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TIPOS DE REJEIÇÃO
A rejeição do transplante pode ser classificada em três tipos: hiperaguda,
aguda e crônica. Esses tipos são diferenciados pela rapidez com que o sistema
imunológico do receptor é ativado e pelo aspecto ou aspectos específicos da
imunidade envolvidos.
Rejeição hiperaguda
Rejeição Aguda
Rejeição Crônica
A Rejeição crônica é uma forma insidiosa de rejeição que leva à
destruição do enxerto ao longo de meses, mas na maioria das vezes anos após
o transplante de tecido. O mecanismo de rejeição crónica ainda não está
totalmente compreendido, mas sabe-se que episódios prévios de rejeição
aguda são o principal preditor clínico para o desenvolvimento de rejeição
crónica. Em particular, a incidência aumenta após rejeição aguda grave ou
persistente, enquanto episódios de rejeição aguda com retorno à função inicial
não têm efeitos importantes na sobrevivência do enxerto. A rejeição crónica é
geralmente considerada como estando relacionada com danos vasculares ou
danos parenquimatosos com subsequente fibrose. Embora seja desconhecida
a contribuição exata do sistema imunitário nestes processos, a via indireta do
aloreconhecimento e a formação de anticorpos associada parecem estar
especialmente envolvidas.
A rejeição crônica tem efeitos amplamente variados em diferentes
órgãos. Cinco anos após o transplante, 80% dos transplantes de pulmão, 60%
dos transplantes de coração e 50% dos transplantes de rim são afetados,
enquanto os transplantes de fígado são afetados apenas 10% das vezes.
Portanto, a rejeição crônica explica a morbidade a longo prazo na maioria dos
receptores de transplante de pulmão, a sobrevida média de aproximadamente
4,7 anos, cerca de metade do período em comparação com outros transplantes
de órgãos importantes. A obstrução do fluxo aéreo não atribuível a outra causa
é denominada síndrome de bronquiolite obliterante (BOS), confirmada por uma
queda persistente – três ou mais semanas – no volume expiratório forçado
(VEF1) em pelo menos 20%. Primeiramente notada é a infiltração de linfócitos,
seguida por lesão de células epiteliais, depois lesões inflamatórias e
recrutamento de fibroblastos e miofibroblastos, que proliferam e secretam
proteínas formando tecido cicatricial. Um fenômeno semelhante pode ser
observado no transplante de fígado, em que a fibrose leva à icterícia
secundária à destruição dos ductos biliares no fígado, também conhecida como
síndrome do desaparecimento dos ductos biliares.
REFERÊNCIA
Frohn C, Fricke L, Puchta JC, Kirchner H (Fevereiro de 2001). «The effect of
HLA-C matching on acute renal transplant rejection». Nephrology, Dialysis,
Transplantation. 16 (2): 355–360. PMID 11158412.
doi:10.1093/ndt/16.2.355Acessível livremente