimamente ligados de quêles, regionais, são recriminados com
hn mismo fenómeno... Pero el carác- avaliações negativas.
ter colonial de las relaciones interétni-
cas imprime a las relaciones de clases “As distinções e separações en-
tre grupos, que se definem como ra-
características particulares y tienden
cialmente diversos, são inanifestações
^ frenar su desarollo” íStavenhagen, destinadas a exprimir mistificadamente
1963: 100). relações de dominação-subordinação
. “A experiência etno-sociológica geradas originàriamente com base no
indica que se nas etapas iniciais do modo de apropriação dos produtos do
contato interétnico a oposição “índio/ trabalho social e dos próprios homens,
/branco” é a mais irredutível, nas quando portadores de mercadorias e
etapas seguintes é a oposição “classe cristalizados ao nível das relações so-
aita”/“classe baixa” que começa a ga- ciais destinadas a legitimar certas for-
^ar consistência” (Oliveira, 1964: mas de distribuição hierarquizada dos
107). homens” (Ianni, 1962: 111).

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manifestando-se pela “fricção in- FATÔRES E MANIFESTAÇÕES


terétnica” Dêste modo, o ca- DA ALIENAÇÃO
boco que é o “índio desfigurado”,
já não plenamente ligado ao con- Os dois grupos tribais referidos

texto tribal e nem tão pouco fa- imergindo em uma nova situação,
zendo parte efetiva do “mundo dos alheia aos seus padrões tradicio-

brancos fica à mercê da ins-


na qual ainda não se adapta-
nais,
ram e nem a compreendem, seus
tabilidade das relações sociais e das
membros tendem para a alienação.
contradições internas da socieda-
Esta é condicionada pelos fatores
de maior. Daí serem limitadas as
abaixo enumerados e mani-
suas possibilidades de uma integra< festa como um reflexo dêles.
ção satisfatória nesse sistema
econômico e sócio-cultural.
1. Fatores de Alienação
É nestas circunstâncias, para ser
breve, que se desenrola o processo a. perda de autonomia políti-
de interação das duas sociedades ca
tribais e o segmento da socie- b. dependência econômica;
dade brasileira, regional. c. cidadania indefinida
d . descaracterização dos costu-
Trata-se de “ contato entre hu;
. .
mes tribais
grupos tribais e segmentos da socieda-
de brasileira, caracterizado por seus e. polarização de interêsses;
aspectos competitivos e, no mais das
vêzes conflituais, assumindo muitas Os dados se referem apenas a
vêzes proporções “total”, i.e., envolven- oito grupos locais makuxí (910 pessoas)
do tôda a conduta tribal que passa a e dois grupos locais wapitxâna (270 in-
ser modelada pela situação de fricção divíduos) .

interétnica. de conformidade com a


. . O
p)oder tribal passou a ser su-
natureza sócio-econômica das frentes bordinado a ordem nacional, especifi-
de expansão da sociedade brasileira, as camente aos interêsses da camada do-
situações de fricção apresentarão as- minante da sociedade brasileira regio-
nal, a qual adultera os mecanismos tra-
pectos específicos” (Oliveira, 1962: 86).
dicionais de ascensão à chefia dos
Cf. oliveira, 1964. grupos-locais._ A coincidência ou não
Tomando o têrmo integração com os padrões de ascensão à chefia
como participação no todo, pode-se di- dos grupos-locais, está condicionada a
zer que há uma integração relativa, maior ou menor confiança inspirada
aos “interessados” (cf. Diniz, 1966: 12)
desde que participam como mão-de-
-obra ^ecundária no mercado (pequeno Continuam sob a tutela do Ser-
e descontínuo) de trabalho regional, e
viço de Proteção aos índios.
como produtores de alguns bens (Vide Essa descaracterização dos cos-
nota 8) tumes tribais é, õbviamente, uma de-
corrência do contato com uma socie-
™ A interação entre os Wapitxâna dade mais poderosa, nela tendo influ-
e os Makuxí, embora seja acentuada, ência, entre outros, o proselitismo reli-
não são aqui referidas, pois fogem ao gioso, feito nos moldes da sociedade
objetivo da presente comunicação. envolvente.
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f. não alcance dos padrões da efetivação das primeiras penetra-


sociedade envolvente e não ções na tornando-se mais
área,
desligamento dos padrões so- concreta a partir da segunda me-
cietários tribais. tade do sécuio seguinte. Os Wapit-
xâna foram sempre mais accessí-
2 . Manifestações da Alienação veis ao contato com os brancos, en-
quanto os Makuxi ofereceram
a . reconhecimento e submissão maior resistência.
à ordem nacional; De tôdas as esferas dessas duas
b. reconhecimento da superio- sociedade indígenas, a política e
ridade econômica do branco;
a econômica foram as mais afeta-
c. escamoteamento da etnia, das no embate intersocietário. Nos
através da aceitação do têr-
dias de hoje, ambas as tribos, en-
mo caboco;
contram-se em estado da ambiva-
d. embriaguês, furtos, fugas,
lência que mais se aproxima da
etc.;
alienação do que da integração.
e. sentimento de inferioridade;
f. ambivalência de atitudes.
SUMMARY
Dado o caráter exploratório des-
ta comunicação, os dados são frag- This paper deals with some as-
Kientários, obtidos que foram em pects of the interaction process be-
um primeiro estágio de campo. tween a segment of Brazilian socie-
ty and two tribal groups of the sa-
RESUMO vanna area of the Federal Terri-
tory of Roraima. These two groups
Esta comunicação trata de al- are the Makuxi or Macusi (Carib)
guns aspectos do processo de in-
and the Wapitxâna or Wapisiana
teração de um dos segmentos da
(Arawak), inhabitants of this nor-
sociedade brasileira e dois grupos
thern region of Brazil and of Guya-
tribais da zona campestre do Ter-
ritório Federal de Roraima. Tra-
na as well.

tam-se dos Makuxi (Karib) e dos The beginning of this intereth-

^apitxâna (Aruak) habitantes nic juxtaposition dates, directly or


,

dêsse extremo norte do Brasil e, indirectly, from the end of XVII


também, da Guiana. century, with the first penetration
O início da conjunção interétni- of the area, becoming more intense
cu remonta, direta ou indiretamen- during and after the second half
te, aos
fins do século XVII, com a of the following century. The Wa-

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: ;

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DiNiz, E. S., 1965, Breves Notas sôbre


pitxâna were always more acces-
o Sistema de Parentesco Makuxi.
sible to contact with whites, whe-
Boi. Mus. Paraense Emílio Goeldi,
reas the Makuxi offered more re-
n.s.. Antropologia, 28:
sistence. DiNiz, E. S„ 1966, O Perfil de uma si-

Of all the facets of life in these tuação interétnica: os Makuxi e os


Regionais de Roraima. Boi. Mus.
two Indian societies, those most Paraense Emílio Goeldi, Antropolo-
affected by the encounter with gia, 31;
local Brazilians were politics and lANNi, O., 1962, Raça e Classe. Rev.
economics. At present, both tribes Educação e Ciências Sociais, Rio
are in an ambivalent state which de Janeiro, 10 (19) : 88-111.

approximates more closely that of Oliveira, R. C., 1962, Estudos de áreas

alienation than of integration. de fricção interétnica no Brasil.


América Latina, Rio de Janeiro,
5 (3) 85-90.

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1964,
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DiNiz, E. S.,
Nacional. nicas en Mesoamérica. América
instalação na Economia
Letras, Univ. Latina, Rio de Janeiro, 6 (4) 63-
Rev. Educação e
104.
Pará, Belém, 1-2; 11-16.

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