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Produção tributária- Transição da sociedade sem classe para uma sociedade constituída por classes sociais
Revolução industrial (mecanização)- Passa de um processo de produção em pequena escala (manufatura) à produção em
larga escala (mecanização e indústria)
• Primeira revolução industrial: acumulação de capital através do mercantilismo e aparecimento da máquina a vapor
fábricas = maior divisão do trabalho + aumento da produção
• Segunda revolução industrial: expansão do capitalismo competitivo à monopolista(exclusivo); progresso técnico-científico
• Factory Act (1833) proibiu o trabalho de crianças com menos de 9 anos na indústria têxtil, 10 aos 13 limitou a 48h/semana
e dos 14 aos 18 a 69h/semana.
Revolução industrial (condições de trabalho) - Todos os trabalhadores corriam risco de desemprego, sem qualquer apoio
social.
• Além disso: Os portões das fábricas fechavam-se aos trabalhadores atrasados • Multas por atraso • Despedimento por
estarem alcoolizados • Humilhação pública por trabalho insatisfatório • Punição física
Revolução industrial (proletarização)= deixaram de ter controlo sobre os meios de produção.
• Os donos das fábricas disponibilizavam o capital financeiro para garantir os meios de produção. Os trabalhadores apenas
trocavam a força de trabalho por um salário.
Revolução industrial (impacto na organização social) • Papéis de género
• Às mulheres cabiam os deveres domésticos, como cuidar da casa e das crianças
• Aos homens cabia garantir o sustento
Origem etimológica da palavra Trabalho: “tripalium” instrumento utilizado pelos agricultores para prender animais,
formado por três paus ou varas cruzadas; servia também como instrumento de tortura para prender os escravos
Definição de organização
• Sistema de atividades coordenada entre pessoas que estão dispostos a contribuir para uma ação e objetivos comuns
• Entidade social juridicamente definida (transcende membros individuais)
• Teoria organizacional conjunto de proposições que explicam como os grupos ou pessoas se comportam em diferentes
estruturas organizacionais em diferentes circunstâncias
Abordagem sistémica- Sistema – é uma unidade global (natural, social ou abstrata) organizada por inter-relações entre
elementos, processos ou indivíduos e que está em constante interação com aquilo que a rodeia
Organização como sistema
Teorias anteriores: a organização é independente do ambiente; teorias centradas nas operações internas
Teorias sistémicas: • A organização tem impacto no contexto e é influenciada por este. A organização é um sistema aberto,
i.e., funciona como ciclo de transformação de energia, matéria e informação, em constante troca com o seu ambiente. A
organização tem uma interação dinâmica com o ambiente: clientes, fornecedores, concorrentes, etc
Vantagens- Põe em evidência as relações da organização com o seu ambiente • Os conceitos de adaptação e homeostasia perm
compreender como as organizações tendem a transformar-se em sistemas mais complexos
Implicações- O papel do gestor passa a ser o de interpretar o que se passa em redor da sua empresa e o de gerir o delicado
equilíbrio entre as forças externas e os processos internos; O gestor é fundamental na manutenção do equilíbrio entre a
organização e o seu meio
Abordagem contingencial
Pressupostos
• Não há melhor forma de estruturar ou fazer funcionar uma organização
• Diferentes formas de estruturar e fazer funcionar uma organização são igualmente eficazes
• A melhor forma de estruturar e fazer funcionar uma organização é contingente (depende das características do contexto)
Burns e Stalker (1961) verificaram que dois tipos de organização, apesar de divergentes, podem funcionar eficazmente em
situações diferentes
• Nas indústrias dinâmicas – as condições económicas, técnicas e de mercado sofrem constantes alterações) as organizações
orgânicas possuem condições para um funcionamento eficaz
• Nas indústrias estáveis, do ponto de vista económico, técnico e de mercado, as organizações mecanicistas funcionam
adequadamente
Riscos profissionais
Agentes físicos
Radiações
Temperaturas extremas de frio ou calor
Ruído e vibrações
Movimentação manual de cargas elevadas
Contacto com energia elétrica de alta tensão
Agentes químicos
Chumbo e os seus compostos
Mercúrio e seus derivados
Monóxido de carbono
Agentes químicos perigosos
Agentes biológicos
Bactérias e vírus
Agentes psicossociais
Características do trabalho
Stress psicológico
Assédio moral
Riscos Psicossociais
Características inerentes às condições e organização do trabalho que afetam a saúde dos indivíduos, através de processos
psicológicos e fisiológicos
Exposiç
comportamentos ofensivos
• Supervisão abusiva
• Bulliyng
• Assédio moral, sexual e laboral
Saúde e bem-estar
• Stress e burnout
• Problemas em dormir
• Stress somático
• Stress cognitivo
• Sintomas depressivos
Ameaça do estereótipo
• Ameaça de confirmação, como auto-característica, um estereótipo negativo sobre um grupo. Ex: sugestão que pessoas +
jovens têm melhor memória afeta negativamente o desempenho ligado às capacidades de memória de pessoas + velhas
nas organizações:
Liderança e Sexismo
Estrutura da Organização (Hierarquia)
Negociação
Organizações orgânicas
• Estruturas flexíveis e adaptativas
• Pouco formalizadas
• Cargos continuamente definidos e polivalência de funções
• Fluxo de comunicação horizontal e vertical
• Elevada participação nos processos de tomada de decisão
• Coordenação obtida através de ajustamentos mútuos
• Confiança nas interações pessoais
• Adequadas a ambientes instáveis
Dimensão e estrutura
Quanto maior for a diferenciação vertical, horizontal ou geográfica, maiores serão as alterações e
modificações ao nível da estrutura
Quanto maior for a dimensão, maior é a diferenciação e a formalização
Quanto mais colaboradores, maior a tendência para o aumento dos níveis hierárquicos
Tecnologia e estrutura
• A tecnologia determina a estrutura e os modos de funcionamento organizacional
• Tarefas repetitivas e rotineiras: elevada complexidade da estrutura, grande diferenciação organizacional e
vertical da estrutura, elevada formalização e centralização das decisões
• Tarefas mais complexas: organizações menos centralizadas, possibilitando uma maior margem de liberdade aos executores
das atividades, menor número de níveis hierárquicos, menor divisão de tarefas e menor burocracia
Diferenciação horizontal
• Numa organização as atividades são agrupadas em unidades com uma dimensão suficiente para um funcionamento eficaz
(e.g., direções, departamentos, núcleos, etc.) • Cada uma dessas unidades caracteriza-se pela semelhança das funções e
tarefas em termos de conteúdo e de objetivos
Vantagens
• Clarificar a autoridade e responsabilidade
• Facilitar a comunicação e controlo
• Melhorar o processo de tomada de decisão
• Diferenciar o estatuto atribuído a cada atividade
Diferenciação vertical
• A divisão da organização em níveis hierárquicos prende-se com a natureza das tarefas exigidas a cada nível e com o grau de
autoridade e responsabilidade atribuídos a cada nível • Quanto maior é a organização, maior é a diferenciação vertical, i.e.,
mais níveis hierárquicos requerem maior necessidade de controlo • Quanto maior for a amplitude de controlo maior é o
número de subordinados supervisionados por cada chefia e menor é o controlo que cada chefia tem sobre a execução do
trabalho • Uma amplitude de controlo elevada (i.e., poucos níveis hierárquicos) corresponde a uma organização achatada e a
uma amplitude pequena corresponde uma organização alongada, dotada de uma rede escalar ou piramidal
Mecanismos de coordenação e controlo- • Trata-se do “cimento” da estrutura que liga num todo as diferentes partes da
organização
• Ajustamento mútuo: realiza a coordenação do trabalho pelo simples processo de comunicação informal
• Supervisão direta: mecanismo de coordenação pelo qual o indivíduo se encontra investido de responsabilidade pelo
trabalho dos outros
• Estandardização dos procedimentos: definição prévia do conteúdo do trabalho
• Estandardização dos resultados: definição prévia dos objetivos do trabalho
• Estandardização das qualificações/competências: definição prévia da formação dos trabalhadores
Fatores contingenciais
• Idade e dimensão da organização
• Sistema técnico: nível de regulação (formalização) e de sofisticação
• Meio: estabilidade, complexidade, diversidade e hostilidade
• Poder: controlo externo, necessidade de poder dos membros, permeabilidade
Configurações organizacionais
Estrutura simples
• Elementos constitutivos são o vértice estratégico e o centro operacional
• Divisão do trabalho é mínima
• Formalização do comportamento é quase inexistente
• Estrutura flexível, capaz de responder com rapidez às exigências de inovação simples
• E.g., empresas familiares, start-ups
Burocracia mecânica
• Elevada complexidade, formalização e centralização (trabalho dividido e especializado)
• Funcionam em ambientes simples e estáveis
• Constituída por todos os elementos da estrutura onde se destacam um apoio logístico volumoso, tecnoestrutura e linha
hierárquica extensa
• Limitações: rigidez de funcionamento, trabalho repetitivo
• E.g., indústria
Burocracia profissional
• Predominância do centro operacional
• Reduzida linha hierárquica
• Reduzida tecnoestrutura, mas extenso apoio logístico
• Coordenação com base na estandardização das qualificações (adquiridas no exterior)
• Descentralizada em termos de poder
• Adequada a ambientes estáveis
• E.g., hospitais, universidades
Estrutura divisionalizada
• Principal critério de agrupamento é o produto ou mercado
• Estandardização dos resultados é o principal mecanismo de controlo, descentralizado nos responsáveis pelas divisões os
pormenores operacionais
Adocracia
• Meios complexos e altamente sofisticados
• Pouca formalização, integra profissionais com elevada qualificação a quem são atribuídos projetos que implicam soluções
criativas
• Pressupõe colaboração e trabalho em equipa
• E.g., indústria espacial
Aptidões individuais
• Aspetos sensoriais (acuidade visual, sensibilidade auditiva, etc.)
• Aspetos motores (agilidade digital, precisão motora, etc.)
• Inteligência e linguagem (memória, capacidade de compreensão, inovação, espírito crítico, etc.)
Valores- Convicções fundamentais a propósito da conduta ou ação, individual ou socialmente consideradas desejáveis,
certas ou boas • E.g., liberdade, igualdade, obediência, etc.
• Allport et al. 1951 (hierarquizados de formas diferentes consoante pessoais, profissionais, sociais e culturais de cada
pessoa)
• Valores teóricos • Valores económicos • Valores estéticos • Valores sociais • Valores políticos • Valores religiosos
• Rokeach (1973)
• Valores fundamentais (objetivos desejáveis de alcançar por cada pessoa durante a sua existência, e.g., prosperidade,
autoestima, reconhecimento social, etc.)
• Valores instrumentais (modos desejáveis de comportamento como ambição, competência, independência, etc.)
Motivação
• Conceito central na área do comportamento organizacional: relação com a produtividade a qual pode ser alcançada por
duas vias:
1. Aumento dos inputs (capital, trabalho, recursos)
2. Aumento da eficiência na transformação dos inputs em outputs
Melhorar a produtividade passa pela gestão das pessoas através da:
• Melhoria das capacidades individuais
• MOTIVAÇÃO
Teorias da motivação
Hierarquia das necessidades de Maslow
Teoria ERG de Alderfer - Necessidades de existência (Existence) • Necessidades de relacionamento (Relatedness)•
Necessidades de crescimento (Growth)
Teoria dos motivos de McClelland- Motivo de sucesso • Resposta positiva à competição • Iniciativa • Assunção de
riscos moderados. Motivo de afiliação • Procura de relação interpessoais fortes • Mais importância atribuída às
pessoas do que às tarefas. Motivo de poder • Motivação para a liderança • Assunção de riscos elevados
Teoria bifatorial de Herzberg- Necessidades motivadoras (Sentimento de realização, reconhecimento, trabalho
variado e desafiante, desenvolvimento pessoa). Necessidades higiénicas (Relação com a chefia, relação com os
colegas, supervisão técnica, condições de trabalho)
Modelo das características da função de Hackman e Oldham ************
Teoria da equidade de Adams • Correspondência entre o investimento e ganhos de cada pessoa
• Equidade interna: comparação com outros membros da mesma organização (e.g., colega na mesma função)
• Equidade externa: comparação com membros de outras organizações (e.g., trabalhador com a mesma função de
outra empresa)
ModelO de Luthans e Kreitner- • Teoria da aprendizagem social- Aprendizagem operante: comportamentos
inicialmente aleatórios vão dando lugar a comportamentos mais frequentes por via do reforço.
• Reforço positivo: contingente ao desempenho
• Reforço negativo: suspensão de uma contingência indesejada face ao surgimento do comportamento desejado
• Extinção: retirada do reforço positivo tendo em vista a extinção de um comportamento indesejado
• Punição: consequência negativa face a um comportamento indesejado
Teoria do estabelecimento de objetivos de Locke e Latham- • Objetivos específicos vs. vagos • Objetivos difíceis vs.
fáceis • Objetivos SMART
Teoria das expetativas de Vroom- Teoria de base cognitiva que considera o comportamento e o desempenho como
resultado de uma escolha consciente
• Expetativa: probabilidade subjetiva percebida de que, se um determinado esforço for exercido o resultado será o
desempenho bem sucedido
• Valência: perceção de que a recompensa pelo esforço é positiva (valência positiva)
• Instrumentalidade: grau em que o resultado facilita o acesso a outro resultado (e.g., recompensa permite aceder a
algo desejado)
Teoria da avaliação cognitiva de Deci- • Intrínseco: lócus de controlo interno elevado à atribuição do
comportamento a necessidades internas que se traduz em esforço para satisfazer necessidades intrínsecas
• Extrínseco: atribuição do comportamento a causas externas à pode conduzir a um decréscimo da motivação
intrínseca
• Autodeterminação: escolha na iniciação e regulação das ações individuais (criatividade, autoestima, bem estar)
Modelos de análise
• Centrados no indivíduo: identificação de variáveis individuais e disposicionais ligadas à satisfação
• Centrados nas situações: análise das relações entre contexto de trabalho e níveis de satisfação (clima organizacional,
características do trabalho e informação social à ajustamento de crenças, atitudes e comportamentos no contexto de
trabalho)
• Centrados nas interações: análise do ajustamento entre características individuais e as situações à modelo sociocognitivo
A avaliação de desempenho é o processo pelo qual se mede a eficácia e a eficiência de uma organização (Almeida, 1996).
Cultura de Desempenho- Consiste em premiar os seus trabalhadores em função do que eles efetivamente realizam ou do
modo como contribuem para a concretização dos objetivos da empresa (Câmara et al., 2001).
Quais são os objetivos?
•Determinar o contributo prestado por cada trabalhador à empresa, durante um determinado período de tempo e baseia-
se na observação e análise do desempenho do trabalhador
• Aumentar o conhecimento das capacidades profissionais dos trabalhadores como base de informação para uma GRH
mais adequada às necessidades da empresa e dos seus trabalhadores
• Definir critérios uniformes e precisos para a evolução profissional
• Melhorar a comunicação no seio da empresa
• Orientar para o desenvolvimento de capacidades, contribuindo para a deteção de necessidades de formação
• Contribuir para a melhoria do clima organizacional
Vantagens- Para haver avaliação de desempenho é necessário que haja uma definição prévia de objetivos e/ou funções,
logo promove maior conhecimento do posto de trabalho
• Dá aos trabalhadores feedback da chefia quanto ao seu desempenho;
• Contribuiu para os trabalhadores terem maior consciência dos seus pontos fortes e dos fracos e para, assim, melhorarem
o seu desempenho.
A avaliação de desempenho é ... uma ferramenta de diagnóstico
Metodologia
• Entrevista de avaliação Avaliação Qualitativa ; Ficha de Avaliação Avaliação Quantitativa
Erros comuns de avaliação
• Estereótipo é uma forma de atribuição. O avaliador faz um juízo sobre um grupo como u
todo e aplica esse juízo a todas as pessoas desse grupo sem considerar as diferenças
individuais; outra forma de atribuição está relacionada com as crenças de quem avalia
• Efeito de Halo é a tendência para classificar uma pessoa uniformemente nas várias
componentes da avaliação, por efeito de uma apreciação global.
• Erro por semelhança acontece, por vezes, o avaliador e o avaliado terem aspetos em comum, o que pode levar a que o
avaliador se identifique com o avaliado
• Erro de primeira impressão ocorre quando a primeira ideia que se forma sobre a pessoa permanece imutável mesmo
depois dela sofrer alterações profundas
• Decisão prévia sobre a classificação global de desempenho antes da entrevista
• Hesitação em atribuir uma classificação realista quer devido ao resultado da mesma em termos de prémios salariais e de
progressão na carreira, quer para evitar conflitos e discriminações
• Pressões inflacionistas, o hábito de atribuir classificações elevadas no passado cria uma pressão para continuar a dá-las
no futuro
• Diferentes padrões de rigor, há avaliadores que utilizam uma bitola mais rigorosa do que outros na avaliação do
desempenho dos seus trabalhadores
Contrato psicológico- • “Crença acerca de obrigações recíprocas entre o empregado e a sua organização, obrigações essas
que têm na sua base promessas percebidas as quais, não são necessariamente reconhecidas pelos agentes organizacionais”
• ... são idiossincráticos e envolvem crenças subjetivas, i.e., o empregado e a organização podem ter conceções diferentes
sobre o que são obrigações partilhadas • Contudo... a perceção de obrigações recíprocas envolve algum tipo de troca
• Contrato psicológico à Contrato relacional e transacional
Foco; Duração; Consistência; Abrangência; Tangibilidade
•Contrato relacional: envolve troca emocional, perceção de obrigações, lealdade a longo-prazo em troca de segurança no
trabalho, evolução da carreira, formação e desenvolvimento
• Contrato transacional: envolve troca económica, de curto-prazo e de abrangência limitada
• O cumprimento do contrato psicológico corresponde a um julgamento acerca da “medida em que uma das partes
considera que a outra cumpriu as suas obrigações”
• Satisfação de necessidades psicológicas básicas de controlo, de pertença e de manutenção de relações estáveis
• Impacto positivo na relação entre o empregado e a sua organização
Violação do contrato psicológico- • Perceção de violação pode ocorrer por parte do empregado ou da organização devido
a problemas de comunicação, ambiguidade, ou existência esquemas divergentes à reação de choque intensa,
ressentimento ou raiva
• Consequências: baixa confiança, baixa satisfação, redução da performance; diminuição dos CCO e aumento do
comportamento desviante (comportamentos contraprodutivos)
Vantagens:
• Manutenção do controlo organizacional • Regulação da atividade organizacional • Adesão às regras, objetivos e papéis
organizacionais • Comportamentos congruentes com a identidade organizacional • Diminuição do conflito interno •
Melhoria do clima social da organização • Aumento do compromisso organizacional
Desvantagens:
• Desenvolvimento de preconceitos • Aumento do conformismo • Dificuldade de adaptação à mudança
Compromisso organizacional
Sequência de comportamentos ou cursos de ação percecionados como consistentes – tanto por observadores exteriores
como pelo próprio indivíduo – relativa à pertença do indivíduo à organização, i.e., envolve fazer escolhas comportamentais
e rejeitar cursos de ação alternativos
impacto
• Comportamentos extrapapel• Iniciativa pessoal• Implicação organizacional• Satisfação com o trabalho• Afetividade
positiva• Atenção• Motivação intrínseca (Flow)• Workaholism
Bem-estar emocional- Conjunto de sintomas que refletem a presença ou ausência de sentimentos positivos acerca da vida
Bem-estar psicológico- Relativo aos fatores individuais e pessoais do funcionamento positivo
Bem-estar social- Relativo aos fatores sociais e públicos do funcionamento positivo
Bem-estar
1. Context-free: bem-estar em termos gerais que não se restringe a nenhum contexto
2. Domain-specific: bem-estar específico de um domínio ou contexto de vida
Liderança
• O comportamento de um indivíduo quando está a dirigir as atividades de um grupo em direção a um objetivo comum
• Influência interpessoal exercida numa situação e dirigida, através de processos de comunicação, para atingir
objetivos específicos
• O incremento de influência sobre e acima da obediência mecânica às diretivas de rotina da organização
• O processo de influenciar as atividades de um grupo no sentido de levar à realização de objetivos
• Um processo multinível (dinâmico e evolutivo) de interação líder-seguidor (leader-follower) [indivíduo, grupo ou
coletivo] que ocorre numa situação particular (contexto) onde o líder (e.g., diretor, chefe, supervisor) e o seguidor (e.g.,
subordinado) partilham um propósito (e.g., visão, missão) e trabalham em conjunto para o atingir (e.g., objetivo, tarefa) com
vontade (i.e., sem coerção)
Abordagem dos traços universais- • Os líderes possuem qualidades especiais que os diferenciam dos liderados • Estas
qualidades pessoas, inerentes ao líder são transferíveis de situação para situação
5 principais traços dos líderes -Inteligência; Autoconfiança; Determinação; Integridade; Sociabilidade
Vantagens desta abordagem: • Abordagem intuitiva • Mais de um século de investigação • Dá pistas para o
desenvolvimento de líderes
Desvantagens desta abordagem: • Não relaciona os traços dos líderes com o resultado do processo de liderança •
Dificuldade em isolar o conjunto universal de características de liderança do contexto/situação em que a liderança ocorre
• Foco exclusivo naquilo que o líder faz, na forma como age e atua • Procura caracterizar o líder universal partindo da
observação dos comportamentos do indivíduo:
• Em situações de chefia formal - Líder formal
• Em situações onde exerce mais influência em grupos sem que exista uma designação formal de líder - Líder emergente
Determina dois tipos de comportamentos:
• Comportamentos relacionados com a tarefa que facilitam o cumprimento de objetivos (e.g., definir e estruturar o trabalho
dos subordinados)
• Comportamentos relacionados com a relação que ajudam os liderados a sentirem-se confortáveis consigo mesmos, com os
outros e com a situação (e.g., agir de modo amistoso e apoiante)
Autoritário explorador • Líder não tem confiança nos subordinados • Decisões e objetivos top-down • Relação caracterizada
por medo e desconfiança
Autoritário benevolente • Confiança condescendente nos subordinados • Processo de decisão top-down mas também
bottom-up • Alguma delegação mas com controlo apertado
Consultivo • Alguma confiança nos subordinados • Decisões tomadas na base mas controladas pelo líder • Alguma confiança
para discutir situações de trabalho • Utilização de recompensas e raramente punições
Democrático/Participativo • Confiança total nos subordinados • Subordinados participam nos processos de tomada de
decisão • Motivação com base na participação e envolvimento
Vantagens desta abordagem: • Dois tipos de comportamentos de liderança: dirigidos à tarefa e dirigidos à relação •
Abordagem simples e heurística que permite autoavaliação crítica, formação e treino
Desvantagens desta abordagem: • Pesquisa não suporta a relação entre comportamento do líder e eficácia (e.g., desempenho,
satisfação, etc.) • Falha (apesar da abordagem universal) em encontrar um estilo de liderança que possa ser eficaz em quase
todas as situações
• Orientação para a tarefa - • Necessidade de êxito na tarefa • Menor complexidade cognitiva • Autoestima aumenta quando
atinge os objetivos • Maior distanciamento psicológico
• Orientação para o relacionamento -• Forte necessidade de manter um bom relacionamento • Estimulação por atividades
cognitivas complexas • Motivação principalà sucesso interpessoal (êxito na tarefa é secundário) • Maior vulnerabilidade à
pressão social • Valorização da proximidade com os outros
Esta dicotomia expressa as atitudes, motivações e valores dos líderes e as suas características de personalidade (não os
comportamentos)
Vantagens desta abordagem: • “Liberta” o líder da necessidade de ser eficaz em todas as situações • Permite aos RH
desenvolver determinados perfis de liderança que se adequem melhor à organização
Desvantagens desta abordagem: • Não explica por que é que um estilo de liderança é melhor numa determinada situação •
Não explica o que fazer quando o estilo do líder e a situação não combinam • Traços não podem ser treinados • Alteração da
situação para combinar com o líder?
comportamento
• Diferentes situações exigem diferentes comportamentos de liderança • Um líder eficaz adapta-se às exigências da situação •
Líder deve combinar o seu estilo com o nível de compromisso e competência dos subordinados • Eficácia na liderança
depende da identificar quais as necessidades dos subordinados
Modelo situacional de Hersey e Blanchard
• A eficácia da liderança depende: • Da adequação do estilo de liderança (diretiva ou de suporte) • Grau de maturidade dos
subordinados
Liderança de suporte • Ajuda os subordinados a sentirem-se confortáveis com eles próprios, com os colegas e com a situação
• Comunica bidireccionalmente • Fornece suporte social e emocional • Pede inputs, elogia, partilha informação, escuta os
subordinados
Liderança diretiva • Dá instruções, estabelece objetivos e métodos de avaliação • Fixa prazos, define papéis • Demonstra
como atingir os objetivos • Comunica unidireccionalmente • Clarifica o que tem de ser feito, como tem de ser feito e quem é o
responsável por determinada tarefa
Vantagens desta abordagem: • Tem valor prescritivo, dá orientações claras e é facilmente aplicada em diferentes contextos •
Foca-se na importância da flexibilidade comportamental do líder, i.e., líderes eficazes adaptam-se • Reconhece as
necessidades específicas de cada subordinado e permite o seu desenvolvimento
Desvantagens desta abordagem: • Pouco suporte empírico • Fraca base teórica para a divisão dos diferentes níveis de
maturidade, de motivação e compromisso dos subordinados • Não considera variáveis demográficas que podem influenciar as
prescrições líder-subordinado
Liderança transformacional
dá mais atenção aos elementos carismáticos e afetivos da liderança • Enfatiza a motivação intrínseca e o desenvolvimento dos
seguidores • Vai ao encontro das necessidades atuais dos grupos de trabalho que querem ser inspirados a ter sucesso em
tempos de incerteza
“transforma os seguidores estimulando-os a irem além dos seus interesses pessoais através da alteração da moral, dos valores
e dos ideais, e motivando-os para além das suas expetativas”
Um líder transformacional:
É competente e expressa fortes ideais
Tem elevados valores morais e um forte sentido de identidade
Clarifica os valores e normas da organização
É eficaz a trabalhar com as pessoas (i.e., constrói confiança e promove colaboração)
Faz com que os seguidores transcendam os seus próprios interesses em prol dos outros
Cria uma cultura de capacitação e encoraja a discussão
Liderança transacional • Relação líder e liderados consiste num processo de troca • Líder apela aos interesses próprios e aos
interesses dos subordinados (líder dá algo que os subordinados valorizam em troca de algo que ele próprio valoriza)
Dimensões da liderança transacional -Recompensas contingenciais: grau em que o líder estabelece transações construtivas ou
trocas com os subordinados
Gestão por exceção: grau em que o líder leva a cabo ações corretivas com base nos resultados e envolve crítica corretiva,
feedback negativo e reforço negativo
• Gestão por exceção ativa: monitorização do comportamento dos subordinados, antecipa problemas e adota ações corretivas
• Gestão por exceção passiva: líder espera até que o comportamento dê origem a problemas e só depois atua
Ligação diádica vertical- O líder (L) desenvolve uma relação de trabalho individualizada com cada um dos seus
subordinados (S); As trocas, tando de conteúdo como de processo definem a natureza da sua relação diádica
Vantagens desta abordagem: • Chama a atenção para a importância da comunicação no processo de liderança • Resultados
positivos no desempenho, inovação, etc. • Avaliação da liderança numa perspetiva relacional
Desvantagens desta abordagem: • Formulação inicial da teoria não vai no sentido dos valores de igualdade e equidade (ligação
vertical diádica) • Favorece o desenvolvimento de grupos privilegiados na organização • Não propõe estratégias para integrar
subordinados no ingroup • Não fornece pistas sobre fatores contextuais que podem influenciar as relações de troca