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Disciplina: Teoria Literária

Docente: Verônica F. Seidel


Discente: Kaiane Pedroso

O principal objetivo do livro Poética de Aristóteles é fornecer análise de formas e


elementos sistemáticos e críticos da poesia e drama grego antigo. Em suma, este
trabalho tenta analisar as diferentes formas de poesia e drama, identificar os
elementos básicos que compõem essas obras e discutir suas funções e o propósito
da arte, estabelecer princípios estéticos e explorar a relação entre os dois Arte e
educação intelectual moral. Sua influência continua até hoje, um marco importante
no estudo da teoria literária e da análise artística.
O objetivo inclui a análise da Forma Literária: Uma Exploração Aristotélica
Diferentes gêneros de literatura, como a tragédia e o épico, examinam suas
estruturas, elementos constituintes e características específicas. Como funcionam
essas formas literárias, quais são seus componentes e como eles devem ser
organizados para criar uma peça interconectada.Identificando elementos básicos,
para criar uma obra de arte como enredo, personagens, ideias, dicção e
espetáculo.. Ele discute como esses elementos interagem para proporcionar ao
público uma experiência estética completa e coerente.
Objetivo da arte: Analisar a função e o propósito da poesia e do drama na
sociedade. Aristóteles acredita que a arte tem a capacidade de imitar a vida, mas
também tem a capacidade de realçar, purificar as emoções humanas, catarse
emocional e intelectual. Por exemplo, uma tragédia pode inspirar sentimentos de
compaixão e medo. Aristóteles nos diz que a arte nos dá a capacidade de difundir
valores e ensinamentos importantes para o público, contribui para o
desenvolvimento pessoal e moral.

O termo grego “mímesis” em seus escritos se refere ao conceito de “imitação”. A


imitação, ou representação, é um dos principais aspectos da tragédia para
Aristóteles. Na teoria aristotélica, a imitação era fundamental para pensar a literatura
e tudo mais. Formas de arte como teatro, poesia e música. Para ele, a imitação é
mais importante em vez de simplesmente copiar a realidade. A arte imita a natureza,
mas não de forma mecânica ou literal, a imitação artística envolve recriação da
realidade com o objetivo de produzir experiência estética e intelectual ao
público.Segundo Aristóteles, o papel da imitação na literatura é multifacetada. A
imitação é um conceito-chave para pensar sobre como a literatura e a arte
funcionam, nos fazem entender, sentir e refletir sobre a vida de uma forma única e
importante.

O autor define a tragédia como uma forma de espelhamento artístico da vida


humana.
Atos que visam a purificação emocional do público.
A tragédia atinge esse objetivo combinando elementos.
Os importantes são catarse, enredo, personagem, dialeto, pensamento,
Melodia, grandeza.

A catarse é um processo de purificação das emoções da audiência. Quando os


espectadores testemunham as ações e os sofrimentos dos personagens, e
experimentam empatia por eles, eles também vivenciam essas emoções de
forma intensa. No entanto, ao final da tragédia, quando a trama se desenrola e
as ações dos personagens se encerram em consequências inevitáveis, as
emoções da audiência são liberadas e aliviadas.

Os personagens desempenham papéis importantes nas tragédias,


Eles induzem a catarse, uma limpeza emocional e intelectual do público.
Para construir personagens eficazes, é preciso o seguinte:
complexidade, peripécia e caráter.

Quanto aos tipos de personagens da tragédia, podemos destacar: Trágico Herói: A


figura central da tragédia, geralmente o protagonista nobre ou virtuoso, mas
tragicamente falho. Esse fracasso leva à sua queda. O público simpatiza com o
trágico herói e vivencia a catarse através de sua jornada.

Personagens secundários: esses personagens desempenham papéis coadjuvantes


na história. Eles podem ser aliados, oponentes ou personagens que desempenham
certas ações na trama. Eles interagem com o trágico herói desenvolvendo o enredo
e revelando suas características.

A importância dos personagens na tragédia, para Aristóteles, consiste em sua


capacidade de gerar empatia e identificação por parte do público. Os espectadores
se conectam emocionalmente, são mais afetados pelas reviravoltas da trama e pela
resolução final da tragédia. Os personagens também servem como meios para
explorar questões morais, éticas e filosóficas, o que enriquece a experiência trágica.

A hamartia é traduzida como falha ou erro trágico e se refere a uma característica,


qualidade ou imperfeição trágica na personalidade ou no comportamento do
protagonista da tragédia, essa falha leva à sua queda e à tragédia como um todo.

Catarse oferece aos espectadores a chance de lidar com seus problemas seus
sentimentos reprimidos e ao mesmo tempo encorajar a reflexão profundas sobre
problemas humanos universais, como a natureza da justiça. Em sua teoria
Aristóteles refere-se à purificação das emoções do público através da tragédia,
permitindo que os espectadores liberem suas emoções e alcancem uma
compreensão mais profunda da moralidade e condição humana.

Aristóteles enfatiza diversas diferenças entre tragédia e épica. como por


exemplo: meio de expressão; caráter da imitação; extensão; modo de
Apresentação.A tragédia é uma forma de arte dramática que se concentra em
expressar ação e conflito no palco teatral, enquanto o épico é uma forma literária
que narra eventos e ações dentro de uma narrativa mais ampla e objetiva.

O autor compara a imitação poética na tragédia e a imitação na poesia épica,


ressaltando que embora ambas sejam expressões da ação humana, o tipo de
imitação, o meio de expressão, o grau e o detalhe são diferentes. A tragédia é mais
imediata, emocional e focada, enquanto o épico é mais objetivo, narrativo e
expansivo.

A "necessidade" na na tragédia de Aristóteles é a ideia de que as ações e eventos


em uma história trágica devem ser causados ​por uma série de eventos que ocorrem
lógica e inevitavelmente dependendo dos personagens e da natureza da situação.
Também se relaciona com o desenvolvimento do enredo de acordo com a lógica
interna da história, em oposição a eventos que parecem acidentais ou convenientes
para o desenvolvimento da narrativa.
Isso contribui para a unidade e a coesão da tragédia, permitindo ao público
acompanhar a história de forma lógica e envolvente. Ou seja, refere-se à ideia de
que ações e acontecimentos em uma história devem ser causados ​por causas
internas e externas lógicas e necessárias, considerando a situação e personagens.
Isto contribui para a credibilidade da história e para a compreensão do público,
tornando a experiência trágica mais envolvente e convincente.
Após ler a obra Poética percebi que ela foi feita por Aristóteles com o intiuto de
orientar e guiar na elaboração de diversos gêneros.
O que conclui da poética é que a tragédia é melhor que a épica. Quanto menor a
duração de uma tragédia, mais prazer ela pode proporcionar sem comprometer o
propósito de imitar o ato.
Além disso, a imitação de uma epopéia é menos uniforme, pois a epopéia trata de
muitas fábulas ao mesmo tempo. A tragédia é boa porque serve ao seu
propósito,produzir emoções como medo e pena, não apenas alegria.

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