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ResumoP2 Des
ResumoP2 Des
• Três ciclos: Kitchin (curto, 40 meses), Juglar (médio, 8 a 10 anos), Kondra e (longo, 40 a 60 anos)
Schumpeter pensava no Juglar
o Está tudo rela vamente o mizado. Períodos pregressos regem a a vidade atual, ro nas são
herdadas do passado / de gerações anteriores; meios e métodos de produção habituais
• O primeiro elemento do elo causal que promove a ruptura do sistema ocorre com a introdução de
grandes inovações, que aparecem de forma espontânea e descon nua no tempo.
o Trata-se de:
1. novos produtos,
o São novas funções de produção que efe vamente passam a ser u lizadas no processo
produ vo
• O processo econômico, no que tem de essencial, que é sua transformação, evolução e desenvolvimento
(em oposição ao crescimento) é visto como funcionando em forma de saltos violentos,
desarmoniosamente, desequilibradamente.
o “we must recognize that evolu on is lopsided, discon nuous, disharmonious by nature – that the
disharmony is inherent in the very modus operandi of the factors of progress”
o Surge não a par r daquelas transformações da vida econômica que são impostas de fora para
dentro, e sim que surjam por inicia va própria, no âmbito interno.
o dis ngue-se do homo economicus do uxo circulatório, não apresentando as caracterís cas
hedonistas, "racionais" do agente do repe vo processo econômico da economia estacionária
o O autor u liza termos como liderança, ousadia, aventura, desejo de conquistar, alegria de criar
para descrevê-lo.
o não cons tuem uma classe social, mas têm uma função social a exercer
o as inovações são conduzidas por novos homens (empresários), que criam novas rmas e novas
plantas para realizar seus projetos
o consegue fazer coisas extraordinárias quando o tempo está maduro. Quando as condições gerais
favorecem, consegue realizar as inovações, viabiliza novos projetos.
• Há uma separação ní da entre o empresário e o inventor que atua, em princípio, fora da esfera
econômica.
• É o empresário que realiza o potencial produ vo que se encontra desar culado entre o sistema
econômico atual e o possível.
• O aparecimento de indivíduos com estas caracterís cas e atribuições não é previsível (esta s camente). O
mundo aqui é semelhante ao da incerteza keynesiana.
• Jogo do capitalismo: levar adiante as melhores ideias, escolher os indivíduos e ideias mais excepcionais.
• A inserção da inovação na esfera econômica ocorre através da criação de crédito colocado à disposição
do empresário para que este realize seus projetos.
• Numa economia de pleno emprego e em equilíbrio a alteração do comando das forças produ vas (terra e
trabalho) dá-se através dos meios de pagamentos, inclusive moeda.
• O capital é outra variável que recebe uma de nição própria em Schumpeter, que o considera como fundo
de poder aquisi vo, cujo papel é possibilitar a inovação.
o Para Schumpeter, é apenas alavanca por meio da qual o empresário desvia os fatores de
produção (terra, mao de obra) para novos usos, ou de imprimir nova direção a produção.
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• A natureza da organização econômica capitalista dis ngue-se das demais por este mecanismo de operação
do sistema.
• Schumpeter vai mais além, procurando demonstrar que o lucro e os juros têm origem, afora fricções ou
monopólios, na a vidade inovadora: a única capaz de gerar um excedente na economia e que
possibilitaria a geração do lucro e o pagamento de juros.
• Se a economia operar a pleno emprego, a inovação signi ca maior produção, maior nível de emprego,
maior quan dade de crédito, maior quan dade de moeda, pressão para elevar a taxa de juros, maiores
salários e maiores lucros.
• A variável que conduz o processo é o inves mento que rebate nos demais setores e agentes através de
um mecanismo semelhante ao mul plicador keynesiano.
o O capitalismo operaria, portanto, através de ondas que são o resultado dos grandes
desequilíbrios. O capitalismo não funcionaria num esquema simples de uma onda de cada vez.
Pelo contrário, sucedem-se, no tempo, de forma não sincronizada, ciclos de diferentes períodos
de maturação e intensidade.
o Basicamente considera que há um leque de técnicas (blue prints) dado e conhecido, portanto,
com custos de acesso e u lização nulos, que é resumido numa função de produção (a qualquer
nível de agregação).
o esta abordagem mostra-se par cularmente vulnerável quando se observa que a mudança era
medida através do resíduo de uma função de produção agregada os resultados de suas
medições são excessivamente controver dos.
• A par r dos trabalhos de Solow e dos modelos de Harrod-Domar, desenvolveu-se uma extensa literatura
que procurava encontrar as fontes de crescimento de uma economia ao longo do tempo.
o O segundo aspecto a destacar é o caráter não previsível do aparecimento das inovações, o que
impediria que a esta s ca convencional tratasse o fenômeno em toda a sua extensão.
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o O terceiro elemento é a exigência do aparecimento de um agente econômico não-racional,
que atua numa dimensão que não é a do risco, mas da incerteza do novo.
• “it is not that kind of compe on which counts, but the compe on from the new commodity, the new
technology, the new source of supply, the new type of organiza on (the largest-scale unit of control for
instance) - compe on which commands a decisive post or quality advantage and which strikes not at
the margins of the pro ts and the outputs of the exis ng rms but at their founda ons and their very
lives.”
• “in reality, all three factors - changes in tastes, growth, and innova on – interact and mutually condi on
each other, and observed historic changes are the result of them all. But we can sa sfy ourselves of their
logical independence by visualizing socie es in which infernal change is merely caused by autonomous
change in consumers tastes or merely by growth or merely by innova on"
1. Comida / nutrição
• “Assuming then my postulate as granted, I say, that the power of popula on is inde nitely greater than
the power in the earth to produce subsistence for man” Progressão populacional muito mais acelerada
que a progressão de produtos de subsistência provindos da terra
o “This natural inequality of the two powers of popula on and of produc on in the earth, and
that great law of our nature which must constantly keep their e ects equal, form the great
di culty that to me appears insurmountable in the way to the perfec bility of society.”
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• “By that law of our nature which makes food necessary to the life of man, the e ects of these two unequal
powers must be kept equal.”
o “This implies a strong and constantly opera ng check on popula on from the di culty
subsistence. This di culty must fall somewhere and must necessarily be severely felt by a large
por on of mankind.”
• Fábrica de al netes
▪ Economia de tempo
• sociedade bem governada – civilizada – pode gerar padrões crescentes de bem estar, com o tempo.
• Princípio que deu origem à divisão do trabalho: a tendência natural para negociar e trocar
o mudança tecnológica dos transportes afetou muito a divisão do trabalho e a produ vidade
o Diferentes mercadorias serviram como meio de troca comum, mas todas as nações nalmente
optaram pelos metais, que são duráveis e divisíveis, para esse m.
▪ I will rst explain what I have in mind mathema cally and then give a diagramma c exposi on. In this case
the mathema cs seems simpler.
o If Q represents output and K and L represent capital and labor inputs in 'physical' units, then the
aggregate produc on func on can be wri en as before. The variable t for me appears in F to
allow for technical change.
▪ It will be seen that I am using the phrase 'technical change' as a shorthand expression for any kind of shi
in the produc on func on. Thus slowdowns, speedups, improvements in the educa on of the labor force,
and all sorts of things will appear as 'technical change '.
▪ Resultados de Solow:
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o As medidas das fontes do crescimento, entre 1909-49, na economia americana, ainda segundo
Solow, são:
▪ Resultados de Deninson:
o Segundo Denison, a economia americana cresceu 2,93% a.a. entre 1929 e 1957 e as fontes de
crescimento foram:
P1 2017 – Respostas
1. Apresente os argumentos que causam o aumento de produ vidade de Smith e compare com a visão
schumpeteriana da inovação e seus desdobramentos.
De acordo com Adam Smith, baseando-se na sua obra Riqueza das Nações, publicada no século XVIII, o principal
argumento causador do aumento de produ vidade é a divisão do trabalho. Smith jus ca que esse processo ocorre
por três vias principais, sendo elas (i) o aumento da destreza do trabalhador; (ii) economia de tempo e; (iii) invenção
de novas máquinas. U lizando-se do exemplo da fábrica de al netes, demonstra que a divisão do trabalho ocasiona
num salto de produ vidade em relação à produção artesanal, aquela na qual o trabalhador possui conhecimento
completo e par cipa do processo produ vo em sua totalidade.
Schumpeter, por outro lado, discorre na obra Teoria do Desenvolvimento Econômico sua visão acerca das inovações
e seus impactos sobre a produ vidade e desenvolvimento econômico. O autor assume como ponto de par da, para
o desenvolvimento de sua teoria, uma situação de equilíbrio geral walrasiano que conta com as caracterís cas
clássicas de existência de compe ção perfeita, pleno emprego, propriedade privada e por m, a divisão do trabalho
herdada de fases anteriores. No primeiro capítulo de sua obra, portanto, discorre acerca do uxo circulatório da vida
econômica, no qual há uma economia cuja situação é de estabilidade e sobre a qual rege o próprio argumento da
divisão do trabalho defendido por Smith. No entanto, para Schumpeter, uma economia nessa situação não gera
saltos de produ vidade e desenvolvimento econômico. Para o autor, são as inovações que protagonizam esse
processo de fato, e podem surgir em forma de (i) novos produtos; (ii) novos métodos de produção; (iii) abertura de
novos mercados; (iv) novas rotas de suprimento e; (v) novas estruturas produ vas. Essas inovações, por sua vez,
possuem caráter espontâneo, não con nuo, e representam mudanças de paradigmas. São rompedoras da situação
de equilíbrio posta anteriormente a elas, promovem um processo de destruição cria va e introduzem novas funções
de produção no processo produ vo. Portanto, enquanto para Smith basta o processo da divisão do trabalho para o
aumento de produ vidade, na visão schumpeteriana é requerida a ocorrência das inovações.
Nos ciclos econômicos de acordo com a teoria de Joseph Schumpeter, o empresário (ou empreendedor)
desempenha um papel central. Ele é o agente responsável por conduzir a inovação e introduzi-la no sistema
econômico. O empresário schumpeteriano é muito diferente do conceito do homus economicus comum, e é
caracterizado por qualidades como liderança, ousadia, espírito aventureiro e um forte desejo de conquistar e criar.
São indivíduos que não atuam na esfera da racionalidade, mas sim na da tomada de risco inova vo, da incerteza do
novo. Esses indivíduos não formam uma classe social, mas têm uma função social importante a desempenhar na
economia. O papel do empresário inclui a criação de novas empresas e unidades de produção para realizar seus
projetos inovadores. Eles são os pioneiros na introdução de novos produtos, processos produ vos e na conquista de
novos mercados. Além disso, o empresário é aquele que consegue iden car e realizar o potencial produ vo que
está desar culado entre o sistema econômico existente e o possível. Em essência, eles são os impulsionadores das
mudanças econômicas e desempenham um papel crucial na transformação econômica. No entanto, a aparição de
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indivíduos com as caracterís cas e atribuições necessárias para serem empresários inovadores não pode ser prevista
esta s camente. O ambiente em que atuam é marcado pela incerteza, semelhante à incerteza keynesiana, o que
torna o jogo do capitalismo desa ador. Os empresários devem escolher as ideias mais excepcionais e levar adiante
as melhores oportunidades de inovação em um ambiente incerto e compe vo.
O crédito também desempenha um papel fundamental na teoria schumpeteriana. A inserção da inovação na esfera
econômica ocorre por meio da criação de crédito disponibilizado para o empresário. O crédito é essencial para
nanciar os projetos inovadores, pois permite que o empresário mobilize recursos nanceiros para transformar suas
ideias em ações concretas. Ele atua como uma alavanca que permite ao empresário desviar os fatores de produção,
como terra e mão de obra, para novos usos e direções de produção. Esse mecanismo de operação do sistema é uma
das caracterís cas dis n vas do capitalismo.
Finalmente, o lucro desempenha um papel importante nos ciclos econômicos schumpeterianos. Segundo
Schumpeter, o lucro tem sua origem na a vidade inovadora. Os empresários inovadores podem gerar lucros
signi ca vos ao introduzir novos produtos, processos produ vos ou ao reduzir custos de forma inovadora. No
entanto, esses lucros são transitórios e sintomá cos do desequilíbrio econômico. Eles surgem como resultado das
inovações que perturbam o equilíbrio econômico existente e criam oportunidades de mercado. À medida que as
inovações se disseminam e se tornam comuns, os lucros tendem a diminuir, levando a uma contração do ciclo
econômico e retorno à situação de equilíbrio.
Em resumo, nos ciclos econômicos schumpeterianos, o empresário é o agente da inovação, o crédito fornece o
nanciamento necessário para viabilizar as inovações e o lucro é um resultado da a vidade inovadora que
impulsiona o crescimento econômico. Esses elementos interagem dinamicamente para promover o
desenvolvimento econômico em uma economia baseada na inovação e no empreendedorismo.
3. Comente a proposição: “O aumento da produ vidade a longo prazo depende do número de gênios que a
humanidade produziu”.
A proposição acima implicitamente diz a respeito da importância do avanço das técnicas para o crescimento da
produ vidade na sociedade. Os "gênios" podem se referir a indivíduos excepcionais, como cien stas, inventores e
empreendedores, que têm o potencial de impulsionar avanços tecnológicos e melhorias na e ciência da produção.
No entanto, é importante observar que o aumento da produ vidade não está estritamente ligado ao número de
gênios que uma sociedade produz na visão schumpeteriana, dado que são as inovações e a sua difusão as grandes
responsáveis pelo aumento da produ vidade, e não as invenções por si só. Embora os gênios desempenhem um
papel importante em relação as invenções, o aumento da produ vidade depende da introdução e difusão destas no
sistema econômico como um todo, ou seja, da transformação em uma inovação de fato. A gura do empresário,
portanto, pode ser vista como mais relacionada ao aumento da produ vidade a longo prazo do que aos gênios
produzidos pela humanidade, dado que o primeiro é o “responsável” pela transformação do potencial econômico
em efe vo.
Para os economistas o mistas populacionais, o crescimento populacional geraria maior número de gênio e portanto,
seria posi vo no sen do do aumento da produ vidade.
Os modelos de Malthus e a Teoria da Transição Demográ ca oferecem perspec vas dis ntas sobre o crescimento
populacional e têm diferentes graus de adequação à realidade atual. O modelo de Malthus, apresentado em seu
"Ensaio sobre a População" em 1798, fundamenta-se em duas postulações iniciais: a primeira é que a população
tem uma tendência natural a crescer, impulsionada pela paixão e atração entre os sexos, enquanto a segunda
postulação é que a produção de alimentos e recursos para subsistência da população tem um crescimento limitado
e mais lento. Malthus argumentou que, devido a essa diferença fundamental entre o crescimento populacional
(geométrico) e o crescimento da produção de subsistência (aritmé co), a população humana estaria sempre
ameaçada por um desequilíbrio entre esses dois fatores. Ele previu que, se o crescimento populacional não fosse
controlado por algum meio (como epidemias, guerras ou fome), isso inevitavelmente levaria a um excesso
populacional que ultrapassaria a capacidade da Terra de fornecer alimentos. Isso, por sua vez, resultaria em uma
redução drás ca da população por meio da miséria e da fome. A adequação do modelo de Malthus à atualidade é
deba da. Embora a previsão de Malthus não tenha se concre zado em escala global, em parte devido a avanços na
agricultura e tecnologia, ainda existem áreas do mundo onde o crescimento populacional descontrolado e a
escassez de recursos básicos, como água e alimentos, são preocupações reais. Além disso, o modelo de Malthus
con nua a ser relevante para discu r a relação entre crescimento populacional e recursos nitos, especialmente em
face das mudanças climá cas e da degradação ambiental.
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Já a Teoria da Transição Demográ ca, proposta por Je rey Sachs e outros demógrafos, oferece uma perspec va mais
o mista sobre o crescimento populacional. Essa teoria sugere que, à medida que as sociedades avançam e se
tornam mais desenvolvidas, ocorrem mudanças nas taxas de natalidade e mortalidade. Inicialmente, as taxas de
natalidade são altas devido ao acesso limitado à contracepção e a valores culturais, mas à medida que o
desenvolvimento prossegue, as taxas de natalidade tendem a diminuir, enquanto as taxas de mortalidade caem
devido a melhores cuidados de saúde e expecta va de vida mais longa.
1 estágio:
2 estágio:
3 estágio:
4 estágio:
A Teoria da Transição Demográ ca é mais adequada à atualidade em muitos aspectos. Em várias partes do mundo,
vemos uma transição demográ ca acontecendo conforme as sociedades se desenvolvem economicamente e
melhoram seu acesso à educação e serviços de saúde. Isso leva a uma desaceleração do crescimento populacional e
a um envelhecimento da população em muitos países desenvolvidos.
Em resumo, tanto o modelo de Malthus quanto a Teoria da Transição Demográ ca têm méritos e limitações em
relação à atualidade. A adequação de cada modelo depende da região geográ ca e das circunstâncias especí cas de
cada país. Ambos os modelos ressaltam a importância de polí cas e estratégias bem planejadas para lidar com
questões de crescimento populacional e recursos.
• Contexto: Thomas Pike y, em sua obra "Capital no Século XXI" (2013), aborda questões fundamentais
relacionadas à concentração de riqueza e poder na sociedade. Ele ques ona a ideia de uma curva do "U
inver do" de Kuznets, que sugere que a desigualdade diminui naturalmente com o progresso econômico.
Pike y argumenta que, ao contrário, o desa o crucial surge quando a taxa de remuneração do capital
supera a taxa de crescimento da produção e da renda, gerando desigualdades insustentáveis.
• Ponto central: a constatação de que a parcela de capital no produto interno bruto (PIB) tende a crescer
inevitavelmente, uma vez que a remuneração do capital é maior que o crescimento econômico (r > g). Isso
leva a uma concentração de riqueza, ameaçando os valores de meritocracia nas sociedades democrá cas.
o Pike y observa que a concentração de renda tem aumentado desde os anos 1970,
especialmente nos Estados Unidos. Ele defende a taxação da riqueza como uma medida para
conter essa tendência e preservar os valores democrá cos.
• Referindo-se a "profetas da desgraça" como Malthus, Ricardo e Marx, Pike y destaca as preocupações
históricas com o crescimento desigual e as desigualdades resultantes.
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• Grandes tendências: destaca a redução da desigualdade antes da Primeira Guerra Mundial, a compressão
das rendas e riquezas durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial (dada a enorme
destruição de capital), seguidas pelo aumento da desigualdade desde os anos 1970.
• Uma das leis fundamentais do capitalismo: segundo Pike y, é expressa pela equação:
o Essa equação destaca a dinâmica que impulsiona a concentração de riqueza ao longo do tempo.
▪ debate acadêmico espalhou-se com muito vigor em vários locais, o que favoreceu o
desenvolvimento cien co que apoiou, décadas ou séculos depois, o avanço das
condições de produção e a própria Revolução Industrial.
o Vantagens inglesas materiais e valores não-materiais: cultura, ins tuições, sociedade ideal
(lado ins tucional, sistema – conjunto de regras).
o Origens da precocidade:
o individualismo, direitos civis e poli cos amplos, classe média grande es mulando progresso
tecnológico Poli ca economica liberal no sec XVIII
▪ Aumento da população.
o Papel dos bancos e do crédito bancário: Em nenhum país da Europa do século XVIII a estrutura
nanceira era tão avançada quanto na Inglaterra
capital como motor do crescimento econômico. Eles parecem derivar da maior produ vidade da nova
tecnologia e das quali cações e conhecimentos superiores de empresários e trabalhadores. E nesse ponto,
mais uma vez, como vimos, a Inglaterra da Revolução Industrial foi especialmente favorecida.
o na siderurgia como na indústria têx l, é provável que, a longo prazo, os pequenos progressos
anônimos tenham sido mais importantes do que as grandes invenções mencionadas nos livros
de história.
o foi uma revolução totalmente diferente de tudo que já fora vivenciado. As transformações
anteriores, polí cas ou econômicas, sempre haviam acabado por se estabilizar numa nova
posição de equilíbrio. Mas essa revolução claramente con nuava e prome a prosseguir
inde nidamente.
• Elementos do Atraso:
o Maior importância de fatores ins tucionais especiais para aumentar o suprimento de capital
para as indústrias nascentes.
o Implantação da Cultura Europeia no Brasil: a tenta va de trazer a cultura europeia para um vasto
território com condições naturais estranhas à tradição milenar, resultando em uma sociedade brasileira
ainda marcada por esse legado desterrados na própria terra.
o Portugal e Espanha
o Pontes Culturais: Portugal e Espanha atuam como territórios-ponte, semelhantes à Rússia e aos
países balcânicos, facilitando a comunicação da Europa com outros mundos.
o Pioneiros da conquista do trópico para a civilização, veram os portugueses, nessa proeza, sua
maior missão histórica. Fez-se antes com desleixo e certo abandono.
o Ausência de um forte orgulho de raça / cole vidade nacional: por conta da mes çagem, diversidade
étnica. In uência indígena, africana e européia na cultura.
o Herança Rural: Estrutura da sociedade colonial fundamentada fora dos centros urbanos, pautada pelo
vínculo rural e patriarcal como base.
o O homem cordial: Descrição do brasileiro como "homem cordial", destacando a lhaneza no trato,
hospitalidade e generosidade. In uência ancestral dos padrões de convívio humano informados no meio
rural e patriarcal.
o Vida ín ma do brasileiro caracterizada por falta de coesão e disciplina, permi ndo a absorção livre de
ideias, gestos e formas encontradas no caminho.
o Visão keynesiana
o Promoção das tecnologias mais avançadas: fazer a oferta local se desenvolver para a ngir o
padrão internacional
o Etapas: controles sicos (1950), incen vos scais (1960), papel estratégico da tecnologia da informação
(1970/80).
o Esforços de integração dos processos dentro das empresas = grande fator de sucesso
o Keiretsu – reduzir custos de transação: estrutura empresarial colabora va, com uxos de
informações horizontais e não hierárquicas (ver cais)
o Comparação com o modelo centralizados da Rússia – aprendizado nos Bureaux Central e com
outros países retardatários através de liais de mul nacionais
o Emprego permanente, baixos diferenciais de salários – bônus anuais: Reduz as barreiras entre os
blue-collar e white-collar
o Grande número de jovens com educação especialmente em ciência e engenharia; Alto nível de
educação geral e elevado nivel de inves mento em educação
o Novo paradigma tecno-econômico: O papel dos governos centrais e locais, a organização das rmas para
a administração da inovação, o sistema educacional e os es mulos da tecnologia da informação (TI)
Mowery – The U.S. na onal innova on system: Origins and prospects for
change (1992)
o Conceito de sistemas nacionais de inovação: o conjunto de ins tuições e organizações dentro da
economia que nancia e executa P&D, traduz os resultados de P&D em inovações comerciais e afeta a
difusão das novas tecnologias.
▪ Sherman An -trust 1890 Act: controle de preços e repar ção de mercados sob ataque
es mulo às fusões horizontais para escapar do controle an -truste rmas
resolvem inves r em P&D.
▪ 1930:
• Universidades: 14%
o Lei Bayh-Dole (1980): criou uma polí ca nacional uniforme de patentes que permi u às
universidades manter direitos sobre patentes resultantes de pesquisas nanciadas pelo governo,
podendo assim obter retornos nanceiros sobre os resultados de suas pesquisas.
o “Buy American”: Em 2017 os gastos em P&D nanciados pelo governo federal dos USA foram da
ordem de US$ 150 bilhões para um total superior a 450 bilhões de dólares. Em comparação, o
setor privado dos USA gastam cerca de US$ 300 bilhões, por ano.
o Setor militar não tem a proeminência do passado e Spillovers são menores nessa área
• Habilidade: a capacidade de ter uma sequência regular de comportamento que, em geral, é e ciente em
relação à seus obje vos, dado o contexto em que normalmente ocorre. São programá cas – sequência de
etapas. Cons tui, em grande medida, conhecimento tácito, “escolhas” automá cas. São como ro nas,
representam a "memória" da empresa, são padronizações das a vidades organizacionais e são cruciais
para mi gar a incerteza.
• Modelo evolucionário:
o Hipótese básica: Uma empresa opera, em qualquer momento, principalmente de acordo com
um conjunto de regras de decisão que conectam um domínio de es mulos contextuais a uma
variedade de respostas por parte das empresas.
o O processo de mudança de regras envolve uma a vidade deliberada e orientada para obje vos
de pesquisa ou resolução de problemas. Mo vação por lucro e crescimento.
• Sistema de inovação nacional: P&D no setor privado, pesquisa básica nas universidades e
centros de pesquisa, tecnologias baseadas em avanços computacionais (just-in- me)
• Modelo de subs tuição de importações: P&D pequena e 80% do setor público, laboratórios e
treinamentos restringidos ao setor público.
• Desver calização da produção domés ca, Transnacionais adotam mais produtos e processos
internacionais: inves mento estrangeiro, globalização
• Contexto/Pintura global:
• Queda do preço dos bens de capital importados e transição para nova base tecnológica
• Conclusões:
• Com o crescimento da compe ção, a estrutura de preços rela vos torna-se mais próxima às que
prevalecem internacionalmente. Para acelerar a convergência, dos padrões locais aos
internacionais, há que se desenvolver ins tuições locais apropriadas
Segundo, quando as economias desses mesmos países começaram a se desintegrar na segunda metade da década
de 1970, as razões nham pouco a ver com as polí cas de ISI em si ou com a extensão das intervenções
governamentais na esfera microeconômica. Os países que resis ram à tempestade foram aqueles nos quais os
governos realizaram os ajustes macroeconômicos adequados (nas áreas de polí ca scal, monetária e cambial)
rapidamente e de forma decisiva.
O sucesso na adoção desses ajustes macroeconômicos estava vinculado a determinantes sociais mais profundos. A
capacidade de gerenciar os con itos sociais internos desencadeados pela turbulência da economia mundial durante
os anos 1970 fez a diferença entre crescimento con nuo e colapso econômico. Países com divisões sociais mais
profundas e ins tuições mais fracas para gerenciar con itos experimentaram uma maior deterioração econômica
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em resposta aos choques externos da década de 1970. A diferença crucial foi que a América La na lidou de maneira
menos e caz com a turbulência gerada pela economia mundial. Os países que enfrentaram problemas foram
aqueles que não conseguiram gerenciar adequadamente a abertura, não aqueles que eram insu cientemente
abertos.
• O novo ambiente global para o desenvolvimento (1964-1994): aumento das exportações acima do
crescimento real do PIB global
• Bene cios: importação de ideias, bens e serviços, capitais e convergência ins tucional.
• Pessimismo exportador: autor cita Chile e Taiwan como casos improváveis de sucesso
exportador.
• Conclusão: As empresas mul nacionais eram vistas como agentes de exploração. Depois, o
comércio e o inves mento estrangeiro tornaram-se a “cura milagrosa” para todos os problemas
enfrentados pelos países pobres.
• (1960) Export-led growth: uni cação da taxa de câmbio, desvalorização cambial, apoio às
exportações, liberalização das importações, inves mento público em infraestrutura e capital
humano, especialização de acordo com as vantagens compara vas
• a contribuição das exportações para o crescimento do PIB não foi muito alta, o
crescimento das exportações não teve spillovers para o resto da economia em termos
de produ vidade e eram setores pequenos.
• Coreia do Sul: país sem indústria, com baixa taxa de inves mento, quali cação, e
ausência de recursos naturais, tornou-se grande exportador de semicondutores
• Do nal da 2 GM até 1973 (crise do petróleo) foi o período de ouro do crescimento. ISI
funcionou, produ vidade (TFP) aumentou.
• Brasil: indexação impede ajuste de preços rela vos estabilização somente com
Plano Real (1994)
• Ins tuições domés cas (democrá cas) são crí cas para a contenção dos efeitos econômicos
adversos dos choques ajustes macroeconômicos ligados a determinantes sociais
Em "Ins tu ons, Ins tu onal Change and Economic Performance" (1990), Douglass C. North explora a relação entre
ins tuições, mudança ins tucional e desempenho econômico. Ele argumenta que as ins tuições desempenham um
papel fundamental na formação do comportamento humano e moldam as interações sociais. North destaca que as
ins tuições evoluem ao longo do tempo em resposta a mudanças nas condições econômicas e tecnológicas.
Ele destaca que sociedades com ins tuições que facilitam a coordenação e a cooperação tendem a ter melhor
desempenho econômico. Além disso, o autor aborda a importância da capacidade das ins tuições de se adaptarem
a novas circunstâncias para garan r o sucesso econômico a longo prazo.
Mudanças tecnológicas e mudanças ins tucionais são as chaves básicas para a evolução social e econômica, ambas
exibindo as caracterís cas de dependência de trajetória. A dependência da trajetória, ou path dependence em
inglês, refere-se à ideia de que o desenvolvimento histórico de uma ins tuição, tecnologia ou sistema econômico é
fortemente in uenciado pelas circunstâncias iniciais. Essa dependência destaca a importância do contexto histórico
e das condições iniciais na evolução de ins tuições e sistemas. Mudanças incrementais ao longo do tempo podem
consolidar uma determinada trajetória, tornando-a di cil de ser rever da em direção a alterna vas possíveis.
• Organizações X Ins tuições: natureza mais duradoura e fundamental das ins tuições, enquanto as
organizações são en dades mais dinâmicas e adaptáveis dentro desse contexto ins tucional. North
diferencia ins tuições de organizações, em que as ins tuições seriam as regras do jogo e as organizações
se comportariam como agentes, os big players no jogo econômico.
• Ins tuições: "regras do jogo em uma sociedade" ou "restrições concebidas pelo homem que moldam
a interação humana".
• Diferenciação entre ins tuições formais (leis e regulamentos) e informais (normas sociais e
costumes).
• Libertação Humana:
• Sen destaca que o desenvolvimento verdadeiro deve ser visto como a libertação das restrições
que impedem as pessoas de viverem vidas que valorizam. Ele argumenta que o foco deve ser
nas liberdades e capacidades das pessoas, não apenas nos recursos econômicos: vida longa e
viver bem.
• Fontes de privação de liberdade: pobreza/miséria, rania, carência de oportunidades
econômicas, negligência de serviços públicos e acesso a serviços básicos, desigualdade de
gênero, falta de direitos civis etc.
• Cinco pos de liberdades: polí ca (direitos civis), facilidades econômicas (consumo, produção),
oportunidades sociais (educação, saúde), transparência e segurança (suplementos de renda).
• Processos que permitem a liberdade de ações: direito ao voto
• Oportunidades reais: escapar da morte
• Enfoque nas Capacidades (Capabili es) das pessoas:
• Propõe uma abordagem centrada nas capacidades individuais, ou seja, na habilidade das
pessoas de fazerem escolhas substan vas em suas vidas.
• As capacidades incluem acesso à educação, saúde, par cipação polí ca, entre outros.
• Existem outras in uencias sobre privação de capacidades além do baixo nível de renda, como
idade, sexo, educação etc.
• Agência e Par cipação:
• Destaca a importância da agência individual, enfa zando que as pessoas devem ter a capacidade
de agir e moldar suas próprias vidas.
• Também destaca o papel das ins tuições que contribuem para a liberdade
• A par cipação a va na tomada de decisões é vista como crucial para o desenvolvimento.
• Desenvolvimento como Processo de Expansão:
• O desenvolvimento é visto como um processo con nuo de expansão das liberdades humanas,
em vez de uma busca por metas xas.
• A liberdade de troca e transações é parte essencial das liberdades.
• prestar atenção simultaneamente às questões de e ciência de mercado e a
desigualdade de liberdade (ex: monopólios e grupos de interesse)
• Sen argumenta que as liberdades polí cas, econômicas e sociais são interdependentes e se
reforçam mutuamente.
• Desenvolvimento Sustentável:
• A sustentabilidade é discu da não apenas em termos ambientais, mas também em termos de
preservar e melhorar as capacidades humanas ao longo do tempo.
• Crí ca a Abordagens Unilaterais:
• Sen cri ca abordagens que concentram apenas na renda ou no Produto Interno Bruto (PIB),
argumentando que essas medidas não capturam adequadamente a qualidade de vida das
pessoas.
P2 2017 – Respostas
1. Quais os fatores (condições) mais relevantes para “explicar” a Revolução Industrial da Inglaterra e a
industrialização dos países retardatários?
Na Inglaterra, a autonomia dos governos, aliada à compe ção, es mulou a busca por vantagens sobre os rivais. A
adoção do método cien co, enfa zando matemá ca e experimentação, propiciou inovações em astronomia, sica
e tecnologia. A invenção da invenção, ou seja, a ro nização da pesquisa e sua disseminação, também desempenhou
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um papel importante, sendo disseminada pelas academias de ciência que permi ram a promoção do conhecimento
e a cooperação intelectual.
Ins tuições sólidas, como direitos de propriedade privada e um governo estável, aliadas a uma cultura inovadora,
também proporcionaram um ambiente propício. A produção para grandes mercados internos, associada a melhorias
nas comunicações e aumento da população, impulsionou o crescimento econômico sustentado.
Além das vantagens materiais, a Inglaterra também se destacou na criação de valores não-materiais, como cultura e
ins tuições. A sociedade da época era caracterizada por uma série de elementos ins tucionais favoráveis. Em
primeiro lugar, havia a capacidade de operar, administrar e construir instrumentos de produção, bem como a
transmissão desse conhecimento e know-how para as gerações futuras. A seleção de pessoas com base em
competência e mérito rela vo também era valorizada, assim como a promoção de oportunidades para
empreendimentos pessoais e cole vos, incen vando a inicia va, a compe ção e a emulação. Essa sociedade
permi a que as pessoas desfrutassem os resultados de seu trabalho e inicia va, promovendo a igualdade de sexos,
evitando discriminação racial e preferindo a nacionalidade. As ins tuições desempenharam um papel fundamental
nesse contexto, especialmente pela garan a dos direitos de propriedade privada e liberdade pessoal, juntamente
com um governo estável, sensível para fazer correções e honesto, foram elementos essenciais para o
desenvolvimento industrial.
A polí ca econômica liberal do século XVIII na Inglaterra promoveu o individualismo, amplos direitos civis e
polí cos, e uma grande classe média. O amplo espaço de movimentação, os direitos polí cos e civis abrangentes e o
senso de iden dade pessoal foram caracterís cas que impulsionaram o progresso tecnológico. A produção voltada
para grandes mercados, tanto domés co quanto internacionais, foi fundamental para o sucesso da indústria inglesa
nesse período. Produtos como têxteis, relógios, ferramentas, al netes e quinquilharias eram produzidos em larga
escala para atender à demanda crescente. O papel dos bancos e do crédito também foi crucial para o nanciamento
de inovações.
A conjuntura econômica, os preços e a elas cidade da demanda também desempenharam um papel crucial. A
disponibilidade de recursos, como matéria-prima e mão de obra, aliada a condições favoráveis de mercado,
contribuíram para o surgimento e a expansão da indústria. No nal do século XVIII, a Inglaterra estava
signi ca vamente à frente no processo de industrialização, especialmente na manufatura caseira (co age industry)
em regime de empreitada (pu ng-out). Esse sistema de produção, baseado no trabalho humano, foi a semente do
crescimento industrial. Além disso, a Inglaterra se bene ciou da abundância de recursos fósseis, como o carvão, que
serviu como combus vel para impulsionar a industrialização. Outro fator crucial foi a disponibilidade de tecnologia
nos ramos cruciais da indústria, como têxteis, ferro, energia e força. A e ciência na agricultura também
desempenhou um papel importante. Novas técnicas de irrigação, fer lização e rotação de culturas aumentaram a
produ vidade agrícola, liberando mão de obra para trabalhar nas indústrias. Além disso, as reformas de enclosures
contribuíram para o aumento da produ vidade agrícola.
A Inglaterra também se bene ciou do desenvolvimento de um sistema de transporte comercial e ciente. Tanto por
terra quanto por água, foram construídas estradas e canais privados, ampliando o mercado e promovendo a divisão
do trabalho. As condições geográ cas favoráveis da Inglaterra, como sua posição insular e a presença de rios
navegáveis, facilitaram o comércio e o transporte de mercadorias.
Já a industrialização de países retardatários se deu anos depois, por não apresentarem a mesma conjuntura
favorável que a Inglaterra. A Itália, em comparação, possuía tecnologias avançadas na produção de lã, mas a falta de
necessidade para uma mudança estrutural deses mulou essa con nuidade. Cita também a Índia, país que fazia
concorrência com a Inglaterra, mas em que as questões culturais e o excesso de oferta de trabalho não criavam um
ambiente propício para a mudança para máquinas.
2. Apresente e cri que o modelo de Nelson e Winter sobre a questão da mudança tecnológica.
R: Nelson e Winter propõem uma teoria evolucionária da mudança econômica, focando na inovação tecnológica e
destacando o papel das ro nas na compreensão do surgimento de novidades. O modelo evolucionário deles parte
da hipótese básica de que as empresas operam, em qualquer momento, principalmente de acordo com um
conjunto de regras de decisão, conectando es mulos contextuais a respostas. Nesse contexto, o que leva as
empresas a se rmarem ou não pelo crivo do mercado é seu processo de diferenciação, ou seja, dentro de uma
compe ção não neoclassica heterogênea. Para isso, as empresas u lizam processos de ro nização das inovações.
Então, buscam se diferenciar a par r de uma estratégia compe va, que só se comprova na prá ca, sendo esse o
processo de ro nização de inovação que eles vêem dentro do capitalismo.
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A ro na é central no modelo, representando sequências regulares de comportamento e cientes em relação aos
obje vos da empresa, semelhantes a ro nas que cons tuem a "memória" da empresa. Essas habilidades são
cruciais para o controle, coordenação de a vidades e mi gação da incerteza. Além disso, a habilidade está
relacionada à formação de capacitações e ao acúmulo de conhecimento pela rma.
O modelo evolucionário destaca a diversidade entre as empresas, em contraste com a homogeneidade da teoria
neoclássica. As empresas operam de maneira diferente, buscando inovações e compe ndo de maneira variada. A
autonomia da empresa, no entanto, é limitada pelo marco regulatório que estabelece regras e limites ao seu
funcionamento, com o poder público desempenhando um papel na regulação das a vidades econômicas.
Uma crí ca possível ao modelo de Nelson e Winter é a ênfase nas regras de decisão, que podem não capturar
totalmente outros fatores socioeconômicos mais amplos que in uenciam no desenvolvimento econômico. Essa
visão pode ser considerada limitada ao não abordar adequadamente aspectos sociais, culturais e ins tucionais que
também moldam a inovação e a mudança econômica, de acordo com outros autores. Ins tucionalistas, como
Douglass North, em "Ins tu ons, Ins tu onal Change, and Economic Performance" (1990), argumentam que as
ins tuições desempenham um papel fundamental na formação do comportamento econômico. As regras do jogo,
codi cadas em ins tuições formais e informais, afetam as decisões das empresas, incluindo escolhas relacionadas à
inovação. Dessa forma, o modelo de Nelson e Winter não apresenta uma compreensão aprofundada das
ins tuições que estruturam a interação entre os agentes econômicos, por exemplo.
Outro fator é que o processo de inovação ca completamente deslocado para o produtor, tendo o consumidor papel
passivo nessa dinâmica.
3. Comente a proposição de Schumpeter no capítulo VII – O Processo de Destruição Criadora. “As teorias da
compe ção monopolista e oligopolista e suas variantes populares podem levar à visão de que a realidade capitalista
é desfavorável ao desempenho máximo na produção”.
R: Schumpeter, no capítulo VII de "Teoria do Desenvolvimento Econômico," destaca a "Destruição Criadora" como
parte intrínseca do processo capitalista. Ele argumenta que o sistema não apenas gera inovações, mas também está
ligado à con nua destruição e recon guração das estruturas econômicas existentes. Ou seja, a "Crea ve
Destruc on" não apenas cria novas formas de produção e tecnologias, mas também implica na obsolescência de
estruturas an gas.
Schumpeter sugere que teorias enfa zando a compe ção monopolista e oligopolista podem distorcer a
compreensão do dinamismo do capitalismo. Ele não cri ca diretamente essas teorias, mas sugere que sua ênfase
pode obscurecer a função crucial desempenhada pela inovação disrup va. O processo de "Crea ve Destruc on" é,
para Schumpeter, o motor do progresso econômico que permite avanços signi ca vos na e ciência e produ vidade.
A perspec va schumpeteriana destaca que a compe ção entre empresas vai além da disputa por preços ou quotas
de mercado. Ela envolve a busca incessante por novas tecnologias, produtos e mercados. Ou seja, propõe que o
verdadeiro dinamismo do capitalismo reside na coexistência de compe ção e inovação disrup va. A destruição
criadora, longe de ser um obstáculo ao desempenho máximo na produção, é vista como o mecanismo pelo qual o
capitalismo impulsiona o progresso econômico.
4. Comente a proposição de Landes no “Prometeu Desacorrentado” – “Em geral, há razões para crer que, até muito
recentemente, os economistas e historiadores da economia tenderam a exagerar a importância da formação de
capital como motor do crescimento econômico. As pesquisas mais recentes mostram que o aumento de capital
responde apenas por uma fração dos aumentos do produto agregado, na verdade, o insumo do conjunto de fatores
tradicionais da produção – terra, mão-de-obra e capital – desempenha um papel minoritário no processo geral.”
R: Ao abordar a questão de “por que a Europa?”, Landes destaca vários elementos, incluindo a autonomia dos
governos, o desenvolvimento do método cien co, ins tuições sólidas, cultura, inovação, geogra a e educação. Ele
analisa a Inglaterra de forma mais especí ca, destacando vantagens materiais e valores não-materiais, como cultura,
ins tuições sólidas e uma sociedade que promove o mérito. Landes argumenta que a polí ca econômica liberal do
século XVIII, o crescimento do mercado interno, a ênfase em velocidade e transporte, e o papel avançado dos
bancos e do crédito bancário contribuíram para o excepcional desenvolvimento econômico inglês.
No contexto do crescimento econômico, Landes destaca a Revolução Industrial na Inglaterra e sugere que
historiadores podem ter exagerado a importância do capital como motor desse crescimento. Ele enfa za a
importância de pequenos progressos anônimos, muitas vezes subes mados, e argumenta que a produ vidade da
nova tecnologia e as habilidades superiores de empresários e trabalhadores foram mais relevantes a longo prazo do
que grandes invenções.
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P3 2017 – Respostas
1. Compare a visão de Schumpeter com a de Prebisch sobre o desenvolvimento econômico.
R: As perspec vas de Joseph Schumpeter e Raúl Prebisch sobre o desenvolvimento econômico divergem em vários
aspectos. Schumpeter, notável por sua Teoria do Desenvolvimento Econômico, destaca o papel central da inovação e
do empresário como impulsionadores do crescimento. Ele enfa za que as inovações, par cularmente aquelas
introduzidas de maneira disrup va por empresários empreendedores, são cruciais para desequilibrar a economia,
gerando ciclos econômicos e transformações estruturais.
Por outro lado, Prebisch, em sua evolução teórica desde uma abordagem neoclássica até a Teoria da Dependência,
concentra-se nas disparidades entre países desenvolvidos (centro) e em desenvolvimento (periferia). Ele argumenta
que a periferia está sujeita à exploração econômica pelos países centrais, destacando desigualdades nas relações
internacionais e na distribuição de bene cios do progresso técnico.
Schumpeter destaca a importância do empresário, caracterizando-o como um agente inovador, corajoso e orientado
para a criação. Sua teoria sugere que a inovação é essencial para deslocar permanentemente o equilíbrio
econômico. Prebisch, por outro lado, foca em estratégias nacionais para os países em desenvolvimento, propondo a
subs tuição de importações como meio de industrialização e enfa zando a necessidade de cooperação
internacional para superar as desigualdades.
Enquanto Schumpeter se concentra mais na dinâmica macroeconômica, Prebisch direciona sua atenção para
questões de relações internacionais e comércio internacional. Em resumo, as teorias desses dois pensadores
oferecem abordagens dis ntas para compreender e abordar os desa os do desenvolvimento econômico,
destacando a importância da inovação, do papel do empresário e das estratégias nacionais frente às disparidades
globais.
R: A abordagem de Raymond Vernon, expressa em sua teoria do ciclo de vida do produto, e as propostas da CEPAL
(Comissão Econômica para a América La na) nos anos 1950, liderada por Raúl Prebisch, apresentam perspec vas
dis ntas sobre o comércio e desenvolvimento econômico internacional.
Vernon propõe que o comércio e inves mento internacional são moldados pelos estágios de vida do produto,
dividindo-os em inovação, maturidade tecnológica e padronização. Sua teoria destaca a evolução do comércio, com
exportação inicial pelos países inovadores, seguida pelo inves mento estrangeiro direto nos estágios subsequentes,
in uenciando a localização da produção e o comércio internacional.
Por outro lado, a CEPAL, sob a in uência de Prebisch, inicialmente cri cou o modelo neoclássico, evoluindo para a
Teoria da Dependência. Esta teoria destaca as disparidades entre países centrais e periféricos, apontando que a
periferia, composta por nações em desenvolvimento, estava sujeita a uma exploração econômica por parte dos
países desenvolvidos. A CEPAL propôs estratégias de desenvolvimento, como a subs tuição de importações,
destacando a intervenção estatal e o planejamento como elementos-chave para promover o desenvolvimento
econômico.
Ambas as abordagens divergem na ênfase temporal, com Vernon focando nos estágios de vida do produto e a CEPAL
inicialmente cri cando o modelo neoclássico e, posteriormente, desenvolvendo a Teoria da Dependência. Vernon
destaca a evolução do comércio internacional em relação ao ciclo de vida do produto, enquanto a CEPAL enfa za a
necessidade de polí cas nacionais especí cas para promover o desenvolvimento econômico, retornando ao
conceito de centro-periferia nos anos 1980.
3. Apresente e comente os efeitos da abertura comercial dos países la no-americanos à luz das propostas do
Consenso de Washington e dos trabalhos de Katz e Rodrik.
R: A abertura comercial na América La na, alinhada com as propostas do Consenso de Washington, teve impactos
signi ca vos nas estruturas econômicas desses países, conforme analisado por Jorge Katz e Dani Rodrik. A
implementação de polí cas de liberalização, desregulamentação e priva zação resultou em mudanças estruturais
profundas.
Jorge Katz, ao examinar o contexto dos anos 1990, destacou a in uência da abertura econômica,
desregulamentação e priva zação, especialmente nos setores de energia e telecomunicações. A liberalização do
comércio reduziu os custos de importação de bens de capital, promovendo a entrada de inves mento estrangeiro
direto (IED) e es mulando inovações em produtos, processos produ vos e tecnologias organizacionais.
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No entanto, Katz também apontou para efeitos heterogêneos, evidenciados pela disparidade tecnológica entre
pequenas e grandes empresas e pelo fechamento de laboratórios de P&D após priva zações. A desver calização da
produção domés ca e a adoção de produtos e processos internacionais por empresas transnacionais foram
caracterís cas marcantes desse período.
Dani Rodrik, por sua vez, fornece uma perspec va crí ca sobre a abertura comercial. Ele reconhece o sucesso inicial
da Industrialização por Subs tuição de Importações (ISI) na América La na, mas argumenta que as crises
econômicas nas décadas de 1970 e 1980 não podem ser atribuídas diretamente à ISI. Em vez disso, ele destaca a
importância dos ajustes macroeconômicos e da capacidade de gerenciar con itos sociais internos.
Rodrik enfa za que a abertura, por si só, não é su ciente para garan r o crescimento econômico. Ele aponta para a
necessidade de polí cas macroeconômicas adequadas, destacando que países que enfrentaram problemas não
foram aqueles considerados insu cientemente abertos, mas aqueles que não conseguiram gerenciar
adequadamente os desa os da abertura.
A análise de Rodrik também compara estratégias de inves mento, evidenciando o sucesso do Leste Asiá co com o
crescimento liderado por exportações. Ele destaca a importância do papel do governo na promoção de
inves mentos, incluindo subsídios, liberalização, socialização dos riscos e incen vos scais.
Em resumo, a abertura comercial na América La na, alinhada com as propostas do Consenso de Washington, teve
implicações complexas. Enquanto trouxe bene cios como importação de ideias e convergência ins tucional,
também apresentou desa os, incluindo a dependência de fontes estrangeiras de conhecimento e a necessidade de
polí cas macroeconômicas e estratégias de inves mento bem planejadas para garan r um desenvolvimento
econômico sustentável e equita vo.
4. Comente: “Com a globalização em curso, haverá uma convergência entre as ins tuições dos vários países e os
respec vos Sistemas Nacionais de Inovação”.
R: Na visão de Katz e Rodrik, ambos os autores indicam que a globalização e a abertura econômica não
necessariamente levam a uma convergência automá ca nas ins tuições e nos Sistemas Nacionais de Inovação (SNI).
Katz destaca que, em meio à liberalização do comércio, desregulamentação e priva zação na América La na, houve
uma transformação no SNI, mas essa mudança não necessariamente resultou em uma harmonização completa com
os padrões internacionais. Pelo contrário, a dependência de fontes estrangeiras de conhecimento aumentou, e a
estrutura ins tucional mostrou-se heterogênea, com disparidades tecnológicas entre diferentes pos de empresas.
Rodrik, por sua vez, ressalta que a abertura não é su ciente para garan r o crescimento econômico, destacando a
importância das ins tuições domés cas na capacidade de um país de gerenciar os desa os econômicos. Ele
argumenta que as diferenças nas capacidades ins tucionais e na resposta aos choques econômicos entre países
podem ser atribuídas a fatores sociais mais profundos.
Portanto, a perspec va desses autores sugere que a convergência nas ins tuições e nos Sistemas Nacionais de
Inovação não é automá ca com a globalização. Pelo contrário, o processo é complexo e depende de uma série de
fatores, incluindo as polí cas macroeconômicas adotadas, a capacidade de gestão de con itos sociais, as estratégias
de inves mento, entre outros.
Em resumo, embora a globalização possa promover algum nível de convergência, especialmente na importação de
ideias e prá cas, as análises de Katz e Rodrik indicam que as diferenças ins tucionais persistem e podem até se
aprofundar, exigindo uma abordagem mais cuidadosa ao considerar os impactos da globalização nos Sistemas
Nacionais de Inovação.
P5 2017 – Respostas
2. “As trajetórias tecnológicas de longo prazo, assim como as tendências demográ cas indicam que, em larga
medida, estes movimentos são os principais determinantes do desenvolvimento econômico”. Comente esta
proposição à luz das abordagens de Smith, Malthus e Schumpeter.
R: Adam Smith, em sua obra "A Riqueza das Nações", destaca a importância da divisão do trabalho como um dos
principais motores do desenvolvimento econômico. A especialização e a divisão e ciente das tarefas dentro de uma
sociedade resultam em um aumento signi ca vo da produ vidade do trabalho. A inovação, mencionada por Smith
no contexto de aumento do "engenho" (habilidade) e desenvolvimento de máquinas, também desempenha um
papel crucial. Portanto, as trajetórias tecnológicas de longo prazo, impulsionadas pela divisão do trabalho, são
fundamentais para o desenvolvimento econômico, conforme destacado por Smith.
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Thomas Malthus, em seu "Ensaio sobre a População", aborda as questões demográ cas, observando que a
população tende a crescer em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumenta em progressão
aritmé ca. Ele destaca a inevitabilidade de pressões populacionais sobre os recursos, resultando em epidemias,
guerras e fome como mecanismos de limitação populacional. Nesse sen do, as tendências demográ cas,
especialmente as limitações dos recursos em relação ao crescimento populacional, são iden cadas por Malthus
como um determinante crí co do desenvolvimento econômico.
Joseph Schumpeter, por sua vez, introduz a ideia de "destruição criadora" em sua "Teoria do Desenvolvimento
Econômico". Ele argumenta que as inovações disrup vas são fundamentais para impulsionar o desenvolvimento
econômico. Schumpeter destaca a importância do empresário, um agente não conformista e não racional, que
introduz inovações signi ca vas no sistema econômico. As inovações maiores, que alteram paradigmas e criam
novas estruturas, são vistas como impulsionadoras do desenvolvimento. Portanto, as trajetórias tecnológicas de
longo prazo, caracterizadas por mudanças tecnológicas signi ca vas, são iden cadas por Schumpeter como
determinantes-chave do desenvolvimento econômico.
Em conjunto, as abordagens de Smith, Malthus e Schumpeter sustentam a ideia de que tanto as trajetórias
tecnológicas quanto as tendências demográ cas desempenham papéis essenciais no desenvolvimento econômico.
A divisão do trabalho, inovação e crescimento populacional são fatores interconectados que moldam o curso do
desenvolvimento econômico ao longo do tempo.
3. Comente a proposição: “A evolução das ins tuições depende, sobretudo, dos es mulos do ambiente econômico
domés co e internacional, ou seja, a história conta.”
R: A proposição "A evolução das ins tuições depende, sobretudo, dos es mulos do ambiente econômico domés co
e internacional, ou seja, a história conta" está alinhada com a perspec va de Douglass C. North, conforme
apresentada em "Ins tu ons, Ins tu onal Change and Economic Performance" (1990).
North destaca a importância do contexto histórico e das condições iniciais na evolução das ins tuições. A ideia de
dependência da trajetória (path dependence) ressalta que o desenvolvimento histórico de uma ins tuição é
in uenciado signi ca vamente pelas circunstâncias iniciais. Nesse sen do, o ambiente econômico domés co e
internacional desempenha um papel crucial na formação e evolução das ins tuições.
O autor argumenta que as ins tuições evoluem em resposta a mudanças nas condições econômicas e tecnológicas.
Os es mulos do ambiente econômico, tanto no nível domés co quanto internacional, podem gerar pressões e
incen vos para a adaptação ins tucional. Sociedades com ins tuições capazes de se adaptar a novas circunstâncias
tendem a ter melhor desempenho econômico, conforme indicado por North.
Além disso, a dis nção entre ins tuições formais (leis e regulamentos) e informais (normas sociais e costumes)
ressalta a complexidade do processo evolu vo. As mudanças ins tucionais podem ocorrer de maneira incremental
ao longo do tempo, consolidando determinadas trajetórias. O papel das organizações, como agentes que moldam e
são moldados pelo ambiente ins tucional, também destaca a interação dinâmica entre ins tuições e atores
econômicos.
Portanto, a história, entendida como o desenvolvimento histórico das ins tuições em resposta aos es mulos do
ambiente econômico, é fundamental na análise de North. A evolução das ins tuições é moldada pelos eventos
passados e pelas condições iniciais, in uenciando a forma como as sociedades respondem às mudanças e desa os
presentes no ambiente econômico, tanto a nível domés co quanto internacional.
4. Comente: “Há um con ito entre desenvolvimento e distribuição de renda, como apontam Sen, Pike y, Solow e
Schumpeter.”
R: Os autores Amartya Sen, Thomas Pike y, Robert Solow e Joseph Schumpeter, cada um em sua abordagem,
oferecem perspec vas relevantes sobre desenvolvimento econômico e distribuição de renda. Amartya Sen
argumenta que o desenvolvimento verdadeiro vai além dos indicadores econômicos, enfa zando a expansão das
liberdades e capacidades individuais. Embora não trate explicitamente da distribuição de renda, sua ênfase na
remoção de privações sugere uma preocupação com a equidade no acesso às oportunidades. Para este autor, o
desenvolvimento econômico viria como um meio para alcançar-se a liberdade.
Thomas Pike y, por sua vez, destaca a tendência à concentração de riqueza ao longo do tempo, especialmente pelo
fato de que a taxa de retorno do capital supera a taxa de crescimento econômico. Ele aponta para um con ito entre
a concentração de riqueza e os valores democrá cos, defendendo a taxação da riqueza como medida redistribu va
para preservar a equidade.
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As contribuições de Robert Solow e Denison se concentram nas fontes de crescimento econômico, com Solow
destacando a importância da mudança técnica. Embora não se aprofunde na distribuição de renda, sugere que
inovações podem resultar em disparidades entre bene ciários e desfavorecidos.
Schumpeter, ao introduzir a "destruição criadora", enfa za a importância das inovações e da compe ção no
processo de desenvolvimento. Embora não trate explicitamente da distribuição de renda, sugere que o
desenvolvimento econômico pode gerar desigualdades, especialmente pelo fato de que existem agentes
econômicos que se bene ciam rela vamente mais das inovações durante um período de ajustamento transitório
(no qual podem haver lucros extraordinários, monopólios etc).
Assim, mesmo que os autores abordem o desenvolvimento e a distribuição de renda de maneiras dis ntas, é
possível iden car tensões entre esses obje vos. O processo de desenvolvimento, frequentemente impulsionado
por inovações, pode alterar a distribuição de recursos e renda, destacando a necessidade de polí cas que busquem
equilibrar o crescimento econômico com considerações de jus ça social e equidade.
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