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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO MARAJÓ – BREVES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS – FECH
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

CAMILA KELY DOS SANTOS GOMES


GABRIELLY DO SOCORRO PEREIRA REIS
JOÃO PEDRO PACHECO DOS PASSOS
KAÉLLEM KAROLINA RODRIGUES MARCELINO
PABLO PEREIRA SANCHES
HELENA FURTADO PINHEIRO
LUCAS DA SILVA SANTOS

SÍNTESE DAS DISCUSSÕES EM PAINEL INTEGRADO DO TEXTO “DO MITO


À RAZÃO: O NASCIMENTO DA FILOSOFIA”, CAPÍTULO 7 DO LIVRO DE
ARANHA & MARTINS (2003)

BREVES
2023
CAMILA KELY DOS SANTOS GOMES

GABRIELLY DO SOCORRO PEREIRA REIS

JOAO PEDRO PACHECO DOS PASSOS

KAÉLLEM KAROLINA RODRIGUES MARCELINO

PABLO PEREIRA SANCHES

HELENA FURTADO PINHEIRO

LUCAS DA SILVA SANTOS

SÍNTESE DAS DISCUSSÕES EM PAINEL INTEGRADO DO TEXTO “DO MITO


Á RAZÃO: O NASCIMENTO DA FILOSOFIA”, CAPÍTULO 7 DO LIVRO DE
ARANHA & MARTINS (2003)

Síntese de texto apresentado como requisito parcial de


avaliação na disciplina Filosofia da Educação.

Professor: Dr. Natamias Lopes de Lima.

BREVES/PA
2023
“DO MITO Á RAZÃO: O NASCIMENTO DA FILOSOFIA”

Apartir do texto “Do mito á razão: o nascimento da filosofia”, inicialmente


apresentado no capítulo 7 do livro “Filosofando: introdução e filosofia”, foi realizada uma
dinâmica didática denominada “Painel Integrado” onde debatemos os entendimentos sobre o
capítulo, esta é uma síntese que apresenta a unificação das diferentes compreensões sobre
“Do mito à razão: o nascimento da filosofia”
O capítulo inicialmente retrata a origem do mito grego que surgiu quando ainda
não havia escrita, portanto, eram guardados por tradições e repassados por meio da oratória
dos aedos (poetas que recitavam por meio do canto) e rapsodos (poetas que recitavam por
meio da narrativa), estes iam até as praças públicas e recitavam contos e poesias épicas,
histórias estas que relatavam grandes feitos heroicos e a grande intervenção dos deuses como
justificativa para os acontecimentos, também descreviam o período da civilização micênica e
transmitiam os valores culturais, sendo de grande importância para a população. Vale ressaltar
que, a ação divina era a que predominava, logo, no período micênico o indivíduo era preso ao
destino, que era indiscutível e imutável.
Por conseguinte, no período arcaico surgem os primeiros filósofos gregos, os
mesmos eram denominados “pré-socráticos” e buscavam explicar o princípio das coisas
(arché) sem recorrer ao mito, desta forma, se inicia a passagem da mentalidade mítica para o
pensamento crítico, racional e filosófico. O período arcaico é marcado por esse extenso e
lento processo de mudança na forma de conhecimento, ademais, esse período trouxe algumas
novidades tais como a invenção da escrita, da moeda, da lei escrita e da pólis.
Antes dita como somente para os nobres e a alta patente do clero, a escrita se
descentraliza para a população geral. Mesmo contendo em sua grande maioria pessoas
analfabetas, este foi um passo importante para a democratização, sendo agora algo normal e
não sagrado-exclusivo de pessoas com poder. Sendo assim, as pessoas praticavam mais a
escrita, transmitindo seus pensamentos nas palavras, ato que exigia bastante raciocínio para
transcrever com clareza suas ideias.
A moeda inicialmente criada na Lídia, aparece na Grécia afim de substituir
aqueles objetos que tinham valores sentimentais e sagrados que eram usados para trocas de
terras, rebanhos ou outras riquezas, juntamente, a mesma vem para facilitar o comércio.
Portanto, aqueles produtos que tinham seu valor de uso, agora teriam seu valor de troca, sendo
assim, a moeda conseguiu se sobressair em relação ao valor sagrado e mítico.
Na Pólis a hierarquia é abolida e os indivíduos que faziam parte da cidade não
seriam mais distintos pelo caráter de origem, função ou classe, as relações agora se davam
pela organização administrativa, de certa maneira pareciam “semelhantes” uns aos outros.
Outrossim, com essas mudanças sociais, a justiça não se dava mais pela vontade divina ou da
arbitrariedade, as leis que antes eram regidas pela oratória, passam a ser escritas, com regras
voltadas para a racionalidade podendo ser submetidas à discussões e modificações.
Mesmo que exista aspectos de continuidade entre o mito e a filosofia, há uma
clara diferença entre eles. A filosofia apresenta uma diversidade de explicações possíveis
sobre o mundo, problematizando questões, utilizando de argumentos, rejeitando o
sobrenatural e o divino. Por outro lado, o mito busca explicações no divino, dispensando o
questionamento, sendo imutável. Entretanto, mesmo que haja essa ruptura, não se deve
desconsiderar que o mito foi o ponto de partida para o nascimento da filosofia.
REFERÊNCIA

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução
e filosofia. 3. ed. revista. São Paulo: Moderna, 2003.

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