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RESUMO ESQUEMATIZADO DE
Alexander Rodrigues de Souza
DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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RESUMO ESQUEMATIZADO DE
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Sumário
1. ESTADO .............................................................................................................................................. 6
1.1 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ............................................................................................... 6
1.1.1 FORMAS DE ESTADO ..................................................................................................6
1.1.2 MODELOS DE ESTADO ............................................................................................... 7
1.1.3 FORMAS DE GOVERNO .............................................................................................. 7
1.1.4 SISTEMAS DE GOVERNO ........................................................................................... 8
1.2 ORGANIZAÇÃO CONSTITUCIONAL DO ESTADO BRASILEIRO ................................... 9
3. CONSTITUCIONALISMO .............................................................................................................11
3.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONSTITUCIONALISMO ................................................. 11
3.1.1 Constitucionalismo Antigo ............................................................................................ 11
3.1.2 Constitucionalismo Clássico ou Liberal ........................................................................ 12
3.1.3 Constitucionalismo Moderno ou Social .........................................................................12
3.1.4 Constitucionalismo Contemporâneo
Alexander Rodrigues (Neoconstitucionalismo)
de Souza ..................................... 12
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4. CONSTITUIÇÃO .............................................................................................................................
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4.1 CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO ...................................................................................
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4.2 CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES ..........................................................................15
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REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................118
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1. ESTADO
Antes de aprofundarmos o estudo do Direito Constitucional, é necessário entender o que é o “Estado”.
Observe que o ente do qual estamos tratando aqui não é o “Estado do Paraná” ou o “Estado de São
Paulo”, esses são os estados membros da Federação. O Estado ao qual aqui nos referimos, nas palavras
de Celso Ribeiro Bastos, “é a organização juridicamente soberana de um povo em um dado território”.
Esse é o conceito moderno de Estado, onde, para que exista a organização sócio-jurídico-política
concebida como “Estado”, se faz necessária a presença da Soberania, do Território, do Povo e do
Governo.
Soberania
É a expressão máxima de poder estabelecida dentro de um determinado território;
Território
É o espaço geográfico delimitado onde o Estado exerce a sua soberania;
Povo
Toda e qualquer pessoa que possua um vínculo jurídico e político com o Estado;
Alexander Rodrigues de Souza
Governo filhodoalexx@gmail.com
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É a unidade política que, legitimada pelo Povo, estabelece regras e organiza a sociedade.
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Estado Unitário:
Caracteriza-se pela concentração do poder soberano em um polo central, sendo possível haver a
concessão de autonomia para fins da execução das decisões do poder central.
Essa autonomia política permite que o responsável por cada região tome a melhor atitude para a
execução da decisão proferida pelo poder central.
Um estado unitário em nossa realidade se tornaria algo muito mais difícil, visto que o polo de
poder estaria muito distante de outras regiões do País, o que poderia causar uma instabilidade
enorme.
Já em Portugal, um país com extensão territorial pequena, essa forma de estado unitário se
torna viável.
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Exemplo: Brasil.
Exemplo: Suíça.
A história humana é repleta de modelos que surgiram para a representação de diferentes grupos,
todavia, que seguiam os mesmos conceitos básicos, de representação do grupo, ações para manter a
paz e a ordem e cuidado com os direitos do grupo. Desde a Grécia Antiga, Aristóteles já estudava esse
tipo de necessidade humana, de se organizar.
Aristóteles pensava sobre as possibilidades ou regimes que surgiriam a partir dessa necessidade,
pensou na distinção entre algumas formas de governo que até hoje são estudadas.
Todavia, as formas ilegítimas, que deturpavam a concepção de governo que o filósofo tinha, seriam:
Tirania, onde o poder supremo seria obtido de forma corrupta (Forma impura de Monarquia);
Oligarquia, onde o grupo exerceria o poder de forma injusta (Forma impura de Aristocracia);
Demagogia, onde o poder seria exercido por facções populares (Forma impura de Democracia).
Superada essa introdução ao tema, tratemos das formas de governo que predominam atualmente:
Monarquia e República.
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Monarquia:
Nesta, o “monarca” normalmente adquire o cargo em razão da sucessão, ou seja, a legitimação
do trono se dá por meio da hereditariedade. Contudo, é também possível a conquista do trono
por meio de eleição.
República
Palavra que deriva do latim e significa “coisa pública”, refere-se à forma de governo onde o
chefe de Estado e chefe de Governo são escolhidos mediante eleições diretas ou indiretas,
podendo inclusive, a chefia de Estado e de Governo serem exercidas pela mesma pessoa, ou
não.
Presidencialismo
Neste sistema de governo a Chefia de Estado e a Chefia de Governo são exercidas por uma
única pessoa, o Presidente, que possui mandato fixo, não dependendo da confiança do
parlamento para permanecer no mandato.
Dessa forma, sendo o presidente eleito, somente será destituído do cargo por meio de processo
de impeachment.
Esse sistema de governo é adotado pelo Brasil, e citamos também como exemplo os Estados
Unidos e a Argentina.
Parlamentarismo
Este sistema possui caráter representativo, onde a população elege os “parlamentares” e dentre
estes, ocorre uma eleição onde é eleito, por votos de confiança, o Primeiro Ministro.
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Vale aqui observar que existem Repúblicas Parlamentaristas, como no caso da Alemanha; E
Monarquiais Parlamentaristas, como a Inglaterra.
Semipresidencialismo
Este sistema se caracteriza por traços do presidencialismo e do parlamentarismo, observado que
o Poder Executivo é composto por um Presidente eleito popularmente, com mandato fixo, e por
um Primeiro-Ministro e Ministros de Gabinete, oriundos do Parlamento e a ele responsivos.
Como exemplos de países que adotam esse sistema, temos a França, Peru e Taiwan.
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2. DIREITO CONSTITUCIONAL
Antes de entrarmos a fundo no estudo desta disciplina, precisamos entender o que é o Direito
Constitucional e o seu objeto de estudo.
No princípio era a força. Cada um por si. Depois vieram à família, as tribos, a sociedade
primitiva. Os mitos e os deuses – múltiplos, ameaçadores, vingativos. Os líderes religiosos
tornam-se chefes absolutos. Antigüidade profunda, pré-bíblica, época de sacrifícios humanos,
guerras, perseguições, escravidão. Na noite dos tempos, acendem-se as primeiras luzes: surgem
as leis, inicialmente morais, depois jurídicas. Regras de conduta que reprimem os instintos, a
barbárie, disciplinam as relações interpessoais e, claro, protegem a propriedade. Tem início o
processo civilizatório. Uma aventura errante, longa, inacabada. Uma história sem fim.1
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BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo: os conceitos fundamentais e a
construção do novo modelo. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
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3. CONSTITUCIONALISMO
O Constitucionalismo surge antes mesmo da existência de qualquer Constituição.
Constitucionalismo Antigo
Constitucionalismo Clássico ou Liberal
Constitucionalismo Moderno ou Social
Constitucionalismo Contemporâneo
Os Hebreus destinavam o poder à fiscalização dos atos governamentais, por meio dos profetas,
com a finalidade de impedir que extrapolassem os limites bíblicos.
Já os Gregos, observadas as características filosóficas fortes e seus debates na “ágora”, havia uma
submissão do poder a razão.
Idade Média
Evolução lenta do movimento constitucionalista, onde se tem uma menor influência religiosa, que
se inicia com a Magna Carta em 1215 e se finda com o “Bill Of Rights”, em 1689.
A Magna Carta, de 1215, foi uma forma de sujeitar o Rei João Sem Terra, que era muito
autoritarista. Os donos de terras tinham medo de que o Rei acabasse por confiscar suas terras, ou
instituísse impostos muito altos. Com isso, o objetivo desta Carta foi limitar o poder do rei,
buscando a sujeição das vontades do rei à lei.
O “Bill Of Rights”, de 1689, foi um meio de limitação da coroa ao parlamento, surgindo então a
Monarquia Parlamentarista na Inglaterra.
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A Constituição Norte Americana surge com a finalidade de unir as 13 colônias, que eram
“independentes”, o que fez surgir o chamado Federalismo, estabelecendo a Supremacia da
Constituição.
Observa-se que no caso Europeu, na Constituição Francesa, havia o princípio da supremacia da lei
e do parlamento, que se sobrepunha até mesmo a própria Constituição, ou seja, não se tinha
Constituições vinculantes. Isso mudou após a Segunda Guerra Mundial, onde a Constituição
tornou-se suprema.
Nesse período, a Rússia realizou a sua revolução socialista, a Revolução Bolchevique de 1917,
derrubando o Czar Russo e buscando a estatização dos meios de produção. Ou seja, nessa fase, passou
a se prezar pela igualdade.
Veja, o mundo entrou na Primeira Guerra Mundial de uma forma e saiu de outra completamente
diferente. Dessa forma, é possível determinar como marco temporal inicial do Constitucionalismo
Moderno o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Já seu marco temporal final, o fim da
Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Observação:
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Aqui surgem as Constituições Garantistas e Dirigentes, onde a Constituição passou a ser a defensora
do Estado Democrático de Direito, almejando a limitação do poder do Estado frente ao indivíduo, e ao
mesmo tempo, estabelecer garantias aos indivíduos e objetivos a serem atingidos pelo Estado, com a
finalidade de promover a evolução e o bem estar social. Ou seja, aqui o constitucionalismo passa a
trabalhar os direitos fraternais, que vão além do próprio indivíduo (direitos meta-individuais).
Autores que são referência no tema: Alexander Hamilton, Robert Alexy e Ronald Dworkin.
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4. CONSTITUIÇÃO
A Constituição é um instrumento de limitação do poder do Estado.
Ou seja, podemos conceituar a Constituição como o conjunto de normas que organiza e limita a
atividade do Estado, estabelecendo garantias e direitos individuais do cidadão.
CONCEPÇÃO POLÍTICA
Para Carl Schmitt, a Constituição se refere à decisão política fundamental, relacionada à estrutura
do poder do Estado. Ou seja, aqui temos uma Constituição propriamente dita, que deveria
estabelecer os direitos e garantias fundamentais, tratar sobre a organização do Estado e dos
Poderes. Tudo aquilo que está na Constituição mas não se enquadra em uma dessas três matérias,
seriam leis revestidas de constituição,
Alexander ouRodrigues
seja, leis formalmente
de Souza constitucionais mas materialmente
infraconstitucionais. filhodoalexx@gmail.com
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Carl era um autor Alemão, que escrevia durante a ascensão do nazismo.
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CONCEPÇÃO JURÍDICA
Para Hans Kelsen, a Constituição é uma norma pura, sem fundamentação sociológica, política ou
filosófica, que ocupa o ápice do ordenamento jurídico.
Kelsen pensou no Direito em sua estrutura formal, pura. Ou seja, independe do poder social ou
decisão política fundamental.
CONCEPÇÃO NORMATIVA
Para Konrad Hesse, a Constituição, além de uma norma que está no topo do ordenamento jurídico,
representa também uma vontade de fazê-la efetiva. A Constituição é um documento que goza de
eficácia normativa.
Hesse foi um autor da segunda metade do século XX, estando ciente dos problemas sociais e da
insuficiência da teoria positivista do direito.
CONCEPÇÃO DIRIGENTE
Para José Joaquim Gomes Canotilho (J. J. Canotilho), a Constituição, além de limitar o poder, é
instrumento que conduz o estado a propiciar direitos sociais e objetivos fundamentais ao povo.
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CONCEPÇÃO SIMBÓLICA
Para Marcelo Neves, o descompasso entre o estabelecido na Constituição e a realidade se torna um
objetivo a ser alcançado pelo Estado, onde as políticas públicas ou leis que não trabalhassem a
alcançar os objetivos estabelecidos na Constituição seriam inconstitucionais.
As classificações das Constituições varia muito de autor para autor. Todavia, existem classificações
que são consensuais entre as doutrinas, as quais iremos trabalhar aqui:
QUANTO AO CONTEÚDO
Material
Conjunto de regras que regulam matérias tipicamente constitucionais.
Direitos e garantias fundamentais, organização do Estado e dos Poderes.
Formal
Constituição que regula em seu texto matérias tipicamente constitucionais e também as
matérias que são atipicamente constitucionais.
Alexander Rodrigues de Souza
QUANTO À FORMA filhodoalexx@gmail.com
Escrita ou Instrumental 48271651811
As normas são codificadas. HP156016798544752
Em regra, as regras estão condensadas em um único documento.
QUANTO À ORIGEM
Democrática/Promulgada
Elaborada por meio de um órgão constituinte eleito pelo povo.
Outorgada/Imposta
É fruto de um autoritarismo, não havendo participação do povo em sua elaboração.
Czarista/Bonapartista
Constituição que surge de uma manifestação autoritária de vontade, sendo ratificada
formalmente pelo povo.
Pactuada/Convencionada
Aquela elaborada por duas ou mais forças que, opostas ou aparentemente opostas, pactuam
uma solução.
QUANTO À ESTABILIDADE
Imutável/Permanente
Constituição que não prevê processo para alteração de suas normas.
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Rígida
Não permite a alteração do texto constitucional com a mesma simplicidade de
procedimento que se altera as demais leis. Existe um procedimento especial para a
alteração do texto constitucional.
Flexível
A constituição pode ser alterada pelo mesmo procedimento destinado a alteração das leis
infraconstitucionais.
Semirrígida/Semiflexível
Quando a Constituição possui uma parte rígida e uma parte flexível. Ou seja, uma parte
demanda um procedimento especial para a alteração do texto, enquanto outra parte pode
ser alterado pelo mesmo procedimento destinado a alteração das leis infraconstitucionais.
QUANTO À EXTENSÃO
Sintética/Concisa/Reduzida
Constituição que regulam apenas questões básicas e essenciais de organização do Estado.
Analítica/Prolixa
Constituição que regula minuciosamente
Alexander Rodriguesquestões pertinentes à sociedade (administração
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pública, orçamento, direitos fundamentais, ordem social e etc).
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QUANTO À IDEOLOGIA HP156016798544752
Ortodoxa/Homogênea
Consagra apenas uma ideologia. Inexiste pluralismo.
Eclética/Heterogênea
A Constituição é compromissória, não seguindo apenas uma ideologia.
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5. PODER CONSTITUINTE
É a força, o poder responsável pela criação e modificação de uma Constituição. É um poder latente, e
quem detém a sua titularidade é o povo.
O Poder Constituinte Derivado, por sua vez, subdividese em: Poder Constituinte Derivado Revisor;
Poder Constituinte Derivado Reformador; e Poder Constituinte Derivado Decorrente.
Esse Poder poderá ser democrático, onde se tem uma convenção, uma Assembleia Nacional
Constituinte, como ocorreu no Brasil em 1988, onde são eleitos representantes do povo, das
diversas classes e etnias para participarem da elaboração do novo texto constitucional, sendo ao
final, promulgada a nova Constituição Federal.
Contudo, esse poder também poderá ser autocrático, como ocorre em casos em que o Poder
Constituinte assume uma figura revolucionária,
Alexander Rodrigues onde o papel do povo na elaboração do texto
de Souza
constitucional acaba sendo suprimido. Essa Constituição que não conta com a participação
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popular para a sua elaboração é classificada como uma Constituição Outorgada.
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Características do Poder Constituinte Originário
Inicial, visto que inaugura a existência do ordenamento jurídico do Estado;
Independente ou Autônomo, pois pode estruturar a nova Constituição como bem entender;
Incondicionado, pois não se vincula ao ordenamento jurídico anterior;
Ilimitado, pois não encontra limites temáticos;
Soberano, pois não reconhece nenhuma força superior a ele;
Permanente, visto que não se esgota com a criação da nova Constituição.
Sendo:
Limites Transcendentes: ligados ao Direito Natural;
Limites Imanentes: ligados a própria identidade do Estado. Existem conquistas das quais
não se pode mais abrir mão;
Limites Heterônimos: aqueles que advém de outros ordenamentos jurídicos, destacando-se
o Direito Internacional, por meio de tratados e convenções internacionais. Ou seja, as
diretrizes fixadas pelos tratados são fortes limitações para o ordenamento jurídico interno.
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Características:
Limitado, pois deve respeitar os termos estabelecidos pelo Poder Constituinte Originário;
Secundário ou Derivado, visto que é emanado pelo Poder Constituinte Originário;
Condicionado, pois se condiciona ao que foi estabelecido na Constituição.
LIMITAÇÕES FORMAIS:
Devem ser observados os legitimados para propositura da Proposta de Emenda Constitucional -
PEC (Art. 60, I, II e III da CF).
O quórum de aprovação deve ser respeitado. (Art. 60, §2º da CF).
LIMITAÇÕES MATERIAIS
O Poder Constituinte Originário fixou também limites materiais, onde, na alteração ou revisão do
texto constitucional, não se pode ferir as chamadas Cláusulas Pétreas, previstas no art. 60, §4º da
Constituição Federal.
Cabe esclarecer que, segundo o entendimento do STF, as Cláusulas Pétreas JAMAIS podem ser
abolidas, todavia, é possível a modificação para fins de ampliar o direito ou mesmo restringir o
exercício do direito resguardado.
LIMITAÇÃO TEMPORAL
Trata-se da vedação constitucional a possibilidade de que seja apresentada em uma mesma sessão
legislativa a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada.
Em outras palavras, caso seja apresentada a Proposta de Emenda Constitucional - PEC, e esta
acabe sendo rejeitada, a matéria que tratava não poderá ser rediscutida por meio de nova proposta
na mesma sessão legislativa.
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Cláusulas Pétreas:
São Cláusulas Pétreas nos termos do Art. 60, §4º da Constituição Federal:
Para maior entendimento desse tema, recomenda-se a leitura do artigo 60 da Constituição Federal
de 1988 da República Federativa do Brasil, onde ficam devidamente estabelecidos os limites
formais e circunstanciais de alteração do texto constitucional, bem como, o procedimento para tal.
Ele está previsto no Art. 3º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, onde se
estabeleceu que devesse ser realizada a revisão do texto constitucional após cinco anos da sua
promulgação, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão
unicameral.
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Limites:
Princípios constitucionais sensíveis;
Princípios constitucionais extensíveis;
Princípios constitucionais estabelecidos.
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Ou seja, neste caso, cada Estado Soberano cederia parte de sua soberania para uma comunidade de
Estados que adotariam uma Constituição comum. Dessa forma, o titular deste poder não é o povo, mas
o cidadão universal.
Exemplo: Caso a União Europeia viesse a adotar uma Constituição, algo que já foi cogitado por lá.
5.5.1 RECEPÇÃO
Imagine se em 05 de outubro de 1988, quando da promulgação da Constituição Cidadã, o Código
Penal, Código Civil, Código Penal Militar e todas as demais leis deixassem de ter vigência, isso seria
um absurdo.
Para solucionar o problema descrito, existe o mecanismo chamado de Recepção, por meio do qual as
normas infraconstitucionais anteriores podem ser recepcionadas ou não recepcionadas pela nova
Constituição.
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Dessa forma, recepção é o mecanismo jurídico que permite o acolhimento das normas pré-existentes.
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Entretanto, cabe realizar a análise da compatibilidade MATERIAL e FORMAL das normas.
A compatibilidade material analisa o conteúdo da norma, de modo que aquelas que apresentem em seu
texto algo que contrarie o novo texto constitucional não podem ser recepcionadas.
Um exemplo é o vigente Código Tributário Nacional, uma Lei Ordinária de 1966 que foi criada na
vigência da Constituição de 1946, quando ainda não existia no ordenamento jurídico Brasileiro as Leis
Complementares.
Como a Constituição Federal de 1988 exige que as normas gerais em matéria de legislação tributária
devem ser tratadas por meio de Leis Complementares, conforme disciplina o Art. 146, III da
Constituição:
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O Código Tributário Nacional, que foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, passou a ter
status de Lei Complementar, para se adequar formalmente ao que disciplina o texto constitucional.
5.5.2 DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO
Este é o fenômeno por meio do qual a nova ordem constitucional, caso assim preveja expressamente
em seu texto, transforma parte da Constituição anterior em norma infraconstitucional.
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6. INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
São os métodos utilizados para a interpretação da Constituição Federal.
Não há um método correto a ser utilizado, sendo possível utiliza-los tanto em conjunto quanto
separado.
MÉTODOS
Método Jurídico/Clássico;
Método Tópico-Problemático;
Método Hermenêutico-Concretizador;
Métoto Cientifico-Espiritual;
Método Normativo Estruturante;
Métodos Comparativos.
Método Jurídico/Clássico
Este vê a Constituição como Lei, utilizando os elementos de interpretação legislativa (exegese jurídica).
Método Hermenêutico-Concretizador
Parte-se da norma para o problema, sendo um aspecto subjetivo da interpretação.
Método Ciêntifico-Espiritual
A constituição é dinâmica, se modificando com o tempo.
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Método Normativo-Estruturante/Concretista
Deve haver concretização da norma à realidade;
A realidade molda a norma.
Método Comparativo
Utiliza-se a comparação de diferentes ordenamentos jurídicos para solucionar um problema no
caso concreto.
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7. NORMAS CONSTITUCIONAIS
Em primeiro momento, é valido mencionar que as disposições inseridas ou reconhecidas em uma
Constituição, são tidas como Normas Constitucionais.
Ainda que não realizada na prática social, acabará por ter eficácia jurídica, visto que revoga os
dispositivos em contrário, impedindo a criação de políticas ou leis que sejam contrárias a estas normas.
Direta:
Pois independe de regulamentação por norma infraconstitucional;
Imediata:
Pois passa a surtir efeitos a partir da sua entrada em vigor;
Integral: Alexander Rodrigues de Souza
Pois produz todos os efeitos.
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Ou seja, geram todos os efeitos, não exigindo lei ou prestação para a sua aplicação.
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Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
Veja que a existência desta norma já cumpre todos os seus efeitos, inexistindo a necessidade de
complementação por meio da criação de lei infraconstitucional para disciplinar o tema, bem como, não
se tem a hipótese da lei infraconstitucional limitar seus efeitos.
Direta:
Pois independe de regulamentação por norma infraconstitucional;
Imediata:
Pois passa a surtir efeitos a partir da sua entrada em vigor;
Não Integral:
Tem a possibilidade de o legislador restringi-la. Em outras palavras, cumprem todos os
efeitos, sendo, entretanto, passível de restrição pelo legislador.
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Veja que a princípio, é totalmente livre o exercício de qualquer profissão, contudo, esta liberdade pode
ser reduzida por lei, mediante a fixação de requisitos para o seu exercício.
Indireta:
Pois necessita da existência de legislação infraconstitucional;
Mediata:
Pois não passa a surtir seus efeitos a partir da sua entrada em vigor;
Reduzida:
Pois com a promulgação da Constituição a sua aplicabilidade é meramente “negativa”,
observado que apenas revogam a legislação em sentido contrário.
Ou seja, são normas que não conseguem cumprir todos os seus efeitos, necessitando da atuação do
poder legislativo ou executivo. Alexander Rodrigues de Souza
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Veja que sem a disposição da lei acerca do tema, essa norma constitucional não conseguirá cumprir
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seus efeitos plenos. HP156016798544752
Cabe ainda dizer que existe uma divisão entre as Normas de Eficácia limitada:
Normas de Princípio Institutivo
São as que propõem a criação de institutos, organismos ou entidades.
Exemplos: Art. 18, §2; Art. 88, ambos da CF.
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração
pública.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
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Mas atenção:
Segundo o Professor e então Ministro do STF, Luiz Roberto Barroso, a classificação que vimos acima
não faz sentido frente ao que determina o texto Constitucional:
Constituição Federal
Art. 5º [...]
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Todavia, esse entendimento não é seguido ou cobrado pelos editais de concursos ou exames da OAB,
mas você pode se utilizar para ganhar pontos em eventuais provas discursivas. Em provas objetivas,
siga a classificação que apresentamos acima (Eficácia Plena, Contida ou Limitada).
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Aqui faremos uma breve construção histórica, analisando de maneira objetiva as principais
características de cada Constituição.
Poder Executivo, que era exercido pelo Imperador e pelos presidentes das províncias;
Poder Legislativo, que era formado pela Câmara dos Deputados (Deputados eram eleitos pelo voto
censitário) e pelo Senado (Senadores eram nomeados pelo Imperador);
Poder Judiciário, onde os juízes, que eram nomeados pelo Imperador, possuíam cargo vitalício,
podendo ser suspensos somente por SentençaRodrigues
Alexander ou pelo Imperador;
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E o Poder Moderador, que, exercido pelo48271651811
Imperador, o dava o direito de intervenção nos demais
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poderes, podendo sancionar e vetar leis, nomear e destituir ministros, magistrados e senadores, e ainda,
dissolver a assembleia legislativa.
Em relação ao exercício do Sufrágio, somente tinham o direito de votar nas eleições primárias, onde se
escolhia quem votaria nos deputados e senadores, os homens livres, maiores de 25 anos, com renda
anual de mais de 100 mil réis.
Para se candidatar às eleições primárias, as exigências aumentavam, onde era necessária a renda
mínima de 200 mil réis e excluía os libertos.
Por fim, para que fosse possível a candidatura ao cargo de Deputado ou Senador, era necessária a
renda superior a 400 mil réis, ser brasileiro e católico.
Cumpre ainda mencionar a existência do Conselho de Estado, o qual era composto dez membros,
indicados pelo Imperador.
Foi necessária a criação de uma nova Constituição, promulgada após a Proclamação da República, em
15 de novembro de 1889, a chamada “Constituição Republicana”.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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O Poder Moderador aqui foi extinto, permanecendo somente os três poderes: Executivo, Legislativo e
Judiciário.
Houve o fim do voto censitário, onde seriam eleitores todos os cidadãos, exceto os analfabetos,
mendigos, soldados e membros de ordens religiosas, os quais eram impedidos de votar.
Pela pressão da elite agrária, que havia apoiado o movimento republicano, foi concedida maior
autonomia aos e estados-membros.
Observado que na Constituição anterior havia sido concedida uma ampla autonomia aos Estados, com
esta nova Constituição, essa autonomia foi reduzida, ocorrendo uma manutenção do regime
republicano com princípios federativos.
Por fim, por meio desta houve ainda a nacionalização de recursos minerais do subsolo brasileiro, e o
estabelecimento de monopólio estatal em alguns setores da indústria.
A Constituição de 1934 foi revogada, o Congresso Nacional foi dissolvido e foi outorgada ao país, a
Carta Constitucional do Estado Novo. Esta, com traços dos modelos fascistas europeus, suprimia
partidos políticos e concentrava o poder nas mãos do chefe supremo do Executivo.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Foi instituída a censura aos meios de comunicação, os quais estavam também obrigados a
transmitir ou publicar os comunicados do governo;
Foi proibido o direito de greve e foi prevista a pena de morte para crimes políticos.
Foi extinto o poder Legislativo na esfera federal, estadual e municipal, onde passou ao presidente
o poder de nomear os interventores (que eram os governadores estaduais), e estes, deveriam
nomear as autoridades municipais.
Getúlio Vargas governou até 1945, quando então sofreu um Golpe de Estado, articulado pelo Exército
e por parte das forças conservadoras brasileiras.
O então presidente à época era Eurico Gaspar Dutra, conhecido como Presidente Dutra.
Esta Constituição reestabeleceu aspectos democráticos, como os direitos individuais, o fim da censura
e garantiu a liberdade de manifestação de ideias
Alexander e opiniões,
Rodrigues e ainda, estabeleceu o fim da pena de
de Souza
morte. filhodoalexx@gmail.com
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Além disso, operou a igualdade entre todos os brasileiros perante a lei, determinou a inviolabilidade do
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sigilo de correspondência.
Foi estabelecido o direito a ampla defesa para qualquer cidadão acusado, garantiu a liberdade de
formação de associações que possuíssem objetivos lícitos e de cultos religiosos e crenças, garantindo
ainda a liberdade de posicionamento político e filosófico.
Foi mantida a República como forma de governo, permanecendo como capital do país Brasília.
Observado o contexto que se vivia, dentro da lógica da Guerra Fria, buscaram por meio do texto
constitucional privilegiar a segurança nacional, aumentando os poderes da União e do presidente da
República.
Observa-se que o poder de decisão estava em mãos do chefe do Poder Executivo, contudo, foi mantida
a tripartição de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Este período foi bastante marcado pelos chamados “Atos Institucionais”, que até o momento haviam
sido incorporados os AI-1, AI-2 e AI-3, onde se tinha as principais características:
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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A eleição para presidente se dava de forma indireta, para um mandato de quatro anos, foi estabelecido
o bipartidarismo, houve a cassação e suspensão de direitos políticos, foi instituída a pena de morte para
crimes praticados contra a segurança nacional, foi restringido o direito de greve e aumentou a Justiça
Militar, onde foi estendido um foro especial a civis.
Após o regime militar, o país se via em um novo processo de redemocratização onde havia
necessidade de devolver ao povo todos os direitos que haviam sido excluídos durante o regime militar.
Após a morte de Tancredo Neves, quando José Sarney assumiu o posto presidencial com o objetivo de
varrer os resquícios que ainda nos lembravam
Alexander do período
Rodrigues militar, o novo governo civil tomou as
de Souza
devidas providências para a formaçãofilhodoalexx@gmail.com
de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita em 1986.
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Criada por uma Assembleia ConstituídaHP156016798544752
por 559 parlamentares com diversas crenças políticas, em 5 de
outubro de 1988, o presidente da Câmara, Ulysses Guimarães, fez a promulgação da nova Constituição
brasileira.
Essa nova Constituição ficou conhecida como “Constituição Cidadã”, em alusão às suas diversas
conquistas no campo das liberdades individuais, os direitos de natureza social e política. Com isso,
apesar do abrandamento causado pela anistia geral, o Estado dava fim às arbitrariedades legitimadas
pelos militares.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Obs: Em 1997 houve uma Emenda Constitucional que permitiu a reeleição dos
principais cargos do executivo, reduzindo os mandatos para 4 anos.
Implantou um sistema pluripartidário.
Permitiu que os analfabetos votassem.
Permitiu voto facultativo aos jovens de 16 a 18 anos.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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PREÂMBULO
Natureza Jurídica:
Tese da eficácia idêntica a dos demais preceitos;
O preâmbulo não se distingue dos demais dispositivos Constitucionais, sendo, portanto,
norma vinculante com força cogente.
Princípios são alicerces do Direito que orientam e inspiram regras gerais, ainda que não estejam
previstos no diploma legal.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Dica:
Mnemônica para auxiliar nos estudos: SO-CI-DI-VA-PLU
SO – Soberania;
CI – Cidadania;
DI – Dignidade da pessoa humana;
VA – Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
PLU – Pluralismo político.
Aqui se faz válido mencionar acerca dos tratados internacionais. Estes não ferem a soberania, tendo
em vista que a submissão a esses acordos é voluntária, podendo ser rescindidos pelo Brasil.
9.1.2 CIDADANIA
Remete-se a participação popular nas decisões políticas do Estado, mas vai além desse significado
restrito de “cidadão”.
De maneira geral, é o fundamento que garante ao a possibilidade de participar das decisões políticas de
seu país, bem como, a possibilidade de definir seu próprio futuro.
O Constituinte originário buscou por meio deste fundamento, garantir ao indivíduo uma existência
digna, onde a proteção das pessoas e de seus direitos passa a ser uma das finalidades do Estado, onde
qualquer ato que atente contra a dignidade humana deve ser rechaçado pelo nosso ordenamento
jurídico.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Cumpre observar que o trabalho recebe ainda a posição de direito social, previsto no artigo 6º da
Constituição Federal.
Cumpre aqui salientar que no próprio texto constitucional, em seu artigo 17, já verificamos a
materialização deste princípio, quando se garante um pluripartidarismo, possibilitando a criação de
entes representativos destes variados grupos sociais, com a finalidade de promover uma participação
ativa na política brasileira.
Em sua obra “Do Espírito das Leis” publicada em 1748, este filósofo trabalhou este sistema que
buscava evitar o retorno dos governos absolutistas ao poder.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
Observe que a Constituição deixa explicito que esses três Poderes são “independentes e harmônicos”
entre si.
A Independência indica a ausência de subordinação, de hierarquia entre eles, sendo cada um livre para
se organizar, contudo, tendo em vista a existência do sistema de freios e contrapesos, essa
independência não é ilimitada, podendo um dos Poderes interferir na atuação outro, dentro dos limites
fixados na Constituição.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Já a Harmonia indica a cooperação entre os Poderes, visando garantir que os Poderes expressem de
maneira uniforme a vontade da União.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Em primeiro momento é necessário entender que os direitos fundamentais são instrumentos jurídicos
de proteção do indivíduo frente a atuação do Estado, eles são essenciais ao ser humano, havendo até
mesmo certa confusão entre o que são os Direitos Fundamentais e o que são os Direitos Humanos.
Já os Direitos Humanos, por sua vez, se estendem muito além das fronteiras de um país, sendo
supranacionais, e independem de positivação para sua existência.
Vale aqui observar que, apesar da abrangência do conteúdo positivado neste título da Constituição, ela
não foi exaustiva em disciplinar o tema, razão pela qual existem princípios implícitos, decorrentes do
que se encontra previsto na Constituição Federal.
Para exemplificar, por meio dos remédios constitucionais (espécies de garantias fundamentais), se
busca defender os direitos fundamentais, como a liberdade de locomoção, em caso de habeas corpus.
Características Intrínsecas
Historicidade:
São frutos de uma construção histórica;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Autogeneratividade:
Ainda que não positivados, eles continuam a existir;
Universalidade:
Aplicável a todos, sem distinção entre os indivíduos;
Limitabilidade:
Não existem direitos absolutos;
Irrenunciabilidade:
Não podem ser recusados, alienados ou violados, visto serem inerentes ao ser humano.
Contudo, é possível que não sejam exercidos por livre escolha do indivíduo;
Imprescritibilidade:
São imprescritíveis, podendo ser exigidos a qualquer tempo;
Coexistência/Concorrência:
Podem ser exercidos de forma cumulada.
Petrificação:
Conforme o disposto no artigo 60, §4º, IV da Constituição Federal, os Direitos e Garantias
individuais são impermeáveis;
Aplicabilidade Imediata:
As normas definidoras dos Direitos Fundamentais possuem aplicabilidade imediata, como
estabelece o §1º do artigo 5º da Constituição Federal.
França
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 1789;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Constitucionalismo no Século XX
Declaração Soviética dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado, 1918;
Constituição de Weimar, 1919.
São os Direitos das liberdades religiosas, políticas e civis clássicas, como a vida, segurança,
propriedade, igualdade formal (igualdade em relação à lei) e outras.
2º DIMENSÃO/GERAÇÃO
Exigem uma postura ativa do Estado, para que proporcione meios de garantir o direito à dignidade
humana, como a proteção do trabalho, direito à educação, saúde, cultura, etc.
Em outras palavras, buscam a igualdade material, por meio da intervenção do Estado, a fim de
promover o “bem-estar social”.
3º DIMENSÃO/GERAÇÃO
Direitos transindividuais, difusos ou da fraternidade, como o direito ao meio ambiente equilibrado,
uma qualidade de vida saudável, progresso.
É uma geração dotada de humanismo e universalidade, pois não se destina somente a proteção dos
indivíduos de um determinado grupo ou que existem em um determinado momento, mas sim a
humanidade como um todo, no presente e futuro.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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4º DIMENSÃO/GERAÇÃO
Estes refletem os Direitos de Responsabilidade, objetivando a manutenção da paz, da democracia,
autodeterminação dos povos e etc.
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Estes são os chamados “Núcleos Fundamentais”, e trataremos sobre cada um deles adiante.
Este direito se refere a um tipo de vida específico, que merece tratamento especial, que é a vida
humana. É um fundamento previsto entre os Princípios Fundamentais a Dignidade da Pessoa Humana,
ou seja, existe uma garantia constitucional para a existência
Alexander Rodrigues humana de maneira digna, garantida a
de Souza
integridade física e moral. filhodoalexx@gmail.com
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Alexandre de Moraes, em sua obra “Direito Constitucional”, indicou que “o direito à vida é o mais
fundamental de todos os direitos, já que se constitui em pré-requisito à existência e exercício de todos
os demais”.
Tendo em vista que este direito vai além da existência de tão somente a “vida”, mas de uma vida com
dignidade, deriva dele a vedação às práticas humilhantes, de tortura, ou ainda a pena de morte, como
dispõe o artigo 5º da Constituição Federal, especialmente em seus incisos III e XLVII.
Veja que a vida é um bem indisponível, contudo, nem mesmo este direito que prescinde a existência
dos demais é absoluto, sendo autorizada a pratica de atos de disposição da vida, em casos específicos
na realidade brasileira, como exemplo, a interrupção da gravidez resultante de estupro ou que gere
risco a vida da gestante.
Além disso, apesar de em regra a pena de morte ser vedada no Brasil, existe a hipótese de sua
aplicação, em caso de guerra declarada, na forma do artigo 5º, XLVII e artigo 84, XIX da Constituição
Federal.
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social […].
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Cumpre salientar acerca dos pedágios, que é uma exceção prevista no artigo 150, V da Constituição
Federal.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Alexander Rodrigues de Souza
V - estabelecer limitações aofilhodoalexx@gmail.com
tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais
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ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo
Poder Público; HP156016798544752
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Além disso, é vedado instituir impostos sobre os templos de qualquer culto, na forma do artigo 150,
inciso VI, alínea “b” da Constituição Federal.
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
Igualdade Formal
Tratar a todos igualmente.
Importante aqui esclarecer que existem as desigualdades naturais ou físicas e as desigualdades sociais
e/ou políticas. Para que seja possível manter o equilíbrio social, em algumas ocasiões é necessário que
a Constituição Federal estabeleça tratamentos desiguais, almejando a igualdade de oportunidades.
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.
Além disso, o exercício do chamado “Poder Familiar” também é exercido em pés de igualdade, na
forma do artigo 226, §5º da Constituição Federal.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Igualdade Racial
Como um dos objetivos da República Federativa do Brasil foi fixado, no artigo 3º, IV da Constituição
Federal que:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
E ainda, artigo 7º, inciso XXX, estabelece a proibição de diferenças na fixação de salário por motivos
raciais.
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos.
Igualdade Tributária
Em relação à igualdade material, a Constituição fixa em seu artigo 145, §1º que:
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
É nesse sentido que trabalha o artigo 5º, inciso XXXIX da Constituição Federal, o qual trata sobre o
princípio da anterioridade.
Alexander Rodrigues de Souza
XXXIX – não há crime sem leifilhodoalexx@gmail.com
anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
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Portanto, este direito busca garantir a segurança jurídica, utilizando-se de mecanismos que possibilitem
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a previsibilidade e estabilidade jurídica no país, que consequentemente resultará em uma maior
segurança jurídica.
Legalidade
A lei deve trazer previsibilidade, e neste sentido estabelece o artigo 5º, inciso II da Constituição
Federal, quando prevê que:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Cumpre observar que este princípio também se aplica a Administração Pública, contudo, de uma
maneira diferente.
Enquanto o particular pode fazer tudo, desde que a lei não o proíba, a Administração Pública não pode
fazer nada se não for devidamente autorizada por lei, nos termos do artigo 37 da Constituição Federal.
Acesso à Justiça
São vários mecanismos previstos no artigo 5º da Constituição Federal, como:
A Inafastabilidade da Jurisdição, prevista no inciso XXXV;
A garantia da gratuidade de justiça, na forma do inciso LXXIV;
Vedação ao juízo ou tribunal de exceção, conforme inciso XXXVII;
Garantia ao devido processo legal, previsto no inciso LIV;
Contraditório e Ampla Defesa, previsto no inciso LV; e outros.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
DIREITO ADQUIRIDO
São aqueles direitos em que o titular ou alguém que o represente possa exercer, visto já estarem
definitivamente incorporados ao seu titular.
COISA JULGADA
Ocorre quando da decisão judicial proferida não for mais possível à interposição de nenhum
recurso.
Esse direito está garantido na Constituição Federal, no artigo 5º, inciso XXII, onde “fica garantido o
direito a propriedade”. Contudo, a Constituição vai além, estabelecendo que a propriedade deve
atender a sua função social, na forma do inciso XXIII do mesmo artigo.
Inviolabilidade Domiciliar
Artigo 5º, inciso XI da Constituição Federal:
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial;
Restrições
Desapropiação, prevista no artigo 5º, inciso XXIV da Constituição Federal, disciplina que:
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Cumpre aqui observar que, em regra, esta indenização deve ser prévia e em dinheiro, todavia,
existem outros casos previstos na Constituição, a desapropriação de imóvel rural por interesse
social, para fins de reforma agrária, como dispõe o artigo 184 da Constituição Federal;
Assim como no caso de imóvel urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, casos em que
será possível o pagamento desta indenização mediante títulos públicos, na forma do artigo 182, §4
da Constituição Federal.
Requisição:
Estabelecida no artigo 5º, inciso XXV da Constituição Federal, onde dispõe que:
“Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na
forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação
popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas
em lei, observado, no que Alexander Rodrigues de Souza
couber, o disposto no art. 5º.”
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Propriedade Intelectual HP156016798544752
Descrita no artigo 5º, incisos XXVII, XXVIII e XXIX da Constituição Federal, disciplina que:
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização,
bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e
econômico do País;
Herança
Artigo 5º, inciso XXX da Constituição Federal.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Veja que os Remédios Constitucionais são verdadeiras ações constitucionais, integrantes da Jurisdição
Constitucional, onde se tem o Controle de Constitucionalidade, os Recursos Especiais e os Remédios
Constitucionais.
Legitimidade
Qualquer brasileiro ou estrangeiro, pessoa física ou jurídica pode impetrar Habeas Corpus em nome
próprio para garantir o direito a liberdade de terceiros.
Ativa
Aquele que impetra o habeas corpus, seja pessoa física ou jurídica.
Passiva
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Contra quem o habeas corpus é impetrado, seja o juiz, delegado, um hospital ou mesmo um
condomínio.
Paciente
É o beneficiário do habeas corpus.
Além disso, o Habeas Corpus é uma ação gratuita (artigo 5º, inciso LXXVII da Constituição Federal),
que inclusive, dispensa a necessidade de advogado.
Cumpre salientar que o MS possui caráter residual (também chamado subsidiário), tendo em vista que
será cabível para a proteção de todo direito líquido e certo, desde que não exista ação específica para a
proteção deste.
Portanto, quando couber Habeas Corpus ou Habeas Data, não será possível à utilização do Mandado
de Segurança, assim como, não será concedido MS, observada a limitação processual que se refere ao
interesse de agir, quando for cabível recurso com efeito suspensivo ou quando a decisão já houver
transitado em julgado (restriçõesAlexander
previstas no artigo 5º da
Rodrigues de Lei 12.016, que trata sobre o Mandado de
Souza
Segurança). filhodoalexx@gmail.com
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De maneira a conceituar esta ação constitucional, podemos dizer que o Mandado de Segurança é um
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Remédio Constitucional posto a disposição do sujeito, para o fim de tutelar direito líquido e certo, que
não sejam amparados por Habeas Corpus ou Habeas Data, lesado ou ameaçado de lesão por ato da
autoridade pública ou do agente de pessoa jurídica no exercício das atribuições do Poder Público,
praticado com ilegalidade ou abuso de Poder.
Prazo
O prazo decadencial para a impetração do Mandado de Segurança é de 120 dias. Isso não faz perder o
direito líquido e certo, somente perdendo a possibilidade de se valer do MS para exigir o cumprimento
de seu direito.
Gratuidade?
Por fim, o Mandado de Segurança NÃO é gratuito e depende da participação de advogado para sua
propositura.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Finalidades
O Habeas Data pode ser utilizado para duas finalidades.
Uma primeira que é para garantir o ACESSO às informações relativas a ele mesmo, ou seja, para
garantir ao impetrante o conhecimento das informações dele que estejam em posse de uma entidade
governamental.
Já a segunda, busca garantir a possibilidade de RETIFICAÇÃO dos dados que estejam armazenados
pelo poder público, quando não se exigir processo sigiloso administrativo ou judicial para tal.
O HD é um remédio personalíssimo, ou seja, somente a própria pessoa detentora dos dados poderá ser
impetrante desta ação constitucional, não sendo possível a sua utilização para acessar informações
relativas a terceiros.
Alexander Rodrigues de Souza
Gratuidade? filhodoalexx@gmail.com
Por fim, esta ação é gratuita, na forma do48271651811
artigo 5º, inciso LXXVII da Constituição Federal, sendo
necessária a participação de um advogado.
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Já o MI Coletivo, pode ser impetrado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, por
Partido Político de Representação Nacional, por Organização Sindical, Entidade de Classe
ou Associação legalmente constituída e em funcionamento a mais de um ano.
Referente à Competência, foi constitucionalmente disciplinada, na forma do artigo 102, inciso I, alínea
“q”; artigo 102, inciso II, alínea “a”; e artigo 105, inciso I, alínea “h” todos da Constituição Federal:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da
República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal
Federal;
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus , o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância
pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
Gratuidade?
Por fim, esta é uma ação constitucional NÃO gratuita, onde se faz necessária a participação de
advogado.
Em relação à legitimidade ativa, somente podem ser impetrantes os cidadãos, ou seja, as pessoas que
estejam em pleno gozo de seus direitos políticos (capacidade eleitoral ativa).
Logo, pessoas jurídicas e estrangeiros não podem impetrar o referido remédio constitucional.
Cumpre salientar que caso o cidadão desista da ação, o Ministério Público será intimado, e caso tenha
interesse, poderá dar continuidade.
Gratuidade?
Por fim, a Ação Popular é gratuita, salvo comprovada a má-fé, sendo necessária a participação de um
advogado.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Veja que os Direitos Fundamentais não buscam somente limitar o Estado, estabelecendo também
deveres, objetivando a promoção de melhores condições de vida, a fins de garantir o “bem estar social”,
diminuindo as desigualdades criadas pelo Capitalismo.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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14. NACIONALIDADE
Previstos no Capítulo III, do Título II da Constituição Federal, mais especificamente em seu artigo 12,
a nacionalidade é um vínculo de natureza jurídico-política que liga o indivíduo ao Estado, fazendo
surgir os direitos e deveres do cidadão perante o Estado e do Estado perante o cidadão.
A nacionalidade pode ser dividida em dois tipos, sendo a Nacionalidade Primária e a Nacionalidade
Secundária.
Fazendo novamente uma contextualização, voltemos à época das colonizações. Os países europeus,
com a grande massa de seu povo saindo para trabalharem e colonizarem os territórios encontrados e
conquistados, precisavam de uma forma de manter o vínculo com seu povo, razão pela qual foi
adotado este critério.
Portanto, se você é descendente de algum imigrante europeu, caso o país de origem reconheça a
nacionalidade pela hereditariedade, é possível, desde que cumpridos os requisitos, o reconhecimento
da sua nacionalidade originária naquele país.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Reciprocidade
Quando houver reciprocidade aos brasileiros, aos portugueses que residam permanentemente no Brasil,
serão atribuídos direitos inerentes aos brasileiros, conforme disposição do artigo 12, §1º da
Constituição Federal.
Distinção
Veja que existe expressa vedação constitucional a criação de lei que estabeleça distinção entre
brasileiros natos e naturalizados, salvo os casos já previstos na própria constituição, conforme dispõe o
artigo 12, §2º da Constituição Federal.
Exemplificando:
Cargos:
Presidente da República;Alexander Rodrigues de Souza
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Vice Presidente da República;
48271651811
Presidente da Câmara dos Deputados;
HP156016798544752
Presidente do Senado Federal;
Ministros do STF;
Diplomatas;
Oficiais das Forças Armadas e Ministro de Estado e da Defesa; São cargos exclusivos a
brasileiros natos, conforme estabelece o artigo 12, §3º da Constituição Federal.
Extradição
Na forma do artigo 5º, inciso LI:
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, na forma da lei;
Atividade Empresarial
Conforme dispõe o artigo 222 da Constituição Federal:
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Por imposição da naturalização pela norma estrangeira, ao brasileiro residente no Estado estrangeiro,
como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
E ainda, a dos naturalizados, em virtude de sentença judicial em caso de atividade nociva ao interesse
social.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Temos como classificação, os Direitos Políticos Positivos, que se referem à participação ativa dos
cidadãos na política; e os Direitos Políticos Negativos, que limitam a participação popular na vida
política.
De maneira simples, Sufrágio é o direito de participar do processo eleitoral, seja como eleitor ou
candidato, já o voto é um instrumento do exercício do sufrágio.
REFERENDO
É também uma consulta popular, contudo, neste caso a lei já foi criada, cabendo ao povo à
manifestação de sua vontade mediante ratificação (concordância com a lei já aprovada pelo Estado) ou
rejeição.
INICIATIVA POPULAR
Trata-se de um poder do povo, de apresentar diretamente ao poder legislativo um projeto, uma
proposta de Lei, desde que observados os requisitos necessários, na forma do artigo 62, §2º da
Constituição Federal.
Capacidade Eleitoral
Refere-se a alistabilidade, ou capacidade ativa, que se remete ao direito de votar; E a elegibilidade,
capacidade passiva, relativa ao direito de ser votado.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Por fim, é vedado o alistamento eleitoral dos estrangeiros, ou mesmo daqueles que estejam prestando o
serviço militar obrigatório, chamados conscritos.
Inexigibilidades:
REELEIÇÃO:
Diferentemente dos cargos ao poder legislativo, onde se tem a possibilidade de reeleição sem
limitações, os chefes do poder executivo podem ser reeleitos uma única vez, ou seja, podem
cumprir, subsequentemente, somente dois mandatos.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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INELEGIBILIDADE REFLEXA:
Trata-se de ilegibilidade que ocorre quando o cônjuge ou parentes de até segundo grau do chefe do
poder executivo desejam se candidatar no território de sua jurisdição, ressalvado no caso de já ser
titular do mandato e seja candidato a reeleição.
Para exemplificar, imagine que você é Prefeito do seu Município, e sua esposa, que não possui
mandato eletivo até então, deseja se candidatar ao cargo de vereadora, ela será inelegível. Contudo,
caso ela já fosse vereadora e posteriormente a isso você viesse a conquistar o cargo de chefe do
Poder Executivo Municipal, ela poderia continuar a se reeleger normalmente.
MILITARES
Estes, caso alistáveis, serão elegíveis. Contudo, deve ser observado que caso conte com menos de
10 anos de serviço será definitivamente afastado de sua corporação, por outro lado, caso conte
com mais de 10 anos e seja eleito, passará a inatividade. (Isso não se aplica a conscritos).
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.
5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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No sistema de maioria absoluta (majoritário absoluto), será eleito o candidato que somar mais da
metade dos votos válidos mais um, ou seja, se 250.000 pessoas votaram, para ser eleito, o candidato
terá que somar 125.001 votos.
Caso esse percentual não seja atingido, é realizado um segundo turno, onde os dois candidatos mais
votados disputam novamente nas urnas, sendo eleito aquele que obtiver uma quantidade maior de
votos.
Já o sistema de maioria simples (majoritário relativo), o candidato mais votado é eleito, sem que seja
necessário considerar a soma total de votos. Ou seja, não é necessário segundo turno.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano
anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no
caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal,
eleitos segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro
anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Alexander Rodrigues de Souza
filhodoalexx@gmail.com
16.1.2 SISTEMA PROPORCIONAL 48271651811
Esse sistema é aplicado para as eleiçõesHP156016798544752
de deputados e vereadores, onde não se considera o número de
votos obtidos pelos candidatos para estipular o vencedor. Os votos computados são do partido, e estes
votos são transformados em cadeiras por meio do sistema de listas.
LISTA ABERTA
O eleitor pode votar no candidato e/ou no partido, se elegendo o(s) candidato(s) mais votado(s)
do(s) partido(s) vencedor(es).
LISTA FECHADA
O eleitor vota no partido, que por sua vez fornece previamente uma lista com a ordem de
prioridade dos candidatos.
Ou seja, os votos são destinados ao partido (e aí está um dos motivos de o mandato ser atribuído ao
partido e não ao político), de modo que deve-se saber quais foram os partidos vitoriosos, após, apura-
se quem foram os candidatos eleitos.
Neste sistema, devemos analisar o Quociente Eleitoral (QE) e o Quociente Partidário (QP).
O QE é definido pela soma dos votos válidos (excluídos os brancos e nulos), que será dividido
pelo número de cadeiras da disputa (número de vagas).
Já o QP é o resultado do número de votos válidos obtidos pelo partido ou coligação, dividido pelo
quociente eleitoral. O saldo obtido determinará o número de cadeiras a serem ocupadas pelo
partido.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Caso haja sobra de vagas, será dividido o número de votos válidos do partido ou coligação pelo
número de lugares obtidos mais um. Quem alcançar o maior resultado assumirá a cadeira restante.
EXEMPLIFICANDO:
Imagine que em um pequeno município, com 9 vagas de vereadores, existem 03 partidos que vão
disputar a eleição. PA - Partido A; PB - Partido B e PC - Partido C.
Observação:
Os votos Brancos e Nulos não possuem nenhum valor, não impactam na eleição.
Essa EC foi criada para o fim de não destinar os recursos do fundo partidário e não permitir o acesso
ao horário gratuito de rádio e televisão aos partidos que não se enquadrarem nos requisitos fixados.
Art. 17, § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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No artigo 1º da Constituição Federal é indicado que: “A República Federativa do Brasil é formada pela
união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal”.
Neste momento, passamos a tratar sobre o título III da Constituição Federal, que se refere à
organização do Estado, onde em seu artigo 18:
Válido é também mencionar a existência dos Territórios Federais, que não são entes da federação,
razão pela qual não gozam da capacidade de autoadministração. Eles são autarquias territoriais, que
surgem em razão de uma descentralização administrativa, na forma do artigo 18, §3º.
Cumpre observar que no plano externo, a União sempre agirá em nome da República Federativa do
Brasil, enquanto no plano interno, poderá agir em nome próprio (ex: quando realizar uma obra pública)
ou em nome da Federação (ex: quando realiza uma intervenção em um dos estados membros).
Na forma do artigo 1º da Constituição Federal, podemos observar o pacto federativo indissolúvel, onde
a união, que é um dos entes da federação, é formada pela reunião de Estados Membros, Distrito
Federal e Municípios.
PODERES DA UNIÃO
Este ente possui Poderes que lhe foram atribuídos para o fim de estabelecer um sistema de controle do
poder soberano do Estado, conforme o artigo 2º da Constituição Federal.
Poder Executivo:
Onde temos o Presidente e Vice Presidente da República;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Poder Legislativo:
Onde temos o Congresso Nacional, que é composto pela Câmara de Deputados Federais e
pelo Senado Federal;
E o Poder Judiciário.
Bens da União
Além disso, observa-se que a União possui bens, os quais estão elencados no artigo 20 da Constituição
Federal.
Capacidade de auto-organização
Trata-se da autonomia concedida ao estado membro, a fins de que possa estabelecer sua própria
constituição estadual, desde que respeite os princípios e as normas fixadas na Constituição Federal,
na forma do seu artigo 25.
Capacidade de autoadministração
Refere-se à autonomia para o fim de realizarem a gestão dos seus próprios órgãos e serviços
públicos, onde, por exemplo, não poderá a lei federal criar cargos nas fazendas estaduais.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Capacidade de autogoverno
Refere-se à autonomia concedida aos estados membros para elegerem seus próprios governantes,
nos moldes do sistema das eleições federais. Contudo, no âmbito estadual, o Poder Legislativo é
unicameral, existindo somente a Assembleia Legislativa para representalo (diferentemente do que
ocorre no âmbito federal, onde se tem duas casas, a Câmara de Deputados Federais e o Senado
Federal).
Capacidade legislativa
Trata-se da autonomia concedida aos estados membros, a fins de que permita a elaboração de suas
próprias leis.
Dos Bens
Os bens dos estados membros encontram-se elencados no artigo 26 da Constituição Federal.
17.3 MUNICÍPIOS
É a unidade mínima da Federação, os quais se organizam por meio da Lei Orgânica Municipal. Sua
criação está disposta no artigo 18, §4º da Constituição Federal:
Os Municípios também são dotados de autonomia, razão pela qual possuem capacidade de se auto-
organizar, auto-governar, auto-administrar e auto-legislar.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Já o Poder Executivo é exercido pelo Prefeito e Vice-Prefeito, nos mesmos moldes do executivo
federal (mandato de 4 anos, sendo possível ser reeleito uma vez em mandato consecutivo).
Em relação aos impostos municipais, observar o artigo 30, inciso III e artigo 156, ambos da
Constituição Federal.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Repartição vertical
Existem as competências concorrentes, ondeRodrigues
Alexander cabe a União Federal estabelecer as normas gerais, aos
de Souza
Estados-membros e Distrito Federal cabe o exercício das competências suplementares, ou mesmo,
filhodoalexx@gmail.com
exercer a competência legislativa plena, caso necessário ao atendimento de suas peculiaridades (vide
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artigo 24 da Constituição Federal). HP156016798544752
Comuns
São competências que competem a União, aos Estados-membros, aos Municípios e ao Distrito
Federal, as quais estão fixadas no artigo 23 da Constituição Federal, onde se tem como
exemplos: zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e
conservar o patrimônio público; cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia
das pessoas portadoras de deficiência; preservar as florestas, a fauna e a flora; e outros.
(recomenda-se a leitura do artigo).
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Concorrentes
Por sua vez, podem ser exercidas por mais de um dos entes federados, observadas as regras
constitucionais de distribuição, onde é possível a União, por intermédio de lei federal dispor
sobre normas gerais, enquanto os Estados-membros e o Distrito Federal podem suplementar a
lei. As competências concorrentes estão elencadas no artigo 24 da Constituição Federal, sendo:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (Vide Lei nº
13.874, de 2019)
II - orçamento;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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COMPETÊNCIA RESERVADA
Refere-se à possibilidade do Estado-membro legislar sobre matérias que a ele não foram
vedadas e tampouco atribuídas a outro ente da Federação, na forma do artigo 25, §1 da
Constituição Federal.
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COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR
Refere-se à possibilidade da suplementação da lei federal ou estadual, conforme estabelecido
no artigo 30, II da Constituição Federal.
Além disso, compete a União à competência residual, na forma do artigo 154 da Constituição
Federal.
Estados Membros
Compete a estes instituir o imposto sobre a transmissão causa mortis ou doação (ITCMD), de
quaisquer bens e direitos; propriedade de veículos automotores (IPVA); e ainda sobre as
operações de circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transportes interestaduais
Alexander Rodrigues de Souza
ou intermunicipais e de comunicação (ICMS), na forma do artigo 155 da Constituição Federal.
filhodoalexx@gmail.com
48271651811
Municípios HP156016798544752
Compete aos municípios instituir imposto sobre a propriedade territorial urbana (IPTU) e sobre
a transmissão de bens imóveis por ato “inter-vivos” (ITBI).
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Princípio da Impessoalidade
Este princípio é um desdobramento do princípio da igualdade, previsto no artigo 5º, inciso I da
Constituição Federal. Ele busca garantir que a administração pública irá trabalhar em prol do
interesse público, sem criar privilégios em razão de amizades ou inimizades. Ou seja, a atuação do
administrador público em nome da administração a que ele pertença, deve ser voltada ao
atendimento impessoal e geral, mesmo que
Alexander acabe pordeinteressar
Rodrigues Souza apenas pessoas determinadas.
filhodoalexx@gmail.com
Princípio da Moralidade 48271651811
HP156016798544752
Estabelece que o administrador, no exercício da atividade, não deve levar em conta somente se a
pratica do ato administrativo é ou não legal. Ele deve ir além, observando também se é
conveniente ou inconveniente, se é oportuno ou inoportuno praticar aquele ato naquele momento.
Princípio da Publicidade
Busca garantir que o ato administrativo seja eficaz, tendo em vista que para produzir seus efeitos,
é necessário que seja levado a conhecimento de todos, por meio de publicação em órgão oficial.
Princípio da Eficiência
Entende-se que a Administração Pública deve concretizar suas atividades buscando alcançar o
maior número possível de efeitos positivos, observando o custo benefício para a pratica do ato. Ou
seja, deve ser realizada a melhor atuação que se possa com os recursos que se têm disponíveis.
Poder Vinculado
Não confere a administração pública qualquer liberdade na sua atuação, ou seja, a lei estabelece
com detalhes como e quando a Administração Pública deve agir.
Exemplo: a Lei estabelece que a verba de R$1.000.000,00 destinada ao município X seja utilizada
para a construção de um viaduto de acesso ao bairro Y.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Poder Discricionário
Oferece a Administração Pública uma razoável liberdade na sua atuação, de acordo com a
conveniência e a oportunidade de atuação.
Exemplo: a Lei estabelece que a verba de R$200.000,00 destinada ao município X seja utilizada
para a manutenção do município, podendo ser utilizada para a roçagem do mato ou para a reforma
de uma praça pública ou de um parque. Neste caso, deverá o chefe do executivo municipal se
atentar a necessidade e conveniência de sua atuação, onde, como exemplo, caso o município esteja
com um número crescente de casos de dengue, seria mais conveniente e oportuno à destinação da
verba para a roçagem do mato, a fins de diminuir a infestação dos mosquitos.
Poder Hierárquico
Trata-se da relação de subordinação e coordenação que liga os órgãos e os agentes administrativos,
que gera dever de obediência das ordens dadas pelos superiores (exceto em caso de ordens
manifestamente ilegais). É possível a delegação ou avocação de competências.
Poder Disciplinar
Possibilita a apuração de infrações e a aplicação
Alexander Rodriguesde sanções
de Souzaàs pessoas (físicas e jurídicas) sujeitas
à disciplina administrativa, ou seja, os servidores públicos e os contratados da Administração.
filhodoalexx@gmail.com
48271651811
Poder Normativo/Regulamentar HP156016798544752
Possibilita a edição de atos de conteúdo regulamentar, visando completar a lei, a exemplo dos
regimentos internos, instruções normativas, provimentos etc.
Poder de Polícia
Poder que confere ao agente público a possibilidade de limitar e restringir os direitos de liberdade
e propriedade das pessoas, independentemente do consentimento do particular ou mesmo de
autorização judicial, observada a conveniência e oportunidade que se ajusta ao interesse coletivo.
Exemplo: quando o agente de trânsito manda parar o veículo ou direciona o tráfego de veículos de
uma rua para outra.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Num momento posterior, John Locke, por meio de sua obra “Segundo Tratado Sobre o Governo Civil”,
defendeu a ideia onde o Poder Legislativo seria superior aos demais; o Executivo seria responsável
pela aplicação das leis; e o Federativo, que não teria legitimidade, devendo ficar vinculado ao
Executivo, seria responsável por questões internacionais do governo.
Ulteriormente, Montesquieu em sua obra “Do Espirito das Leis”, trabalha a ideia do sistema de “Freios
e Contrapesos” ou “Check and Balances”, onde se busca uma divisão do poder para prevenir qualquer
abuso, tendo em vista que deixar nas mãos de uma única pessoa o poder de legislar, administrar e
julgar trazia sérios riscos de tirania, sendo deixada de lado a vontade do povo. Esse é o modelo mais
amplamente aceito na atualidade, onde se tem:
Poder Legislativo, responsável por criar, aperfeiçoar ou revogas as leis;
Executivo, o é ocupado pelo Príncipe ou Magistrado da paz e da guerra, que seria responsável pela
governança, fazendo relações internacionais, garantindo a segurança e etc.;
Poder Judiciário, responsável por julgar e punir os crimes, bem como, resolver os litígios civis.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Constituinte
Por meio do Congresso Nacional se exerce o Poder Constituinte Derivado ou Reformador.
Fiscalizadora
É o responsável pela fiscalização da atuação do Poder Executivo.
Julgadora
Responsável por julgar o Presidente da República no Processo de Impeachment.
Investigadora
Por meio das Comissões Parlamentares de Inquérito – CPI.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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SENADO FEDERAL
Compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal.
É composto por 81 Senadores, eleitos pelo sistema majoritário.
É a casa responsável pelo julgamento do processo de impeachment.
Competências estão fixadas no artigo 52 da Constituição Federal.
FISCALIZAÇÃO E INVESTIGAÇÃO
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO - CPI
É responsável por fiscalizar e investigar.
Fiscalizar a fins de descobrir se tudo está ocorrendo como deveria.
Investigar com o objetivo de aquisição de provas.
Está prevista no artigo 58 da Constituição Federal, onde também são especificadas suas
competências.
É facultado a CPI:
Investigar e obter informações;
Quebrar sigilo;
Realizar oitiva de testemunhas;
Realizar busca e apreensão.
Alexander Rodrigues de Souza
filhodoalexx@gmail.com
É vedado a CPI: 48271651811
Aplicação de sanções; HP156016798544752
Decretar Prisões;
Indisponibilidade à restrição do direito a locomoção;
Criar obstáculo a assistência jurídica.
TRIBUNAL DE CONTAS
É o único “tribunal” que não pertence ao Poder Judiciário.
Competências:
Fiscalizadora;
“Judicante*”;
Sancionatória;
Consultiva;
Informativa;
Corretiva.
Composição:
Nove ministros, sendo 1/3 indicado pelo Presidente da República, que dependerão de
aprovação do Senado Federal (artigo 52, inciso III, alínea “b” da CF); E 2/3 pelo
Congresso Nacional (artigo 49 da CF).
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
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IMUNIDADES PARLAMENTARES
ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS
É um conjunto de prerrogativas e vedações estabelecidas pela Constituição Federal para aos
parlamentares, ou seja, para o poder legislativo e os seus membros.
IMUNIDADES
Aplicam-se ao cargo, não a pessoa em si.
Dividem-se em materiais (previstas no artigo 53 da Constituição Federal), e formais (previstas no
artigo 53, §§ da Constituição Federal).
IMUNIDADE MATERIAL
Diz respeito a liberdade de fala do parlamentar enquanto no exercício de suas funções.
Segundo o entendimento do STF, enquanto o parlamentar estiver no Congresso Nacional ou a
serviço deste, será garantido por esta prerrogativa.
Aplica-se tanto as questões civis quanto as penais.
IMUNIDADES FORMAIS
Diz respeito à liberdade de ir e vir do parlamentar.
Alexander Rodrigues de Souza
Prisão: filhodoalexx@gmail.com
O Parlamentar somente poderá ser preso caso seja preso em flagrante, por crime
48271651811
inafiançável, desde que comHP156016798544752
a aprovação da casa respectiva (artigo 53, §2º da Constituição
Federal).
Processo:
Deve ser levado em consideração o momento da pratica do ato em relação à diplomação;
O STF deverá informar a casa respectiva;
Partido Político poderá sustar o andamento da ação;
Suspende-se a prescrição.
PRERROGATIVAS
PRERROGATIVA DE FUNÇÃO (FORO)
Responde ao STF enquanto possuir o mandato.
Artigo 53, §1º da Constituição Federal.
TESTEMUNHO
É a não obrigatoriedade de o parlamentar testemunhar acerca de informações ou pessoas ligadas ao
exercício do seu mandato.
Artigo 53, §6º da Constituição Federal.
FORÇAS ARMADAS
Caso o parlamentar seja convocado pelas forças armadas, para que seja obrigado a prestar o serviço
militar, será necessária a aprovação da respectiva casa a que pertença.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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QUEBRA DO DECORO
Decoro é a postura que se espera do parlamentar. A quebra do decoro é uma situação política.
Artigo 55, §1º da Constituição Federal.
PERDA DO MANDATO
Alexander Rodrigues de Souza
Artigo 55, §2º da Constituição Federal.
filhodoalexx@gmail.com
Incompatibilidade; 48271651811
Quebra do Decoro; HP156016798544752
Sentença Penal condenatória transitada em julgado.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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ESPÉCIES DE PROCEDIMENTOS
ORDINÁRIO OU COMUM
É o processo utilizado na elaboração de leis ordinárias.
Esse processo ou procedimento é dividido em três fases: Instrutória; Constitutiva; e
Complementar.
FASE INSTRUTÓRIA
Refere-se ao momento de apresentação do Projeto de Lei.
A apresentação é atribuída a algum cargo ou algum órgão.
Vide artigo 61 da Constituição Federal.
Iniciativa Concorrente
É a competência atribuída a mais de uma pessoa ou órgão para a propositura do
projeto de lei, a depender da matéria que está sendo tratada.
Alexander
Nesta, a depender Rodrigues
da matéria, de Souza
qualquer pessoa elencada no artigo 61, caput, da
filhodoalexx@gmail.com
Constituição Federal seria competente a elaborar leis complementares e
48271651811
ordinárias.
HP156016798544752
Iniciativa Privativa
Somente uma ou algumas pessoas poderão apresentar o projeto de lei referente a
determinadas matérias.
Iniciativa Popular
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DIREITO CONSTITUCIONAL
81
@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
FASE CONSTITUTIVA
É a fase que compreende a análise do conteúdo e de admissibilidade do projeto, onde é
realizada a deliberação parlamentar e executiva.
O Projeto de Lei que for analisado inicialmente na Câmara dos Deputados, será
objeto de revisão no Senado Federal.
Vale observar que a Câmara de Deputados poderá também atuar como casa
revisora, quando o Senado atuar como casa iniciadora, nos casos de projetos de
lei apresentados por Senador.
Vale aqui observar que qualquer modificação que seja feita no projeto inicial,
quando ele estiver na Casa Revisora, irá motivar a devolução para à Casa Inicial
para que aprove ou rejeite
Alexander as alterações.
Rodrigues de Souza
filhodoalexx@gmail.com
Existe uma exceção, 48271651811
onde não será necessária essa devolução, que é em caso de
a emenda parlamentar consistir em simples correção gramatical ou supressão de
HP156016798544752
palavra ou expressão, em todos os casos desde que o sentido normativo da
redação não tenha sido alterado.
Nos demais casos, o projeto de lei deverá ser devolvido à Casa Inicial.
Comissões:
Após a distribuição do projeto pelo presidente da Câmara dos Deputados,é
realizada a distribuição para as comissões temáticas, que realizam a análise de
mérito do projeto. Após passar e ser aprovado por essa comissão, o projeto segue
para a seguinte.
Sanção ou Veto:
É a possibilidade da verificação pelo Presidente da República, em relação à
constitucionalidade da norma ou mesmo se ela atende ou não o interesse público.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
82
@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
O Veto presidencial pode ser parcial ou total. Parcial quando vetar apenas um
inciso, um artigo, ou mesmo algumas palavras de um inciso. Já o veto total
ocorre quando o presidente veta a lei por completo.
FASE COMPLEMENTAR
Promulgação
Quando o projeto de lei se torna lei, podendo ser promulgado pelo presidente da
república ou pelo congresso nacional.
Publicação
Que é o ato destinado a dar publicidade a lei. Essa publicação ocorre no Diário
Oficial da União – DOU, onde se iniciará a correr a “Vacatio Legis”.
SUMÁRIO
Alexander Rodrigues de Souza
Procedimento que se diferencia do comum somente em razão de existir prazo para que o
filhodoalexx@gmail.com
Congresso Nacional realizar a deliberação sobre determinado assunto.
48271651811
HP156016798544752
ESPECIAL
É aplicado nos procedimentos que digam respeito às leis complementares, leis delegadas, medidas
provisórias, decretos legislativos e resoluções.
EMENDAS CONSTITUCIONAIS
São atribuídas ao Poder Constituinte Derivado Reformador, que é exercido pelo Congresso Nacional.
Limites Formais
Iniciativa (artigo 60, incisos I, II e III da CF):
Um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
83
@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
Do Presidente da República;
De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Promulgação:
A emenda será promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Quando a emenda for rejeitada ou for prejudicada, a matéria da qual ela tratava não poderá ser objeto
de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Limites Circunstanciais
A Constituição pode ser emendada:
Na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Leis Complementares
São normas que buscam reforçar a matéria constitucional, recebem este nome, pois servem como
complemento a Constituição Federal.
A votação é realizada pela maioria absoluta das casas, onde, caso aprovado, o projeto é encaminhado
ao Presidente da República para a sanção ou veto.
Caso o presidente vete o projeto, poderá a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, pela maioria
absoluta de seus membros, derrubar o veto presidencial, onde o projeto seguirá para promulgação do
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DIREITO CONSTITUCIONAL
84
@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
Presidente da República no prazo de 48 horas, e caso não o faça, o Presidente do Senado Federal
deverá fazê-lo.
Leis Ordinárias
São normas de regras gerais e abstratas, mais comuns.
A votação é realizada pela maioria simples das casas, onde, caso aprovado, o projeto é encaminhado
ao Presidente da República para aAlexander
sanção ou veto.
Rodrigues de Souza
filhodoalexx@gmail.com
Caso o presidente vete o projeto, poderá a48271651811
Câmara dos Deputados e o Senado Federal, pela maioria
absoluta de seus membros, derrubar o HP156016798544752
veto presidencial, onde o projeto seguirá para promulgação do
Presidente da República no prazo de 48 horas, e caso não o faça, o Presidente do Senado Federal
deverá fazê-lo.
Leis Delegadas
São leis elaboradas exclusivamente pelo Presidente da República, com autorização do Congresso
Nacional, na forma do artigo 68 da Constituição Federal.
A delegação pode ser aprovada pela maioria simples das Casas, onde esta “autorização” se torna
uma resolução que estipula as condições para o uso dos poderes delegados.
Vale observar que a delegação típica ocorre quando o Congresso Nacional emite a resolução e
permite ao Presidente a elaboração e promulgação da lei sem a sua apreciação.
Contudo, pode ocorrer uma delegação atípica, onde, mesmo sendo a elaboração da lei delegada ao
Presidente, poderá haver casos em que será necessário remetê-la ao Congresso Nacional para
apreciação.
Medidas Provisórias
Trata-se de um instrumento exclusivo do Presidente. As medias provisórias possuem força de lei, e são
destinadas a tratar de situações de grande urgência.
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
85
@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
A vigência desta espécie normativa é imediata, contudo, é prorrogável (60 dias, prorrogáveis por igual
período).
As Medidas Provisórias deverão ser analisadas pelo Congresso após 45 dias de sua instauração. Caso
não respeite este prazo, trancam todas as pautas da Casa em que se encontram, até que sejam
discutidas.
Se uma MP for aprovada com emendas, o Presidente poderá vetá-la parcial ou totalmente, fazendo-a
retornar ao Congresso para reapreciação.
Em caso de rejeição pelo Congresso Nacional, deverá ser elaborado um decreto legislativo que
regulamentará os efeitos da MP durante a sua vigência.
Decretos Legislativos
É o meio que o Congresso Nacional deve utilizar para legislar acerca das situações que sejam de sua
competência exclusiva, que estão elencadas no artigo 49 da Constituição Federal.
Alexander Rodrigues de Souza
Os Decretos Legislativos não dependem de sanção do Presidente da República.
filhodoalexx@gmail.com
48271651811
Resoluções HP156016798544752
É o meio que o Congresso Nacional deve tratar de matéria que for de sua competência e de
competência privativa do Senado Federal e da Câmara de Deputados. (Artigos 68, §2º; 51; 52; e 155,
§2º, inciso IV da Constituição Federal).
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
86
@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
Observação:
A diferença entre o modelo Presidencialista e o modelo Parlamentarista é que no
Parlamentarismo, a figura do Chefe de Estado é atribuída ao Presidente (em caso de uma
República Parlamentarista) ou aoRodrigues
Alexander Rei/Rainhade(em caso de uma Monarquia Parlamentarista);
Souza
ao passo que a Chefia de filhodoalexx@gmail.com
Governo é atribuída ao Primeiro Ministro, eleito pelo parlamento.
48271651811
Ou seja, o Brasil é uma república presidencialista, onde o chefe do Poder Executivo é o Presidente da
HP156016798544752
República e cumula as funções de Chefia de Estado e de Chefia de Governo.
Quem exerce a Chefia do Poder Executivo Federal é o Presidente da República, do Poder Executivo
Estadual é o Governador e do Poder Executivo Municipal é o Prefeito.
20.2.1 FUNÇÕES
FUNÇÕES TÍPICAS
Chefia de Governo e Chefia de Estado;
Como o Brasil é uma República Presidencialista, na figura do Presidente da República se
concentram tanto a Chefia de Estado quanto a Chefia de Governo, ou seja, temos um
Executivo Monocrático.
Praticar atos de Administração.
FUNÇÕES ATÍPICAS
Legislativa, por meio de Medidas Provisórias, Decretos autônomos e etc.
Julgadora, no contencioso administrativo, como por exemplo, no Processo Administrativo
Disciplinar – PAD.
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
87
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desenvolvimento nacional e a defesa das instituições democráticas, ambos os poderes devem trabalhar
em conjunto.
Portanto, é o Presidente da República que exerce a chefia do Poder Executivo no Brasil. Atenção! É o
Presidente, somente. O Vice-Presidente e os Ministros auxiliam o Presidente.
Constituição Federal
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros
de Estado.
Art. 79 (...)
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para
missões especiais.
Alexander Rodrigues de Souza
20.2.2.1 Requisitos para ser Presidente
filhodoalexx@gmail.com
Ser brasileiro nato; 48271651811
35 anos; HP156016798544752
Ser alfabetizado;
Estar em pleno gozo de seus direitos políticos.
CHEFIA DE GOVERNO;
Representa o Governo da União;
Atos de administração e de natureza política;
Plano interno;
Exemplos: incisos I a VI; IX a XVIII e XX a XXVII do artigo 84, CF.
Constituição Federal
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
Constituição Federal
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução;
Alexander Rodrigues de Souza
filhodoalexx@gmail.com
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
48271651811
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VI - dispor, mediante decreto, sobre:
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos;
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República,
o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
Alexander Rodrigues de Souza
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
filhodoalexx@gmail.com
48271651811
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
HP156016798544752
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
Constituição Federal
Art. 84 (...)
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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Constituição Federal
Art. 84 (...)
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;
ELEIÇÕES
O Presidente da República e o Vice-Presidente com ele registrado são eleitos pelo voto direto, por
meio do sistema majoritário absoluto;
Observação 01: em regra, quem participa do segundo turno são os dois candidatos mais
votados no primeiro turno, todavia, caso um desses venha a falecer, desistir ou se tornar
impedido, será chamado o terceiro colocado.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
91
@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
Observação 02: caso ocorra empate (mesma votação) para o segundo lugar, será
qualificado para o pleito o mais velho.
Constituição Federal
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver
a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
MANDATO E POSSE
É de 4 anos;
Tem início com a tomada da posse em 5 de Janeiro do ano subsequente ao da eleição.
A regra anterior era no dia 1º de Janeiro, todavia, isso mudou com a Emenda
Constitucional nº111/2021, que passa a valer já para as eleições de 2026.
Observação: existe um prazo de tolerância de 10 dias para a tomada da posse, caso não o
faça, será declarado vago o cargo, salvo por motivo de força maior.
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
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@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
Caso ocorra nos dois últimos anos do mandato, deverá ser realizada eleição indireta pelo
Congresso Nacional, no prazo de 30 dias (Art. 81, §1º).
ATENÇÃO!
Existe hipótese de Eleição Indireta no Brasil?
Alexander Rodrigues de Souza
- Sim! Na hipótese prevista no artigo 81, §1º da Constituição Federal, em caso de vacância dos
filhodoalexx@gmail.com
cargos de Presidente e Vice-Presidente da República nos dois últimos anos do mandato.
48271651811
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20.2.2.5 Vice-Presidente
É o principal na linha de substituição e sucessão do Presidente da República.
Substituirá o Presidente nos casos de ausência (é algo temporal, como quando o PR viaja).
Sucederá o Presidente em caso de vacância (é algo definitivo, como quando o PR sofre
impeachment).
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
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@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
CRIMES DO PRESIDENTE
Infrações Penais
Quem julga é o STF.
Crimes de Responsabilidade
Quem julga é o Senado Federal.
NECESSIDADE DE APROVAÇÃO
Para que seja submetido a julgamento perante o STF ou Senado, é necessária a admissão por 2/3 da
Câmara dos Deputados (artigo 86 da CF).
Para que seja instaurado o Processo no Senado Federal, nos casos de Crimes de Responsabilidade, é
necessária a aprovação pela maioria simples de seus membros.
Em decorrido o prazo sem que esteja concluído o processo, cessará o afastamento do Presidente,
sem prejuízo do processo (artigo 86, §2º).
CRIMES DE RESPONSABILIDADE
Constituição Federal:
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra
a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
V - a probidade na administração;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
VI - a lei orçamentária;
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.
ATENÇÃO
Observar também a Lei nº1.079/50.
AUSÊNCIA DO PRESIDENTE
Caso o Presidente e o Vice-Presidente desejem se ausentar do País por mais de 15 dias, será
necessária a licença do Congresso Nacional.
Caso se ausentem por mais de 15 dias sem licença do Congresso, perderão o cargo.
Constituição Federal
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Alexander Rodrigues de Souza
20.2.2.7 Impeachment do filhodoalexx@gmail.com
Presidente
48271651811
O QUE É IMPEACHMENT? HP156016798544752
É um processo de natureza político-jurídica, onde apura-se o julgamento do Presidente da República
em relação aos crimes de responsabilidade. (Além do Presidente, os Ministros de Estado, os Ministros
do Supremo Tribunal Federal e os Governadores).
PROCEDIMENTO
1º - DENÚNCIA
Pode ser formalizada por qualquer cidadão que esteja em pleno gozo dos seus direitos políticos,
devendo observar os requisitos definidos em lei.
2º - EXAME LIMINAR
O Presidente da Câmara dos Deputados recebe a acusação e a ele compete o exame liminar,
podendo iniciar ou não a votação.
3º - VOTAÇÃO NA CÂMARA
Caso o Presidente da Câmara decida pôr o processo de impeachment em votação, será então
realizado o Juízo de Admissibilidade.
Esse juízo de admissibilidade aplica-se tanto aos crimes comuns quanto aos crimes de
responsabilidade.
É necessária a admissão por quórum qualificado de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados
(artigo 86 da CF).
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
95
@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
4º - VOTAÇÃO NO SENADO
Caso a Câmara de Deputados decida pela admissibilidade do processo de impeachment, este será
encaminhado para o Senado Federal.
O Senado Federal realizará o Juízo de Instauração, por meio do voto da maioria simples de seus
membros.
ATENÇÃO!
Caso seja instaurado o processo no Senado Federal, o Presidente da República ficará suspenso
de suas funções por 180 dias. Se o processo não for concluído dentro deste prazo, o Presidente
retorna ao exercício de suas funções e o processo de impeachment não é prejudicado (ou seja,
continua). (artigo 86, §2).
5º - JULGAMENTO
O julgamento do Presidente é realizado no Plenário do Senado Federal.
Somente haverá condenação por voto de 2/3 dos membros do Senado Federal.
PENALIDADES (IMPEACHMENT):
Caso o Presidente seja condenado
Perda do cargo;
Inabilitação para o exercício de função
Alexander pública
Rodrigues depor 8 anos;
Souza
Sem prejuízo das demaisfilhodoalexx@gmail.com
sanções previstas em lei.
48271651811
Caso o Presidente renuncie após a HP156016798544752
instauração do Processo de Impeachment e seja condenado:
Inabilitação para o exercício de função pública por 8 anos;
Sem prejuízo das demais sanções previstas em lei.
Constituição Federal
Art. 52 (...)
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois
terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o
exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
20.2.3 MINISTÉRIOS
Os ministérios são órgãos auxiliares do Presidente da República, e por ele convocados em algumas
situações específicas.
ATRIBUIÇÕES
É a delegação de funções. Como exemplo, temos o Ministério da Economia, Ministério da
Fazenda, Ministério do Planejamento, Ministério da Educação, e outros.
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
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RESPONSABILIZAÇÃO
Crimes de responsabilidade sem conexão com o presidente (artigo 50 e 58, III da CF) e nos crimes
comuns;
Julgamento perante o STF (artigo 102, I, “c”);
Em crime de responsabilidade em conjunto com o Presidente da República (artigo 52, I, c/c art.
85).
Julgamento perante o Senado Federal (artigo 52, I e Parágrafo Único);
Segundo entendimento do STF, neste caso, será realizado o juízo de admissibilidade pela
Câmara dos Deputados.
CONSELHO DA REPÚBLICA
É órgão superior de consulta para os seguintes assuntos:
Intervenção Federal; Alexander Rodrigues de Souza
Estado de Defesa; filhodoalexx@gmail.com
Estado de Sítio; 48271651811
Questões relevantes à estabilidade HP156016798544752
das instituições democráticas;
Artigo 90 da Constituição Federal.
Membros:
Vice Presidente;
Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
Lideres da Maioria e Minoria no Congresso;
Ministros da Justiça;
Seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade.
Desses:
- Dois serão nomeados pelo Presidente;
- Dois serão eleitos pela Câmara; e
- Dois serão eleitos pelo Senado.
Possuem mandatos de três anos, vedada a recondução.
Membros:
Vice Presidente da República;
Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
Ministro da Justiça;
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
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@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
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@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
É constituído por:
Supremo Tribunal Federal;
Superior Tribunal e Justiça;
Tribunais Regionais Federais;
Tribunais do Trabalho;
Tribunais Eleitorais;
Tribunais Militares;
Tribunais dos Estados.
Estrutura
JUSTIÇA
Comum
Estadual: É a justiça comum por excelência.
Federal: Trata de assuntos relativos à União e seus entes.
COMPETÊNCIA
Poder atribuído a um órgão para exercer atividade jurisdicional nos limites fixados em lei.
FUNÇÕES
Típicas
Julgar;
Função Jurisdicional.
Atípicas
Legislar, quando os Tribunais elaboram seus regimentos;
Administrar, quando o órgão jurisdicional realiza uma licitação, celebra um contrato
administrativo, ou mesmo realiza concurso para ingresso de novos servidores.
JUIZADOS ESPECIAIS
Regulados pela Lei 9.099/95;
Compete aos Juizados Especiais resolver as causas de até 40 salários mínimos, em relação à
Justiça Comum.
Na Justiça Federal, é obrigatório nos casos de até 60 salários mínimos.
Órgãos Jurisdicionais
O Poder Judiciário precisa de especialização, pelo fato de existirem diferentes áreas dentro do Direito.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
99
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Requisitos:
Ter entre 35 e 65 anos;
Ser Brasileiro nato;
Possuir notório saber jurídico;
Possuir reputação ilibada.
Requisitos:
Ter entre 35 e 65 anos;
Ser Brasileiro;
Possuir notório saber jurídico;
Possuir reputação ilibada.
Criado em 1988, como uma via de escape ao STF.
Artigos 104 e 105 da Constituição Federal.
JUSTIÇA FEDERAL
20% de suas vagas são reservadas a advogados;
Nem todas as regiões possuem;
Artigo 106 a 110 da Constituição Federal.
JUSTIÇA DO TRABALHO
TST – Nomeados pelo Presidente da República;
TRT – Nomeados pelo Governador do Estado;
Formada Por:
Tribunal Superior do Trabalho – TST;
Tribunal Regional do Trabalho – TRT;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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JUSTIÇA ELEITORAL
Não possui quadro próprio;
Exercido por juiz da Justiça Estadual;
Formado por:
Tribunal Superior Eleitoral – TSE;
Tribunal Regional Eleitoral – TRE;
Juízes Eleitorais - JE.
JUSTIÇA MILITAR
Formada por:
Superior Tribunal Militar;
Conselhos de Justiça Militar.
Direitos e Garantias
AUTONOMIA ORGÂNICO-ADMINISTRATIVA
Organização;
Regimento:
Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN;
Eleições internas.
AUTONOMIA FINANCEIRA
Decide sobre a alocação dos recursos próprios.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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vedado:
O exercício de outro cargo, salvo o de magistério;
Receber custas em processo;
Participar de atividade políticopartidária;
Receber auxílios de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, salvo exceção legal.
Exercer advocacia no juízo ou tribunal que se afastou, antes de decorridos 3 anos.
Como estamos tratando do processo de Impeachment, vamos nos restringir aos crimes de
responsabilidade. Alexander Rodrigues de Souza
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O QUE SÃO CRIMES DE RESPONSABILIDADE? 48271651811
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São infrações político-administrativas, que apesar de chamadas de "crime", não possuem natureza
de crime.
Lei 1.079/50
Art. 39. São crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal:
1- altera, por qualquer forma, exceto por via de recurso, a decisão ou voto já proferido
em sessão do Tribunal;
Dessa forma, caso um Ministro pratique algum ato que possa ser enquadrado como Crime de
Responsabilidade, poderá ser iniciado um processo de impeachment.
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
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EXAME LIMINAR
Antes da apreciação pelo Senado Federal, o Presidente do Senado Federal recebe a denúncia e a
ele compete o exame liminar, podendo rejeitar a acusação ou não.
Caso o resultado da votação seja favorável ao prosseguimento, a Mesa remeterá cópia de tudo ao
denunciado, para responder à acusação no prazo de 10 dias. (art. 49, Lei 1.079/50).
Caso o Senado entenda que não procede a acusação, os papeis serão arquivados.
Alexander Rodrigues de Souza
Caso decida o contrário, a Mesafilhodoalexx@gmail.com
dará conhecimento imediato da decisão ao STF, ao Presidente da
República, ao denunciante e ao denunciado. (art. 55, Lei 1.079/50).
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Efeitos da Decisão da Comissão Especial
Suspensão do exercício das funções;
Estar sujeito a acusação criminal;
Perder 1/3 dos vencimentos até a sentença final. (Obs: caso seja absolvido, o valor
descontado dos vencimentos deverá ser ressarcido).
Já o denunciado:
Terá direito a vista do processo;
Terá o prazo de 48h para oferecer contrariedade e o rol de testemunhas.
Será realizada a inquirição. Após encerrada a discussão, será feito um relatório resumido dos
fundamentos da acusação e da defesa, juntamente com as respectivas provas, e em seguida, será
remetido o caso para julgamento.
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
103
@ataide.campidelli / @fonte_dodireito
O Plenário do Senado Federal, por voto de 2/3 dos membros de seus membros, poderá condenar o
acusado. (art. 68, Lei 1.079/50).
@fonte_dodireito / @Ataide.Campidelli
DIREITO CONSTITUCIONAL
104
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Princípios Institucionais
Unidade, indivisibilidade e independência funcional, na forma do artigo 127, §1º da Constituição
Federal.
Possui autonomia funcional e administrativa, na forma do artigo 127, §2º da Constituição Federal.
Alexander Rodrigues de Souza
Composição filhodoalexx@gmail.com
Ministério Público da União: 48271651811
Ministério Público Federal;HP156016798544752
Ministério Público do Trabalho;
Ministério Público Militar;
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
Ministérios Públicos dos Estados.
O Advogado que atua neste ramo recebe o qualitativo “público” pelo fato de representar os entes da
federação.
O Chefe da Advocacia Geral da União – AGU é o Advogado Geral da União, o qual é livremente
nomeado pelo Presidente da República, entre os cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada.
21.3 DA ADVOCACIA
Conforme dispõe a Constituição Federal:
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Requisitos:
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Observar o artigo 8º da Lei nº8.906, que trata do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do
Brasil.
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência
de recursos;
Perceba que a assistência jurídica não é somente em relação a processos judiciais, se estendendo a
entidade ou órgão público privado também.
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História
Aqui cabe uma curiosidade sobre esse tema. O caso que deu origem ao Controle Difuso de
Constitucionalidade exercido pelo Poder Judiciário foi o “Marbury VS Madison”, julgado pela
Suprema Corte dos Estados Unidos no ano de 1803.
Fazendo uma breve introdução, os Estados Unidos da América (EUA) declararam sua independência
em 04 de julho de 1776. Na época, a região era conhecida como “Treze Colônias”, e com o fim do
vínculo colonial com a Inglaterra, surge uma nova nação, de modelo federalista e republicano, com
inspiração dos ideais iluministas.
Cabe destacar que com a independência das Treze Colônias, estes estados adotaram um regime de
confederação, de forma que, apesar da existência de um governo central, cada estado detinha sua
reserva de poder em relação aos vizinhos, em termos políticos e jurídicos.
George Washington, primeiro presidente dos EUA, ganhou destaque pois liderou as forças patriotas na
Guerra de Independência e veioAlexander
a presidir Rodrigues
a Convenção de Souza
Constitucional de 1787, responsável pela
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elaboração da Constituição Norte Americana, promulgada no mesmo ano e ratificada pelos 13 Estados
Norte Americanos nos anos seguintes. Em48271651811
1791, a Constituição recebeu uma emenda, chamada de
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“Bill Of Rights”, que tinha como objetivo garantir alguns direitos básicos ao cidadão comum.
Superada a introdução e contextualização histórica, chegamos a John Adams, o segundo presidente dos
Estados Unidos. Adams foi derrotado na eleição de 1800, por Thomas Jefferson.
Conforme destaca Pedro Lenza, antes de ser sucedido por Jefferson, Adams decidiu nomear pessoas
ligadas ao seu governo para cargos de juízes federais, onde destacamos William Marbury, cuja
“comissão” para o cargo de “juiz de paz” do condado de Washington foi assinada por Adams, sem,
contudo, ter-lhe sido entregue.2
Quando Jefferson assume o governo, nomeia James Madison como seu Secretário de Estado, e por
entender que a nomeação de Marbury era incompleta, determina que Madison não efetivasse a
nomeação de Marbury, por entender que esta era incompleta até o ato da “comissão”, já que ainda não
havia lhe sido entregue.
Marbury acionou Madison, solicitando explicações, todavia, sem obter respostas, decidiu impetrar writ
of mandamus (remédio utilizado para restituir ou empossar em cargo público indivíduo dele privado),
para efetivar sua nomeação.
Após dois anos, a Suprema Corte dos Estados Unidos da América resolveu
enfrentar a matéria. John Marshall, Chief Justice, em seu voto, analisou vários
2
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 26 ed. São Paulo: SaraivaJur, 2022. p. 276.
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Na época, o entendimento era de que a lei posterior revogava a lei anterior. Todavia, o que se
questionava era se a lei posterior poderia revogar o artigo da Constituição que tratava sobre
competência originária?
Dessa forma, a noção e a ideia de controle difuso de constitucionalidade, devem-se ao famoso caso
julgado pelo juiz John Marshall, da Suprema Corte Norte Americana, enquanto apreciava o precedente
Marbury vs Madison, em 1803, Alexander
em razão deRodrigues de Souza
decidir que a Constituição deve prevalecer quando em
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conflito com a aplicação de uma Lei, por ser hierarquicamente superior.
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Tipos de Inconstitucionalidade
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Ocorre quando se tem um vício no processo legislativo, na criação da norma.
Por exemplo:
Quando quem propõe a criação de uma norma não possui competência para tal.
INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
Ocorre quando o conteúdo da norma apresenta ofensa a Constituição Federal, ou seja, quando o
texto da norma infraconstitucional não está de acordo com a constituição.
Momentos de Controle
PREVENTIVO
Realizado antes da criação da norma, em regra, pelos Poderes Legislativo e Executivo.
No Legislativo, é feito pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça;
No Executivo, é exercido pelo Presidente da República por meio do veto presidencial total
ou parcial.
3
Ibidem. p. 276.
4
MARSHALL, John. Decisçoes constitucionais de Marshall. Apud. LENZA, Pedro. Direito Constitucional
Esquematizado. 26 ed. São Paulo: SaraivaJur, 2022. p. 276.
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Pode ser também exercido pelo Poder Judiciário, em um único caso, onde um Deputado Federal
ou Senador impetra Mandado de Segurança no STF, para que este decida se o projeto de lei
apresentado deverá ser arquivado ou não.
REPRESSIVO
Em regra, após a criação da norma somente é possível o reconhecimento da inconstitucionalidade
pelo meio jurisdicional, seja por um juiz de primeira instância ou tribunal.
Veja que nesse caso, o Poder Legislativo pode até revogar a norma, mas não é capaz de
reconhecer sua inconstitucionalidade.
Aqui, vale mencionar a possibilidade do controle Político, onde o Estado poderia optar pela
criação de um órgão distinto dos três poderes da União, entretanto isso não ocorre no Brasil.
ERGA OMNES:
Ocorre quando o STF declara por decisão definitiva um entendimento, poderá o Senado Federal (artigo
52 da CF) sustar a vigência da norma que se verifica inconstitucional, ou poderá o próprio STF
elaborar uma Súmula Vinculante sobre tal tema.
EX-TUNC:
Aqui, o efeito é retroativo, ou seja, os atos praticados com base na norma inconstitucional serão
considerados nulos, ou seja, afeta os fatos passados que foram realizados conforme a disciplina da
norma declarada inconstitucional.
EX-NUNC:
Os efeitos da decisão, por se tratar de caso que envolve a coletividade e que pode levar a instabilidade,
nunca retroagem.
MODULAR:
É a discricionariedade para determinar, diante dos requisitos de excepcional interesse público e
segurança jurídica e do quórum de 2/3, se a decisão em controle abstrato é ex-tunc, ex-nunc ou
pró-furuto.
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Os legitimados para propor a ação, neste caso, são aqueles que têm legitimidade ativa para exigirem
em juízo direito seu ou de terceiros.
OBJETO:
Leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos ou
resoluções, desde que sejam posteriores a vigência da Constituição Federal.
PROCEDIMENTO:
Indicar na petição, a suposta norma inconstitucional. A pessoa responsável pela criação da lei será
chamada a prestar esclarecimentos sobre a lei, mão não será réu no processo.
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EFEITOS:
Erga Omnes;
Ex-Tunc, via de regra.
Ex-Nunc, por meio da modulação.
OBJETO E CABIMENTO
Leis e atos normativos federais, estaduais e municipais, inclusive os anteriores a CF/88, que ofenda ou
ofereça risco a Preceito Fundamental.
Nesta, a lei ou ato normativo NÃO precisa ser Geral, Impessoal ou Abstrato.
COMPETÊNCIA:
Somente o Supremo Tribunal Federal – STF.
PROCEDIMENTO:
Na petição deve indicar o preceito fundamental violado, e apresentar a prova da violação, o pedido
com suas especificações e, se for o caso, a comprovação de controvérsia judicial.
Efeitos da decisão:
Erga Omnes;
Ex-Tunc, via de regra.
Ex-Nunc, por meio da modulação.
OMISSÃO PARCIAL:
A lei regulamentadora existe, mas não surte os efeitos em totalidade.
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OMISSÃO TOTAL:
A norma regulamentadora não foi criada.
OBJETO:
É a omissão normativa, a lacuna, a ineficácia de uma norma constitucional em virtude da falta de
complementação infraconstitucional.
COMPETÊNCIA:
Somente o Supremo Tribunal Federal – STF.
LEGITIMIDADE:
Segundo a doutrina e o entendimento do STF, todos os citados no artigo 103 da CF. (Já citados
anteriormente).
PROCEDIMENTO:
Apresentar na petição a inconstitucionalidade total ou parcial, quanto ao dever constitucional de
legislar ou a providência administrativa (quando a constituição diz expressamente que a norma
infraconstitucional ou ato administrativo deve ser criado), bem como o pedido com suas
especificações. Alexander Rodrigues de Souza
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EFEITOS DA DECISÃO: 48271651811
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Declarada a inconstitucionalidade, será dada ciência ao Poder competente para que adote as
providências necessárias e, caso se trate de órgão administrativo, terá como prazo 30 dias, ou
tempo razoável em casos específicos.
PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE
Quando no processo de criação de uma norma, ela passa por todo o tramite de análise no
Congresso Nacional, passando pela Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania - CCJC, bem
como pelo veto ou sanção Presidencial. Visto isso, as normas possuem presunção constitucional
relativa, pois ainda se tem a possibilidade do reconhecimento da inconstitucionalidade por meio
de ADI.
OBJETO:
Somente se admite ADC em caso de controvérsia judicial relevante sobre a norma impugnada.
COMPETÊNCIA:
Somente o Supremo Tribunal Federal – STF.
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LEGITIMIDADE:
Os citados no Art. 103 da CF.
PROCEDIMENTO:
Apresentar a instabilidade ou controvérsia na petição, onde o resultado da decisão será irrecorrível.
EFEITOS DA DECISÃO:
Erga Omnes;
Ex-Tunc, via de regra;
Ex-Nunc, por meio da modulação.
CABIMENTO:
Quando ocorrer violação dos chamados “Princípios Sensíveis”, (Artigo 34 da Constituição
Federal). Alexander Rodrigues de Souza
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COMPETÊNCIA: 48271651811
Somente o Supremo Tribunal Federal – STF.
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LEGITIMIDADE:
Procurador Geral da República - PGR.
EFEITOS DA DECISÃO:
Caso o STF reconheça a necessidade da intervenção, a decisão terá caráter mandamental, e caso o
Presidente da República descumpra tal decisão, cometerá crime de responsabilidade.
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TEMPORARIEDADE:
O decreto deve estabelecer o prazo, a abrangência e as condições de execução da medida.
DECRETO:
Duração
30 dias, no máximo, prorrogável uma vez, por igual período.
Área
Somente pode ser decretado em locais restritos e determinados.
Alexander Rodrigues de Souza
Medidas filhodoalexx@gmail.com
Por determinado período, serão48271651811
restringidos alguns direitos para o fim de auxiliar o poder
público a reestabelecer a ordem pública.
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POLÍTICO CONCOMITANTE
Durante o Estado de Defesa, o Congresso Nacional não pode suspender suas atividades, pois
deverá fiscalizar as medidas executadas, por meio de uma comissão composta por 5 de seus
membros.
POLÍTICO POSTERIOR
As medidas aplicadas durante o Estado de Defesa deverão ser relatadas pelo Presidente,
constatando a identificação das pessoas atingidas pelas medidas adotadas. Esse relatório será
encaminhado ao Congresso Nacional para análise.
JURISDICIONAL
O Poder Judiciário deve continuar ativo durante o Estado de Defesa, e em caso de abuso ou
ilegalidades por algumas das medidas, poderá o juiz, revisar as medidas acatadas.
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TEMPORARIEDADE:
O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as
garantias constitucionais que ficarão suspensas.
DECRETO:
Duração
Pelo prazo de 30 dias, prorrogável por quantas vezes se fizerem necessárias.
Em caso de Guerra ou agressão armada, poderá ser decretado pelo tempo que perdurar.
Área
O Estado de Sítio poderá ser decretado em todo o território nacional, ou em localidade
específica. Alexander Rodrigues de Souza
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Medidas 48271651811
Nos casos de comoção grave de repercussão nacional ou de ineficácia do Estado de Defesa,
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poderão ser tomadas as medidas previstas no artigo 139 da Constituição Federal.
Em caso de Guerra ou agressão armada, o Presidente da República possui liberdade para
adotar as medidas que achar necessário.
POLÍTICO CONCOMITANTE
Durante o Estado de Sítio, o Congresso Nacional não pode suspender suas atividades, pois deverá
fiscalizar as medidas coercitivas, por meio da comissão composta por 5 de seus membros.
POLÍTICO POSTERIOR
As medidas aplicadas durante o Estado de Sítio deverão ser relatadas pelo Presidente, constatando
a identificação das pessoas atingidas pelas medidas adotadas. Esse relatório será encaminhado ao
Congresso Nacional para análise.
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JURISDICIONAL
O Poder Judiciário deve continuar ativo durante o Estado de Sítio, e em caso de abuso ou
ilegalidades por alguma das medidas, poderá o juiz, revisar as medidas acatadas.
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CARACTERÍSTICAS
Permanentes e regulares;
Autoridade suprema do Presidente da República;
Iniciativa dos Poderes para garantir a Lei e a Ordem.
ORGANIZAÇÃO
Marinha;
Exército;
Aeronáutica.
ATUAÇÃO CONCRETA
Alexander
O emprego das Forças Armadas Rodrigues
na defesa da Pátria, de
na Souza
garantia dos poderes constitucionais, da lei
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e da ordem ou na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente da
República. 48271651811
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Artigo 15, da Lei Complementar nº97/99:
DIREITOS E DEVERES
Artigo 142, §3º da Constituição Federal.
OBRIGATORIEDADE
Na forma do artigo 143 da Constituição Federal, o serviço militar é obrigatório, nos termos da lei.
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Federais:
Policia Federal – PF;
Polícia Rodoviária Federal – PRF;
Polícia Ferroviária Federal – PFF.
Estaduais:
Polícia Civil;
Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar.
E os Guardas Municipais?
Artigo 144 da Constituição Federal, §8º.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
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REFERÊNCIAS
BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo: os conceitos
fundamentais e a construção do novo modelo. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
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Meus parabéns!
Você acaba de concluir seus estudos sobre todos os temas
mais cobrados sobre o Direito Constitucional!
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