Você está na página 1de 19

Proj. Dim. e Det. Estr.

CA – 07 Lajes nervuradas

Lajes nervuradas

1. Seção T

2. Esquema estático de lajes


nervuradas

3. Sistemas construtivos

4. Dimensionamento

5. Detalhes executivos

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

1. Vigas de seção T
Viga com seção T é aquela associada a lajes ou com mesa
superior e/ou inferior.
É indicada para reduzir a altura da seção retangular bw x h
quando Md >1,5 Mlim.

Situação para
M>0

Cuidado com
M < 0 !!!

2
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Distribuição de tensões de compressão

Para determinar o momento resistente da seção em forma de


T, pode-se admitir, como simplificação, diagrama retangular
de tensões no concreto.

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Seção T com apenas a mesa comprimida

Caso ocorra y ≤ hf, somente a mesa é comprimida.


Desprezando a região tracionada de concreto, a armadura
é obtida como seção retangular de largura b = bf .
Nesse caso, a seção é chamada de Falso T.

4
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Seção T com a alma comprimida

Caso ocorra y > hf, a alma também é comprimida.


O cálculo da armadura é efetuado por decomposição
da seção e da solicitação.
Nesse caso, a seção é chamada de T verdadeiro.

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Seção T com a alma comprimida

Parcela correspondente à mesa


Cálculo como seção retangular com b = bf - bw
hf
e Linha Neutra com y = 0,8⋅x = hf e βxf =
0,8 ⋅ d

bf − bw 2
Fixando βx = β xf, é obtido kcf e o momento M0 = ⋅d
k cf
M h
e a resultante de tração no aço Rs0 = 0 onde z = d− f
z 2

Admitindo que o aço escoa, a parcela de armadura é


1 M0 M0
As 0 = ⋅ A s0 = k s2 ⋅
fyd z h
d− f
2 6
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Seção T com a alma comprimida

Parcela correspondente à alma


Cálculo como seção retangular com b = bw
e parcela de momento fletor resistente ∆M = Md - M0

Caso kc ≥ kc lim, então a seção será calculada com


armadura simples.
Caso kc < kc lim, então a seção deverá ser redefinida,
pois resulta em Seção T com amadura dupla, o
que deve ser evitado.

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Largura da mesa colaborante em edifícios


Vigas de edifícios associadas a lajes maciças podem ser conside-
radas como de Seção T para efeito de dimensionamento e
de verificação de flechas e fissuras (NBR-6118 - 14.6.2.2).

0,10a 0,10a
 
no balanço b 3 ≤  6hf no vão b 1 ≤  8hf
 b'  0,5b
  2 8
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Largura da mesa colaborante em edifícios

a é a distância entre pontos de momento nulo e pode ser obtida por

É permitido considerar a viga contínua com uma única seção T


tanto para o momento positivo quanto para o momento negativo,
desde que determinada no tramo de menor mesa colaborante.
9

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Armadura mínima de viga (17.2.5.2.1)


A armadura mínima de tração deve ser determinada pelo dimen-
sionamento da seção para um momento fletor mínimo
Md,mín = 1,04 W 0 fct
respeitada a taxa geométrica de armadura mínima absoluta
A s,min
ρmin = = 0,150%
Ac
onde: W 0 é o módulo resistente da seção transversal bruta de
concreto relativo à fibra mais tracionada

Obs: Na mesa de seção T, deve haver armadura perpendicular à alma


maior do que 1,5 cm2/m (pode ser inclusive a própria armadura
negativa da laje) (NBR-6118 - 18.3.7).
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

2. Esquema estático de lajes nervuradas


Pode-se diminuir o peso próprio de lajes maciças com espes-
suras elevadas retirando parte do concreto tracionado e
restando como elementos resistentes, nervuras ortogonais
funcionando como grelhas de seção T.

Este sistema é particularmente mais econômico que uma laje


maciça equivalente quando a espessura da laje maciça for
igual ou superior a 15 cm.

O cálculo estático da laje nervurada pode ser realizado como


laje maciça, desde que atendidas as restrições a seguir; em
caso contrário, deve ser calculada como um pavimento de
vigas em grelha.

11

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Comparativo de áreas e de rigidezes


Laje maciça
MACIÇA NERVURADA
h Área Inércia Área Inércia H
50

8 400 2.133,33 230 853,33 Laje nervurada


c (4cm)
10 500 4.166,67 260 1.600,51 H

12 600 7.200,00 280 2.750,48 10


40
10

15 750 14.062,50 300 5.367,77


18 900 24.300,00 340 9.233,92
20 1.000 33.333,33 360 12.568,89
25 1.250 65.104,00 410 23.990,26
Lajes estaticamente eqüivalentes

12
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Restrições geométricas (13.2.4.2)

5 cm para inter-eixo ≤ 65 cm
bw ≥ 
8 cm para inter-eixo > 65 cm
bf = a + bw ≤ 110 cm
3 cm

hf ≥  a
15

Recomenda-se mínimo de 5 cm para a espessura da mesa


hf quando houver eletrodutos embutidos.
13

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Nervuras transversais
Recomenda-se utilizar quando:
houver carga concentrada;
L ≥ 4m;
L ≥ 6m → mínimo de 2 nervuras transversais.

São importantes quando é desejado:


suavizar a variação de flechas entre nervuras;
reduzir danos na interface com fechamentos.

Lajes pré-moldadas tradicionais utilizam “cochos” pré-


moldados entre vigotas para executar esta nervura.

O apoio da laje deve ser feito ao longo da altura de uma


nervura (nunca pela mesa !).
14
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

3. Sistemas construtivos
a) Laje normal, com forma inferior resultando em nervuras
que ficam aparentes

b) Laje invertida, com forma superior (é mais indicada para o


caso de momentos fletores negativos). O piso pode ser
nivelado sobre placas pré-moldadas na face superior

15

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Sistemas construtivos

c) Laje dupla, com forma perdida no interior da laje. Adequada


para momentos fletores com tração nas 2 faces da laje

d) Estrutubo, com forma circular perdida de tubos de papelão


ou de PVC (ou não, no caso de lajes alveolares com forma
metálica ou com extrusão)

16
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Sistemas construtivos
e) Laje tipo Volterrana com nervuras pré-moldadas (vigotas),
enchimento de lajotas cerâmicas e capa de concreto
moldada no local (armadura negativa adicional fica na capa
de concreto)

f) Alternativa da laje anterior com viga e capa moldadas no


local e enchimento com blocos cerâmicos, de concreto ou
de EPS (poliesttireno expandido - isopor)

17

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Face inferior de laje nervurada típica

18
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Face inferior com blocos de EPS

19

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Pré-lajes treliçadas

20
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Enchimento com lajota cerâmica (tavela)


com pré-laje
treliçada

com vigota
pré-moldada

21

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Exemplos de elementos

22
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Laje bi-direcional com EPS

Densidade do EPS: 0,10 a 0,30 kN/m3 23

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Laje com forma plástica de polipropileno

24
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Laje com forma plástica de polipropileno

25

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Nervuras transversais

Nervuras
secundárias

Nervuras
principais

26
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Seções transversais

CONCRETO LANCADO
IN LOCO
9 50 9

17
16

3
EPS
13 VIGOTA
PRE-CONCRETADA
ARMADURA
ADICIONAL

9 50 9

4
17

16
3

ARMADURA
EPS
4,5 4,5 SECUNDARIA

27

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

4. Dimensionamento (13.2.4.2)
Conforme o espaçamento entre eixos de nervuras (bf = a+bw):

a) bf ≤ 65 cm: a laje nervurada poderá ser calculada como elemento


de placa, dispensando a verificação da flexão da mesa e do
cisalhamento da nervura (usar Tabelas de Bares, p.ex);

b) 65 < bf ≤ 110 cm: é necessário verificar a flexão da mesa e o


cisalhamento da nervura como viga (obrigatório usar estribos);
caso bf ≤ 90 cm e bw ≥ 12 cm o cisalhamento da nervura pode
ser verificado como placa;

c) bf > 110 cm: a mesa deverá ser projetada como laje maciça
apoiada em uma grelha de vigas, respeitando os limites mínimos
geométricos.
28
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Dimensionamento

As mesas devem ser dimensionadas como painel isolado


quando houver carga concentrada ou quando a distância
entre eixos for superior a 65cm.

Obs: Por obrigatoriedade do detalhamento de peças com


seção T, na ligação mesa/nervura deve haver armadura
perpendicular à alma maior do que 1,5 cm2/m.

29

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Armadura
A armadura deve ser calculada para resistir aos esforços
atuantes, devendo ainda respeitar os valores mínimos da
armadura principal e de distribuição.

armadura principal asx ou asy ≥ as,min = 0,15% ⋅ A c

 0,9cm2 /m
armadura de distribuição ≥ 
0,2 asx

 0,5 ⋅ h
espaçamento de estribos (se houver) s≤
20 cm

30
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Verificação de cisalhamento

Caso o espaçamento entre eixos de nervuras seja inferior a


65cm, a laje pode ser verificada de modo igual a uma laje
maciça com largura de alma Σbw (para cada metro de laje).

Adotando : v → kN / m; τ → MPa; ρ1 → %
Σb w → cm; d → cm
v → kN / m

 τ → MPa
v Sd ≤ v Rd = τRd k (0,12 + 0,4ρ1 ) Σb w d 
ρ1 → %
 b , d → cm
 w

Esta é a condição a ser verificada para lajes alveolares


protendidas, aumentando τRd devido à protensão !
31

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

5. Detalhes executivos

32
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Influência da rigidez do apoio

Curvas de isovalores de momentos

Diagramas de momentos
fletores nas nervuras 1 e 2
33

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Uso de capitéis

34
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Ajustes de modulação

35

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Montagem de instalações

36
Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Painéis aliviados

37

Proj. Dim. e Det. Estr. CA – 07 Lajes nervuradas

Qualidade de produção

Má qualidade do
concreto

Armadura superior em
colapso por flambagem

38

Você também pode gostar