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Aluno: Claudio Ferreira de Oliveira

Professora: Gracione Batista

APOLOGIA DE SÓCRATES

A ACUSAÇÃO

Apologia ou defesa de Sócrates foi escrita pelo filósofo Platão na qual o autor exprime
sua versão da defesa feita por Sócrates, em seu próprio julgamento, onde foi acusado por
Meleto filho de Meleto, do povoado de Piteo, de ser culpado de não aceitar os deuses que
são reconhecidos pelo Estado, de introduzir novos cultos, e também, de corromper a
juventude. Pena: a morte.
Na opinião de Platão, não foi por razões religiosas que Sócrates recebeu a condenação,
mas sim por questões evidentemente políticas.
Sócrates dera, mediante palavras e atos, patente mostra de sua obstinada repulsa aos
governos democráticos.
Mas é preciso frisar que o propósito, como o próprio Sócrates dizia não era mata-lo, e
siam afastá-lo de Atenas, e se isso não ocorreu deveu-se à demasiada teimosia do
próprio Sócrates que em vez de escolher o exilio preferiu a proposta de uma multa
irrisória, vindo a ser, por conseguinte, condenado.

A DEFESA

Sócrates logicamente se concentra em uma argumentação contrária a seus adversários,


que em alguns momentos se torna pessoal. O filósofo responde a seus adversários por
refutação, tentando invalidar as teses opostas à sua. Ele ainda recorre ao passado para
reforçar a sua argumentação de defesa na tentativa de esvaziar a acusação.
Sócrates usa de argumentos puramente verdadeiros e fundamentados para sua defesa,
ele opta por mostrar aos juízes sua sabedoria, e a falsidade das acusações. Alguns
exemplos são:
“... se ouvistes alguém declarar que instruo os homens em troca de dinheiro, isto também
não passa de mentira....”
“... E a respeito de ser sábio, receio possuir esta única sabedoria. Ao passo que esses, de
quem vos falava há pouco, talvez sejam possuidores de uma sabedoria sobre-humana,
mas afirmo que não a conheço, e quem diz o contrário mente, apenas com o intuito de
caluniar-me...”

A tese defendida por Sócrates em resposta às acusações, é a de que nada mais fazia do
que filosofar. A sua teoria era a de que não havia quem pudesse dizer-se prejudicado com
seus ensinamentos.
Os seus argumentos, cheios de ironia, faziam corar os acusadores, que, pela força dos
argumentos ficavam sem palavras para prosseguir na acusação.

A conclusão de Platão foi à de que Sócrates não havia cometido nenhum crime
diferentemente dos juízes que julgaram procedente a ação para condena-lo à pena de
morte.
Sócrates, porém, permaneceu fiel às suas convicções e não admitiu renunciar ao que
ensinou. Admitiu ser melhor morrer e ficar livre de fadigas. Sua vida foi pautada por uma
ética post mortem, ou seja, na crença de que a conduta virtuosa e verdadeira durante a
sua existência lhe daria a paz necessária e a credibilidade moral para ser recepcionado
pelos deuses.

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