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O desastre decorrente de causas naturais é uma ocorrência que gera uma grave suspensão do
funcionamento habitual de uma comunidade ou sociedade, afetando seu cotidiano. Essa
interrupção evolve conjuntamente danos materiais e econômicas, assim como prejuízos
ambientais e à saúde das comunidades, por meio de agravos e doenças que podem resultar em
óbitos imediatos e posteriores. O desastre sempre esteve presente no cotidiano do ser humano,
porém com o passar do tempo foram desenvolvidas formas de se comunicar para que estas
ações não fossem tão prejudiciais ao seu bem estar. Sistema de alerta é um conjunto de
competências imprescindíveis para criar e difundir, á tempo e de modo inteligível,
informações que permitam que indivíduos, comunidades e organizações vulneráveis a
desastres consigam se preparar e agir, de forma adequada e em tempo suficiente, para mitigar
o risco de sofrer danos e/ou perdas. organização se baseia em torno de quatro eixos
fundamentais: Conhecimento dos riscos; monitoramento; comunicação; capacidade de
resposta. O “Comunicar” dentro do eixo monitoramento e alerta é um dos mais importantes, a
comunicação do risco pode ser entendida como um processo de troca de informações e
avaliações claras e interpretativas entre os atores participantes. O alerta precoce é de grande
valor para os sistemas de gestão de desastres, eles providenciam aos cidadãos sobre um
evento perigoso iminente antes que ele aconteça, permitindo que eles se preparem. Evitando
parcialmente ou completamente o perigo. Todavia a forma como essa comunicação vem
sendo realizada tem apresentado certa deficiências, as quais necessitam de urgentes
modificações. Além disso, cidadãos, cientistas e gestores têm esse desafio em comum,
embora seus esforços nem sempre se conjuguem em torno dele. Dado o exposto, esse estudo
tem como objetivo verificar como são e discutir as formas de comunicação padrão de
desastres ambientais, no âmbito do sistema de monitoramento e alerta, de acordo com a
perspectiva de diferentes sujeitos. A fim de verificar se a forma de se comunicar atual é
suficiente para suprir a demanda dos os eventos que vêm ocorrendo. Assim como, para avaliar
se estes meios estão sendo verdadeiramente úteis no quesito de informar o perigo e evitar as
perdas e danos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa baseada em estudos de caso do tipo
descritivo-analítico. A abordagem específica e contextual da comunicação em desastres a
partir da descrição de casos cuja percepção e vivência acerca do tema servirão como objeto de
estudo. Será realizada uma revisão bibliográfica sobre os sistemas de comunicação existentes
em diversos países. Subsequentemente, serão utilizados questionários padronizados para a
coleta de dados, que consistirá em entrevistas. Estas serão realizadas com os diversos
integrantes dos eixos do sistema de alerta.
The disaster resulting from natural causes is an occurrence that generates a serious
suspension of the usual functioning of a community or society, affecting its daily life. This
interruption jointly involves material and economic damage, as well as environmental and
health damage to communities, through injuries and diseases that can result in immediate and
subsequent deaths. Disaster has always been present in the daily life of human beings, but
over time, ways of communicating were developed so that these actions were not so harmful
to their well-being. Alert system is a set of essential skills to create and disseminate, in a
timely and intelligible way, information that allows individuals, communities and
organizations vulnerable to disasters to prepare and act, in an adequate and timely manner,
to mitigate the risk of damage and/or loss. organization is based around four fundamental
axes: Knowledge of risks; monitoring; Communication; responsiveness. The “Communicate”
within the monitoring and alert axis is one of the most important, risk communication can be
understood as a process of exchanging information and clear and interpretive assessments
between the participating actors. Early warning is of great value to disaster management
systems, they provide citizens with an imminent dangerous event before it happens, allowing
them to prepare. Partially or completely avoiding the danger. However, the way in which this
communication has been carried out has shown certain deficiencies, which need urgent
changes. Furthermore, citizens, scientists and managers have this challenge in common,
although their efforts do not always converge around it. Given the above, this study aims to
verify how they are and discuss the standard forms of communication of environmental
disasters, within the scope of the monitoring and alert system, according to the perspective of
different subjects. In order to verify if the current way of communicating is sufficient to meet
the demand of the events that have been taking place. As well as, to assess whether these
means are being truly useful in terms of informing the danger and preventing losses and
damages. This is a qualitative research based on descriptive-analytical case studies. The
specific and contextual approach to disaster communication based on the description of cases
whose perception and experience on the subject will serve as an object of study. A
bibliographic review will be carried out on the existing communication systems in several
countries. Subsequently, standardized questionnaires will be used for data collection, which
will consist of interviews. These will be carried out with the various members of the alert
system axes.
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................7
2.1 Sistema de monitoramento e alerta 7
2.2 Eixos do sistema de monitoramento e alerta 8
2.3 Conhecimentos dos Riscos – Pesquisa e Desenvolvimento 9
2.3.1 CEMADEN, Universidade, Instituto de Pesquisa, Rede Pesquisa 9
2.4 Monitoramento e Alerta – Observar 10
2.4.1 Sala de Situação – CEMADEN/ANA 10
2.5 Educação e Comunicação – Formar e Informar 11
2.6 Capacidade de Resposta – Recursos e Habilidades Para Conviver e Reduzir os
Riscos 12
2.7 Comunicar, o que define esse eixo? 13
2.7.1 Comunicação do Risco no Brasil e ao Redor do Mundo 14
3 PROPOSTA DE PESQUISA.......................................................................................16
3.1 Objetivo Geral 16
3.2 Objetivos Específicos 16
4 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................17
4.1 Revisão Bibliográfica 17
4.2 Entrevistas 17
5 PLANO DE ATIVIDADES..........................................................................................18
REFERÊNCIAS...............................................................................................................19
5
1 INTRODUÇÃO
O desastre decorrente de causas naturais é uma ocorrência que gera uma grave suspensão
do funcionamento habitual de uma comunidade ou sociedade, afetando seu cotidiano. Essa
interrupção evolve conjuntamente danos materiais e econômicas, assim como prejuízos
ambientais e à saúde das comunidades, por meio de agravos e doenças que podem resultar em
óbitos imediatos e posteriores. Além disso, esses desastres podem ultrapassar a capacidade de
uma comunidade ou sociedade afetada em lidar com a situação utilizando seus próprios
recursos. O que pode gerar exacerbação das perdas e danos ambientais e na saúde para além
dos limites do lugar em que o evento ocorreu (EIRD, 2022; NARVÁEZ, LAVELL, ORTEGA
2009).
O desastre sempre esteve presente no cotidiano do ser humano, porém com o passar do
tempo foram desenvolvidas formas de se comunicar para que estas ações não fossem tão
prejudiciais ao seu bem estar. A comunicação se refere a qualquer comunicação pública ou
privada para trocar informações e opiniões entre as pessoas sobre a existência, a essência, a
forma, a gravidade, ou a aceitabilidade dos riscos de desastres. No sentido mais restrito, ela
focaliza uma transferência intencional de informações de especialistas para não especialistas,
com vistas a responder às preocupações ou necessidades do público leigo quanto a um
determinado perigo – real ou percebido (MONTEIRO, 2009).
Todavia a forma como essa comunicação vem sendo realizada tem apresentado certas
deficiências, as quais necessitam de urgentes modificações. Ocorridos como em Franco da
Rocha, Embu das Artes, Francisco Morato entre outros municípios do Estado de São Paulo e
Petropolis - RJ, em janeiro deste ano, revelaram uma grave limitação dentro do sistema de
monitoramento e alerta. O segmento de comunicação se mostra deficiente. Os sistemas de
informação do governo em nível de subdistrito/município precisam estar preparados para
disseminar informações e conteúdo que possam controlar o pânico e a confusão nas
comunidades afetadas por desastres naturais.
Dado o exposto, esse estudo tem como objetivo verificar como são e discutir as formas de
comunicação padrão de desastres ambientais, no âmbito do sistema de monitoramento e
alerta, de acordo com a perspectiva de diferentes sujeitos. Serão entrevistados envolvidos no
sistema de comunicação a fim de verificar se a forma de se comunicar atual é suficiente para
suprir a demanda dos os eventos que vêm ocorrendo. Assim como, para avaliar se estes meios
estão sendo verdadeiramente úteis no quesito de informar o perigo e evitar as perdas e danos.
Hipotetizamos que o sistema atual apresenta múltiplas falhas e o conhecimento acerca de tais
deficiências pode favorecer a criação de políticas públicas para sanar tais problemas.
7
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A coleta de dados ocorre por meio de dados GIS, redes sociais e dados de campo. Os
dados GIS fornecem dados de sensores, áreas prioritárias, imagens de satélite e muito mais.
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As redes sociais são usadas para identificar eventos ou desastres que ocorrem em tempo real.
Os dados de campo são relatórios, fotografias e/ou vídeos que podem gerar informações
importantes quanto à existência de desastres (MARCHEZINI et al. 2020).
Fonte: Cemaden
Monitoramento;
Comunicação;
Capacidade de Resposta.
em regiões semiáridas, que terão diferentes representações, nem sempre tão ameaçadoras.
(VALENCIO et al, 2005).
meio de mensagens SMS, aplicativos, redes sociais (ver Figura 1). Ocasionalmente, se o
município recebe o alerta e entra em emergência, acionam-se formas de alarme por meio de
sirenes e outros com intuito que os moradores de áreas consideradas de risco realizem ações
de evacuação e as demais secretarias municipais possam prestar apoio às ações de resposta.
• desde dezembro de 2011; • monitoramento 24h/7 dias por semana; • alertas de risco de
movimentos de massa e inundações; boletins de previsão de riscos
Moradores, cientistas e gestores têm esse desafio em comum, embora seus esforços
nem sempre se conjuguem em torno dele. Como comunicar as diferentes dimensões da
componente do risco? Como a comunicação pode ser facilitada durante uma conversa em que
os papéis tradicionais de emissor e receptor não são mais claros? O conceito de comunicação
de risco ainda é recente na comunidade científica e na prática da defesa civil, tendo sido
utilizado pela primeira vez em 1984 (LEISS, 1996).
A atenção em comunicar os possíveis riscos vem crescendo nos últimos anos que são
resultados do debate sobre a abertura na sociedade tomada de decisão, justiça, confiança,
participação pública e democracia; São temas que têm desempenhado um papel central no
desenvolvimento pesquisa e política. Sendo também uma percepção de que este é um
resultado possível de abordar de forma mais eficaz as respostas do público aos riscos se, em
oportunidades para aqueles afetados por decisões arriscadas participar efetivamente no
processo de tomada de decisão, resultando em processo analítico e prudente em que o risco
amplia o impacto listado como um fator importante na tomada de decisão discutir e tomar. A
12
Figura 3. Quatro eixos do sistema de alerta e abordagens primeira linha e fim de linha
Fonte:
MARCHEZINI, 2020
Pode-se afirmar que na busca sobre “comunicar” são encontradas duas perspectivas
para afirmação. Ademais, ela se refere a qualquer comunicação pública ou privada para trocar
informações e opiniões entre as pessoas sobre a existência, a essência, a forma, a gravidade,
13
ou a aceitabilidade dos riscos. No sentido mais restrito, ela focaliza uma transferência
intencional de informações de especialistas para não especialistas, com vistas a responder às
preocupações ou necessidades do público leigo quanto a um determinado perigo – real ou
percebido (MONTEIRO, 2009).
Informar é um dos fundamentos mais relevantes dentro um sistema de alerta. "É muito
importante passar informações ao público, principalmente aos grupos de risco." A mensagem
deve incluir não apenas a data e a duração prevista do evento, mas também instruções claras e
precisas sobre os cuidados a serem tomados.
A comunicação dos riscos retrata uma situação na qual a população tem acesso à
informação e, ao mesmo tempo, apresenta um comprometimento com a prevenção. Não É
simplesmente a divulgação de informações, mas se baseia na relação de entendimento e troca
de opiniões entre diversos atores sociais. “Compreender os riscos é tão importante quanto
entender sua realidade; sua aceitação depende mais da confiança pública na gestão eficaz dos
riscos do que de estimativas quantitativas”. Sua função primária é codificar análises
numéricas e probabilísticas em informações que sejam compreensíveis e acionáveis pelas
14
massas (ANGER, 2008). Sendo assim entende-se pela experiência, que existe muitas
dificuldades e incertezas científicas diante do assunto entre aqueles que gerenciam os riscos e
a coletividade que o vivencia, em face da dificuldade e às incertezas científicas do tema (DI
GIULIO et al. 2010)
Segundo Leiss (1996, apud Di Giulio 2006), o termo comunicação de risco é bastante
recente, utilizado pela primeira vez em 1984. Na época, houve uma discordância que se
baseou nas diferenças do conhecimento especializado na avaliação dos riscos e a sua relação
com entendimento da população. Rangel (2007) diz que o termo se manifestou como uma
estratégia para lidar com os riscos ambientais e ocupacionais, em função de uma série de
acidentes ocorridos no período como: Svezo- Itália (1976), México 1984, Bhopal-Índia
(1984), entre outros.
Em caso de desastre, a mídia atua como comunicadora porque faz parte de uma
cultura, com motivação, além do evidente interesse público e dever social de informar . O
objetivo de alertar os públicos para o qual a imprensa estará se direcionando, tanto no intuito
de informar o desastre, como discutir formas de prevenção. Cada veículo possui uma
linguagem diferente e, com a disseminação dos meios, estes públicos podem integrar-se.
Segundo Fraga (2017), o sistema de envio de SMS para alertas de desastres começou
no Japão em 2007, e ainda está operando em mais de 20 países. No Brasil, o projeto piloto foi
implantado inicialmente em 20 cidades do estado de Santa Catarina, onde há cerca de 500 mil
habitantes. Atualmente, o sistema está se espalhando para outras cidades dos estados
brasileiros monitorados pelo CEMADEN. Várias operadoras móveis ao redor do mundo estão
recrutando usuários para ajudar a divulgar e usar sistemas de alerta de desastres, que estão
ocorrendo com alta frequência à medida que grupos mais vulneráveis são expostos a ameaças,
e algumas estão até se unindo a redes sociais para ingressar no "Safe" para permitir que os
usuários saibam que estão "seguros". Isso faz sentido porque as primeiras pessoas a interagir
umas com as outras após um desastre são amigos e familiares. Isso criou competição entre
companhias telefônicas de diferentes partes do mundo (por exemplo, Tigo El Salvador, Smart,
Globe) para atualizar os sistemas de alerta de desastres, enviando mensagens e alertas aos
clientes. (FILDES, 2018).
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3 PROPOSTA DE PESQUISA
Será realizada uma revisão bibliográfica sobre os sistemas de comunicação existentes
em diversos países. Subsequentemente, serão utilizados questionários padronizados para a
coleta de dados, que consistirá em entrevistas. Estas serão realizadas com os diversos
integrantes dos eixos do sistema de alerta (jornalistas, pesquisadores, operadores de sala de
controle, defesa civil e moradores de locais ameaçados, principalmente aqueles que já
estiveram presente em alguma situação de risco).
Avaliar como os indivíduos que recebem estes comunicados lidam com esta informação, a
população consegue através destes alertas ponderar a dimensão do perigo que se
aproxima.
O que atrelada a comunicação pode ser decisivo na função de evitar que populações que
vivem em áreas de risco sejam atingidas de maneira fatal, o que fazer com estes informes,
se estes sabem como repassá-los ou como agir quando os recebem;
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Investigar como as novas tecnologias podem ser empregadas com intuito de tornar a
comunicação universal;
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4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.2 Entrevistas
5 PLANO DE ATIVIDADES
Coleta de dados x
Redação da dissertação x x
REFERÊNCIAS
DARÉ, Eliana da Fonseca. Petrópolis: não foi um desastre natural!. Jornal da UNICAMP
edição web, São Paulo, Fevereiro de 2022.
DEMERITT, D.; NORBERT, S. Models of best practice in flood risk communication and
management. Environmental Hazards, v. 13, p. 313–328, 2014.
FILDES, N. “Mobile phones and AI vie to update early disaster warning systems”.
Financial Times, 2018. Disponível em: <https://www.ft.com/content/4949829c-1293-11e8-
a765-993b2440bd73>. Acesso em: 19 Jun. 2022.
HEROLD, M.; HEMPHILL, J.; DIETZEL, C.; CLARKE, K. C. Remote sensing derived
mapping to support urban growth theory. In: JOINT SYMPOSIA URBAN 2005. Remote
Sensing and Urban Growth Theory, 2005.
Organização das Nações Unidas. Report of the expert group meeting on Information and
Technologies for Disaster Risk Management in the Caribbean. Port of Spain, 2013. 14p.
RANGEL, M. L. Comunicação no controle de risco à saúde e segurança na sociedade
contemporânea: uma abordagem interdisciplinar. Ciência. Saúde Coletiva[online], v.12,
n.5, p. 1375-1385, 2007.
USGS. Product guide: Landsat 8 surface reflectance code (lasrc) product. techreport,
United States Geologycal Service. 2017. Disponível em:
https://www.usgs.gov/media/files/land-surface-reflectance-code-lasrc-product-guide. Acesso
em: 1 de ago. 2019.
Yin RK. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman; 2001.