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Sinalização Celular

Vol.1
Luis Davi R. de Sousa
2023
A Divina Comédia, Canto III
Dante Alighieri

Vol.1
Luis Davi R. de Sousa
SUMÁRIO
1. Ligante, receptor e efeito
2. Ligante ou primeiro mensageiro
3. Receptor e segundo mensageiro
4. Vias de sinalização efeito
1.NFkB
2.Apoptose (via extrínseca)
3. Músculo liso
4. Músculo esquelético
5.Músculo cardíaco
6.Insulina
7. ADH
8. SRAA
Sinalização Celular

Ligante, receptor e efeito


Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

Biossíntese Ação Efeito

Biossíntese. Nessa etapa,a célula sinalizadora irá produzir o mediador que


irá levar a informação da comunicação celular. A molécula sinalizadora
(esse mediador) pode ter uma via exclusiva para sua síntese ou então ser
um intermediário das reações metabólicas da célula.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

Biossíntese Ação Efeito

Ação. É a interação da molécula sinalizadora com o seu alvo.


Fisiologicamente, as proteínas que interagem com essas moléculas são os
receptores farmacológicos (podem ser transmembranares ou então solúveis no
citoplasma e núcleo. Esses receptores farmacológicos são proteínas
reguladoras que dependem da interação com seu ligante endógeno para
desencadear um efeito, por isso são alvos de fármacos, pois assim induzem
um efeito biológico. Ademais, outras moléculas e proteínas (enzimas,
transportadores de membrana) podem atuar como alvos, mas esses são os
principais e predominantes na indústria farmacêutica.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

Biossíntese Ação Efeito

O efeito é a alteração a nível celular. Nesse momento, haverá uma


cascata de eventos que irão alterar a atividade das proteínas da célula.
Ligantes endógenos irão informar sobre o meio, se há abundância ou
escassez de nutrientes, se é momento de divisão, morte programada e
manutenção da atividade, secreção, agressão, mudança na expressão de
proteínas. Há toda uma gama de efeitos que podem ou não ser vistos e
obtidos na prática clínica pela mimetização ou bloqueio dos efeitos
entendidos molecularmente.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

1.Biossíntese da molécula sinalizadora


2.Estoque e liberação
3. Transporte às células alvo
4. Reconhecimento do sinal por um receptor ( mudança
conformacional)
5. Transdução1 do sinal e amplificação2
6.Resposta (efeito)
7. Metabolismo da molécula sinalizadora3
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

1.Transdução significa transformar um sinal químico em outro, de forma que a


informação atravesse a membrana já que a molécula sinalizadora muita das vezes
não atravessa (hidrofílica).

2.A célula não recebe uma via ou um estímulo por vez. É um mistério como as vias
se sobrepõem de forma que a célula “tome” uma decisão. Mediante as alterações
que se manifestam no interior da célula está o aumento de cada parte envolvida,
ativando cada vez mais enzimas e aumentando o número de moléculas.

3. Caso o estímulo persista, a célula tem meios de dessensibilização, internalizando


ou desativando os receptores.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular
Transdução de sinais: características gerais
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

2.A célula não recebe


uma via ou um estímulo
por vez. É um mistério
como as vias se
sobrepõem de forma que
a célula “tome” uma
decisão. Mediante as
alterações que se
manifestam no interior da
célula está o aumento de
cada parte envolvida,
ativando cada vez mais
enzimas e aumentando o
número de moléculas.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular
Fig. 1
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular
Fig. 2
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular
Fig. 3
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular
Figura 1,2 e 3.
É tentador pensar de maneira pragmática e focar nos efeitos celulares
desejados em detrimento do restante da fisiologia célular. Óbvio que a principal
função de uma célula de músculo liso é contrair ou relaxar, e mediante esse fato
mecanismos fisiológicos de sinalização atuam nessa atividade, por exemplo, do
músculo liso da parede dos vasos para regular a pressão arterial. No entanto, é
importante ressaltar que a célula não necessariamente está exposta exclusivamente
a esse estímulo, seu metabolismo, divisão, manutenção estão sendo sinalizados por
mensageiros secundários que convergem na sinalização de múltiplos receptores, e
mediante esses estímulos a decisão é tomada com base na concentração do
segundo mensageiro, o mesmo cálcio que é necessário para a contração muscular
em dada concentração, também leva a apoptose em outra medida.
Outro exemplo que será visto nas vias dos receptores metabotrópicos (A.C,
PLC,PLA,PLD) em que múltiplas vias estimulam a PLA a clivagem de fosfolipídeos
de membrana para a mediação inflamatória.
Ligante, receptor e efeito Receptor Sinalização Celular

*A imagem omite receptores intracelulares e guanilil ciclase particulada.


Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular
Receptor

Esses mecanismos de propagação do sinal no meio intracelular são comuns aos


receptores catalíticos e metabotrópicos. A regulação por fosforilação medeia
respostas como ciclo celular,apoptose, metabolismo, inflamação, etc. A troca de
GDP por GTP nos RTKs ocorrem pela Ras.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

3. Caso o estímulo persista, a célula tem meios de dessensibilização, internalizando ou


desativando os receptores.

*Receptores catalíticos mesmo internalizados ainda funcionam, devem ser


ubiquitinados.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

Principal forma de dessensibilização dos receptores metabotrópicos.


Observando que a regulação é feito no sítio que interagem com a subunidade alfa da
proteína G, fica evidente a eficácia de endotoxinas que alteram covalentemente a
subunidade alfa para que fique por tempo indefinido ativa e não o GPCR em si.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

*Receptores ionotrópicos não tem segundo mensageiros !


Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

O receptor é tão importante


quanto o ligante para o
efeito biológico e ele é o Obs: Os fármacos podem se
ligar a enzimas, lipídeos,
responsável pela
diversidade de respostas. LLivre+ R [H-R] material genético, etc, no
entanto a título de
simplificação será omitido.

Hormônio Ionotrópico
Neurotransmissor Metabotrópico
citocinas, fatores de Intracelular(solúvel ou não)
crescimento, eicosanóides Catalítico
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular
(Biologia Mol. da Cel. 6ª Ed. )

O mesmo ligante endógeno (acetilcolina) desencadeia respostas


diferentes se ligando a diferentes receptores em diferente tipos celulares. Caso
fosse perguntado qual o efeito da ACh a resposta seria inviável. Com a
especificação do receptor é possível inferir o efeito celular. Obviamente, o
proteoma da célula também interfere.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

(A)
Receptor Notch

(Biologia Mol. da Cel. 6ª Ed. )


(B)
Óxido Nítrico

(C)
Junção
Neuromuscular

(D)
Autacóides
Glândulas
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

B- Comum na sinalização
A - Angiogênese e
imune. Ocorre via do óxido
desenvolvimento com o
nítrico tanto em neurônios
comprometimento de certas
como no endotélio vascular.
células durante a fase
embrionária.

C- Ocorre entre uma célula D- A única ressalva era


neuronal pré-sináptica e devido a antiga definição da
uma célula pós-sináptica atuação longínqua do
seja neurônio ou não. Para hormônio, que já é
isso é imprescindível que antiquada.
seja excitável.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

Células
excitáveis:

X
Músculo

Glândula

Neurônio

Célula excitável Célula não excitável


Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

+ -
+ -
Na Na+
Glicose
Ca2+
+ Ca2+
-
Cl-
- -
Cl Glicose
+ K +
-
- -
K+
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

A face citosólica da membrana celular é mais negativa que a extracelular.

Todos íons têm permeabilidade seletiva pela membrana (proteínas de


transporte como canais iônicos), exceto o potássio, que tem passagem livre.

O potássio é o principal fator de geração do potencial de membrana e


bomba de sódio e potássio (3 sódios para fora 2 potássios para dentro) na sua
manutenção.

Potencial mais negativo (ou menos positivo) : Hiperpolarização


Potencial menos negativo (ou mais positivo) : Despolarização
Potencial de repouso : Carga da célula sem ser estimulada.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

Ligação Mecanismo Força de ligação

Van der Waals Polos transitórios, devido a +


densidade de elétrons,

Hidrogênio Hidrogênio positivamente ++


polarizado interagem com
átomo nucleofílico..

Iônica Troca de elétrons pela +++


estabilidade.

Covalente Compartilhação de elétrons ++++


pela estabilidade.

(Sousa, 2023)
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular

O interesse mais comum é que o fármaco interage de maneira fraca e


reversível com as moléculas do usuário. Ligações covalentes não são
facilmente quebradas devido sua estabilidade, e além disso, dependendo
do tipo de reação pode não haver um mecanismo enzimático para reverter
a ligação.
Esse é o mecanismo de várias substâncias tóxicas quando ocorre no
hospedeiro(cianeto,organofosforados,etc). No entanto, em parasitas e
microorganismos isso é preferível para a sua eliminação. Ligações
iônicas, de Van der Waals e ligações de hidrogênio são abundantes na
interação do fármaco com os receptores e macromoléculas.
Ligante, receptor e efeito Sinalização Celular
Reversible Protein Phosphorylation as a Regulatory Mechanism

Para explicar o mecanismo de degradação do glicogênio, o professor de bioquímica


Phd. Fisher junto com Hans Krebs teve que investigar a regulação e sinalização que
coordenava esse processo. A fosforilação é um importante mecanismo regulatório
junto com a ligação ao GTP.
Sinalização Celular

Ligante ou primeiro mensageiro


Ligante Sinalização Celular

Hormônio
Neurotransmissor
Ligante Sinalização Celular
Ligante Hormônios Sinalização Celular

Os hormônios são as moléculas sinalizadoras mais comentadas. Têm um


importante papel regulatório das atividades celulares. Podem ser solúveis ou
insolúveis, e neste último caso precisam de uma proteína carreadora para
transportá-los pela corrente sanguínea.
Por essas características químicas podem ter dois tipos de receptores
distintos em localização na célula, receptores de membrana e intracelulares.
Esses receptores intracelulares são proteínas solúveis. Categoricamente
receptores tirosina-cinase são intracelulares, porém não são solúveis, a exemplo
do receptor Toll-like.
A classe de receptores que os hormônios se ligam é metabotrópico ou
ionotrópico(membranares) e intracelulares que são fatores de transcrição. Essa
classe de receptores intracelulares estão no citosol e ao se ligar ao hormônio
migram para o núcleo ou geralmente já estão no núcleo para ativar a transcrição
de genes e expressão de proteínas. Geralmente não se ligam a receptores
catalíticos, a exceção é a insulina. Seu antagonista fisiológico, glucagon liga-se
a um receptor metabotrópico.
Ligante Sinalização Celular
Ligante Hormônios Sinalização Celular

Esse
mecanismo é
lento, pois
requer
síntese
proteica.

(Sousa, 2023)
Ligante Hormônios Sinalização Celular

A migração
do receptor
citosólico e
regulada pela
ligação com
o próprio
hormônio,
para evitar a
expressão
constante de
genes.

(Sousa, 2023)
Ligante Hormônios Sinalização Celular

Grupo I Grupo II

Tipo Esteróides, Iodotironinas, Polipeptídicos, Proteínas


Calcitriol Vitamina D. Glicoproteínas
,Catecolaminas, Derivados
lipídicos (eicosanóides)

Solubilidade Lipofílicos Hidrofílicos (exceto


eicosanóides)1

Transporte em proteínas Sim Não

Meia vida plasmática Longa 2 Curta

Receptor Intracelular Membrana plasmática

Mediador Complexo ligante-receptor cAMP,cGMP,Ca2+IP3,DAG,


Outros

(Sousa, 2023)
Ligante Hormônios Sinalização Celular

1.Por que eicosanóides são considerados do grupo II?


2.Por que a meia vida plasmática dos integrantes do grupo I é longa?

Moléculas que interagem com receptores intracelulares.


Ligante Sinalização Celular
Natureza peptídica
Dependem de receptores de membrana e segundo mensageiro
Bradicinina e angiotensina, insulina e glucagon.
Ligate Sinalização Celular
Hormônios catecolamínicos (derivados do catecol)
Dependente de receptores de membrana e segundo mensageiro
Metabolismo energético ( e neurotransmissores na comunicação neuronal)
Ligante Sinalização Celular
Hormônios eicosanóides
Dependente de receptores de membrana e segundo mensageiro
Mediadores locais: inflamação, coagulação, dor e febre.
Ligante Sinalização Celular
Eicosanóides

São um grupo que abarca os derivados lipídicos do ácido graxo


essencial: prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos. Desempenham
papéis fisiológicos na proteção (secreção de muco) intestinal, febre dor e
inflamação.
A síntese desses derivados lipídicos dependem da fosfolipase A, que
por sua vez pode ter sua síntese induzida ou então estar na constituição
da célula e ser estimulada (o que seria induzido por receptores
intracelulares ou de membrana, respectivamente).
Apesar de serem derivados lipídicos, agem em receptores
membranares.
Ligante Sinalização Celular
Hormônios catecolamínicos (derivados do catecol)
Dependente de receptores de membrana e segundo mensageiro
Metabolismo energético ( e neurotransmissores na comunicação neuronal)
Ligante Sinalização Celular
Hormônios esteróides
Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica.
Ligante Sinalização Celular
Hormônios esteróides
Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica.
Ligante Sinalização Celular
Hormônios vitamina D
Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica.
Ligante Sinalização Celular
Hormônios retinóides
Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica.
Ligante Sinalização Celular
Ligante Sinalização Celular
Hormônios tireoidianos
Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica
Produzido na tireoide Estimulam o metabolismo energético.
Ligante Sinalização Celular

Hormônio
Neurotransmissor
Ligante Sinalização Celular

Neurotransmissores (NT) :
substâncias químicas produzidas
pelos neurônios para transmitir
sinais para outros neurônios ou
células não neuronais como células musculares e glandulares.
Ligante Sinalização Celular

Acetilcolina (ACh)
Neurotransmissores:
Adrenalina *
Aminoácidos
Noradrenalina
Ácido γ-aminobutírico (GABA)
Dopamina (DA)
Glutamato (Glu)
Serotonina(5-HT)
Glicina (Gly)
Histamina
Aspartato (Asp)
Aminas
Purinas
Acetilcolina (ACh)
Adenosina
Adrenalina1
Trifosfato2 de adenosina (ATP)
Noradrenalina
Ligante Sinalização Celular

1. Adrenalina não é um neurotransmissor, é um neuro-hormônio liberado


pelas glândulas supra renais.
2. A denominação “tri-” e “tris” são sinônimos, três unidades de determinada
espécie, no entanto a última é menos comum e mais técnica científica.
Nenhuma tem especificidade sobre sítios de ligação no âmbito da
química, a localização de espécies químicas sempre será indicada pela
nomenclatura da química orgânica.
Ex:
Ligante Sinalização Celular

Neuromoduladores: Taquicininas

Peptídeos
gastrinas: Gases

(gastrina e colecistocinina ) NO

Hormônios da neurohipofise: CO

( vasopressina ocitocina)
Opioides
Secretinas
Somatostatinas 1.artigo: “A resistência à insulina no
desenvolvimento da doença de
Insulina1 Alzheimer: uma revisão narrativa”.
Ligante Neurotransmissores Sinalização Celular

(Goodman and Gilmore 13 Ed )


Como funciona a sinapse?
Ligante Sinalização Celular

Ex: GABA nos receptores


GABAA permeáveis
seletivamente a cloreto.

Ex: Proteína
cinase;GMPc(segundo
mensageiro); dímero Beta/gama
da proteína Gi.
Ligante Sinalização Celular
Ligante Sinalização Celular
Ligante Sinalização Celular

Se o neurotransmissor pode
diretamente acionar um receptor
ionotrópico, qual é a vantagem de
intermediar com um receptor
metabotrópico ( a ação do receptor
metabotrópico e ativação de proteínas,
mesmo que pré-existentes na célula,
demanda mais tempo)

- Amplificação do sinal inicial


- Modulação da excitabilidade neuronal
- regulação da atividade intracelular

*Esses pontos já foram vistos na revisão


de biologia celular.
Ligante Sinalização Celular

Influxo de sódio,despolarização,
abertura de canais de cálcio,
exocitose de
neurotransmissores.

Influxo de cloreto ou saída de


potássio, hiperpolarização,
inibição do neurônio.
Ligante Sinalização Celular
Ligante Sinalização Celular

Para que servem os


PEPS E PIPS?
Como um neurônio que recebe
milhares de sinais excitatórios e inibitórios
processam esses sinais antes de gerar
PA?
R:A membrana dos dendritos e do
soma computam algebricamente os PEPS
e PIPS. O resultado dessas combinações
determinarão se haverá ou não PA e com
que frequência. A frequência de PA
determina a quantidade de NT liberados
Sinalização Celular

Receptores e segundo
mensageiro
Receptores Sinalização Celular
Receptores fisiológicos/farmacológicos
(Golan)

*Receptores ciclase de guanilato(de membrana e particulada) e de citocina serão


discutidos juntamente com a classe C de receptores.
Receptores Sinalização Celular

A)Ionotrópico:

Sua estrutura varia no número de subunidades proteicas e cada uma com


múltiplas passagens, a mais comum são cinco. Canais iônicos abertos por ligante,
abundantes no SNC(maior parte dos ligantes dessa classe são NT), transporte a
favor do gradiente eletroquímico(Lei da entropia), também presentes nos tecidos
musculares são divididos de abertura rápida e lenta, mas em qualquer caso são
extremamente rápidos e não há índice de saturação.Consiste de associação de
várias subunidades proteicas, cada qual contendo vários segmentos
transmembranares que formam poro hidrofílico
Receptores Sinalização Celular

Receptor Ligante endógeno Permeabilidade

Nicotínico(neuronal e ACh Na+ Ca2+ e K+


muscular)

NMDA Glutamato Na+ Ca2+ e K+

GABAA GABA Cl-


Receptor da glicina Glicina Cl-

5-HT3 Serotonina Na+ Ca2

P2X ATP Na+ Ca2


Receptores Sinalização Celular

*Com exceção dos receptores permeáveis seletivamente a cloreto,chamamos os


outros de catiônicos pela passagem de cátions e portanto entrada de carga positiva
e despolarização, quando se trata dos íons sódio e cálcio. Potássio tende a sair e
portanto um receptor ionotrópico seletivo de K+ hiperpolariza a membrana. Dessa
maneira, é importante tomar cuidado quando dizemos que a abertura de um canal
catiônico leva a despolarização, esse não é o caso de um canal seletivo a íons
potássio.

Uma maneira de manter uma diversidade de resposta está na expressão de


diferentes isoformas das subunidades de cada receptor e interação com proteínas
moduladoras que regulam a atividade do canal (Ex:GABA-modulinas), e assim
modular a afinidade pelo ligante e padrões cinéticos como frequência de abertura,
condutância (mais ou menos íons atravessam) e tempo de abertura.
Receptor Sinalização Celular
Ativação:
Receptor Sinalização Celular
Receptores Sinalização Celular
Receptor nicotínico
Receptores Sinalização Celular
Receptor NMDA
Receptores Sinalização Celular

Receptor GABAA
Receptores Sinalização Celular

Como um canal iônico expressa sua seletividade?

*Raio iônico

*Solvatação
Receptores Sinalização Celular

Potássio
Cálcio
Sódio
Cloreto
Potássio não consegue
passar pelos demais
poros seletivos de íons
menores
Mas porque um íon
menor não passa no
canal de potássio?
Receptores Sinalização Celular
Receptores Sinalização Celular

B)Metabotrópico:
GPCR (G protein coupled receptor)

Estão classificados em grupos A,B,C,D e F. Os receptores A,B,C e F são


expressos em humanos e a última classe é especialmente expressa na fase
embrionária.São proteínas de sete domínios transmembranares alfa-helixe
hidrofóbicos, C-terminal citosólico e N-terminal extracelular. Estão acoplados a
proteína G, que leva esse nome pela afinidade a nucleotídeos de guanina
(representados pela letra “G”), transdutores biológicos que transformam um devido
sinal químico da ativação do receptor metabotrópico em outro, seja de ativação ou
inibição de atividade proteica.
Receptor Sinalização Celular
Receptores Sinalização Celular
Receptores Sinalização Celular
Receptores Sinalização Celular

Ativação do receptor metabotrópico


1)Molécula sinalizadora liga-se ao receptor
2)Mudança conformacional e aumento da afinidade pela proteína G
3)Proteína G inativa( ligada ao GDP) interage com a 2 ou 3 alça do receptor
4)Troca do GDP pelo GTP na subunidade α que se dissocia do dímero
beta/gama devido a um impedimento estérico do grupo fosfato do GTP.
4)A subunidade α age estimulando ou inibindo alvos (proteínas) na membrana
celular.
5) A subunidade α tem atividade GTPase intrínseca e gradativamente hidrolisa o
GTP em GDP (de alguma forma a interação com tais alvos acelera essa hidrólise) e
o tempo desta ação funciona como um relógio molecular para atuação desta
subunidade
6) A subunidade alfa se liga novamente ao dímero beta/gama. Ausência do
impedimento estérico PO43-
Receptor Sinalização Celular
Proteína G inativa e estrutura

A subunidade Gα e Gβγ estão ancoradas na bicamada lipídica por


miristoilação/palmitoilação e prenilação,respectivamente.
Vários tipos de complexos ligante-RAPG podem ativar a mesma proteína G. Isso
ocorre por exemplo nos hepatócitos (Glucagon e adrenalina) e a quantidade de segundo
mensageiro AMPc é a soma dos estímulos de ambos hormônios.
Receptor Sinalização Celular

Gα Gα Gβγ
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

*Apenas o dímero beta/gama da proteína Gi tem atividade reconhecida na


ativação de canais de potássio.
Receptor Sinalização Celular

Membro da família Subunidade α Funções

Gs αs Ativa Ciclase de adenilil


Ativa canais de cálcio

Golf αolf Ativa Ciclase de adenilil

Gi αi Inibine ciclase de adenilil


Ativa canais de potássio

Go αo Ativa canais de potássio


inativa canais de cálcio

Gi(transducina) αi Ativa PDE de GMPc

Gq/11 αq/11 Ativa fosfolipase C- β (PLC β)


Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

Via Gsα e Gi/oα-A.C-AMPc-PKA

Início
Receptor Sinalização Celular

Papéis fisiológicos:
Glicogenólise; Lipólise; Relaxamento do músculo liso; Contração
do músculo cardíaco (cronotropismo e inotropismo positivos)1 ;
Excitatório neurônios do olfato e dor; Reabsorção de água (ADH);
Liberação de neurotransmissores SNC; Produção de HCL no
estômago;
1. Frequência e força de contração cardíaca,
respectivamente.
Receptor Sinalização Celular

Sistema efetor ciclase de adenilil


Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular
Ação do dímero beta/gama Gi/o

Coração e
neurônio
Receptor Sinalização Celular
Ação do dímero beta/gama Gi/o

Inibição da ciclase de adenilil


Estimulação da PLCβ2 (Utero)
Estimulação de canais de K ++(Coração e neurônios)
Inibição de canais de Ca 2+ (Neurônios)
Estimulação da fosfolipase A 2 (PLA 2 ) (Endotélio)
Estimulação da fosfatidilinositol 3 cinase (PI 3K)
Receptor Sinalização Celular
Via A.C-AMPc-PKA

1)Ativação de GPCR acoplado a Gsα(para especificar a ação da


subunidade α da proteína Gs)
2)Estímulo a Ciclase de Adenilil
3)Conversão de ATP em AMPc
4)Quatro unidades deste segundo mensageiro ativa a PKA
5)A PKA fosforila diferentes alvos( de transcrição genética a
regulação de proteínas)
Receptor Sinalização Celular

Ciclase de guanilil
Receptor Sinalização Celular

AMPc
Monofosfato cíclico de adenosina
O AMP cíclico é sintetizado a partir do
ATP por uma enzima chamada adenilil
ciclase, e é rápida e continuamente
destruído pelas fosfodiesterases de
AMPc.
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

Ex.1 PKA transcrição gênica.


Receptor Sinalização Celular

Ex.2 PKA degradação do glicogênio


no músculo esquelético. É interessante
ressaltar que o glucagon sinaliza essa
mesma via no hepatócito.
Receptor Sinalização Celular
Revisão de Bioquímica
Fosforilação
Apenas espécies que apresentem o grupo hidroxila podem sofrer
fosforilação: Proteínas (em resíduos de aminoácidos com
substituintes com hidroxila), açúcares, lipídios, DNA,etc.
Receptor Revisão de Bioquímica Sinalização Celular

Fosforilação

Serina
Tirosina
Treonina
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular
Receptores acoplados a Gs e Gi/o:
Muscarínicos

*
*
*M par=Gi/o => inativação de ciclase de guanilil.
M ímpar= Gq => PLC, induz entrada de cálcio.
Receptor Sinalização Celular

Receptores acoplados a Gs Gi/o:


Receptores α-adrenérgicos e β-adrenérgicos

*
* *Todo β-adrenérgico está acoplado a Gs.
*Toda Gs ativada,em músculo liso, leva ao relaxamento.
Receptor Sinalização Celular
Receptores acoplados a Gs Gi/o:
Histamínicos

H1-Excitabilidade de
neurônios.
H2 - Secreção gástrica e
Relaxamento de músculo
liso.
H3 - Autoreceptores.
H4- Quimiotaxia de
mastócitos.
Receptor Sinalização Celular

H1 (acoplado a Gq/11)
Os receptores H1 estão amplamente distribuídos no cérebro, onde são
encontrados em alta densidade em regiões ligadas ao controle neuroendócrino,
comportamental e nutricional. A ativação dos receptores H1 excita os neurônios na
maioria das regiões do cérebro, e o nocaute genético do receptor H1 resulta em
anormalidades comportamentais, compatíveis com o fato de o receptor
desempenhar um importante papel no controle cortical do ciclo de sono/vigília.
Isso é evidente nas ações sedativas bem conhecidas dos bloqueadores do
receptor H1 de primeira geração, que são usados no tratamento das alergias. O
desenvolvimento de antagonistas H1 com baixa penetração no SNC reduziu a
incidência de sedação no tratamento dos distúrbios relacionados com alergia,
embora em algumas condições o efeito sedativo dos anti-histamínicos de primeira
geração possa ser benéfico para induzir o sono.
Receptor Sinalização Celular

H2 (acoplado a Gi)
Os receptores H2 ativam a AC e estão principalmente envolvidos na secreção
de ácido gástrico e no relaxamento do músculo liso. Os antagonistas do receptor
H2 constituemOsuma base para o tratamento de dispepsia e úlceras gastrintestinais.
receptores H1 estão
Os receptoresamplamente
H2 também são altamente
distribuídos no expressos no cérebro, onde regulam a
fisiologia e a cérebro,
plasticidade neuronal. Camundongos que carecem de receptores H2
apresentam onde são encontrados
defeitos cognitivos em alta
e comprometimento da PLP do hipocampo,
densidade em regiões ligadas ao
juntamente com anormalidades na nocicepção. As dificuldades no estudo de
sinalização do receptor H2 no SNC são atribuídas ao fato de que os ligantes do
receptor H2 geralmente exibem pouca penetração na BHE. Entretanto, foram
conduzidos vários ensaios clínicos que investigaram antagonistas do receptor H2
no tratamento da nocicepção supraespinal; esses estudos forneceram resultados
mistos.
Receptor Sinalização Celular
H3 (acoplado a Gs)
Os receptores H3 também são encontrados no SNC e podem atuar como
autorreceptores nos neurônios histaminérgicos, de modo a inibir a síntese e a
liberação de histamina. Esses receptores atuam para inibir a AC e modular os canais
de Ca2+ do tipo N sensíveis à voltagem. Embora se saiba que os receptores H3
atuam como autorreceptores, eles não se limitam aos neurônios histaminérgicos, e
foi constatado que eles regulam a liberação de neurotransmissores serotonérgicos,
colinérgicos, noradrenérgicos e dopaminérgicos. Explorando a capacidade de
modular outros neurotransmissores, o receptor H3 tornou-se um alvo terapêutico
para o tratamento de determinadas condições, como obesidade, distúrbios do
movimento, esquizofrenia, TDAH e vigília. Foram desenvolvidos inúmeros
compostos que interagem com o receptor H3, os quais demonstraram ser
ferramentas farmacológicas úteis tanto in vitro quanto in vivo. Um composto, o
pitolisanto, um agonista inverso do receptor H3, ganhou o status de fármaco-órfão
para o tratamento da narcolepsia e atualmente está sendo objeto de ensaios clínicos
para a esquizofrenia e a doença de Parkinson.
Receptor Sinalização Celular

H4 (acoplado a Gi/o)
Os receptores H4 são expressos em células de origem hematopoiética
(eosinófilos, células T, mastócitos, basófilos e células dendríticas) e estão envolvidos
no formato dos eosinófilos e na quimiotaxia dos mastócitos. Embora algumas
evidências tenham sugerido que os receptores H4 são expressos no SNC, isso
continua controverso e necessita de mais pesquisa. Recentemente, foram
demonstrados receptores H4 na micróglia, onde podem afetar indiretamente os
neurônios. De qualquer modo, a grande maioria das informações acerca desse
subtipo está relacionada com a alergia, a asma e as propriedades antipruriginosas
dos antagonistas H4•

*Leitura cap. 14 e 39 “As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman e


Gilman”
Receptor Sinalização Celular

Receptores acoplados a Gs Gi/o:


Serotoninérgicos
Receptor Sinalização Celular
Receptores acoplados a Gs Gi/o:
Dopaminérgicos

D 1: D 1 e D S
Gs Gi/o
Golf
D 2: D 2 , D 3 e D 4

*Leitura cap.13 “As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman e


Gilman”
Receptor Sinalização Celular

*
*

*
Receptor Sinalização Celular

Receptores acoplados a Gs Gi/o:


Opióides
Receptor Sinalização Celular

Receptores acoplados a Gs Gi/o:


Opióides : Estrutura
Receptor Sinalização Celular
Receptores acoplados a Gs Gi/o:
Opióides : Cascata de sinalização

*Leitura cap.13 “As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman e Gilman”


Receptor Sinalização Celular

Via Gsα e Gi/oα-A.C-AMPc-PKA

Fim
Receptor Sinalização Celular

Via Gq/11α-PLCβ1-DAG e Ca2+-PKC


e PLD

Início
Receptor Sinalização Celular

Elementos:

PLCβ1
Segundo mensageiro (DAG, IP3 e cálcio)
Receptor de Rianodina (RyR)
PKC
Receptor Sinalização Celular

PLCβ1

*O dímero Gi/oβγ também ativa outra isoforma da PLC, a PLCβ2


Receptor Sinalização Celular

*Três isoformas da PLC e as suas respectivas vias de ativação


Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular
Substrato da PLC e produtos (apolar,DAG. solúvel, IP3)
Receptor Sinalização Celular
IP3
PKC

+
Ca2

*Cálcio também é necessário para ativação da PKC.


Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

*Ache 2 erros na imagem, vije como corrige o Golan, esquece que é um esquema
simplificado e didático.
Receptor Sinalização Celular

Elementos:

PLCβ1
Segundo mensageiro (DAG, IP3 e cálcio)
Receptor de Rianodina (RyR)
PKC
Receptor Sinalização Celular
RyR

RyR1
músculo esquelético
RyR2
músculo cardíaco
RyR3
Todos tecidos do
cérebro
Receptor Sinalização Celular
RyR

Sítio de fosforilação
PKA e PKC
Receptor Sinalização Celular

*Como a PKC estimula o receptor de rianodina?


Receptor Sinalização Celular

Elementos:
Canais de cálcio (+)

Canais de potássio (-)

MAPK PLD “ para produção de DAG” (+)


PLA 2 “ para produção de DAG” (+)
} Feedback
positivo
Receptor Sinalização Celular
Sinalização Celular

Fundamentos de bioquimica
Lehninger 6ed
Receptor
Receptor Sinalização Celular

(Créditos: Tia Bag, 2022)


Receptor Sinalização Celular

(Créditos: Tia Bag, 2022)


Receptor Sinalização Celular

PLD

*
Receptor Sinalização Celular

PLD

(Créditos: Tia Bag, 2022)


Receptor Sinalização Celular

PLD

(Créditos: Tia Bag, 2022)


Receptor Sinalização Celular
PLD
A ativação da GTPase Rho leva à nucleação dos
filamentos de actina pelas forminas e aumenta a contração
via miosina II, promovendo a formação de feixes contráteis
de actina, como as fibras de estresse. A ativação da miosina
II mediada por Rho requer uma proteína-cinase dependente
de Rho denominada Rock. Essa cinase inibe a fosfatase
que remove os grupos fosfato de ativação da cadeia leve da
miosina II (MLC; do inglês, myosin light chain); ela também
pode fosforilar diretamente as MLCs em alguns tipos de
células. Rock também ativa outras proteínas- -cinase, como
a cinase LIM, que, por sua vez, contribui para a formação
dos feixes de filamentos de actina contrátil estáveis pela
inibição do fator de despolimerização de actina, cofilina.
Uma via de sinalização similar é importante para a formação
do anel contrátil necessário à citocinese.
Receptor Sinalização Celular
PLD
Se trata de uma
GTPase monomérica que
tem sua ativação pela
G12/13.

Rok:Proteína cinase
dependente de Rho)

MLC: Cadeia leve de


miosina

MLCP: Fosfatase de MLC


Receptor Sinalização Celular

Via Gq/11α-PLCβ1-DAG e Ca2+-PKC


e PLD

Fim
Receptor Sinalização Celular

Via PLA

Início
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

Essa via depende mais


indiretamente da ação de uma
agonista. E como foi visto, a PKC não
necessariamente é ativada pelo
GPCR, mas também por RTK. Uma
vez ativada ela irá clivar
fosfatidilcolina e fosfatidiletanolamina
liberando o ácido araquidônico,
substrato para enzimas COX e PGHs
ou LOX produzindo de mediadores
inflamatórios dentre outras moléculas.
O estudo dos eicosanóides já é um
resumo a parte.

*Não há COX nos eritrócitos


Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

} Receptores
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

Via PLA

Fim
Receptores Sinalização Celular

c)Catalítico/Guanilato Ciclase/Citocina:
São receptores com atividade quinase. Ausentes no sistema nervoso e estão
relacionados principalmente a multiplicação e diferenciação celular com a indução de
transcrição de proteínas, a forma mais comum é a tirosina-quinase (RTK). De
passagem única em alfa-hélice na membrana celular, não é possível haver mudança
de conformação para o interior da célula( uma hélice é insuficiente para transmitir a
mudança conformacional). Então a face exterior desses receptores são ricas em
aminoácidos de cisteína, que formam pontes de dissulfeto permitindo a dimerização
pela ligação da molécula sinalizadora. A dimerização com a interação exterior do
receptor permite no interior da célula o domínio catalítico de um monômero fosforile o
outro,e depois se auto-fosforile. No caso de receptores de citocinas(não-quinase), o
receptor não tem atividade catalítica intrínseca e ao ocorrer a ligação, recruta uma
quinase solúvel, a JAK-quinase.
Receptor Sinalização Celular

RTK Citocina
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

RTK => Proteínas adaptadora e efetoras

*Essa combinação de proteínas adaptadoras e efetoras permite uma maior


especificidade no sinal.
Receptor Sinalização Celular

Ras => Cascata MAP


Receptor Sinalização Celular

Classe I Classe II Classe III


R-EGF R- Insulna R-FGF
Receptor Sinalização Celular

Domínio SH2 e SH3


Existem muitos tipos de domínios de interação nas proteínas de sinalização. Os
domínios de homologia com Src 2 (SH2; do inglês, Src homology) e os domínios de
ligação à fosfotirosina (PTB; do inglês, phosphotyrosine-binding), por exemplo,
ligam-se a tirosinas fosforiladas em uma sequência peptídica específica nos
receptores ativados ou nas proteínas de sinalização intracelular. Os domínios de
homologia com Src 3 (SH3; do inglês, Src homology 3) se ligam a sequências curtas
ricas em prolina. Isso garante uma especificidade na transdução do sinal.Algumas
proteínas sinalizadoras são formadas, quase exclusivamente, por domínios SH2 e
SH3 e funcionam como adaptadoras no acoplamento de proteínas fosforiladas com
outras proteínas que não possuem seus próprios domínios SH2. Tanto enzimas tem
esses domínio e podem ser ativadas se ligando diretamente, como algumas
proteínas são formadas exclusivamente desses domínios.Essas proteínas
adaptadoras auxiliam o acoplamento de receptores ativados para a importante
proteína sinalizadora Ras, uma GTPase monomérica que, por sua vez, pode ativar
várias vias de sinalização e medeia a sinalização dos RTKs.
Receptor Sinalização Celular

Proteínas
adaptadoras:

Grb2

Sos

IRS-1
Receptor Sinalização Celular

Proteínas
efetoras:

PLC-γ

Ras

PI-3K(fatores
de crescimento

JANUS e STAT
(R-Citocinas)
Receptor Sinalização Celular

Receptor de citocina
Receptor Sinalização Celular

Receptor de insulina

*A via hipoglicemiante lenta (transcrição de genes) e rápida (regulação de


proteínas pré-existentes na célula) será vista na parte de efeitos.
Receptor Sinalização Celular

Receptor de insulina

A PI-3K gera
sítios de
ancoragem para
proteínas da
cascata de
sinalização de
transcrição
gênica na via da
insulina.
Receptor Sinalização Celular

Guanilato ciclase de membrana e solúvel

São receptores exclusivos do NO, um hormônio gasoso, e uma exceção às formas


de classificação com base na estrutura( peptídeos, esteróides, etc). A forma solúvel da
enzima detém um grupo heme capaz de se ligar ao óxido nítrico reversivelmente a
partir da coordenação com o centro de ferro. A forma transmembranar interage com
ligantes não lipossolúveis como o ANF e guanilina.A interação com os ligantes ativa a
ação guanilato ciclase, e o receptor converte GTP em GMPc, segundo mensageiro
para ativar a PKG de maneira muito similar ao que acontece com a PKA.
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

Dois tipos de guanilil-ciclase que participam da


transdução de sinal. (a) Um tipo é um homodímero
com um único segmento transmembrana em cada
monômero, o qual conecta o domínio extracelular
de interação com o ligante e o domínio intracelular
guanilil-ciclase. Os receptores deste tipo são
utilizados para detectar dois ligantes extracelulares:
o fator natriurético atrial (ANF; com receptores em
células dos ductos coletores renais e do músculo
liso vascular) e a guanilina (hormônio peptídico
produzido no intestino, com receptores em células
do epitélio intestinal). O receptor de guanilina
também é alvo de uma toxina bacteriana que causa
diarréia severa.
Receptor Sinalização Celular

(b) O outro tipo é uma enzima solúvel que


contém heme e é ativada por óxido nítrico (NO)
intracelular; esta forma está presente em muitos
tecidos, incluindo o músculo liso do coração e dos
vasos sanguíneos.
Receptor Sinalização Celular
ANF Guanilina
Receptor Sinalização Celular

É fato mais que conhecido que não inervação


parassimpática nos vasos sanguíneos. Esse é um
mecanismo indireto, onde óxido nítrico é produzido,
se difunde pelas células do endotélio (tem
receptores M3) e ativa guanilato ciclase na
musculatura lisa do vaso, a PKG tem praticamente
os mesmos alvos que a PKA.
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

(Créditos: Tia Bag, 2022)


Receptor Sinalização Celular

D)Receptor intracelular
São receptores para hormônios lipossolúveis e estão relacionados diretamente
com a transcrição gênica. Desativado atuam como supressores da expressão
gênica, a ligação do hormônio induz alterações na conformação do receptor proteico,
de modo que ele torna-se capaz de interagir com sequências reguladoras
específicas no DNA, chamadas de elementos de resposta a hormônio (HRE, de
hormone response elements) e, assim, alterar a expressão gênica.Podem demorar
horas ou dias para induzir resposta, alguns efeitos, como a ação vasodilatadora do
estrogênio, inferem que há mecanismos de ação rápida ainda não elucidados.
Todos os NRs são proteínas monoméricas que compartilham características
estruturais similares, compreendendo quatro módulos (Fig. 3.19; Bourguet et al.,
2000, para mais detalhes). O domínio N-terminal é o que apresenta maior
heterogeneidade, abrigando o ponto AF1 (função de ativação 1), que se liga, de
maneira liganteindependente, a outros fatores de transcrição específicos da célula e
Receptor Sinalização Celular
D)Receptor intracelular
Todos os NRs são proteínas monoméricas que compartilham características
estruturais similares, compreendendo quatro módulos . O domínio N-terminal é o que
apresenta maior heterogeneidade, abrigando o ponto AF1 (função de ativação 1),
que se liga, de maneira ligante-independente, a outros fatores de transcrição
específicos da célula e modifica a ligação ou a capacidade regulatória do próprio
receptor. O splicing alternativo dos genes pode dar origem a diversas isoformas do
receptor, cada qual com regiões N-terminais ligeiramente distintas. O domínio central
do receptor é altamente conservado e consiste na estrutura responsável pelo
reconhecimento do DNA e de sua respectiva ligação. No âmbito molecular, contém
duas alças ricas em dedos de zinco, que são alças ricas em cisteína em sua cadeia
de aminoácidos e que são mantidas em uma conformação específica por íons zinco.
A função principal dessa porção da molécula é reconhecer e se ligar aos elementos
responsivos a hormônios (ERHs) localizados nos genes, que são regulados por essa
família de receptores, mas ela também desempenha papel relevante na regulação da
dimerização do receptor.
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular
Receptor Sinalização Celular

Núcleo

Núcleo
Sinalização Celular

Vias de sinalização e efeito


Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

NfkB

Genes pró-inflamatório e
de sobrevivência

Alberts, 6ªEd, pág. 874


Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Apoptose

Goodman and Gilmore,


14ªEd, pág. 58
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

“Revisão” fisiologia dos músculos.


Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Músculo liso
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

ACh liga-se a M3.


Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Beta-adrenérgico
2 - Gs
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Músculo Esquelético
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Músculo Esquelético
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Músculo Esquelético
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Músculo Cardíaco

Visão simplificado
de contração e
relaxamento
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Músculo Cardíaco
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Músculo Cardíaco
O receptor de rianodina
RyR, é basicamente um
canal de cálcio aberto por
cálcio. O RS do músculo
cardíaco é desenvolvido
suficiente para que o RyR
interaja com o cálcio vindo
de canais abertos por
voltagem na
despolarização da
membrana.
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Músculo Cardíaco
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Músculo Cardíaco
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Regulação Lenta
Insulina
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Regulação Rápida
Insulina
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Regulação da pressão arterial: O sistema


renina-angiotensina-aldosterona O sistema
renina-angiotensina-aldosterona trata-se de uma série de
reações concebidas para ajudar a regular a pressão
arterial. Quando a pressão arterial cai (no caso da pressão
sistólica, para 100 mm Hg ou menos), os rins liberam a
enzima renina na corrente sanguínea. A renina se divide o
angiotensinogênio, uma grande proteína que circula na
corrente sanguínea, em partes. Uma parte é a angiotensina
I. A angiotensina I, que se mantém relativamente inativa, é
dividida em partes pela enzima de conversão da
angiotensina (ECA). Uma parte é a angiotensina II, um
hormônio que é muito ativo. A angiotensina II faz com que
as paredes musculares das pequenas artérias (arteríolas)
se contraiam, aumentando a pressão arterial. A
angiotensina II também provoca a liberação do hormônio
aldosterona pelas glândulas adrenais e da vasopressina
(hormônio antidiurético) pela hipófise. A aldosterona e a
vasopressina fazem com que os rins retenham sódio (sal).
A aldosterona também faz com que os rins excretem
potássio. O aumento de sódio faz com que a água seja
retida, aumentando, assim, o volume de sangue e a
pressão arterial.
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Regulação lenta
ADH, vasopressina
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Regulação rápida
ADH, vasopressina
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Angiotensina ( Túbulo
renal)
Vias de sinalização e efeito Sinalização Celular

Transcrição de ENac
Canais de potássio
Na/K ATPase
H+ ATPase

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