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SISTEMAS DE COGERAÇÃO
OPERAÇÃO E MANUTEÇÃO DE SISTEMAS DE COGERAÇÃO
SISTEMAS DE COGERAÇÃO
DOCENTE:
Dr. Paulino Muteto
I.1Objectivos .......................................................................................................................... 2
Desta forma, a crescente demanda por energias, voltadas em sistemas para alimentações de
pequenas, médias e grandes carga, tem impulsionado o homem na busca de formas eficazes,
no que tange a segurança, baixo custo e abundância de matérias primas na natureza para
geração, transporte e distribuição de energia eléctrica. Sendo que actualmente tem se verificado
o aumento de fontes renováveis de produção de energia elétrica como por exemplo fontes
fotovoltaicas, biomassa eólicas entre outras.
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I.1Objectivos
I.1.2. Objectivo geral
➢ Descrever a operação e manutenção dos sistemas de cogeração.
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II. Revisão Bibliográfica
➢ Motor;
➢ Gerador;
➢ Bombas;
➢ Permutadores de calor;
➢ Tanques de acumulação;
➢ UTA;
➢ Condutas de circulação do ar;
➢ Caldeira de recuperação;
➢ Colector de vapor.
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Figura 1. Princípio de um sistema de Cogeração. (ANDERSON WERNER, 2017)
A relação entre a energia eléctrica produzida e a energia térmica utilizável varia de acordo com
os ciclos termodinâmicos dos motores térmicos empregues (turbinas a vapor, turbinas a gás e
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motores térmicos alternativos). Para cada instalação, deve ser estudado o sistema de Cogeração
mais adequado às necessidades observadas. Na Figura 2.3, apresenta-se o balanço energético
comparativo entre um sistema convencional de produção de energia térmica e eléctrica,
constituído por uma caldeira ou gerador de vapor e energia eléctrica adquirida à rede, e um
sistema de Cogeração.
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II.1.2 Classificação dos sistemas de cogeração
No entanto, geralmente são caracterizados de acordo com o tipo de máquina térmica com que
são equipados. Assim, podem ser distinguidas as seguintes tecnologias:
➢ Turbinas a gás;
➢ Turbinas a vapor;
➢ Ciclo combinado;
➢ Motores alternativos ou de combustão interna (de ignição por explosão ciclo Otto –
ou de ignição por compressão interna – ciclo Diesel).
Figura 4. Vista em corte de uma turbina a gás de potência elevada. (Paterman, 2005)
Na Figura 3, está representado o processo real de combustão interna de uma turbina a gás, em
circuito aberto. O ar admitido é conduzido a um compressor do tipo axial, onde a pressão e a
temperatura são elevadas.
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Na câmara de combustão, o ar mistura-se com o combustível geralmente, gás natural e a
combustão é realizada a pressão constante, uma vez que a forma construtiva da câmara oferece
pouca resistência ao fluxo (de 2 a 3). Os gases resultantes entram na turbina, a alta temperatura,
e são expandidos, produzindo trabalho, num processo teoricamente adiabático (de 3 a 4). O
trabalho considerado útil é o que resulta da diferença entre o trabalho realizado na turbina (4)
e o trabalho entregue ao compressor (1). O compressor e a turbina são montados no mesmo
eixo, permitindo que uma parte do trabalho realizado na turbina seja usada no próprio processo
de compressão.
Tal como acontece com todos os outros motores baseados em ciclos termodinâmicos, uma
maior temperatura de combustão significa maior eficiência. Contudo, o limite é dado pela
resistência térmica dos materiais que constituem a máquina. Refrigerar convenientemente as
várias partes que a compõem, é um trabalho de considerável engenharia. Uma turbina a gás é,
do ponto de vista construtivo, menos complexa do que um motor de combustão interna. As
mais usuais têm apenas uma parte móvel: o conjunto veio/compressor/ turbina/alternador.
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Figura 5. Esquema de uma solução de Cogeração baseada numa turbina a gás. (AZEVEDO,
2006)
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Figura 7. Turbina de condensação. (Flores, 2010)
Contudo, o tipo de turbina descrito anteriormente, denominado por turbina de condensação,
não é o que deve ser usado nos sistemas de Cogeração, uma vez que este equipamento é
pensado para optimizar a conversão eléctrica pura. Assim, é mais conveniente usar turbinas a
vapor de contrapressão (ou de não-condensação), quando o objectivo é a aplicação em sistemas
de Cogeração. Nestas, o vapor que abandona a turbina é aproveitado para o processo industrial.
A denominação destas turbinas explica-se pelo facto de o vapor ser rejeitado a pressões
próximas da pressão atmosférica e, deste modo, superiores ao vácuo que se verifica no
condensador. A utilização do vapor a estas pressões mais elevadas prejudica o rendimento
eléctrico, mas melhora substancialmente o rendimento térmico
O modo de operação é definido como a forma segundo a qual o sistema deve operar de maneira
a assegurar a viabilidade da implementação, assim como a utilização racional da energia no
processo. Desta forma, factores de índole técnica e económica devem ser tidos em consideração
na sua escolha para um dado projecto são:
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Cogeração. O sistema deverá estar ligado à rede pública, de modo a que se possa vender a
electricidade excedente ou adquirir electricidade, consoante o caso.
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Modos de funcionamento de tempo variável, que são executados através de um sistema de
gestão de energia que selecciona um modo de funcionamento óptimo para cada necessidade
específica. Com o desenvolvimento das tecnologias de automação e da aparelhagem de
telemedida, verifica-se que os modos de funcionamento combinado, operados de forma
automática, por avançados sistemas de controlo, são os de implementação mais frequente.
Mesmo assim, apesar dos elevados custos de manutenção dos sistemas de cogeração, tal fator
não deve ser considerado como uma desvantagem em relação aos sistemas convencionais, uma
vez que os proveitos conseguidos e da venda de eletricidade à rede ultrapassam largamente
esse acréscimo de custo.
II.3.1. Preventiva
A primeira está relacionada com situações que estão previstas pelo fabricante do equipamento
e cuja realização garante a longevidade do mesmo, o bom funcionamento e a diminuição de
casos de manutenção forçada. Temos como exemplo deste tipo de manutenção a mudança de
óleos, de filtros, de velas de ignição, de líquidos de refrigeração e de alguns componentes de
desgaste, como é o caso das pás de uma turbina ou micro-turbina.
II.3.2. Corretiva
Por sua vez, as manutenções forçadas acontecem sempre que ocorrem avarias que não estavam
planeadas, tais como a necessidade de substituição dos pistões de um motor, provocada por um
sobreaquecimento. Por existir a necessidade de interrupção da operação do sistema, em ambos
os tipos de manutenção, por norma, o trabalho deve ser realizado nos períodos que causem
menor transtorno, quer a nível operacional, sob o ponto de vista da evolução temporal das
necessidades energéticas da instalação, quer económico, tendo em conta o preço de venda de
eletricidade à rede.
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II.4. Vantagens e desvantagens dos sistemas de cogeração
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III. Conclusão
Este trabalho abordou operação e manutenção de sistemas de cogeração, onde apresentou os
diferentes tipos de caldeiras de cogeração, a sua configuração, os modos de operação e os tipos
de manutenção aplicados aos sistemas de cogeração. Desta forma foi definido como sistema
de cogeração ou simplesmente cogeração a produção combinada de energia térmica e de
energia eléctrica (a energia mecânica é geralmente convertida em energia eléctrica), a partir de
uma única fonte de combustível (gás natural, gás propano, fuelóleo, biomassa, resíduos
industriais, entre outras), na proximidade do local de consumo, ou seja, constitui-se como um
princípio e não uma tecnologia em concreto, sendo os sistemas de cogeração pode ser
constituídos por diferentes tipos de turbinas agás ou vapor. Neste contexto o sistema de
cogeração pode ser operado nos seguintes modos: funcionamento em paridade térmica
(controlo - calor), funcionamento em paridade eléctrica (controlo-elétcrico,), modo económico
e com cargas parciais.
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IV. Referências Bibliográficas
1. Anderson Werner. (2017). Trabalho final de mercado de energia elétrica. Blumenau.
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