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do Trabalho
e Processo Trabalhista
Interpretação e Aplicação do Direito do Trabalho à Luz dos Princípios Jurídicos. Fortaleza: Imprensa
Oficial do Ceará, 1988.
Princípios de Direito do Trabalho na Lei e na Jurisprudência. 4. ed. São Paulo: LTr, 2015.
O Livro dos Valores — a vida dos valores e os valores de futuro. 2. ed. São Paulo: All Print, 2017.
O Resgate dos Valores na Interpretação Constitucional. Fortaleza: ABC, 2001.
As Mais Novas Implicações Jurídicas da Velha Justa Causa. Cuiabá: Oásis, 2001.
Manual Sintético de Direito do Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2008.
Manual de Processo do Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2008.
Manual de Direito Constitucional. São Paulo: LTr, 2005.
Reforma do Poder Judiciário. (Coautoria com Francisco Gérson Marques de Lima). São Paulo: Ma-
lheiros, 2005.
Repensando a Doutrina Trabalhista. (Coautoria com Francisco Gérson Marques de Lima e Sandra
Helena Lima Moreira). São Paulo: LTr, 2009.
Constitucionalismo, Direito e Democracia. (Coordenador com Robertônio Santos Pessoa). Rio de
Janeiro: GZ, 2009.
Pensando Direito — fundamentos filosóficos do direito. (Coordenador com Sylvia Helena Miranda e
Fides Angélica Omatti). Rio de Janeiro: GZ, 2011.
Reforma trabalhista — entenda ponto por ponto (em coautoria com Francisco Péricles Rodrigues
Marques de Lima). São Paulo: LTr, 2017.
Terceirização total — entenda ponto por ponto (em coautoria com Francisco Péricles Rodrigues
Marques de Lima). São Paulo: LTr, 2018.
Elementos de Direito
do Trabalho
e Processo Trabalhista
17ª edição
Com índice alfabético e remissivo
18-22790 CDU-34:331(81)
Índice para catálogo sistemático:
1. Brasil : Direito do trabalho 34:331(81)
Cibele Maria Dias — Bibliotecária — CRB-8/9427
Primeira Parte
Direito Individual e Coletivo do Trabalho
Capítulo I
FUNDAMENTOS DO DIREITO DO TRABALHO: 1. Conceito. 2. Denominações e ca-
racterísticas. 3. Principais divisões do direito do trabalho. 4. Autonomia do direito do
trabalho. 5. Natureza do direito do trabalho. 6. Funções do direito do trabalho. 7. Abran-
gência do sistema do trabalho. 8. Valores éticos do trabalho.......................................... 25
Capítulo II
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO: 1. Escorço histórico. 2. História
do direito do trabalho no Brasil. 3. Tendências atuais do direito do trabalho. 4. Flexi-
bilização do direito do trabalho. 5. Desregulamentação. 6. Inclusão social..................... 32
Capítulo III
DIREITO CONSTITUCIONAL DO TRABALHO: 1. Considerações gerais. 2. Dispositivos
autoaplicáveis. 3. Inovações trabalhistas efetivadas pelas Emendas à Constituição de
1988. 4. Dos direitos sociais. 4.1. Direito individual do trabalho. 4.2. Direito coletivo
do trabalho (arts. 8º a 11). 5. Direitos fundamentais do trabalho. 6. Trabalho escravo.
6.1. Caracterização do trabalho escravo. 6.2. Legislação. 6.3. Grupo Móvel de com-
bate ao trabalho escravo................................................................................................ 39
Capítulo IV
FONTES FORMAIS DO DIREITO DO TRABALHO: 1. Conceito. 2. Classificação. 3. Fontes
formais do direito do trabalho. 4. Hierarquia das fontes. 5. Conflitos de normas e
soluções......................................................................................................................... 64
Capítulo V
HERMENÊUTICA TRABALHISTA: 1. Interpretação. 2. Métodos aplicáveis ao direito do
trabalho. 3. Integração e aplicação do Direito do Trabalho. 4. Eficácia das normas
trabalhistas no tempo e no espaço. Revogação. 5. Irretroatividade. 6. Direito adquirido........ 71
Capítulo VI
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO: 1. Considerações gerais. 2. Princípios
peculiares do direito do trabalho. 3. Os princípios gerais do direito do trabalho.
3.1. Princípio da progressão social — Justiça social. 3.2. Princípio da equidade. 3.3. Prin-
cípio da proteção. 3.4. Princípio da autodeterminação coletiva. 4. Os princípios de
concreção do direito do trabalho. 4.1. In dubio pro operario. 4.2. Regra da norma mais
favorável. 4.3. Regra da condição mais benéfica. 4.4. Princípio da irrenunciabilidade.
4.5. Princípio da continuidade da relação de emprego. 4.6. Princípio da primazia da
realidade. 4.7. Princípio da razoabilidade. 4.8. Princípio da irredutibilidade salarial.
4.9. Princípio da irretroatividade das nulidades trabalhistas. 4.10. Princípio da substi-
tuição automática das cláusulas contratuais. 4.11. Princípio da boa-fé. 4.12. Princí-
pios de Direito Coletivo do Trabalho. 5. Princípios constitucionais do trabalho. 5.1. Prin-
cípios fundamentais do trabalho. 5.2. Princípios constitucionais específicos do direito
do trabalho. 6. Distinção entre regras e princípios.......................................................... 76
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
RELAÇÕES DE TRABALHO LATO SENSU: 1. Trabalhador autônomo. 2. Trabalho eventual.
3. Trabalho temporário. 4. Trabalho avulso. 5. Trabalho portuário. 6. Estágio. 7. Coo-
perativa de trabalho. 8. Trabalho intelectual, inclusive o de natureza científica, artís-
tica ou cultural. 9. TAC — Transportador Autônomo de Cargas....................................... 99
Capítulo X
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO — O EMPREGADO: 1. Conceito. 2. Caracteriza-
ção. 3. Profissionistas. Trabalhadores intelectuais e altos empregados. 4. Teletrabalho
e telemarketing. 5. Os diretores e os sócios. 6. Exercentes de cargos de confiança.
7. Mãe social. 8. Índios. 9. Aprendiz. 10. Programa Nacional de Inclusão de Jovens
— Projovem — Estatuto da Juventude. 11. Trabalho do idoso. 12. Empregados domésti-
cos. 13. Proteção contra a violência doméstica e familiar.............................................. 113
Capítulo XI
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO — O EMPREGADOR: 1. Conceito de empregador.
2. Conceito de empresa e estabelecimento. 3. Grupo econômico — Solidariedade de
empresas. 4. Sucessão de empregadores. 5. Consórcio ou condomínio de emprega-
dores. 6. Situação de responsabilização empresarial. 7. Microempresa e empresa de
pequeno porte. 8. Cartório não oficializado. 9. Morte do empregador......................... 133
Capítulo XII
TRABALHO RURAL: 1. Conceito de empregado rural. 2. Conceito de empregador rural.
3. Conceito de empresa rural. 4. Normas especiais de proteção do trabalhador rural.
5. Contratos de curta duração instituídos pela Lei n. 11.718/08. 6. Parceria rural......... 142
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
FORMAS DE INVALIDADE DO CONTRATO DE EMPREGO: 1. Nulidade dos atos e dos
negócios jurídicos. 2. Efeitos da nulidade absoluta no contrato de emprego. 3. Nuli-
dade da contratação no serviço público. 4. Nulidade total e parcial. 5. Trabalho ilícito..... 171
Capítulo XVIII
EFEITOS DO CONTRATO DE EMPREGO: 1. Direitos e deveres do empregado e do em-
pregador. 2. Obrigações do empregado e do empregador. 2.1. Dos registros na CTPS
e sanções. 3. Efeitos conexos do contrato de trabalho. 3.1. Invenções do empregado.
3.2. Direitos intelectuais. 4. Dano moral e material. 4.1. O assédio moral no ambiente
de trabalho. 4.2. Responsabilidade subjetiva e objetiva da empresa. 4.3. Cálculo do
valor da indenização. 5. Poderes do empregador no contrato de emprego................... 176
Capítulo XIX
DURAÇÃO DO TRABALHO: 1. Fundamentos e objetivos. 2. Jornada de trabalho — du-
ração e horários. 3. Trabalho extraordinário. 4. Acordo de prorrogação e acordo de
compensação. 5. Banco de horas. 6. Hora in itinere. 7. Empregados excluídos do di-
reito a horas extras. 8. Jornadas especiais de trabalho. 9. Bancário em função de
confiança. 10. Trabalho em turno ininterrupto de revezamento. 11. Regime de reveza-
mento.......................................................................................................................... 188
Capítulo XX
REPOUSOS E FÉRIAS: 1. Intrajornadas e interjornadas. 2. Repouso semanal e em fe-
riado. 3. Descanso anual: férias. 3.1. Conceito. 3.2. Natureza jurídica. 3.3. Períodos
aquisitivo e concessivo. 3.4. Duração. 3.5. Remuneração simples e dobrada. 3.6. Abo-
no de férias. 3.7. Casos que extinguem o direito de férias. 3.8. Início da contagem
do novo período aquisitivo. 3.9. Férias coletivas. 3.10. Férias proporcionais. 3.11. Pres-
crição do direito a férias. 4. Descanso antes e depois do parto e para amamentação... 197
Capítulo XXI
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO: 1. Conceito — distinção entre remuneração e salário.
2. Caracteres do salário. 3. Composição do salário. 4. Modalidades de salário. 5. Par-
celas e utilidades não salariais. 6. Salário e indenização. 7. Salário in natura. 8. Descon-
tos no salário................................................................................................................ 204
Capítulo XXII
FORMAS DE PAGAMENTO DO SALÁRIO. PROTEÇÃO DO SALÁRIO. IGUALDADE SA-
LARIAL: 1. Formas de pagamento. 2. Proteção do salário. 2.1. Proteção contra os
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
das fontes normativas e dos princípios jurídicos. 4. Organização sindical. 4.1. Conceito
e natureza jurídica. 5. Sistemas sindicais: modalidades e critérios de estruturação sin-
dical. 6. Organização sindical brasileira. 6.1. Categorias. 6.2. Atividade preponderante.
6.3. Divisão da categoria. 6.4. Sindicatos rurais. 6.5. Membros da categoria e associa-
dos do sindicato. 6.6. Concentração e dissociação de categorias. 6.7. Categoria pro-
fissional diferenciada. 6.8. Associações sindicais de nível superior. 7. Atribuições e
prerrogativas das entidades sindicais. 7.1. Custeio do sistema sindical. 7.2. Garantias
do exercício do mandato de representação sindical. 8. Representação dos trabalha-
dores na empresa. 9. Sindicalização no setor público.................................................... 300
Capítulo XXXIII
LIBERDADE SINDICAL: 1. Convenção n. 87 da OIT. 2. Autonomia sindical brasileira.
3. Liberdade de filiação. 4. Atividades sindicais e condutas antissindicais. 4.1. Espécies
de condutas antissindicais e consequências. 4.2. Mecanismos de proteção da liber-
dade sindical e contra as práticas antissindicais............................................................. 315
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Segunda Parte
Direito Processual do Trabalho
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
PROCEDIMENTOS NOS DISSÍDIOS COLETIVOS: 1. Considerações primeiras. 2. Instau-
ração de instância. 3. Conciliação e julgamento. 4. Efeitos da sentença normativa.
5. Extensão e revisão das decisões — arts. 868/871 da CLT. 6. Ação de cumprimento..... 412
Capítulo VII
DAS PROVAS NO PROCESSO DO TRABALHO: 1. Considerações gerais. 2. Princípios,
oportunidade e meios. 3. Ônus da prova e inversão do ônus da prova. 4. Interroga-
tório. Confissão e consequências. 5. Documentos. Oportunidade de juntada. Incidente
de falsidade. 5.1. Exibição. 5.2. Incidente de falsidade. 6. Prova técnica. Sistemática
da realização das perícias. 7. Testemunhas. Compromisso. Impedimentos e conse-
quências. 8. Prova emprestada. 9. Provas ilícitas........................................................... 416
Capítulo VIII
JULGAMENTO E HOMOLOGAÇÃO: 1. A sentença. 2. Requisitos e conteúdo da sen-
tença trabalhista. 3. Fundamentação. Funções e requisitos da fundamentação. 4. Homo-
logação. 5. Jurisdição voluntária................................................................................... 431
Capítulo IX
ATOS, TERMOS, PRAZOS E COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: 1. Atos pro-
cessuais. 2. Atos e termos processuais. 3. Do tempo dos atos processuais — arts. 212
a 216 do CPC. 4. Prazos processuais. 4.1. Dos prazos em espécie. 5. Do lugar dos
atos processuais. 6. Comunicação dos atos processuais. Carta precatória — arts. 236
a 275 do CPC. 7. Uso de meios eletrônicos — art. 270 do CPC e Lei n. 11.419/06........ 439
Capítulo X
DESPESAS PROCESSUAIS E RESPONSABILIDADE: 1. Despesas processuais. 2. Custas
no processo de conhecimento. 3. Custas na fase de execução. 4. Emolumentos. 5. Res-
ponsabilidade. 6. Isenções. 7. Procedimentos de recolhimento..................................... 452
Capítulo XI
NULIDADE NO PROCESSO DO TRABALHO. PRECLUSÃO E PEREMPÇÃO: 1. Nulidades
processuais. 2. Preclusão. Tipos. 3. Perempção............................................................. 456
Capítulo XII
Capítulo XIII
PANORAMA GERAL DA EXECUÇÃO TRABALHISTA: 1. Reforma trabalhista na execução.
2. Linhas gerais da execução cível com implicações trabalhistas. 3. Liquidação do título
executivo. 3.1. Noções gerais. 3.2. Espécies de liquidação. 3.3. Coisa julgada e corre-
ção de erro material da liquidação. 4. Noções conceituais e princípios gerais da
execução. 4.1. Fontes legais. 4.2. Títulos executivos trabalhistas e juízo competente.
4.3. Legitimidade ativa e passiva na execução. 5. Modalidades da execução. 6. Execução
por quantia certa. 7. Remição da execução e de bens. 8. Execução de prestações
sucessivas. 9. Execução provisória. 10. Execução por carta de sentença. 11. Fraude à
execução e atos atentatórios à dignidade da justiça. 12. Arrematação e adjudicação.
13. Execução por quantia certa contra devedor insolvente e massa falida. 14. Sus-
pensão e extinção da execução.................................................................................... 482
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, AÇÃO MONITÓRIA E OUTRAS AÇÕES
CÍVEIS NO PROCESSO DO TRABALHO: 1. Ação de consignação em pagamento. 2. Ação
monitória. 3. Outras ações cíveis admissíveis no processo trabalhista............................ 562
Capítulo XXI
A origem deste livro foi a preparação de uma turma para o concurso de Juiz do Tra-
balho da 7ª Região em 1987. Um sucesso de aprovação! Seu objeto, portanto, é dissecar
o programa de concurso do Tribunal Superior do Trabalho. Continua dividido em duas
partes: Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho. Ambas foram ampliadas e
atualizadas no possível.
Por seu turno, as Faculdades de Direito tornam-se mais exigentes, os profissionais
se qualificam, a solicitarem mais das obras jurídicas, razão por que reelaboramos várias
unidades, aprofundando as informações teóricas, de modo a adequar o livro aos pro-
gramas das disciplinas de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho das faculdades.
Esta 17ª edição tem a responsabilidade de incorporar e traduzir a Reforma Traba-
lhista, levada a efeito pela Lei n. 13.467/2017 e a liberação da terceirização, pela Lei
n. 13.429/2017. A primeira alterou mais de cem artigos da CLT e se expressou por mais
de duzentos preceitos, do direito material, da fiscalização, do direito coletivo, do proces-
sual, do FGTS e da Previdência Social. Alterou as regras de grupo econômico, de sucessão
de empresas, das fontes, criou a prescrição intercorrente trabalhista, regulamentou o
teletrabalho, instituiu o trabalho intermitente, reduziu as parcelas salariais, sobrepôs
o negociado ao legislado, extinguiu a contribuição sindical obrigatória, criou a Comissão
de Representantes dos trabalhadores nas empresas, disciplinou a reparação por danos
extrapatrimoniais, criou a rescisão negociada, extinguiu a assistência sindical. No processo,
reduziu a gratuidade processual, instituiu a sucumbência trabalhista, minimizou as hipó-
teses de revelia, exigiu o pedido certo e determinado na petição inicial, criou a jurisdição
voluntária para homologar acordo extrajudicial, transplantou as regras do CPC sobre
o ônus da prova e incidente de desconsideração da pessoa jurídica e mudou as regras
do depósito recursal. Essa lei entrou em vigor em 11.11.2017. Já a Lei n. 13.429/2017
alterou a Lei n. 6.019/1974, do Trabalho Temporário, para liberar a terceirização para
todas as atividades das empresas.
Essas leis abalaram as estruturas do Trabalhismo corporificado na CLT, no entanto,
não implodiram os seus fundamentos, visto que o legislador reformista optou por calhar
o conjunto da reforma no arcabouço da vetusta Consolidação, em vez de substituí-la por
outro código. Assim, continuam ativos os princípios de direito do trabalho, particularmente
os da primazia da realidade, da norma mais favorável, da condição mais benéfica, da
irrenunciabilidade, da inalterabilidade contratual in pejus e dos poderes do juiz.
A 16ª edição já havia sido atualizada segundo a legislação e a jurisprudência produ-
zidas até maio de 2016, destacando-se a entrada em vigor do novo Código de Processo
Civil (Lei n. 13.115/2015) em 18.3.2016, cujo alcance no processo do trabalho fora es-
quadrinhado pela IN n. 39/2016 do TST e Res. de 22.4.2016, que atualizou e alterou 14
súmulas e 17 OJs, tendo exigido uma verdadeira reelaboração de toda a Segunda Parte
deste Livro, que trata de processo e de execução trabalhistas. Entraram em cena: a Lei
n. 13.257/2016, que amplia o rol de afastamentos legais do art. 473 da CLT e amplia
a licença-paternidade no âmbito das empresas aderentes ao programa empresa-cidadã;
a Lei Complementar n. 150/2015, que regulamenta a EC n. 72/2013, do trabalho do-
méstico; as Leis ns. 13.103/2015 e 13.154/2015, que tratam da profissão de motorista,
13.171/2015, que amplia o conceito de empregador rural, 13.152, que mantém a política
de valorização do salário mínimo e reduz direitos previdenciários, 13.146/2015, que institui
o Estatuto da Pessoa com Deficiência, 13.136/2015, que reduz direitos previdenciários,
13.134/2015, que reduz direito a seguro-desemprego, 13.189/2015, realinha o PSE —
Programa de Seguro-Emprego.
Esses fatos exigiram uma releitura dos temas antigos e dos novos em bibliografia
nova, sem olvidar a clássica. Pautada nos debates recentes, a obra traduz as posições
mais assentes no TST, sem prejuízo de juízos críticos dos autores.
A nova dimensão dos princípios do Direito realimenta a teoria dos princípios de
Direito do Trabalho, os quais se robustecem diante da instituição da livre negociação e
da sobreposição do negociado ao legislado.
Quanto à prova, merecem destaque a transposição do art. 373 do CPC de 2015 para
o art. 818 da CLT e a teoria da aptidão da prova. Destacamos também a desnecessidade
de provas periciais nos casos em que a mera prova convencional se faz eficaz.
Na execução, uma revolução, em virtude da consolidação do BACENJUD e da implan-
tação da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (12.440/2011), além dos estilhaços
oriundos das novidades trazidas pelo CPC: hipoteca judicial — art. 495; protesto da decisão
judicial final não cumprida — art. 517; averbação da certidão de ajuizamento da ação
executiva no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos
a penhora ou arresto — art. 828; a fraude à execução só passa a presumir-se quando a
alienação ou oneração de bens pelo devedor se der após a averbação supra — art. 825,
§ 4º. Plenamente aplicáveis ao Processo do Trabalho, com as devidas adaptações às
normas da CLT, alterada pela Lei n. 13.467/2017, da reforma trabalhista.
Sucesso e vitórias
Esta obra já nasceu vitoriosa porque foi concebida totalmente a partir das discussões
da Constituinte, que culminou na Constituição de 1988, interpretando, em primeira mão,
as inovações implantadas, quase todas confirmadas no curso do tempo. Por isso, também
já ajudou na vitória de muitos, que hoje são Magistrados, Procuradores, Funcionários,
Advogados, Professores.
E o que se confirmou: a mais recente adveio com a Lei n. 13.467/2017, que isenta
do depósito recursal o reclamado beneficiário da justiça gratuita; o STF (RG RECEXTRA
589.998-5-PI) confirmou a necessidade de motivação nas despedidas de servidores das
empresas estatais; das ADIs ns. 2.139 e 2.160, julgadas em maio/2009, em que o STF
julgou inconstitucional o art. 625-D da CLT, que obriga o trabalhador a submeter sua ques-
tão, antes de ir a juízo, à Comissão de Conciliação Prévia, que combatíamos; outra adveio
da Lei n. 11.324/2006, seguida da EC n. 72/2013, que assegura estabilidade-gestante à
doméstica, o que afirmávamos nas edições anteriores. Já se haviam confirmado outras
teses: a Lei n. 8.036/1990 resguardou a estabilidade decenal a quem já a havia conquistado
em 5.10.1988; a Súmula n. 339 do TST confirmou a estabilidade do suplente da CIPA;
a Lei n. 7.855/1989 revogou os arts. 378, 379, 380 e 387 da CLT, que discriminavam a
mulher; o jus postulandi foi abolido pela Lei n. 8.906/1994, mas o STF, nos autos da ADI
n. 1.127-8, manteve-o na Justiça do Trabalho e nos Juizados Especiais; a Lei n. 8.984/1995
deu à Justiça do Trabalho competência para julgar ação de cumprimento de convenção
e acordo coletivo. A EC n. 45/2004 atribuiu à 1ª instância trabalhista competência para
mandado de segurança, habeas corpus e habeas data; a ampla substituição processual
pelo sindicato, decorrente do art. 8º, III, CF, consolidou-se mediante o cancelamento da
Súmula n. 310 do TST. Outra vitória se verificou quanto à irretroatividade das nulidades
contratuais trabalhistas, cf. decidiu em 2012 o STF, nos autos do RE n. 596.478. Ainda
em 2012, o TST alterou o inciso I da Súmula n. 369 para flexibilizar a necessidade de
comunicação de que trata o § 5º do art. 543 da CLT como pressuposto da estabilidade
sindical, cf. defendíamos nas edições anteriores. Dizíamos que a Lei Maria da Penha se
aplica às relações de trabalho doméstico, o que foi encampado pela LC n. 150/2015.
Por último, o TST alterou em set./2017 a OJ n. 153 da SDI-II para admitir a penhora
de salário. Mas a maior vitória contabiliza-se no auxílio que o livro prestou ao sucesso
profissional de tanta gente.
Outrossim, orientamos ler este livro tendo ao lado o CPC e a CLT, em face das
constantes remissões que fazemos a eles e às Instruções Normativas, Súmulas e OJs do
TST, e recomendamos a da CLT-LTr, por ser a mais prática e completa na espécie.
Ei-lo.
Direito Individual
e
Coletivo do Trabalho
1. CONCEITO