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Qualidade e Compromisso de quem sabe fazer Educação

Aluno:____________________________________________ Série:9º

Professor_________________Disciplina:Língua Portuguesa

Data: / /

Auto da Compadecida: Ariano Suassuna


QUESTÃO 01:Com base No filme “O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, assinale a alternativa
correta que completa as lacunas da frase a seguir.
Trata-se de __________ que retoma elementos contidos em autos medievais e da literatura __________
para exaltar os humildes e satirizar os poderosos e ____________ que se preocupam apenas com
questões materiais.
a)Uma peça teatral - de cordel - os religiosos b)Um conto - regionalista - políticos
c)Um romance - modernista – cristãos d)Filme - clássica - magistrados
QUESTÃO 02.: Sobre as personagens da peça Auto da compadecida, de Ariano Suassuna, é incorreto
afirmar que:
a)O Diabo é uma construção alegórica de muita importância, mantendo um grande contraste com Manuel e
com a Compadecida.
b)A moral social, comprometida com o sistema econômico, é uma das críticas feitas pelo autor através da
construção de algumas personagens.
c)João Grilo, a personagem protagonista, é um típico herói clássico. Suas principais virtudes são a
coragem e a grandeza.
d)Os fortes traços na composição do Padre e do Bispo têm o objetivo de demonstrar como são maus
sacerdotes.
QUESTÃO 03: Assinale a citação extraída da peça teatral Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.
a)“Sabe, era eu e mais quatro primas, todas nós, queríamos porque queríamos esse broche da minha avó.
Cada uma achava que merecia mais do que a outra. Mas, minha vozinha deu pra mim! Pra mim! O senhor
não sabe o que eu tive que aguentar das minhas primas! Todas invejosas! Fui chamada de mimada, puxa-
saco, netinha queridinha da vovó, protegida e até de filha da p...!”
b)“A solução é apressar a morte a que se decida e pedir a este rio, que vem também lá de cima, que me
faça aquele enterro que o coveiro descrevia [...].”
c)“Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A
mansa dá sossegada, a braba levanta o pé. Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui
homem, só me falta ser mulher. ”
d)“Não, nesse negócio de milagres, é preciso ser honesto. Se a gente embrulha o santo, perde o crédito.
De outra vez o santo olha, consulta lá os seus assentamentos e diz: – Ah, você é o Zé-do-Burro, aquele
que já me passou a perna! E agora vem me fazer nova promessa. Pois vá fazer promessa pro diabo que o
carregue, seu caloteiro duma figa! E tem mais: santo é como gringo, passou calote num, todos os outros
ficam sabendo.”
QUESTÃO 04. Sobre o Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, assinale o único elemento que se
encontra na famosa cena do julgamento.
a)Sentido moralizante, a partir da perspectiva cristã de cunho popular.
b)Densa discussão teológica.
c)Dessacralização de dogmas da religião católica.
d)Ausência do elemento caricatural nas ações das personagens.

QUESTÃO 05: Leia as proposições abaixo, relacionadas ao Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.
I. A divertida história de João Grilo, um sertanejo pobre e mentiroso, e Chicó, o mais covarde dos homens.
Uma dupla de nordestinos que se envolve em uma série de aventuras. Ambos lutam pelo pão de cada dia
e atravessam por vários episódios enganando a todos da pequena cidade em que vivem.
II. Em O Auto da Compadecida, dois trapaceiros, ardilosos e espertalhões, tentam sobreviver em uma
pequena cidade do nordeste, no vilarejo de Taperoá, sertão da Paraíba.
III. Os dois nordestinos sem eira nem beira andam pelas ruas anunciando A Paixão de Cristo, "o filme mais
arretado do mundo". A sessão é um sucesso, eles conseguem alguns trocados, mas a luta pela
sobrevivência continua.
IV. João Grilo e Chicó preparam inúmeros planos para conseguir sobreviver. Novos desafios vão surgindo,
provocando mais confusões armadas pela esperteza de João Grilo, sempre em parceria com Chicó que se
divertem, enganando na melhor tradição do jeitinho brasileiro.
Está(ão) correta(s)
a)Apenas I.
b)Apenas II.
c)Apenas I e II.
d) Todas as alternativas
QUESTÃO 06. Quanto ao gênero literário, todas as afirmativas a seguir caracterizam, CORRETAMENTE,
o texto de Auto da Compadecida, obra de Ariano Suassuna, EXCETO:
a)A obra enquadra-se como uma modalidade do gênero dramático, marcado pela prevalência do diálogo
entre personagens e ausência de um narrador explícito.
b)As rubricas (informações sobre a encenação), constantes na obra, se incluem no rol de características
do gênero dramático.
c)A palavra, na obra, é colocada em cena, representada através de ações e expressões dos atores –
personagens em atuação.
d)Como gênero dramático, o texto da obra privilegia aspectos descritivos capazes de dispersar o sentido e
o objetivo das ações representadas.
QUESTÃO 07. Texto base:
“Mulher: Que é isso, João, você está em casa! Diga!
João Grilo: É que o gato que eu lhe trouxe descome
Dinheiro.
Mulher: Descome dinheiro?
João Grilo: Descome sim.
Mulher: Essa eu só acredito vendo!
[...]
João Grilo: Está aí o gato.
Mulher: E daí?
João Grilo: É só tirar o dinheiro.
Mulher: Pois tire!
[...]
João Grilo: (Virando o gato pra Chicó, com o rabo
Levantado) Tire aí, Chicó!
Chicó: Eu não, tire você!
[...]
João Grilo: (Passa a mão no traseiro do gato e tira
Uma prata de cinco tostões.) Está aí, cinco tostões que
O gato lhe dá de presente”.
(SUASSUNA, Ariano. Auto da compadecida. Rio de Janeiro: Agir, 2005. p. 77-79).
Auto da compadecida é uma peça produzida com base em romances e histórias populares do Nordeste. O
texto aproxima-se dos espetáculos de circo e da tradição popular, por isso, a sua relação com o
tragicômico. O texto base apresenta trechos que constituem um diálogo a respeito de um gato que
descome dinheiro, trechos retirados da peça teatral acima mencionada. Sobre Auto da compadecida, é
correto afirmar:
a)O gato que descome dinheiro é uma criação de Ariano Suassuna, cuja história apareceu pela primeira
vez em Auto da compadecida.
b)O gato que descome dinheiro é uma história que Ariano Suassuna escreveu com base na obra Auto da
barca do inferno, do dramaturgo português Gil Vicente, do período clássico.
c)Em Auto da compadecida, o gato que descome dinheiro é enterrado, em latim, pelo padre.
d)O gato que descome dinheiro é uma história que faz parte do imaginário popular do Nordeste brasileiro e
o dramaturgo a reconta em Auto da compadecida, assim como faz com outros personagens de romances e
histórias da região.
LITERATURA DE CORDEL

A denominada Literatura de Cordel ou Folheto de Cordel é um tipo de poesia narrativa e popular, escrita
em versos rimados e metrificados.A poesia de cordel tem algumas especificidades: é feita em sextilhas
(estrofes de seis versos) e as rimas acontecem nos segundo, quarto e sexto versos.
A temática da literatura de cordel tende a abordar lendas, religiosidades e fatos históricos, mas suas
temáticas são as mais diversas. Desde acontecimentos do cotidiano e a vida do povo sertanejo, até
grandes romances e acontecimentos da história do Brasil, além das histórias que envolviam o cangaço,
bem como folhetos de cunho jornalístico, abordando reportagens regionais ou nacionais de grande
interesse popular. Há a presença de ironias e sátiras com teor crítico aos costumes da sociedade e da
política.
É uma literatura que mantém e cultua a identidade local, as tradições regionais e o folclore nacional.

Qual é a diferença entre o cordel e o poema?


O que diferencia um poema de um cordel é que a literatura de cordel tem como principais características a
linguagem coloquial, humor, ironia e sarcasmo e forte presença de métricas e rimas, enquanto
os poemas tradicionais apresentam uma linguagem mais formal e profunda, com maior liberdade poética e
demonstração de ...
O Cordel é o tipo de manifestação que tem como principais características a oralidade e a presença de
elementos da cultura brasileira. Sua principal função social é de informar, ao mesmo tempo que diverte os
leitores.
A infância

Sem lei nem Rei, me vi arremessado


bem menino a um Planalto pedregoso.
Cambaleando, cego, ao Sol do Acaso,
vi o mundo rugir. Tigre maldoso.

O cantar do Sertão, Rifle apontado,


vinha malhar seu Corpo furioso.
Era o Canto demente, sufocado,
rugido nos Caminhos sem repouso.

E veio o Sonho: e foi despedaçado!


E veio o Sangue: o marco iluminado,
a luta extraviada e a minha grei!

Tudo apontava o Sol! Fiquei embaixo,


na Cadeia que estive e em que me
acho,
a Sonhar e a cantar, sem lei nem Rei!
– Ariano Suassuna, “Poemas”.

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