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GEOGRAFIA ESCOLAR E AS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA PANDEMIA

DE ARAUJO, Célia1
Licenciatura em Geografia no Centro Universitário Internacional Uninter
RODRIGUES, Mariele Lopes Cativo2
Licenciatura em Geografia no Centro Universitário Internacional Uninter
DIAS, Mariana Andreotti3
Professora orientadora convidada Centro Universitário Internacional Uninter

RESUMO

Este estudo descreve e analisa o impacto da pandemia de Covid-19 no ensino de


geografia na educação básica. A ideia do estudo surgiu no momento em que
habitamos a chegada da Covid-19, uma infecção respiratória aguda grave, de alta
transmissibilidade e distribuição mundial, causada pelo SARS-CoV-2. A pandemia de
Covid19 teve início em 31 deem dezembro de 2019 com seu primeiro caso na China e
chegou ao Brasil em 26 de fevereiro de 2020. Onde causou diversos impactos e um
deles foi o fechamento temporário de determinados ambientes, inclusive escolas.
Em meio a essa pandemia em que temos que lidar comhouve a quarentena e a
isolação social, isso motivou o fechamento temporário das escolas e com isso surgiu
à necessidade de uma organização para que as aulas pudessem ser retomadas com
segurança para alunos e educadores, fazer a transição do ensino presencial para o
ensino a distância. Graças aos Os meios tecnológicos que já existiam em nossas
vidas, tornoutornaram-se possível levar educação aos alunos mesmo diante de
muitas dificuldades, pois as implicações desse meio de ensino são muitas. Neste
estudo atual discutimos o referencial teórico, trazemos estudos sobre tecnologias,
pesquisas sobre a Covid-19 sob uma abordagem qualitativo-quantitativa, uma vez
que tanto a quantificação dos dados quanto a sua interpretação tiveram que ser
realizadas. A Covid-19 está causando grandes efeitos em todo o mundo e
principalmente nas redes escolares. O ensino a distancia não contribuiu para o
conhecimento de muitos, pela dificuldadededificuldade de acesso às salas de aula,
que não possuíam as habilidades e/ou recursos necessários para participar dessa
modalidade.

Palavras-Chave: Covid19; .Ensino; . Geografia; . Impacto; . Pandemia.

1
Licencianda em Geografia no Centro Universitário Internacional Uninter
2
Licencianda em Geografia no Centro Universitário Internacional Uninter
3
Professora orientadora convidada Centro Universitário Internacional Uninter
1.INTRODUÇÃO

O presente artigo tem o propósito de analisar e compreender a finalidade


dos meios digitais no método de ensino de geografia no período da pandemia no
desenvolvimento dos alunos atrelado ao despreparo dos professores frente às
tecnologias e seu real papel no desenvolvimento da escola. Observar como está o
desenvolvimento da aprendizagem no período pandêmico diante da execução do
ensino com auxílio de tecnologias como os professores pode lidar com as demandas
educacionais dessa realidade? Propomos um estudo e a reflexão sobre o ensino de
geografia na pandemia em articulação com o uso das tecnologias como mediador
do ensino.
Habitamos uma situação em que os professores têm de readaptar e
reinventar os seus métodos de ensino, ambientes de trabalho, horários e horários
gerais de estudo para dar resposta novas necessidades educacionais de crianças
com pouca ou nenhuma consciência do que estão a viver. O ensino a distância
sugeriu o uso de recursos técnicos que exigem conhecimentos básicos de
desenvolvimento de dispositivos digitais e acesso à internet. O debate sobre a
eficácia da tecnologia educacional não é novo, esse debate está quase sempre
ligado ao despreparo tecnológico dos professores e seu real papel no
desenvolvimento educacional. Constatou-se que no período da pandemia, se os
alunos não tiverem acesso a ferramentas básicas de desenvolvimento a distância
como computadores ou celulares e a internet dessa forma chegamos ver que
algumas escolas permanecem inativas ou buscam alternativas para engajar os
alunos com a atividade e serviços.

Para identificarmos os comportamentos conflitos e desafios do trabalho


educacional remoto que foi iniciou com o impacto das ferramentas tecnológicos no
desenvolvimento educacional do aluno. A presente pesquisa partiu da pesquisa
bibliográfica e se desenvolveu através da leitura de artigos, teses, pesquisas na
internet que serviram de fundamentação teórica da pesquisa através dos objetivos
traçados. Segundo Vergara (2007, p. 48);
“a pesquisa bibliográfica é uma investigação sistemática baseada em
materiais editados em livros, periódicos, redes telemáticas, ou seja,
materiais acessíveis ao público em geral”.

Assim, as opções metodológicas consistem em estudos qualitativos e


bibliográficos.

2.ENSINO DA GEOGRAFIA DURANTE A PANDEMIA ALIADA AS TECNOLOGIAS


DIGITAIS.

O ensino da Geografia possibilita ao aluno a construção de um pensamento


crítico, capaz de proporcionar uma análise de sua realidade a partir das relações
sociais, em que o professor tem um papel de extrema importância nesse processo.
Os professores são responsáveis pela composição da sala de aula. Durante a prática
docente, o professor se depara com diversas ferramentas pedagógicas, entre elas o
TDIC, que é capaz de desenvolver aptidões importantes para professores e alunos
construírem conhecimento. Essas habilidades estão relacionadas a como os
professores as usam para melhorar suas salas de aula.
Ele fornece um processo de ensino e aprendizagem que fornece aos
professores ferramentas que promovem a participação, autoconfiança e senso de
importância dos alunos através das aulas de geografia. O uso de tecnologias
digitais de informação e comunicação - DICT e plataformas virtuais na educação
tornou-se uma realidade devido à pandemia do novo Corona vírus. Construir
problemas e/ou oportunidades para professores e alunos. Nesse contexto, o
objetivo principal deste trabalho foi discutir os desafios que esse período, e
em especial a realização de aulas à distância, tem possibilitado ao professor de
Geografia. A inserção dessas ferramentas tem sido essencial para oferecer
educação à distância durante o período de quarentena. Na geografia, autores como
Calado (2012), enfatizam a necessidade de os professores inovarem e reproduzir
novas possibilidades quando utilizam a tecnologia para promover uma
aprendizagem que rompe com as práticas tradicionais.
Na atual conjuntura educacional, os professores se deparam com novos
desafios pedagógicos nas aulas à distância. De repente, a rotina dos professores
muda: eles não incorporam esses recursos em suas salas de aula e até ajustam suas
residências e jornadas de trabalho para permitir o ensino remoto.
A presente pesquisa foi desenvolvida a partir da pesquisa bibliográfica feita
através das leituras em artigos, teses, pesquisa na internet que serviram para a
fundamentação teórica da pesquisa através dos objetivos a qual se propôs
investigar. Segundo Vergara (2007, p. 48), “a pesquisa bibliográfica é o estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas,
redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. Sendo assim, a
opção metodológica é constituída por pesquisas qualitativas e bibliográficas.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/ESTADO DA ARTE

O trabalho no campo do estado da arte, possibilitou nós acadêmicas do


curso de Geografia, Célia de Araújo e Mariele Lopes Cativo a observar a
instrumentalização da prática de ensino das disciplinas escolares por meio da
formação e obtenção da tecnologia e gestão das tecnologias digitais de informação
e comunicação tem sido praticado pelos professores desde a formação inicial. Esse
processo é impulsionado pela necessidade de uma educação moderna que seja
acompanhada pelo desenvolvimento de mudanças tecnológico, científico e de
dados.
É papel da geografia escolar possibilitar aos sujeitos escolares o
desenvolvimento de práticas sociais cidadãs críticas e reflexivas, além de construir
conhecimentos sobre o espaço em que estão inseridos, enriquecendo consciências
capazes de realizar múltiplas análises diante a sua atuação no meio social.
Seguindo o processo de instrumentalização, a inserção das TDICs no ensino
de geografia permite um maior envolvimento na relação professor-conhecimento-
aluno, potencializando o ensino aprendizagem. A partir dessas noções, traçamos
um caminho que nos leva ao cenário atual da adaptação forçada e imediata que foi
imposta para a comunidade escolar em meio à situação da crise sanitária decorrente
da pandemia da COVID-19: o Ensino Remoto Emergencial, caracterizado pelo
desenvolvimento de atividades curriculares por meio digital.
Desta forma, com a parceria do Projeto Dimensões Essenciais da Docência
em Situação de Crise, o presente trabalho analisa os desafios (possibilidades e
impossibilidades) da prática docente do ensino de Geografia escolar, por meio do
Ensino Remoto Emergencial, com o subsídio das Tecnologias Digitais da Informação
e Comunicação. Contudo, podemos ressaltar que:

Não se trata aqui de usar as tecnologias a qualquer custo, mas sim de


acompanhar consciente e deliberadamente uma mudança de civilização
que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e
a cultura dos sistemas educacionais tradicionais e sobre tudo os papéis de
professor e de aluno. (LÉVY, 1999, p. 172).

Ao enfocar o impacto do ensino a distância na prática dos professores de


geografia da educação básica foram confirmado que as unidades educacionais
enfrentam desafios significativos em vários setores. Dentre eles, podemos destacar
o acesso desigual à internet e às tecnologias digitais; as condições incertos do home
office; a repentina adaptação das metodologias ao formato a distância, pois é
evidente a insatisfação dos professores com as estratégias oferecidas pela
secretaria de Educação para subsidiar suas práticas, e a complexidade de
acompanhar a aprendizagem do aluno.
Apesar de o ensino a distância não ser apenas repleto de dilemas, becos sem
saída e questionamentos, mas também envolver mudanças no planejamento
educacional, uso de ferramentas digitais e importantes processos de ensino e
aprendizagem, principalmente o ensino de geografia nas escolas os educadores de
geografia a transmutação requer instrumentalização e aprimoramento das práticas
educacionais a partir da educação contemporânea, mas também revela a
necessidade de buscar a diferença por meio de uma linguagem digital que leve à
participação curiosidade e interesse dos envolvidos.
Portanto, para melhor desenvolver esse processo de imaginação e
compreensão por parte dos alunos os recursos digitais são instrumentos que
podem potencializar a aquisição de conhecimento quando aplicados, por exemplo,
para navegação em aplicativos de mapeamento 3D e para exibição de produções
artísticas, audiovisuais e culturais, capazes de transformar o conteúdo em algo
dinâmico e significante, contribuindo para uma aprendizagem efetiva. De acordo
com Guimarães (2007, p. 144):

As TIC podem não consistir apenas na mera incorporação de uma


ferramenta auxiliar ao ensino; numa perspectiva tradicional, apontando
em especial para uma comunicação horizontal libertadora. Isto significa
que a democratização do conhecimento não se refere apenas à
difusão/consumo do produto, mas à participação no processo de
mundialização, o que incidirá numa reorganização do processo como um
todo, da produção à gestão dos conhecimentos. (GUIMARÃES, 2007, p.
144).

O problema que foi o eixo norteador deste trabalho gira em torno de saber,
quais são os conflitos que o professor de geografia enfrenta durante o ensino a
distância na pandemia de Covid-19? Os resultados mostram que são perceptíveis os
conflitos decorrentes do ensino durante a pandemia, devido ao fato de os
professores não estarem preparados para utilizar tecnologias ou trabalhar em um
cenário em que as aulas seriam realizadas remotamente. Em conclusão, parece que
o ensino a distância trouxe um cenário difícil para o curso de geografia, onde
professores e alunos se sintam desmotivados e frustrados pelo fato de não
entender lidar com novas ferramentas que mediam o ensino e isso tem resultado
em dificuldades na absorção do conteúdo.
Segundo Ferreira (2021), o uso de invenções tecnológicos, muitas vezes
proibidas nas escolas tornou-se uma oportunidade para avançamos acumulando
conhecimentos importantes, foi visto que as implicações desenvolvidas em nosso
novo outro cotidiano trouxeram à tona a necessidade de combinar o uso de mídia
com o ensino. Como se estabeleceu esse “outro lado da moeda quando
dependemos da tecnologia, quais foram os ganhos e desafios enfrentados por
alunos, pais e professores, além de entender quais práticas e conjecturas em uma
era de democratização do ensino têm sido profundamente afetadas.
Os resultados mostram que os professores não têm acesso efetivo às
ferramentas necessários para aprender sobre TIC e não dominam bem as
ferramentas básicas de tecnologia. Os dados também mostram que os profissionais
que utilizam recursos tecnológicos o fazem de forma esporádica e crítica para
planejar, comunicar, buscar informações, preparar materiais instrucionais,
solucionar problemas ou aprimorar-se profissionalmente. Foi visto que uma
proporção muito pequena de professores usa essas tecnologias em sala de aula. D
Durante a prática docente, o professor se depara com diversas ferramentas
pedagógicas, entre elas o TDIC, que é capaz de desenvolver aptidões importantes
para professores e alunos construírem conhecimento. Essas habilidades estão
relacionadas à como os professores as usam para melhorar suas salas de aula. Ele
provê um processo de ensino e aprendizagem que provê aos professores
ferramentas que promovem a participação, autoconfiança e senso de importância
dos alunos através das aulas de geografia, toda a interação é muito importante para
a construção da cidadania estudantil.
O uso de tecnologias digitais de informação e comunicação - DICT e
plataformas virtuais na educação tornou-se uma realidade devido à pandemia do
novo corona vírus. Construir problemas e/ou oportunidades para professores e
alunos. Nesse contexto, o objetivo principal deste trabalho foram discutir os
desafios que esse período, e em especial como a realização de aulas a distância,
tenham possibilitado a aprendizagem do educando junto ao professor de Geografia.
A inserção dessas ferramentas tem sido essencial para oferecer educação a
distância durante o período de quarentena. Na Geografia, autores como Calado
(2012) destacam a necessidade de os educadores inovarem e reproduzir novas
possibilidades ao utilizar as tecnologias para promover uma aprendizagem que vá
na contramão da prática tradicional.
Dentre os apontamentos dos professores, destacam-se quatro fatores
relacionados: o primeiro deles está relacionado à necessidade de capacitar os
professores para que aprendem apropriadamente o uso das tecnologias em suas
aulas a distância. Em segundo lugar, destacam a falta de recursos e equipamentos
associados às TDCIs. Em terceiro lugar, o papel dos gestores escolares na
organização e coordenação das atividades desenvolvidas durante a pandemia de
Covid-19 e, por fim, o papel das escolas na identificação e atendimento das
necessidades dos alunos principalmente os da rede pública (NASCIMENTO e ĀRYA,
2020b.)
A falta de capacitação dos professores sobre o uso das TDCIS em aulas a
distância. Isso levanta questões sobre sua alfabetização digital. A relevância do
treinamento de professores no uso de TDIC foi revelada anteriormente em uma
pesquisa de 2019 que destacou a necessidade de as escolas incentivarem a
aprendizagem contínua dos professores. De acordo com esses dados, em 2020,
durante o ensino a distância, os professores se depararam com a ausência de
capacitação e a falta de motivação e investimento da escola para utilizar esses
recursos durante suas aulas à distância.
Em relação à falta de recursos para o funcionamento das aulas remotas, esse
cenário já foi comprovado nas salas presenciais na pesquisa PIBIC 2019 que revelou
falta de equipamentos, recursos instáveis e ambientes precários nas escolas.
Perante o cenário de pandemia, os professores devem dotar-se de equipamentos e
melhorar a sua ligação à internet custos estes que na maioria dos casos são
tolerados apenas pelo profissional, estando à escola isenta de necessidades
económicos expressas.
O aluno terá uma oportunidade única de aprender com mais clareza, e o
professor poderá desenvolver seu trabalho com qualidade ainda maior. Os
educadores acreditam que isso seria dinâmico, pois recebemos muitas informações
todos os dias.
A pandemia da COVID-19 causou problemas econômicos como a redução da
produção/ circulação de mercadorias; falência e fechamento de lojas, restaurantes e
outros tipos de comércio/serviços; redução de salários de trabalhadores; de -
missões e consequente aumento do desemprego; diversas alterações no modo de
vida, especialmente de trabalhadores que se viram obrigados a realizar suas
atividades laborais a distância, sem que fossem preparados para aprender a lidar
com essas tecnologias considerando-se as especificidades que cada trabalho requer.
Zaidan e Galvão (2020) dizem que no caso dos professores, as alterações
impactaram profundamente suas rotinas e produziram implicações
psicoemocionais. A mudança drástica das aulas do formato presencial no espaço
escolar, para turmas de 30 a 40 alunos para o formato online, sem interação,
contato físico ou possibilidade de tentar ler os olhos e a linguagem corporal que os
alunos pensam ou sintam, tem gerado um sentimento de impotência nos
professores, pela dificuldade de transmudar urgentemente uma plataforma digital
em um ambiente acolhedor e motivador, e pela falta de planejamento nas escolas
para capacitar os profissionais no seu uso, as ferramentas disponíveis, suas funções,
seus limites e possibilidades.
Mesmo considerando as possibilidades das tecnologias, em relação à
comunicação e à criação “a ausência de reuniões cotidianos, de espaço onde os
sujeitos convivem com suas diversidades, é também a ausência de produção de
conhecimento que só é possível nesse encontro” (MARQUES, R. 2020). É imperativo
que o professor na sua formação inicial no curso de licenciatura, adquirir
conhecimentos especializados e pedagógicos que lhe permitam dominar as
categorias geográficas e as formas como os alunos as adquirirem e aprenderem, de
modo que os conceitos se tornem ferramentas importantes para a compreensão do
mundo (CALLAI; CAVALCANTI; CASTELLAR, 2015).
Embora o ensino fundamental apresente problemas usuais a todos os
currículos como a dicotomia ensino / graduação, Geografia Humana / Física falta de
tutoria Mas este estudo apresenta a base teórico-metodológica sobre a qual se
edifica a profissão docente. Atribuir a responsabilidade do processo de ensino-
aprendizagem apenas aos professores por meio dos EREs (ENSINO REMOTO
EDUCACIONAIS) torna menos provável a otimização do potencial das TIC. São
muitos os motivos para escolher a profissão de professor, inclusive a possibilidade
de uma formação acelerada que te coloca no mercado de trabalho de imediato. No
entanto, os ciclos de vida profissional desses assalariados têm uma sequência
sustentada pelo desenvolvimento de sua profissão em face da docência (HUBER -
MAN, 1992), que decorre do cotidiano da sala de aula. Morar com alunos, amigos,
professores, etc.
Desta forma, as TDICs servem como auxílio no desenvolvimento de uma
prática inovadora, capaz de agregar até mesmo no desenvolvimento de habilidades
e competências para a inserção dos indivíduos no mundo globalizado.
Cavalcanti (2013, p. 24) assegura que:

A finalidade de ensinar Geografia para crianças e jovens deve ser


justamente a de os ajudar a formar raciocínios e concepções mais
articulados e aprofundados a respeito do espaço. Trata-se de possibilitar
aos alunos a prática de pensar os fatos e acontecimentos enquanto
constituídos de múltiplos determinantes; de pensar os fatos e
acontecimentos mediante várias explicações, dependendo da conjugação
desses determinantes, entre os quais se encontra o espacial.
(CAVALCANTI, 2012, p. 24)

Desse ponto de vista, é compreensível aderir à ideia de que ensino a


distância não é o mesmo que ensino a distância, embora esteja diretamente ligado
ao uso da tecnologia e, neste caso, digital. É muito importante distinguir essas
categorias, pois a educação a distância permite a utilização de plataformas já
disponíveis e abertas para finalidades não estritamente educacionais, bem como a
inserção de ferramentas auxiliares e introdução de práticas inovadoras.
A imensurável gama de recursos, estratégias e práticas é definida pela
familiaridade e habilidade do professor com esses recursos. Destaca que a própria
legislação, da lei de Diretrizes e Fundamentos educacionais (LDB), prevê que a
formação de professores é importante para qualquer mudança pedagógica,
principalmente para a melhoria da qualidade do ensino. O artigo 61 da Lei n°
9394/1996 diz que:

Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação,


de modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades,
bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da
educação básica, terá como fundamentos: (Incluído pela Lei nº 12.014, de
2009) I – a presença de sólida formação básica, que propicie o
conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas
competências de trabalho; (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009) II – a
associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e
capacitação em serviço; (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009) III – o
aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições
de ensino e em outras atividades. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
(BRASIL, 1996).
Do ponto de vista jurídico, assume-se que é relevante que as autoridades
governamentais lancem um olhar reflexivo sobre os processos de formação de
professores, visando sua ressignificação em tempos de pandemia de covid-19, visto
que vivemos um momento impar, que tem seu próprias peculiaridades. Em qualquer
nível escolar, nunca se perde a esperança de transmudar vidas por meio do ensino e
da aprendizagem pensando nisso, as instituições lançaram uma estratégia de ensino
a distância, plano estratégico e formação de professores para aprontar essas salas
de aula com base em plataformas digitais.
4 METODOLOGIA

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação emergencial a distância, tendo as ferramentas tecnológicos


como principal mediação entre as disciplinas escolares, tem revelado de diversas
formas as dificuldades e desafios que os professores enfrentam não só em tempos
de pandemia, mas também antes dela. A (impossibilidade) educacional que os
professores enfrentam no dia a dia não visava essa maior dificuldade com o início da
crise sanitária, empurrando assim os professores para uma realidade extremamente
desigual e restritiva, como habitamos atualmente. Com base em nossas análises,
pudemos observar e delinear os diversos desafios enfrentados pelos profissionais
do ensino neste período de pandemia. Inicialmente, queremos dizer que a natureza
especial da crise de saúde associada à exclusão social causa ansiedade e incerteza
na sociedade como um todo.
Assim, associando estes acontecimentos ao encerramento temporário das
instituições de ensino, e principalmente à implementação do ensino a distância, de
forma a mitigar os efeitos negativos da interrupção das profissões pessoais, as
nossas conclusões são as dificuldades e benefícios que os professores enfrentaram
e enfrentaram. Em particular, isso se deve à aproximação de professores e alunos às
ferramentas digitais e ao aprimoramento de sua busca por novas alternativas no
processo de ensino e aprendizagem. As dificuldades são visíveis em vários setores,
destacando-se a rentabilidade e potenciais drivers.
Dentre eles, podemos destacar o acesso desigual à internet e às tecnologias
digitais; as condições incertos do home office; a repentina adaptação das
metodologias ao formato a distância, pois é evidente a insatisfação dos professores
com as estratégias oferecidas pela secretaria de Educação para subsidiar suas
práticas; e a complexidade de acompanhar a aprendizagem do aluno. De acordo
com essas análises, podemos concluir que as TDIC em seu papel mediador da nova
relação professor-aluno não se caracterizam como ferramentas potencialmente
suficientes e únicas para o exercício da prática pedagógica, mesmo quando são a
principal fonte de contato entre os sujeitos, pois diante de nossas controvérsias,
constatamos que alguns professores ainda não conseguem se acostumar com suas
práticas com manipulação tecnológica, além de terem que buscar alternativas como
a produção de materiais impressos para alunos que possuem dificuldades de
acesso, destacando mais uma vez desigualdades criadas pela exclusão digital.
As impossibilidades da prática docente ficam mais evidentes quando
analisadas com maior profundidade, porém, os professores são profissionais
resilientes que, desde o início da carreira se encontram em situações extremas de
problemas relacionados à evolução de suas práticas. Durante sua experiência
profissional, eles estão acostumados a buscar os melhores caminhos e soluções
para enfrentar os desafios que encontram em seu caminho, sempre procurando dar
o melhor de si para o aprendizado e desenvolvimento de seus alunos.
O ensino a distância, embora repleto de controvérsias, becos sem saída e
dúvidas, prepara os educadores de geografia para batalhas difíceis. Mas, ao mesmo
tempo, levanta questões sobre o planejamento de aulas uso de ferramentas digitais
processos de ensino e aprendizagem significantes e, em particular, mudanças no
ensino e aprendizagem escolar da Geografia.
Desigualdade falta de preparo incerteza e repto é um vocábulo usado para
descrever o ensino a distância. No centro desse processo, os alunos provavelmente
enfrentarão as consequências da educação à distância nos próximos anos,
principalmente aqueles que permanecerem sem supervisão, impossibilitados de
acompanhar as aulas. Assim, este trabalho demonstrou a necessidade de discutir
não apenas os desafios do professor de Geografia, mas também a necessidade de
formação continuada do professor o papel da escola os efeitos sobre os alunos as
consequências no processo de ensino-aprendizagem e as desigualdades que
emergiram durante o ensino a distância.
Os desafios encontrados para incorporar a educação a distância emergencial
terão consequências que se refletirão nos próximos anos, talvez pelo alto índice de
evasão dos alunos das escolas e suas dificuldades de aprendizagem, o que levanta
questionamentos sobre a qualidade do ensino nesses conflitos.
Assim, este estudo permite uma pequena contribuição para a análise da
realidade desses professores defronte ao uso de tecnologias educacionais em suas
salas de aula remotas, onde foi demonstrada a falta (ou inadequação) de formação
continuada para professores, expondo desafios à educação que vivenciaram no
passado em sala de aula e atualmente estão caminhando para plataformas digitais e
ensino a distância.
Ressalta-se que esse ensino a distância e pandemia está em (re)construção e
que outras formas de ensino e interação entre alunos e professores podem ser
exploradas e implementadas para adaptação a essa nova realidade e uso do
ciberespaço. Admitimos que existem problemas em vários lugares/realidades/
tempos para a implantação e manutenção da educação a distância para alunos e
professores, porém, será necessário analisá-los mais profundamente em outros
momentos.
Como educadores e pesquisadores, sabemos que a educação no Brasil é
plural/desigual, com múltiplas realidades, e que as situações aqui apontadas não
generalizam todo o ensino de Geografia em tempos de COVID-19. No entanto,
gostamos de esclarecer que, independentemente do contexto e das circunstâncias
do trabalho docente, o objetivo é um ensino de geografia crítica social e uma
educação crítico-reflexiva.

5. REFERÊNCIAS

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