Você está na página 1de 9

Estrutura Atômica

Todos os materiais são compostos por


átomos. O átomo é a unidade fundamental
da matéria, é a menor fração capaz de
identificar um elemento químico.

Ele é formado por um núcleo composto


por nêutrons (carga elétrica neutra) e
prótons (carga elétrica positiva) e, por
elétrons (carga elétrica negativa) que
circundam o núcleo.

Modelos atômicos.

Segundo o modelo atômico quântico, os


elétrons formam uma nuvem eletrônica
ao redor do núcleo e se movimentam em
Representação atômica: núcleo e eletrosfera. orbitais (níveis ou camadas), num espaço
tridimensional.
Modelos atômicos A posição de um elétron é conhecida
Os modelos atômicos surgiram a partir da através de cálculos que determinam a
necessidade de explicar a estrutura dos probabilidade da posição do elétron dentro
átomos. de uma região em um certo momento.
Quando novas evidências sobre a
constituição dos átomos eram
apresentadas um novo modelo atômico Os números quânticos têm a função de
tentava esclarecer as descobertas. localizar os elétrons dentro de níveis
Historicamente temos: energéticos. São eles:
Modelo atômico de Dalton (1803) — “Modelo
bola de bilhar” O número quântico principal (n)
Modelo atômico de Thomson (1904) — representa os níveis de energia; as
“Modelo pudim de passas” camadas eletrônicas de um átomo.
Modelo atômico de Rutherford (1911) —
“Modelo nuclear” São designados por números inteiros (1, 2,
Modelo atômico de Bohr (1913) — “Modelo 3, 4 , 5...) ou por letras, respectivamente,
planetário” K, L, M, N, O...
Modelo atômico quântico (1926) — “Modelo A camada mais interna, mais perto do
nuvem eletrônica" (aceito atualmente). núcleo, é a camada K.

5
O número quântico secundário (l) (ou O número quântico magnético (m s) é
aquele que indica a direção do momento
azimutal) indica o subnível de energia
de rotação (momento de spin) do elétron.
(subcamada) a que o elétron pertence.

Existem apenas duas alternativas:


São identificados por letras minúsculas:
s, p, d, f... ou por números inteiros, Se o movimento rotatório do elétron é no
respectivamente, 0, 1, 2, 3... sentido anti-horário, o momento de spin
está voltado para cima (ms = + 1/2).
O número de subcamadas depende do
Se o movimento é no sentido horário, o
número quântico principal.
momento de spin está voltado para baixo
Este número quântico está relacionado à
forma da subcamada. (ms = - 1/2).

Distribuição eletrônica
Assim, é possível determinar a distribuição
de estados de energia dos elétrons de um
determinado átomo (elemento).

Para isso, temos que lembrar que dentro


de uma camada de energia podem existir
subcamadas e, que em especial no caso
das subcamadas d e f, podem haver
superposições de energia, por exemplo, a
energia do orbital 3d é maior do que a do
4s.

Formas das subcamadas de acordo com o número


quântico secundário.

O subnível s tem apenas uma


configuração espacial, isto é, existe uma
única região, esférica, mais provável de
encontrar o elétron. O subnível p possui 3
configurações espaciais possíveis (forma
de halteres); o subnível d possui 5 e o
subnível f possui 7 configurações espaciais.

6
Ainda, para se determinar a distribuição Os elétrons que ocupam a camada
dos elétrons nas camadas, deve-se seguir preenchida mais externa (mais distante do
o princípio de exclusão de Pauli. núcleo) são chamados de elétrons de
valência.
Esta regra indica que cada nível de energia
Estes são os elétrons que participam de
pode ter no máximo 2 elétrons e estes
ligações entre átomos (interatômicas)
devem possuir spins (ms) opostos,
para formar agregados atômicos e
preenchendo-se os níveis de menor
moleculares. Além disso, muitas
energia primeiro.
propriedades (como as elétricas e
térmicas) dependem destes elétrons.

LIGAÇÕES ATÔMICAS
Imagine dois átomos isolados posicionados
muito distantes um do outro.
Nesta longa distância, estes átomos não
“percebem” a presença um do outro.
Mas, com a aproximação, aumenta cada
vez mais a interação entre eles e cada um
começa a exercer uma força sobre o
Ordem de distribuição eletrônica segundo o princípio outro.
de exclusão de Pauli.
Existem dois tipos de forças que podem
Quando todos os elétrons ocupam as atuar entre átomos: força atrativa (FA)
menores energias possíveis em cada nível, (que faz com que os átomos se
considera-se que o átomo está em seu aproximem um do outro) e força
estado fundamental. repulsiva (FR) (que fazem com que os
átomos se afastem um do outro).
Por exemplo, a distribuição eletrônica dos A intensidade destas forças dependem da
primeiros elementos (de acordo com o distância entre os átomos (distância
número atômico (Z = n° de prótons no interatômica (di)).
núcleo) é:
A FA é proporcional a (di)-2
H - (Z=1) – 1 s1
(quer dizer que tem um nível de energia (s) A FR é proporcional a (di)-10
e um elétron neste nível.
As forças atrativas predominam quando
He – (Z=2) – 1 s (dois elétrons no nível s)
2 as distâncias são maiores e as forças
repulsivas predominam quando os átomos
Li – (Z=3) – 1 s2 2 s1 estão mais próximos.
(dois elétrons no nível s (completou o nível)
e 1 elétron no nível seguinte = 2s) Observa-se que a força de repulsão é
muito mais sensível à distância do que a
Be – (Z=4) - 1 s2 2 s2 força de atração. Este é um dos motivos
que a fusão nuclear (aproximar dois
B – (Z=5) - 1 s2 2 s2 2 p1 núcleos até que se toquem) é muito difícil
(níveis 1s e 2s completos, um elétron no de ocorrer na prática.
nível 2p)

7
A força ligação (FL) que atua entre dois
átomos corresponde à soma das forças
de atração (FA) e repulsão (FR)

FL = F A + F R

A distância de equilíbrio (deq) entre dois


átomos (que é a distância, em uma
determinada temperatura, que o centro
de um átomo estaria de outro) é
alcançada quando as forças de atração e
repulsão possuem a mesma magnitude,
isto é, a força de ligação (FL) é igual a
zero.

Em algumas ocasiões é conveniente


falarmos sobre a energia de ligação, ao
invés da força de ligação.
De maneira similar às forças, existe a
energia de atração (EA), a energia de
repulsõa (ER) e a energia de ligação (EL).
Algumas propriedades dos materiais
A EA é proporcional a (di)-1 estão intimamente relacionadas com a
maneira como os átomos se ligam entre
A ER é proporcional a (di)-8
si, isto é, relacionadas com a força e
energia de ligação.
A força de ligação (FL) e a energia de
ligação (EL) estão relacionadas, isto é, são Estas propriedades são intrínsecas, isto é,
interdependentes: são próprias do material, não sendo
alteradas por processamentos.
di
Exemplos: temperatura de fusão,
EL = FL . d(di ) dilatação térmica e modo de elasticidade

(rigidez do material).
Um sistema atingirá o equilíbrio (os
Estas propriedades podem ser estimadas
átomos estarão em sua distância de
através da análise dos gráficos de força
equilíbrio - deq) quando a energia de ligação
e energia de ligação.
(EL) assumir o mínimo valor possível (para
uma certa condição de temperatura). Por exemplo, o módulo de elasticidade
corresponde à inclinação da reta tangente
Este será o valor de energia necessário da curva de força de ligação no ponto de
para separar completamente dois equilíbrio.
átomos, isto é, desfazer a ligação Quanto mais vertical for esta reta
atômica, em uma determinada tangente, maior o módulo de elasticidade
temperatura. do material. No exemplo da figura, o
material 2 possui um módulo de
elasticidade maior do que o material 1.

8
E qual a razão da dilatação térmica
existir?
Ela ocorre porque a curva de energia x
distância interatômica não é simétrica,
isto é, a contribuição para a energia de
ligação da energia de repulsão é muito
maior ((~di)-8) do que a contrubuição da
energia de atração ((~di)-1).

Esta diferença de contribuições, faz com


que a curva de energia de ligação não seja
A temperatura de fusão de um material uma parábola (simétrica em ambos os
corresponde à energia de ligação no ponto lados), mas com um lado mais íngreme
de equilíbrio (Eeq). (predominante a repulsão – menores
Graficamente corresponde à distâncias) e outro mais suave
”profundidade” da curva de energia x (predominante a atração – maiores
distância interatômica. distâncias).
Quanto mais profunda for a curva, isto é,
mais negativa for a posição do mínimo Imagine que com o gradual aquecimento
energia de ligação (maior a energia de do material, o seu nível energético
ligação), maior será a temperatura de também aumenta, deslocando-se para
fusão do material. níveis mais positivos de energia
No exemplo da figura, o material B possui (E1<E2<E2<E4<E5 – figura a).
um ponto de fusão maior do que o Como a curva não é simétrica, a cada
material A. novo patamar de energia deve existir um
rebalanceamento das energias de atração
e repulsão, o que acaba fazendo com que
a distância média entre os átomos fique
progressivamente maior (isso é a
dilatação térmica observada
macroscopicamente).

A dilatação térmica que é o aumento das


dimensões do material quando aquecido,
também está relacionada à energia de
ligação, pois em uma ligação mais
energética, mais forte, é mais difícil de
ocorrer a separação dos átomos. Se a curva fosse simétrica (uma parábola
Graficamente corresponde à ”largura” da perfeita – figura b), não aconteceria a
curva de energia x distância interatômica. dilatação térmica, pois as energias de
Quanto mais larga for a curva, maior será atração e repulsão sempre teriam a
a temperatura de fusão do material. mesma intensidade independentemente do
No exemplo da figura, o material A possui nível energético (E1, E2, E3) e a distância
maior dilatação térmica do que o material média entre os átomos (r1 = r2 = r3 –
B. figura b) seria a mesma.
9
Um dos fatores determinantes para a O átomo que doou elétrons se chama
classificação dos tipos de ligações entre CÁTION e simbolizamos este íon por um
os átomos é a eletronegatividade. sinal + (fica com menos elétrons, menos
A eletronegatividade é a afinidade que um negativo e assim mais “positivo”
átomo possui por receber elétrons. eletricamente).
A quantidade de sinais + é igual ao número
de elétrons que foram doados.

O átomo que recebeu elétrons se chama


ÂNION e simbolizamos este íon por um
sinal - (fica com mais elétrons, mais
“negativo” eletricamente).
A quantidade de sinais - é igual ao número
de elétrons que foram recebidos.

Eletronegatividade dos elementos.


Exemplo:
Ligação do sal de cozinha NaCl
O elemento mais eletronegativo, isto é que Eletronegatividade do Na = 0,9
tem mais afinidade por elétrons, é o flúor Eletronegatividade do Cl = 3,0
(F), com um valor de 4,0. ΔE = 3,0 – 0,9 = 2,1 (alta diferença)
O elemento menos eletronegativo, isto é,
O Na por possuir baixa eletronegatividade,
que não tem afinidade por elétrons, é o
consegue doar elétrons de sua última
césio (Cs), com um valor de 0,7.
camada (ele possui um elétron na última
A eletronegatividade pode ser associada à
camada).
regra do octeto: um átomo deseja
O Cl por possuir alta eletronegatividade,
completar a sua última camada de
recebe elétrons (ele possui 7 elétrons na
maneira a ter 2 ou 8 elétrons nesta
última camada).
camada.
Assim, ocorre uma transferência
(doação) de um elétron do sódio para a
última camada do cloro, obedecendo a
LIGAÇÕES PRIMÁRIAS regra do octeto, formando o cátion Na+ e
Existem três tipo de ligações principais o ânion Cl-.
(primárias) entre os átomos: iônicas,
covalentes e metálicas. Forma-se uma ligação forte, intensa,
entre estes átomos. É uma ligação não-
> Ligação iônica direcional, isto é, é igual em todas as
Ocorre quando dois elementos com direções ao redor do íon.
eletronegatividades muito diferentes se
aproximam. O átomo neutro, antes de doar ou
Neste caso, o elemento menos receber elétrons, tem um certo tamanho,
eletronegativo DOA elétrons da última definido pelo número de camadas
camada para o elemento mais eletrônicas. Considerando o átomo como
eletronegativo (que gosta mais, ou precisa uma esfera, o tamanho do átomo está
mais, de elétrons). associado ao raio atômico.
Quando esta doação ocorre, formam-se Quando ocorre a formação de íons, o raio
ÍONS. atômico se altera, pois o átomo deve
acomodar mais ou menos elétrons em
sua estrutura.
10
Com esta alteração passamos a nos > Ligação covalente
referir ao tamanho de um átomo ionizado Ocorre quando dois elementos com
(íon) por raio iônico. eletronegatividades semelhantes se
aproximam (para átomos não metálicos).
Com a perda de elétrons das camadas Neste caso, os elementos
mais externas, os cátions possuem COMPARTILHAM elétrons da última
tamanhos menores do que seu átomo camada.
neutro. Não há a formação de íons, pois nenhum
raio do Na = 1,9 Å (raio atômico) átomo possui uma preferência marcante
raio do Na+ = 0,95 Å (raio iônico) sobre os elétrons.
Contudo, podemos ter dois casos
Já um ânion, que recebeu elétrons em sua diferentes de ligação covalente, conforme
camada mais externa possui tamanho a magnitude da semelhança de
maior do que seu átomo neutro. eletronegatividade.
raio Cl = 0,79 Å (raio atômico)
raio Cl- = 1,8 Å (raio iônico)
Ligação Covalente Apolar
Å = Angstrom (unidade de medida) Quando eletronegatividades forem iguais,
1 Å = 10-10 m isto é, ligação entre os mesmos átomos.
Por exemplo, ligação no gás oxigênio (O2),
no gás nitrogênio (N2), no gás cloro (Cl2),
etc..

(a) (b)

(a) Região de probabilidade da presença dos


elétrons na ligação covalente apolar na molécula
do gás cloro (Cl2). (b) exemplo do
compartilhamento de elétrons na molécula do gás
oxigênio (O2).

Também pode ocorrer quando as


diferenças de eletronegatividade são
muito pequenas.
Por exemplo, a iligação C – H na molécula
Por possuírem uma ligação forte, os do gás metano (CH4).
materiais com ligações iônicas são sólidos Eletronegatividade H = 2,1
nas condições normais de temperatura e Eletronegatividade C = 2,5
pressão. Por este mesmo motivo, são
materiais com alto ponto de fusão. Os elétrons estão compartilhados de
Quando solubilizados (dissolvidos em água, maneira igual entre os átomos. Não há
por exemplo) ou quando estão no estado formação de regiões positivas e
líquido (após fusão) os materiais iônicos negativas, nem a formação de íons.
são condutores de eletricidade (pois
ocorre a dissociação dos íons).
11
Ligação Covalente Polar E existem ligações fortes, formando
Neste caso, há uma diferença entre as sólidos, como é o caso do SiC (carbeto de
eletronegatividades apenas suficiente silício ou widia) e o diamente, composto
para gerar um compartilhamento não apenas de átomos de carbono ligados
uniforme, isto é, o elétron é um pouco covalentemente e é o material natural
mais atraído por um átomo do que outro, mais duro conhecido pelo homem.
apesar de compartilhar os elétrons com o
outro átomo também.
> Caráter iônico
É como se na maior parte do tempo, o Estas divisões entre ligações iônicas
elétron ficasse mais próximo de um dos (doação de elétrons) e covalentes
átomos (aquele com a eletronegatividade (compartilhamento de elétrons) nem
maior), mas sem comprometer o sempre são claramente definidas na
compartilhamento em geral. prática. Sempre existe um pouco de
compartilhamento em uma ligação iônica e
Assim, forma-se um polo levemente um pouco de doação em uma ligação
positivo (δ+) junto ao átomo que tem o covalente, pois um material real não é
elétron por menos tempo, e um polo constituído apenas de dois átomos, e os
levemente negativo (δ–) junto ao átomo elétrons estão sempre em constante
que tem o elétron por mais tempo (mais movimento.
eletronegativo).
O “caráter iônico”, também conhecido
Exemplo: molécula de ácido clorídrico (HCl) como “fator iônico” indica o tipo de ligação
Eletronegatividade H = 2,1 predominante em um composto e
Eletronegatividade Cl = 3,0 depende basicamente da diferença de
eletronegatividade entre os átomos que
constituem a ligação.
2
caráter iônico % = 1-e -0,25. ∆E . 100

ΔE é a diferença de eletronegatividade entre


Região de probabilidade da presença dos elétrons os elementos que participam da ligação.
na ligação covalente polar na molécula do ácido
clorídrico (HCl). Exemplo: Determine o tipo de ligação
predominante no composto NaCl.
Dados: ENa = 0,9 ECl = 3,0

As ligações covalentes são direcionais, elas Primeiro calculamos o valor de ΔE:


ocorrem entre átomos específicos e só ΔE = (ECl – ENa)= (3,0-0,9) = 2,1
existe na direção entre um átomo e outro
que participam do compartilhamento. Agora montamos a equação:
-0,25. 2,1 2
caráter iônico % = 1-e . 100
É uma ligação que possui diferentes
caráter iônico % = 1-e -1,1025 . 100
valores de força/energia de ligação. caráter iônico % = 1-0,3320 . 100
Existem ligações covalentes fracas, que caráter iônico % = 66,8%
são os gases, como o O2, N2, CH4, etc.
Existem ligações com valores O caráter iônico do NaCl é de 66,8%. Isto
intermediários que são tipicamente quer dizer que 66,8% das ligações Na-Cl
presentes em líquidos, como a água (H2O). são do tipo iônica e 33,2% são covalentes.
12
Observe que mesmo o CsF, que é o As ligações secundárias surgem a partir de
material com a maior diferença de dipolos atômicos ou moleculares. Um dipolo
eletronegatividade possível (ECs é 0,7 e EF é (dois polos) ocorre quando existe algum
4,0), não existem ligações 100% iônicas. O tipo de separação entre as partes
fator iônico do CsF é 93,4%. positivas e negativas de um grupo de
átomos ou moléculas.

São ligações que dependem da proximidade


> Ligação metálica
física entre as moléculas ou átomos. São
Ocorre quando elementos metálicos (a
ligações que ocorrem por atração
maioria dos elementos conhecidos)
eletrostática (de polos opostos).
formam os metais ou ligas (misturas)
Considerando que existe vibração
metálicas.
atômica/molecular em temperaturas
acima de zero Kelvin, são ligações que
A ligação metálica possui uma
estão constantemente sendo criadas e
caraterística particular: ao se
destruídas dentro de um material na
aproximarem, as eletrosferas se unem
presença de agitação térmica.
formando um nuvem de elétrons que
circundam os núcleos (+). Para os objetivos deste texto, a mais
importante das ligações secundárias é a
ligação do tipo dipolo permanente.
Um exemplo deste tipo de ligação
secundária é a ligação de hidrogênio
(pontes de hidrogênio) que ocorre quando
o hidrogênio está ligado ao flúor (ex. HF),
ao oxigênio (ex. H2O) e ao nitrogênio (NH3).
Os elétrons dentro desta nuvem não
pertencem a nenhum átomo em especial.
Os núcleos ficam próximos e os elétrons
das camadas mais externas são livres, não
ligados a nenhum núcleo em particular. A
ligação metálica é, portanto, não-direcional.

Estas características desta ligação


indicam propriedades conhecidas dos
metais: alta densidade (pois os núcleos
estão mais próximos e unidos pelas forças
eletrostáticas exercidas pelos elétrons Relação entre a temperatura de fusão e de
livres) e, alta condução de eletricidade e ebulição em relação à massa molecular.
calor (ocorre principalmente pela presença
A presença das ligações secundárias tipo
dos elétrons livres na nuvem).
pontes de hidrogênio são capazes de
alterar, por exemplo, a temperatura de
fusão e ebulição dos materiais. Apesar de
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS serem ligações muito fracas, sua
As secundárias, ou ligações de van der quantidade significativa entre as
Waals, são ligações presentes em moléculas, fazem com que sua presença
praticamente entre todos os átomos e adicione energia suficiente ao sistema
moléculas, mas como são ligações muito para alterar estas características
fracas, ficam obscurecidas pela presença relacionadas à energia de ligação
das ligações primárias. interatômica.
13

Você também pode gostar