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Imunologia de transplante
HISTÓRICO: autólogo) ou quando são
- Primeiras tentativas desde 700 gêmeos idênticos (univitelinos),
a.C. na Índia (rinoplastia com o nenhum grau de rejeição ocorre
tecido das pálpebras) - Alogênico: Quando a pessoa
- No final do século 18 o recebe o enxerto de outra
transplante de pele já era mais pessoa com genética diferente,
frequente, mas não entendiam a chance alta de rejeição
questão da compatibilidade - Xenogênico: Enxerto de outra
CONCEITO: espécie, animais por exemplo
- Método usado para fazer a TRANSPLANTE
substituição de um membro ou - As células que atuam no
órgão que não está em suas transplante são os linfócitos
perfeitas condições, não está (sistema imunológico adaptado)
saudável - Mesmo com a sensibilização
- Enxerto: pedaço de tecido, prévia do transplante, no
órgão, que será retirado momento em que ocorre o
TIPOS: transplante ela já rejeita, logo a
- Ortotópico: enxerto inserido na sensibilização acelera o
posição anatômica, habitual processo de rejeição
- Heterotópico: enxerto inserido - O motivo da rejeição é o MHC
em um local diferente *MHC classe I- todas as células
- Transfusão sanguínea nucleadas tem (a hemácia não tem)
- Transplante de órgãos *As APCs apresentam os dois tipos de

- De células tronco MHC, pois o MHC II não consegue

hematopoiética: da medula identificar o antígeno


- O MHC apresenta apenas
óssea
peptídeos
CATEGORIA DE DOADORES:
INTERAÇÃO MHC-TCR
- Doadores vivos: Rim, fígado, pele,
- O MHC se liga ao TCR
medula e sangue
apresentando um peptídeo
- Doadores cadavéricos por
- O MHC tem estruturas que se
morte cerebral: coração,
encaixam perfeitamente no TCR
pulmão, pâncreas e córnea
REGRAS DO TRANSPLANTE:
- Doadores cadavéricos por
- Transplante entre indivíduos
parada circulatória: menos
geneticamente idênticos nunca
frequente
sofrem rejeição
CATEGORIA DE TRANSPLANTE:
- Isogênico: Quando a pessoa é
auto transplantada (transplante
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- Transplante entre indivíduos impede o sangue para o órgão


geneticamente diferentes quase transplantado, mediado por
sempre sofrem rejeição células T CD4 e CD8
- Um filho fruto de um - rejeição crônica: a mais comum,
cruzamento entre duas pode levar meses ou anos para
linhagens puras não sofre acontecer, a parede do vaso fica
rejeição caso receba enxertos mais espesso, impedindo a
de qualquer um de seus passagem do sangue, mediado
progenitores (EX: filho AB e pais por células T CD4
A + B) No caso da transfusão sanguínea, a
- Progenitores de linhagem pura principal causa da rejeição são as
sofrem rejeição da prole que é a moléculas de superfície diferentes
mistura dos dois entre os indivíduos
RECONHECIMENTO DO TRATAMENTO CONTRA REJEIÇÃO DE
ALOANTIGENO: TRANSPLANTE
- Apresentação direta: a molécula - A estratégia usada para evitar
de MHC é exporta por APCs no ou minimizar a rejeição é a
enxerto e é reconhecida por utilização de fármacos
células T receptoras sem imunossupressores que inibem
precisar das APCs do receptor ou destroem linf T
- Apresentação indireta: APC do - A principal consequência para o
receptor vai no tecido estranho corpo, é a maior suscetibilidade
e apresenta o antígeno no a infecções e tumores
linfonodo para o linfócito T Os medicamentos usados são:
(MHC classe II que ativa linf B e ● Ciclosporina - Bloqueia a
inicia a resposta inflamatória diferenciação e a proliferação
com a produção dos anticorpos de células T que dependem da
ou o linf T apresenta o antígeno interleucina 2 (IL-2)
para o macrófago do receptor ● Rimpimicina - Inibe a
que libera citocina) proliferação de células T
EFEITOS: mediadas pelo fator de
Podem acontecer 3 graus de rejeição crescimento
- hiperaguda: leva minutos a ● Anti-IL2 - Bloqueia a ligação da
horas após o transplante, a IL-2 nos linfócitos T, impedindo a
pessoa já tem anticorpos pré sua ativação
existentes (IgG) devido a um *Interleucina-2 ou IL-2 são citocinas
contato anterior, mediado por produzidas por linfócitos T ativados,
anticorpo
principalmente CD4 (pode ser
- aguda: leva dias a semanas,
sintetizada por cel. B e monócitos
formação de trombo no vaso
também, mas em menor quantidade
sanguíneo do enxerto que
nestas), são estimuladas por bactérias
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e seus produtos, e também podem ser


por alguns parasitas; tem como função
estimular células T, servindo de fator de
crescimento que induz o ciclo celular
em células T não ativadas e a
expansão clonal de células T ativadas.

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