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Guimarães Correa, Márcio Greyck; Rodrigues Fernandes, Raphael; Dias Paini, Leonor
Os avanços tecnológicos na educação: o uso das geotecnologias no ensino de geografia, os desafios
e a realidade escolar
Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, vol. 32, núm. 1, 2010, pp. 91-96
Universidade Estadual de Maringá
Maringá, Brasil
Importante ressaltar que o uso tecnológico no Cabe salientar que isso não significa que essas
processo de ensino e aprendizagem já vem sendo tecnologias poderão substituir o professor no
discutido nos Parâmetros Nacionais Curriculares, de processo de ensino, mas sinaliza uma
forma a acrescentar e esclarecer algumas dúvidas instrumentalização e fundamentação pedagógica de
quanto à sua utilização. caráter prático que podem possibilitar a melhoria do
ensino.
Nesse sentido os processos tecnológicos aqui
referidos diferem de produtos da ciência aplicada, O percurso metodológico
prontos e acabados, como é o caso do conjunto de
máquinas e aparelhos elétricos e eletro-eletrônicos Para a execução deste estudo e obtenção dos
da atualidade. Portanto, são considerados no sentido resultados, fez-se uma pesquisa qualitativa de caráter
de apreender a interferência que exercem em tais teórico-prático com a aplicação de um questionário
processos. De tal forma que as tecnologias na área semiestruturado, o qual teve os seguintes
das Ciências Humanas e suas Tecnologias são
procedimentos: pesquisa e levantamento teórico-
compreendidas para além de resultados das ciências,
como também dinamizadoras dos campos científicos referencial em vários autores sobre o tema
à medida em que geram novas questões a serem desenvolvido; aplicação de questionário aos alunos
desvendadas por pesquisas científicas de produção da terceira série do Ensino Médio em duas escolas,
do conhecimento (BRASIL, 2007, p. 4). sendo uma pública e outra particular, na cidade de
É baseada nesse contexto que a tecnologia deve Maringá, Estado do Paraná. A escolha de uma escola
ser inserida nas escolas, não sendo vista como um pública e outra particular fez-se justamente para fins
fim, acabado, imposto e inalterável, mas como um de comparação e análise subjetiva quanto à estrutura
meio, que visa desvendar, incrementar, analisar e de ambas, bem como da oferta e acesso às
vivenciar a prática do professor em sala de aula, com tecnologias voltadas para o ensino. E para a análise
um único objetivo, o de fornecer e despertar o de dados, realizaram-se a tabulação e interpretação
interesse do aluno pelo conhecimento científico. dos dados colhidos pelo questionário aplicado aos
A inserção da tecnologia na sociedade é algo alunos.
diagnosticado por muitos estudiosos, porém Para que o leitor possa compreender os passos da
sabemos que essa inserção não se dá de forma análise deste estudo, transcreve-se a seguir o modelo
homogênea, inclusive os Parâmetros Nacionais de questionário que foi aplicado: 1) Você sabe o que
Curriculares já discutem essa temática. é Geotecnologia? Se a resposta for ‘Sim’, responda: -
As tecnologias encontram-se tão incorporadas aos 2) Já ouviu falar em GPS, SIG (GIS), Google Earth
atuais modos de vida que quando nos defrontamos e outros softwares? Se a resposta for ‘sim e/ou
com menções à sociedade tecnológica quase que outros’, responda: Onde? (TV, Internet, jornais,
imediatamente somos remetidos ao computador, à revistas, escola...); 3) Você já manuseou algum
Internet, aos robôs. Este mundo, entretanto, ainda é desses aparelhos ou programas? 4) O professor de
compartilhado por poucos e específicos segmentos
Geografia já explicou algo sobre o uso dessas
da população (BRASIL, 2007, p. 3).
tecnologias? Como foi apresentado em aula? 5) A
Nas escolas não ocorre diferente, uma série de escola oferece acesso a esse tipo de tecnologia?
problemas poderiam ser citados quanto à inserção Como? Por quê?
tecnológica e capacitação dos professores, e é
justamente ao analisar e comparar se existe diferença Parâmetros teóricos
na estrutura da escola pública e da escola particular, Evolução das geotecnologias no conhecimento geográfico
no que se refere à oferta de equipamentos para uso Para se tratar da Geotecnologia, faz-se necessário
das geotecnologias nas aulas de Geografia, que se apresentar o seu significado em função dos avanços
justifica o problema desta pesquisa, o qual consiste tecnológicos nos últimos anos. A literatura assinala
em investigar como tem se dado a inserção da que a Geotecnologia é a utilização da informação
tecnologia no ensino nas escolas e seus encontros e para a análise do espaço geográfico, realizada por
desencontros com a realidade pedagógica e social. meio da tecnologia.
Dessa maneira, propõe-se verificar se vêm sendo
utilizadas ou não as geotecnologias na sala de aula [...] geotecnologias, estas entendidas como sendo as
novas tecnologias ligadas às geociências e às outras
pelos professores do Ensino Médio. Ao mesmo
correlatas. As geotecnologias trazem, no seu bojo,
tempo em que se pretende um diagnóstico, alerta-se avanços significativos no desenvolvimento de
o leitor para a importância das geotecnologias no pesquisas, em ações de planejamento, em processos
auxílio da aprendizagem e compreensão do espaço de gestão e em tantos outros aspectos à questão
geográfico. espacial (FITZ, 2005, p. 3).
Acta Scientiarum. Human and Social Sciences Maringá, v. 32, n. 1 p. 91-96, 2010
Geotecnologia e o ensino de geografia 93
período imperial e início da República, destacando- vê o globo terrestre, na realidade ele está vendo a
se também o começo das preocupações com a Terra (conceito de Terra), formando uma
organização da população, a cidadania e mesmo os representação do mundo.
processos de unificação do território nacional bem Inicialmente, o aluno pode ter contato direto
como da regionalização. com o objeto e manusear os mapas, os softwares de
Desde o período imperial até a Primeira análise espacial, o GPS e tantas outras ferramentas
República, e principalmente a partir da Segunda que auxiliam nesse processo de conhecimento da
Guerra Mundial, os interesses da Geografia ganham realidade espacial. Essa relação pode ser mediada por
um cunho de autonomia, como o desmembramento uma pessoa, no caso, o professor, que tem subsídios
da escola européia. Tem início uma Geografia para mostrar ao aluno a aplicabilidade de todas essas
nacionalizada, voltada para questões internas, tanto ferramentas. Assim, a criança ou adolescente
que a ciência geográfica se organiza dentro das desenvolverão signos que explicarão ou esclarecerão
universidades brasileiras; são criados o IBGE algumas lacunas que havia até então. Como, por
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e a exemplo, os movimentos de translação e rotação da
AGB (Associação dos Geógrafos Brasileiros). É Terra, que lhes foram apresentados de forma
justamente nesse período que o conhecimento simbólica, por meio de um globo, e agora podem
geográfico passa a configurar o meio escolar, e a imaginar o processo sem precisar ir ao espaço e
partir do período moderno, especialmente com a observar diretamente esses movimentos.
ditadura militar, essa disciplina ganha o importante Da mesma forma que com o auxílio de outras
papel de levar o patriotismo às escolas. Na verdade, a geotecnologias pode-se explicar, pelos símbolos,
Geografia inicia sua jornada nas escolas brasileiras muitos fenômenos geográficos; afinal, não há como
como uma disciplina pouco reconhecida, ainda se conhecer todos os espaços terrestres e seus
associada a estudos generalizados. mecanismos de forma direta e real. Entretanto, não
Com o desenvolvimento da ciência geográfica, a se descarta a utilização de aulas de campo para
disciplina de Geografia conquista seu espaço, porém melhor fixação e aprendizagem do objeto de estudo.
o ensino dessa disciplina primeiramente tinha Na prática pedagógica, percebe-se que o
caráter descritivo, em que os alunos estavam sujeitos professor de Geografia tem por objetivo ensinar a
a decorar nome de rios, países, capitais e Estados. Era ciência geográfica ao aluno, despertar nele a vontade
um ensino monótono, que pouco despertou a de conhecer, compreender e assimilar a análise do
curiosidade e vontade dos alunos. A partir de espaço vivido, além das relações sociais e naturais do
meados da década de 1990, o ensino da Geografia planeta. O desafio do professor de Geografia
passou a configurar uma realidade mais concreta aos consiste em explicitar os mecanismos de ordem
alunos, as questões ambientais e sociais deram um global/regional e as interferências humanas.
novo sentido ao ensino. O professor tem papel fundamental no processo
A Geografia passa a se configurar efetivamente de ensino-aprendizagem; ele pode ser o mediador
como disciplina nas escolas, e cada vez mais assuntos entre o aluno e o conhecimento. Sua atuação vai
do cotidiano das pessoas passaram a ser discutidos além da sala de aula e tem influência direta no
nas salas de aula, ou pelo menos é o que se propõe cotidiano do aluno, daí a sua importância para a
apropriação do conhecimento científico
até os dias de hoje. Com essa necessidade de se
historicamente acumulado.
compreender as relações do homem e a natureza, a
partir daí se valoriza mais a análise espacial como
Resultados e discussão
uma forma eficaz de compreensão da realidade, dos
fenômenos físicos e humanos. Para a análise e discussão dos resultados, fez-se a
tabulação dos dados colhidos pelos questionários
O ensino e as geotecnologias aplicados a 46 alunos do Ensino Médio, sendo
Para se tratar do ensino e aprendizagem das distribuídos igualmente entre o ensino público e o
geotecnologias, embasa-se nos pressupostos da teoria ensino privado, com a finalidade de diagnosticar
histórico-cultural, que segundo Oliveira (1993), tem como as geotecnologias vêm sendo veiculadas no
como precursores Vygotsky, Luria e Leontiev. Para Sistema Educacional, especialmente para averiguar a
eles, o conhecimento e todo o processo de situcionalidade quanto à aplicação das geotecnologias
aprendizagem se dão de forma interpessoal e depois na disciplina de Geografia, ministrada nas escolas de
de modo intrapessoal. Essa aprendizagem ocorre por Ensino Médio de Maringá, Estado do Paraná.
meio de instrumentos mediadores, ou seja, por meio A partir daqui, apresentam-se as tabelas com as
dos instrumentos simbólicos, signos e instrumentos respostas dos alunos entrevistados. Cada tabela
físicos e psicológicos; por exemplo: quando o aluno mostra o percentual total e a média aritmética.
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Geotecnologia e o ensino de geografia 95
0%
que consta na Tabela 2.
,3
0%
83
0%
,4
Escola Particular
80
80
,5
78
Escola Pública
0%
Tabela 2. O conhecimento dos alunos sobre Geotecnologia. 70
,6
66
Total
60
0%
Percentual (%)
Instituição de Ensino Sim Não
,3
54
0%
Escola pública 7,1% 92,9% 50
,4
46
Escola privada 16,6% 83,4%
40
Média Total 10,8% 89,2%
0%
0%
30
,7
,7
27
27
0%
0%
,5
20
19
13 %
,3
0
17
,2
0%
0%
0%
Importante observar que dos alunos que já tiveram
%
14
0%
,7
,1
,1
%
10
,7
11
11
%
%
60
%
10
10
10
10
%
50
8,
50
7,
7,
6,
algum contato com a Geotecnologia, 16,6% são da
5,
0
escola privada; em contrapartida, apenas 7,1% dos Tv Internet Jornais Revistas Escola Outra Não
alunos são da escola pública. Interessante analisar que, forma respondeu
Fonte Informativa
de modo geral, a maioria dos alunos desconhece do
que se trata o termo Geotecnologia (89,2%), enquanto Figura 1. Fonte de informação dos conhecimentos dos alunos
sobre GPS, SIG, Google Earth.
apenas 10,8% da média total têm clareza do assunto.
Talvez a falta de conhecimento de termos científicos Observa-se que a principal fonte de informação
possa ser reflexo do desligamento do ensino em relação dessas tecnologias são os meios de comunicação,
à universidade e vice-versa. como a TV, jornais, revistas e Internet. É notável
Os alunos foram questionados se eles já tinham que a Internet ocupa espaço significativo na vida dos
ouvido falar em Google Earth, conforme a Tabela 3, e jovens, daí o seu destaque como fonte informativa,
se a resposta fosse afirmativa, deveriam apontar a fonte sendo representada por mais de 80% em relação às
de informação, tais como: Tv, Internet, jornais, revistas, outras fontes.
escola, entre outros, de acordo com a Figura 1. É surpreendente o fato de a escola não
acompanhar o desenvolvimento tecnológico, pois
Tabela 3. O conhecimento dos alunos sobre o Google Earth.
cerca de 8,6% dos alunos apontaram-na como fonte
Instituição de Ensino Sim Não informativa e formativa dessas geotecnologias, é
Escola pública 100% 0%
Escola privada 100% 0% claro que não se deve descartar o fato de que as
Média total 100% 0% escolas, especificamente as públicas, carecem de
investimentos e quando o têm, muitas vezes faltam-
Os resultados foram surpreendentes; em todos lhes profissionais adequados, formação de
os casos 100% dos alunos já ouviram falar nesses professores e auxílio técnico.
instrumentos de análise. Esse resultado contraria os Questionou-se se o professor de Geografia já
resultados do questionamento anterior (Tabela 3). A explicara algo sobre o uso dessas tecnologias, e
resposta obtida nessa questão veio acompanhada de 84,9% dos entrevistados indicaram que o professor
comentários a respeito da utilidade de tal ferramenta, não trabalhara o assunto em sala de aula. Apenas
que, segundo os alunos, seria utilizada de forma 8,6% declararam que sim, conforme Tabela 5.
lúdica, com simples objetivos como ver o bairro Infere-se que alguns alunos, por terem vindo de
onde moram, do ‘alto’, por exemplo, sem outros colégios ou até de outras cidades, possam ter
acompanhamento do professor em um exercício estudado esse conteúdo em outras escolas.
prático.
Tabela 5. Os professores lecionam Geotecnologia na opinião dos
A Tabela 4 indica que os instrumentos de análise
alunos.
denominados SIG, GPS e similares não são
conhecidos no meio escolar, apenas se destaca o Instituição de Ensino Sim Não Não responderam
Escola pública 7,14% 89,4% 3,57%
Google Earth, conforme a Tabela 4. Escola privada 11,1% 77,8% 11,1%
Média total 8,6% 84,9% 6,5%
Tabela 4. Conhecimento dos alunos sobre SIG, GPS e similares.
Instituição de Ensino Sim Não Perguntou-se aos alunos se a escola oferece
Escola pública 0% 100%
Escola privada 0% 100% acesso a esse tipo de tecnologia e os resultados
Média total 0% 100% apresentaram-se da seguinte forma:
Acta Scientiarum. Human and Social Sciences Maringá, v. 32, n. 1 p. 91-96, 2010
96 Correa et al.
Dos alunos da escola pública, 35,7% seu papel de ensinar. Embora haja grande avanço
responderam que sim, enquanto somente 16,6 % da tecnológico, não se pode esquecer que muitos ainda
escola privada tiveram essa mesma opinião (Tabela não têm acesso às tecnologias, nem na escola, nem
6). Notou-se, ainda, que ao serem questionados em casa. Vale ressaltar a importância dessas
sobre o acesso às geotecnologias nas escolas, os geotecnologias no processo de ensino-aprendizagem
alunos da escola pública responderam que a escola como ferramenta necessária para se dinamizar as
oferece sala de informática. E os alunos da escola aulas e as subsidiar com recursos tecnológicos para
privada, em um percentual bem menor, também que o aluno se aproprie do conhecimento
alegaram que a escola tem sala de informática. historicamente acumulado pela sociedade. Assim, tem-
Inclusive foi diagnosticado que a escola oferece se a convicção que as ‘geotecnologias’ são importantes
computadores, mas que não tem instalado nenhum no processo de inclusão tecnológica das escolas.
desses softwares. Aparelhos como GPS não estão Nesta sociedade cibernética, já não é mais
presentes nas escolas, sequer foram mencionados possível as escolas ignorarem tamanho
pelos alunos. desenvolvimento tecnológico, porém sabe-se das
dificuldades, tanto de ordem política como
Tabela 6. A escola oferece acesso às tecnologias na opinião dos econômica, às quais nossas escolas estão sujeitas.
alunos. Lembra-se das aulas maçantes de Geografia, como se
Instituição de Ensino Sim Não fazia há décadas, que muitas vezes não passavam de
Escola pública 35,7% 64,3% mera repetição de nome de cidades e rios? Destaca-
Escola privada 16,6% 83,4%
Média total 28,2% 71,8% se que as tecnologias estão aí, se o aluno não tem
acesso a esse conhecimento na escola, ele busca em
Conclusão outro lugar, não é tratar a tecnologia como algo
acabado, e sim como um meio, uma ponte, que
Após a análise dos dados coletados, conclui-se que conecte o conhecimento a ser apreendido com a
um dos fatos observáveis que chamou atenção foi a realidade vivida. É imprescindível que a escola possa
discrepância de resultados sobre o conhecimento da oferecer conhecimento científico-cultural capaz de
terminologia ‘geotecnologia’. A maioria dos alunos formar cidadãos sujeitos da história.
(89,2%) respondeu que não a conheciam. E em relação
aos instrumentos utilizados nas geotecnologias, tais Referências
como SIG, GPS, Google Earth e ou similares, todos os
alunos responderam que sim, sendo o Google Earth o BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares
mais conhecido.
nacionais. Brasília, 2007.
Fato interessante, que veio comprovar a suspeita, é
CARLOS, A. F. A. A Geografia na sala de aula. São
que o software livre da Google, o Google Earth,
Paulo: Contexto, 2006.
acessado por meio da Internet, tornou-se a principal
FITZ, P. R. Novas tecnologias e os caminhos da Ciência
fonte de informação dessas geotecnologias. Desta
Geográfica. Diálogo Tecnologia, v. 6, p. 35-48, 2005.
maneira, 80,4% dos alunos confirmaram que a Internet
FREIRE, F. M. P.; VALENTE, J. A. Aprendendo para a
vem sendo muito utilizada pelos jovens estudantes. vida: os computadores na sala de aula. São Paulo: Cortez,
Em relação ao acesso dessas geotecnologias em sala 2001.
de aula, ficou eminente, contudo, que a escola não está
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e
acompanhando o desenvolvimento tecnológico por desenvolvimento - um processo sócio-histórico. São
que vem passando a sociedade. Essa situação se reflete Paulo: Scipione, 1993.
nos dados coletados, em que 71,8% dos alunos ROCHA, J. A. M. R. GPS: uma abordagem prática. 3. ed.
investigados alegam que a escola não tem oferecido Recife: Editora Bagaço, 2002.
infraestrutura tecnológica e quando tem o hardware,
falta a instalação do software e manutenção adequada.
Somado a isso, 84,9% dos professores também não Received on January 31, 2009.
trabalharam o conteúdo em sala de aula, segundo a Accepted on October 20, 2009.
opinião dos alunos.
E como desdobramento desses resultados, parece
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que a escola deixou de ser a principal fonte de Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution,
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Acta Scientiarum. Human and Social Sciences Maringá, v. 32, n. 1 p. 91-96, 2010