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ou reproduzida - em qualquer mejo ou forma, seja rnecânico ou eletrônico,
fôtocópla, gravação êtc, - nem apropriada ou estocada em sistema de bancos
de dados, sem a expressa autorização da editora.
McKee, Robert
Storynomics: marketihg base�do errrhlstórias no
mundo pós-propaganda 1 Robert Mc�ee e Thom·as Gerace ;
traduqão Pearo Sette-G,âmara. -- Santos, SP : H1, 2021.
Título or.iginal: Storynomics.
l'SBN 978 65,..995113-5-1
1. Comunicação 2. Consumidores 3. Marketing 4. Marketing
- Administração 5.. Publicidade 1. Gerace; T'homas. lítulo.
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AGRADECIMENTOS p. 9
INTRODUÇÃO
A CRISE DO MARKETING p.11
PARTE1
A REVOLUÇÃO DO MARKETING
CAPÍTULO1
PROPAGANDA, A HISTÓRIA DE UM VÍCIO p.19
CAPÍTULO 2
MARKETING, A HISTÓRIA DE UMA FRAUDE p. 37
PARTE 2
A CRIAÇÃO DE HISTÓRIAS
HISTÓRIAS: A ADAPTAÇÃO EVOLUTIVA À CONSCIÊNCIA
CAPÍTULO3
A EVOLUÇÃO DAS HISTÓRIAS 'p.51
CAPÍTULO4
A DEFINIÇÃO DE HISTÓRIA p. 63
CAPÍTULO 5
A HISTÓRIA TODA p. 75
CAPÍTULO 6
A HISTÓRIA CONTADA COM PROPÓSITO p. 99
PARTE3
HISTÓRIAS NA PRÁTICA
INTRODUÇÃO p.135
CAPÍTULO7
AS HISTÓRIAS E O DIRETOR DE MARKETING p.137
CAPÍTULO 8
BRANDING HISTORIFICADO p.145
CAPÍTULO 9
PROPAGANDA HISTORIFICADA p.163
CAPÍTULO10
DEMANDA HISTORIFICADA E GERAÇAO DE LEADS p. 171
CAPÍTULO11
CONSTRUINDO O PÚBLICO p.191
CAPÍTULO12
VENDAS HISTORIFICADAS p.207
CAPITULO13
NOMICS p. 221
CONCLUSÃO p. 227
NOTAS p.233
Agradecemos especialmente a Mia Kim por sua liderança inspirada
e incansável de toda a empreitada Storynomics. Ainda estaríamos
fazendo rascunhos se Mia não tivesse nos posto para trabalhar.
Agradecemos a Linda Boff, da GE; a Raja Rajamannar da Mas
tercard; a Caleb Barlow, da IBM; a Jeanniey Mullen, da Mercer; a
Natalie Malaszenko, da Overstock; a David Beebe, da Marriott; e
a Patrick Davis, da Davis Brand Capital, que tiveram a bondade
de dividir seu tempo e sua sabedoria conosco. Agradecemos
também a Tricia Travaline, a Genevieve Colton, a Adam Vavrek, a
Ruben Sanchez e a Dara Cohen, que trabalharam duro para que
a empreitada Storynomics fosse um sucesso. Somos gratos a
Mareia Friedman e a Tom Hardej, que editaram nosso primeiro
manuscrito e ajudaram a manter a constância de voz, e a Carl
Rosendorf, a Ann Gerace, a Darryl Gehly, a Dan Baptiste, a Rob
Murray, a Caleb Gonsalves, a Lauren Meyer, a Michael Gowen, a
Kent Lawson, a Bob Dekoch, a Jim Rossmeissi, e a outras pessoas
na Skyword, Boldt, and Beyond, que leram as primeiras versões do
livro e deram um feedback de valor inestimável ao longo do ca
minho. E agradecemos a Jim Manzi por seu apoio inabalável e por
sua crença no poder das histórias para impelir mudanças.
páginas de trás dos jornais, dando aos editores uma fonte de renda
nova e crucial.
os jornais que anunciavam usavam a nova renda para reduzir os
custos de assinatura e, assim, vender mais jornais. Um alcance maior
significava influência maior, o que, por sua vez, permitia que os edito
res cobrassem mais pelos anúncios. À medida que os clientes enchia.rn
as lojas, os comerciantes compravam mais anúncios, os jornais pros
peravam, e o comércio enriquecia as colônias, que não paravam de
crescer. Não demorou para que a propaganda transformasse tanto os
jornais quanto as empresas que eles atendiam, até que os dois grupos
se tomassem interdependentes.
Benjamin Franklin, um dos editores de maior sucesso da época,
alavancou esse modelo com uma destreza especial. Ele ensinava pes
soalmente aos líderes empresariais as minúcias do marketing impres
so. Com as páginas de trás da sua Phz1adelphia Gazette enchendo-se
de anúncios, o jornal rapidamente se tomou o favorito da Filadélfia. A
partir desse sucesso financeiro, Franklin montou uma rede de jornais
intercolonial, da Carolina do Sul a Connecticut, o que lhe valeu o título
de Santo Padroeiro da Propaganda. 4
Ao longo dessa era, os mercadores perceberam que, quanto mais
destacado o anúncio, maior seu impacto, mas a prática padrão dos
jornais empacotava a maioria dos anúncios lado a lado nas últimas
páginas, com alguns artigos no meio. As empresas faziam experiên
cias com o tamanho, o desenho, a fonte e a localização na página dos
anúncios, buscando novas maneiras de impactar os leitores com suas
mensagens. Com o tempo, elas descobriram que a estratégia mais efi
caz era a interrupção: inserir os anúncios bem no meio do caminho
dos leitores enquanto eles liam um texto. Essa técnica prende o inte
resse do leitor com um artigo e, em seguida, interrompe-o no meio
da leitura com a mensagem de uma marca. A súbita intrusão no fluxo
de pensamento do leitor força a mensagem da marca para dentro da
consciência do consumidor.
Os editores, receando incomodar seus assinantes inicialmente re-
.SISti.ram '
a essa tática, mas, viciados que eram na receita da publicidade,
logo fizeram dessa prática uma norma do jorn
alismo, obrigando os lei
tores a pular da primeira página pelos anúnci
os para terminar um texto.
-----
PROPAGANDA, A HISTÓRIA DE UM VÍCIO
21
>
Lava qualquer coisa,
Não resseca a mão,
FLUTUA.
22
A REVOLUÇÃO DO MARK
ETING
PROPAGANDA, A HISTÓRIA DE UM VÍCIO 23
% de respondentes
Julho de 2013
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Amigos e família 53%
54%
Internet 68%
Entretenimento f;�::���'::�•�-=-•
(programas de TV/ filmes)
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21%
Mala direta , 20%
i-----►18% 26%
Newsletters de e-mail
Celebridades
Newsletters de texto
Média global
Nenhum dos anteriores
OS CONSUMIDORES
RESISTEM
Em 2006, porém, novas tecnologias apareceram para ajudar os consu
midores a evitar os anúncios. O TiVo, dispositivo de gravação de vídeo,
anunciava sua capacidade de "pular trinta segundos" como um bene
fício-chave. Os provedores de cabo logo lançaram o video sob deman
da (VOD}, para que os assinantes pudessem evitar os anúncios com
toda facilidade. Um estudo da Associação de Anunciantes Nacionai§
e da Forrester Research mostrou que os marqueteiros viram a adoção
desses serviços com um pessimismo nervoso. 70% dos anunciantes
pesquisados achavam que os DVRs e o VOD "reduziriam ou destrui
riam a efetividade" do anúncio tradicional de trinta segundos. 6
Em 2006, a Advertising Age previu o seguinte: "Quando o uso de
DVRs atingir trinta milhões de lares nos EUA, o que é esperado nos
próximos três anos, quase 60% dos anunciantes dizem que vão gastar
menos em anúncios convencionais de TV; desses, 2% cortarão seus
orçamentos em pelo menos 25 % ".
A revista Time reportou que, de 2009 a 2013, o custo médio de
um comercial de TV de trinta segundos em horário nobre caiu 12,5%.
Quando a queda nos preços dos anúncios reduziu as receitas nas redes
PROPAGANDA, A HISTÓRIA DE UM
V(CIO
25
$724.06
$687.19
$642.86
$591.07 :1
$550.51
$513.56
7.4%: 8.8%
5.5% 6.9% 5.4%
26
e que o s marqueteiros
tenham gasto a soma re
Em 2 01 6, projet ou - s
em propagan da no mundo inteiro.
cor de de 605 bilhões de dólares
erou pela primeira vez o gasto com
O gasto com anúncios digitais sup e
s continuando a transferir- s para
anúncios de TV, com os orçamento
jetou- se que a propaganda con
o Facebook e para o YouTube. E pro
10
A REVOLTA
DOS CONSUMIDORES
Emb�ra a inte�et, no começo, tenha conectado o planeta e oferecido
velocidade suficiente para os consumidores navegarem e lerem aro· gos,
as cone"r�es nao
- eram rapidas
, o bastante para uma entrega de vídeo con-
,
fiavel. �te mesmo vídeos curtos do YouTube precisavam de al tempo
para e arregamento, a fim de não pararem durante a repr=ão
ª
;ror /m, em 2005, a adoção da band 1arga domestica , • superou a in-
temet discada nos Estados Unidos• Co essa conexao mais rápida, veio
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algo que mudou o 1· ogo para os consurmd ores.• a possi.bilid ade de escolher.
. . .
Considere a Netflix ' 1ançada llllc ialmente como semço de assina-
ttrra de DVDs em 1999, competmd .
. de alugue! ví 12 o com a Blockbuster e com outras
1OJas de deo. Com a adoç~ao d.a b anda larga agora em escala,
a Netflix lançou em 2007 um serviço .
novato de streaming, oferecendo
PROPAGANDA, A HISTÓRIA DE UM VICIO
27
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Tradução:
Hulu
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Obrigado por canc
Thomas, e s eremos
20 14, vo e � fez algo pelo qu
Em 3 de julho de � ura da Hulu.
_ vo ce cance I ou sua assinat
eternamente gratos
A REVOLUÇÃO DO MARKETING
30
O FUNDO DO POÇO:
O DECLÍNIO DA MÍDIA
TRADICIONAL
gou à intemet, ofere-
Em 22 de janeiro de 1996, o New York Ttmes che
na noite de sua
cendo a leitores do mundo inteiro acesso às notícias
publicação. A circulação dos jornais americanos caiu 37% entre 1990
e 2015, à medida que os consumidores migraram para a intemet, com
a queda mais rápida no número de assinantes acontecend o em 2005. 21
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'99 ' 00 '01 '02 '03 '04 '05 '06 '07 '08 '09 '11 '12 '13 '14 '15 '16
Ano
Fonte: Editor & Pub llshe
r.' AAM; Pew Research
C Statista 2017 Center
Informações adicionais
Estados Unidos; Editor & Publish er, AAM;
Pew Research Center 1985 a 2016
PROPAGANDA. A HISTÓRIA DE UM VÍCIO
31
60
1.5 2
20 Digital
10 Impresso
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
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50-54 35-39 25-34 18-24 12-17 2 -11
PROPAGANDA, A HISTÓRIA DE UM VÍCIO
CEGUEl'RA PARA
BANNERS E BLOQUEIO
conhldo, a revolta dos consumidores contra a propaganda não se li
mita à adoção de serviços de streaming de vídeo e de música. Desde
2008, os marqueteiros monitoram um fenômeno chamado de cegueira
para banners, no qual os leitores de uma página da web literalmente
olham em volta dos anúncios quando visualizam uma página. Estu
dos de monitoramento dos olhos, que usam tecnologia para monitorar
qual parte de uma página da web os usuários efetivamente veem, fo
ram os primeiros a identificar o fenômeno.
Um estudo da Infolinks verificou que, "depois que lhes era pedido
para recordar o último anúncio visto, apenas 14 % dos usuários conse
guiam dizer o nome da empresa, da marca ou do produto, sugerindo
que as empresas estão desperdiçando milhões de dólares em anúncios
de que os consumidores não se lembram".
26
ento dos
Estudos de monitoram
s mostram que
movimentos dos olho
anúncios
os leitores ignoram
34 A REVOLUÇÃO DO
MARk
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�2009 r Jul 2010 Jul 2011 Jul 2012 Jul 2013 Jul 2014
Jan 2010 Jan 2011 jan 2012 Jan 2013 Jan 2014 Jan 2015
O que se verificou:
• Globalmente, o uso de bloqueadores de anúncios cresceu 41% ao ano
(2 Trim. 2014 - 2 Trim. 2015)
º °
• Em junho de 2015, havia 198 milhões de usuários mensais ativos para as principais
extensões de navegadores que bloqueiam anúncios
PROPAGANDA, A HISTÓRIA DE UM VÍCIO
35
A CRISE
DE MARKETING
Durante três séculos, a maioria das empresas usou a mesma aborda
gem para alcançar, adquirir e reter consumidores: elas anunciaram
para eles. A abordagem era s�ples e constante. Os marqueteiros
identificavam as histórias no noticiário e no entretenimento de que
seus clientes mais gostavam e então interrompiam essas histórias com
anúncios que descrev iam seus produtos e serviços. Ao mostrar esses
anúncios repetidamente a clientes em escala, eles construíam uma
percepção de marca crescente. Se criassem anúncios que se conecta
vam emocionalmente com os clientes, a percepção de marca se toma
va afinidade de marca.
A crise da propaganda hoje também criou uma crise sem prece
dentes no marketing. A propaganda era um método comprovado de
alcançar públicos desde que Benjamin Franklin publicava jornais.
Quando os consumidores bloqueiam e ignoram anúncios, e até pagam
o
para evitá-los, os marqueteiros têm de correr para encontrar um nov
ser
jeito de alcançar seus clientes. Marcas que não se conectarem vão
o.
superadas por marcas desafiantes que descobrirem o segred
2 ·
UMAFRAUD
MARKETING, A HlSTÔRlA OE UMA FRAUDE
37
mundo real e, quando elas não batem, eles zombam das marcas que os
manipularam com resenhas cáusticas dos produtos, tuites públicos
e
posts no Facebook. Com décadas de promessas falsas, os marqueteiros
treinaram os consumidores para desconfiar da propaganda.
MARKETING, A HISTÓRIA DE UMA FRAUDE
39
OSDO ST POS
DEFRAUDE
DE A ETING
Historicamente, os marqueteiros impeliram as vendas por meio de
dois tipos de pretextos, um racional e outro emocional. Este capítulo
olha cada uma dessas abordagens, por que elas funcionaram no pas
sado e por que falham hoje.
. Co unicação racional
A teoria clássica do marketing traz a seguinte premissa: os seres huma -
nos tomam decisões racionalmente e, diante de uma escolha impor
tante, juntam fatos relevantes, pesam alternativas, e então escolhem
a melhor opção. Assim, para convencer os consumidores, apresente
suas afirmações de maneira factual, lógica, científica.
2. Comunicação emocional··
os dentes?
c:zc
1
O mesmo se .aplica à dor física. Na Universidade Harvard, Kurt
Gray e Daniel Wegner administraram choques elétricos aos partici
pantes de um estudo. O estudo juntou 48 cobaias com uma dupla num
cômodo à parte que tinha a opção de tocar um tom audível para eles
l
de marketing?
46 A REVOLUÇÃO DO M
ARKETING
HISTÓRIAS
,
HISTORIAS: -
AADAPTAÇAO
EVOLUTIVA
À CONSCIÊNCIA
-
11111
3 •.• . .
A· EVOLUÇAO
DAS HISTO.RIA:
A EVOLUÇÃO DAS HlSTÓRIAS 51
AT01:
O PRIMEIRO PENSAMENTO
HUMANO
Os sistemas nervosos de bilhões e bil
hões de criaturas evoln, �...ampara
uma capaci. dade cada vez ma ior ao lon
go de centenas e centenas d
milh-oes de anos. Então, cerca de dois a três e
milhões de anos atrás, mu-
danças planetárias importantes forçaram os
sistemas nervosos cen
trai s dos bípedes antropoides a acrescentar mas
sa cerebral, cinzent a
e branca, a uma taxa média de um milímetro a cada
três mil anos. 43
A parte mais dianteira do córtex pré- frontal, conhecida como
Área
10 de Brodmann, fica bem atrás da testa. Durante a evolução human
a,
suas seis camadas corticais expandiram-se de forma colossal, tanto
em tamanho quanto em reticulação, forçando o crânio a ficar largo e
alto. Com o tempo, mutação a mutação, o telencéfalo hominídeo ga
nhou um litro inteiro de massa e ficou tão tumescente, tão complexo
estruturalmente, com suas cem bilhões de células tão interconectadas,
que o cérebro, tensionado ao máximo, irrompeu com o primeiro pen
samento humano: eu sou.
De súbito, a consciência silenciosa de "eu" transformou um cére
bro numa mente, e fez, de um animal, um humano. Animais reagem a
objetos a sua volta, mas o cérebro humano fez de si mesmo um objeto.
A consciência, na verdade, dividiu-se em duas. 44
A autoconsciência é como uma esquizofrenia branda. Quando
você
• olha para dentro de si e matuta o pensamento "seu idiota!'.' -
,
quem está zangado com quem? Quando voce" esta' contente consigo
o
quem dá um tapinha nas costas de quem? Quando voce.. fala sozinh ,
quem ouve ? Como funcionam essas transações interiores?
. , no fulcro 1.rre _
Mais ou menos assim: por trás da sua mente ativa
ainento
dutível da sua humanidade, uma percepção observa cad.ª pe, n. s,, d sua
a
e ato seu. Esse "eu" nuclear é, por assim dizer, o "propnet an o etiVO
. sub�'
mente. Como se olhasse por um prisma intenor, esse "eu" ga"nget'
• ,
- d. e s1- mesmo, e ent-ao observa esse Dopp u ''eU,
el
destaca uma versao
se
pensar,• escolher e agir no mundo. O "eu" nuclear ent ao - J·wga rneil'
. ente, tenta ndo mu da r s e u s pensa
exterior, posit iva ou negat ivam
• , tos e seu comportamen• to. . a
. estranha que
is
A observação de s1 mesmo do "eu" nuclea r, p or m sO'
u a n do v,0 cê
..
e, q
pareça, é tanto natural quanto persistente. Essa noi·t
e
AT02:
O SEGU DO PENSAMENTO HUMANO
Na esteira de "eu sou", veio o segundo pensamento humano: ... e algum
dia meu tempo no tempo vai acabar. Não muito depois do nascimento
da autoconsciência, a consciência do tempo inundou a mente huma -
na, trazendo com ela o pavor. O medo é uma emoção que sentimos
quando não sabemos o que vai acontecer; o pavor é a emoção que nos
domina quando sabemos o que vai acontecer e não há nada que pos
samos fazer para impedir. E um pavor é certo: nossos dias vão parar
como um relógio sem corda.
Antes da autoconsciência, os ancestrais no Plioceno, assim como
todos os animais, viviam no conforto corpóreo de um presente perpétuo.
Porém, quando o senso de "eu sou" separou a autoconsciência de seus
A CRIAÇÃO DE HISTO"
S4 "'As
não apenas o futuro é duvidoso, mas também não se pode confiar nas
superfícies de pessoas e de coisas; que nada é o que parece.
O que parece é o verniz sensorial daquilo que vemos, daquilo que
ouvimos, do que as pessoas falam, do que as pessoas fazem. O que é se
esconde atrás do que parece. Porque a verdade não é o que acontece, mas
como e por que o que acontece ocorre. Sem a ciência e sem a religião para
explicar as causalidades não vistas da vida, a mente subitamente auto
consciente deve ter se agitado, confusa, com o caos, os enigmas, a falta
de sentido e a brevidade que tomavam a vida impossível de ser vivida. A
mente teve de encontrar um jeito de encontrar sentido na existência.47
AT03:
A MENTE QUE PRODUZ HISTÓRIAS
Foi aí que a história veio em socorro. Gene a gene, a seleção natural
implantou os mecanismos mentais da. produção de histórias no nos
so DNA. Como diz David Buss, produzir histórias é·" ... um mecanismo
psicológico evoluído, um conjunto de procedimentos dentro do or
ganismo projetado para pegar uma fatia específica de informação e
transformá-la por meio de regras de decisão num output que anterio r
mente ajudou com a solução para um problema adaptativo. Um meca
nismo psicológico existe nos organismos atuais porque, na média, ele
levou à solução bem-sucedida de um problema adaptativo específico
dos ancestrais daquele organismo". No caso dos seres humanos, o pro
blema era o caos e-o medo da morte.
Os mecanismos de historiflcação da mente funcionam da seguin
te maneira: ao longo do dia, o corpo absorve milhões de bits de estí-
mulos sensoriais crus. Em algum lugar abaixo do nível da consciêllCͪ,
ª mente examina toda essa massa e impõe regras de decisão que se
param O relevante do irrelev ante. Ela ignora 99% de todos os·dados e
concentra-se naquele 1% que chama a ate
nção.
E 0 que chama a atenção? A mudança. En quanto as coud.i· O�es
Ç
permanecem seguras e constantes, pros l,
seguimos na vida norma rnas,
A EVOLUÇÃO DAS HISTÓRIAS
55
-
56 A CRIAÇÃO DE HI
ST<'.)
�l�a
AS OITO CAPACIDADES
QUE ANIMA AS HISTÓRIAS
A fim de histori.ficar o pensamento, a mente desenvolveu e aperfeiçoou
oito poderosas faculdades. Quando usadas em concerto, elas interco
nectam nossas impressões das pesso as, dos lugares e das coisas espa _
lhadas pelo nosso passado, presente e futuro no conjunto coerente que
chamamos de realidade.
,
1. Autoconsciência: a capacidade de distinguir o "eu, subjetivo e
nuclear da mente de seu "eu" objetivo e público e de observar
o "eu" exterior como se fosse uma personalidade separada.
A autoconsciência, como notamos acima, veio com o pri
meiro pensamento humano. Embora o tempo altere o "eu" ob
jetivo, o "eu" nuclear sente que vive inalterado e fora do tempo.
Mesmo assim, "eu" também percebe que não pode existir sem
seu "eu" objetivo, e por isso teme sua perda .
Com o tempo, o pensamento historificado remoldou a
percepção, e a mente encontrou sentido na existência e na
crença na vida após a morte. Com o propósito de um lado, e a
imortalidade de outro, a humanidade enfim assumiu seu lugar
no tempo.
guia ª
acontecido com você. 53
Para o contador de histórias, a percepção do outro
. - lizam a s
cnaçao dos personagens que fazem as escolhas e rea
ações que levam a cabo a história.
ências.·
3. Memória: a capacidade de guardar e de recordar as experi
A CRIAÇÃO DE HISTÔRIAs
b
◄
60
A CRIAÇÃO DE HIS
TÓRIAS
A MENTE MOVIDA
A HISTÓRIAS
A mente constrói histórias para tapar a lacuna entre si e o universo,
entre si mesma e o passado, o presente e o futuro. A forma de história
impõe ordem ao caos, porque ela penetra o enigma do ''parece" para
expressar a causa e efeito do "é" e unifica os acontecimentos para tirar
sentido da ausência de sentido. O conhecimento expressado na forma
de história reúne outros seres humanos em tomo de seus temas, unin
do comunidades e construindo culturas.
Assim, num contexto de marketing, a lição é a seguinte: a comu
nicação historiflcada é a forma mais poderosa de transmitir mensa
gens, porque as histórias se encaixam na mente, e essas se encaixam
porque, antes de tudo, a mente converte a realidade em histórias.
É uma tautologia. Como diz Hamlet, "nada existe que seja bom ou mau,
é o pensamento que decide".
É por isso que somente as histórias representam um jeito de sair
das
da crise de marketing atual - desde que você domine a estrutura
histórias e o funcionamento da contação.
A DEFINIÇA0.
DE HISTORIA�
A DEFINIÇÃO DE HISTÓRIA 63
UMA HISTÓRIA
NÃO É UM PROCESSO
Peças movendo-se por uma linha de montagem para virar um carro,
com parafusos, tarraxas e rebites, não são uma história. A montagem
é um processo horizontal. Assim como uma história, essa operação
tem começo, meio e fim, e passa de um estado aberto a um estado
fechado - nesse caso, de desmontado para montado. Porém, ao con
trário de uma história, um processo não tem nem um desejo, nem
um conflito, nem um personagem nuclear. O resultado é que a vida de
ninguém é tocada ou alterada. Um processo se desenvolve, enquanto
uma história progride.
UMA HISTÓRIA
NÃO É UMA HIERARQUIA ·ros
Quando lhes é p e dido que contem a história de sua e mpresa, �;ró
executivos simplesmente recorrem ao organograma. Para eles, ª. ões e
c
ria" corporativa descreve como as coisas são feitas e como as de � ão
anizaç
as tarefas sobe m e descem na pirâmide do poder. Pore, m , a org o, uJ1l
c as
corporativa é simplesmente outro tipo de processo - nesse
A DEFlNIÇÃO DE HISTÓRIA
65
UMA HISTÓRIA
NÃO É UMA CRONOLOGIA
Ao ouvirem a mesma pergunta, outros executivos recitam a história
da empresa. Porém, a cronologia de uma empresa, especialmente o
tipo de cronologia que se encontra em prospectos de investidores, é,
outra vez, apenas mais um processo. Nesse caso, é um processo tem -
poral contado como uma lista de marcas de crescimento acumuladas
ao longo de uma sequência de datas.
UMA HISTÓRIA
NÃO É UMA JORNADA
Jornada, palavra da moda, é uma elegante falsa metáfora para "história
de vida". A vida, é claro, não tem nada a ver com uma jornada. Se nos
sos dias têm algum padrão, eles ziguezagueiam elipticamente à medi
da que vamos para a esquerda e para a direita, em busca de realizações,
de amor e de segurança.
Eufemismos como jornada separam a mente das realidades desa
gradáveis que a circundam e, assim como.as palavras bonitinhas que
usamos quando ensinamos as crianças a usar o banheiro, eles têm seu
lugar entre as pessoas relevantes. Porém, o protagonista de uma his
tória bem-contada não é um passageiro passivo, pois ele-luta de forma
dinâmica através do tempo e do espaço para realizar seu desejo.
UMA HISTÓRIA
"NÃO É U A NARRATIVA
Mu itas campanhas de marketing fracassaram porque uma agên
cia de publici dade não sabia a diferença entre narrativa e história.
66
Desenho
Tema Efeito
dos acontecimentos
! i min ª t ó
-s ced ido : seus Oa kland .Ns che�a: - s u c e s s o/ fraC
bem u
a carreir a e �:
ane
O val or n u cle ar d
World Series.
ibrado.
- permanece equil
A DEFJH1ÇÃO OE HISTÓRIA
69
FA se CINCO: a prim
eira ação
Pr1_ nc1 , .
·•pio pri• mordial: escolha tat1ca
A
fun de ree ta uma ação '
quilibrar a vida, o personagem nuclear execu
r\
de seu mundo que ou vai entregar seu objeto de desejo, ou, no mín imo
dos mínimos, vai dirigi-lo para ele.
o homem que mudou o jogo: Beane, baseando-se nas escolhas sa
bermétricas de Peter Brand, contrata jogadores marginais e negligen
ciados para substituir as estrelas que saíram do time do ano anterior.
'71
HISTÓRIAS EM
FORMATOS LONGOS
Princípio primordial: Ação/Reação Progressiva
Numa obra mais extensa, as fases sete e oito repetem-se com alguma
diferença e aprofundam a contação, chegando enfim ao clímax. De
novo e de novo, as reações do mundo derrubam as expectativas do
protagonista. As novas ações que ele toma e os efeitos surpreendentes
que elas causam balançam seus embates dinamicamente de um lado
para o outro, entre cargas positivas e negativas, que crescem com for
ça prog ressiva. Revés atrás de revés, contrariando e contrariando as
expectativas, a pressão chega ao ponto de ruptura, até que ele to ma
um a decisão na crise de executar uma ação de clímax final que, de ma
neira irreversível' obtém' ou não' seu objeto de desejo. •
. tona
H1s • • a: o que se segue e' um exemplo real de m-
- · que se •mtens1f1c
tensificação com vários pontos de virada desenrolando-se ao lon�o de
mlllt· os anos. Veja se você consegue ad1v . .mhar quem é O protagomsta a
Part ir do feitio dos acontecimentos, muito divulgados na epoca.
Público-alvo: o público em geral.
A CRIAÇÃO DE HIST
72 ÓRIAS
73
Décima Reação/Clímax e En
cerramento: eles lh e ctao
sucesso. ~ seu m a10r
E.5ta, como você há de reco
nhecer, é a hist,on•a de H w
o ard Schultz
e do Starbucks.
A mai pa rte do marketing
�� usa histórias curtas e comp
mundo pratico dos negócios, actas. No
a brevi dade do tempo de um • .
JUil anuncio ,
· to com os cu stos altos dos cri
ativos e da produção, limita as
histó-
rias de marketing a um ou dois po
ntos de virada.
SENTIDO
As oito fases de uma história criam sentido desta mane
ira: primeiro,
no coração de todas as histórias pulsa ao menos um valor binári
o:
vida/morte, liberd ade/tirania, sucesso/fracasso, verdade/mentira,
amor/ódio, etc. Esse valor muda sua carga de negativo para posi
tivo, ou vice-versa, durante a contação. Exemplos: o movimento de
morte para vida num conto de aventuras como Indiana Jones; o giro
de liberdade à tirania num drama político como 1984, de Orwell; o
crescimento de fracasso para sucesso numa história de carreira como
O homem que mudou o jogo.
Segundo, a dinâmica de causa e efeito dentro dos acontecimen-
tos da história expressa os cornos e os porquês, o "porquê" da mu
dança. Exemplos: Indiana Jones vive para lutar mais um dia, porque,
sob pressão, ele é corajoso, inteligente e não perde a cabeça; Wms
ton Smith submete-se à tirania, porque é vulnerável à crueldade do
Grand e Irmão; os Oakland A's vencem o campeonato e Billy Beane
salva sua carreira, porque nunca perde a 1+,e em seu 1·u1gamento. Essa
. .
mai s cau sa, e xpr essa o se ntido de
afirmação clara e simples, de valor
uma história em uma frase.
epleto de sentido e
O capítulo 6 demonstrará como um clímax r
-
. .
envolto em emoção dirige , . ...,.,-unii
co.1L:> LU.......dor para uma aça- 0 pro
o publico . . o, o capítulo
. . auv
ve1tosa. Porém para prepara r aquele úl urno passo cn.
, e urna
seguin.
te primeiro vai desempacotar cad ª um a das 01to• fases d
TEMPO
O cenário de uma história envolve duas dimensões do ten1po: local
e duração.
1. Local no tempo
A vasta maioria das histórias acontece no aqui e agora de SUa
,. ea. 0utras acontecen1 nu111 a1nbiente
soci edade conten1poran
. . ético,
histórico ou num futuro h1pot .• e a. lgumas no n1tmdo atem-
poral da fantasia.
2. Duração no tempo
A duração da história diz respeito quant ª . o te. . mp
.
. . 0 a c ontaçfio
abrange a vida dos personagens, enl eontraste com qtt·'ait
to
p o de.· cont··.aç·a,.o
,, de
v"i
t empo ela leva para s e r contada. O tei n
uma série
meros segundos no YouTub e até cerca' de cem l1oi·a•s. 'n
de formato longo para TV . á ia s tem p or. a '
d·is • com algu-
con1 v, r
mas exce ções, a vida abrangic1 a pe l ª conta ·· 1ú1to mais
. ç,-:-ao t. e11111
tempo do que a contação.
A CRIAÇ ÃO DE HIST ÓRIAS
78
1. Local físico
ente no palco ou em sitcoms, de-
Muitas histórias, especialm
-s e nu m ún ico es pa ço fec hado: uma sala de estar, por
senrolam
mapas espalhados pelo chão,
exemplo, em que familiares, com
ias. Por outro lado, a maio
discutem um lugar para passar as fér
para a pág ina pula de
ria das histórias contadas para a tela ou
uanto a família
um lugar para o outro: a frente da garagem, enq
jantar
põe as malas no carro, seu piqu enique numa praia, seu
no restaurante à beira -mar etc.
2. Local social
Todo ambiente físico também contém um ambiente social,
uma lista de personagens definida por fatores demográficos
como idade, gênero, renda, emprego e etnia. Mais ainda, esse
elenco vive numa cultura definida antes de tudo por seus va
lores - sua idealidade, em contraste com sua realidade ' aqui-
lo que seus cidadãos J.ulgam que devenam
.
fazer, em contraste
com aquil. o que eles efetivamente fazem.
O VALOR NUCLEAR
As dimensões fís ica e socia
l conso1id · am uma história num tempo e num
lugar, mas um cenário só
se torna tn"tlimensional quando o contador
acrescenta estofo na to
nna de valores
eorno mencionado n
o capítu10 3, nas con
do alguém diz que versas cotidianas, quan-
um ind•lVÍduo ou
essa pessoa q uer uma instit
• . uição tem "val or es " ,
diz er q uali. dades
amor' generos1. da • • , como autenticidade,
p ositivas
de, tr abalho d
.
dor de históna uro ' lealdade, etc. Porém para o ena-
s, os valores q ' ,.
ue ele investe e
m sua contação não ve m
A HJSTóRtA TODA
79
OP ROiAGONISTA .
A. �11e1 . e.
hor rnan
•
u m e le n co e, como um
rra de ,imaginar o desenho de
·h-1
siste. rn · nagens c
oadju-
a sol de
vantes) . ar ._
, .
planetas, satelites e comet s (p e
m
rªso
nu c 1ear da peça,
emórb1tº a e g e
m tomo de seu Sol (o person a
80 A CRIAÇÃO DE Hl
�
,;Jl ôRIA$
O CENTRO DE BEM ;
No momento em que uma história aparece na frente dos mem. bros d.
0
cio-
público ou dos leitores, eles instantânea e instintivamente ms�e a1
. on
nam sua pais agem carregada de valor, buscando uma port a emoc1 a-
para dentro da história, um lugar onde enfiar sua empati. a. Eles s Pa-
e
err
ram os positivos dos negativos, os bens dos males, os certos dos fll
u
dos, as coisas de valor das coisas sem valor. Todo mundo procura· nte
centro de bem, porque, no fundo do coração, todos m •· stm
• tivarne
veem-se ·como bons.
DA
A HISTÓRIA TO
81
A VIDA COMEÇA
NO EQUILÍBRIO
Antes que uma história comec e, os cenários de ordem física e so
cial e de personagens e valor nucleares estão num estado de equilí
brio. O protagonista tem seus altos e baixos diários. Quem não tem?
Mesmo assim, ele tem uma soberania razoável sobre sua existência.
Até ... que algo aco nte ce.
___j
82
�'"s
A CRIAÇÃO DE HISTô
blico sabe que, uma vez que Um incidente incitante aco nteça, forç
as
83
87
A EXPECTATIVA
CONTRARIADA
Quando o mundo de um personagem subitamente reage de um jei-
• o, essa
to diferente e/ou com mais força do que e1e tinha imaoinad ºÃ
•
expectativa contranada traz um so1avanc0 de surpresa, seguido por
_ .
uma torrente de compreensao. O c h oque entre O que ele acha que vai
acontec er e o resultado que ele efet1• vamente obtém abala-o e fende
sua real idade. O personagem como que encara a lacuna entre sua
_ . t0 de
antecipação subjetiva e seu resultadO Ob"e J tivo • Entao, num Jª
compre ensão, ele repentmam . ente VIS • 1umbra co mo seu mundo real-
mente funciona e como suas forças 1• mprevistas de antagoni· sm o agora
blo quei am seu caminho.
. sariamente a
A expressão forças de antagonism o n ão se refere neces
um vil-ao em s1.• Viloe• certos g én er os e, n o devido lugar, um
1 am
- s hab"t
r q ilão r do F u rO p o d e ser um maravi"lhoso
a uiv como o Exterminado tu
t a go . ref er e m -se simplesmente aos
an . nista. Antes, fio1iças de antago nism o
r ios ob e m d e q u al qu er conflito, corpóreo
Vá stáculos negativos que su rg
ou situacion
al.
A CRIAÇÃO DE HISTô"'
1'1:IAS
88
PONTOS DE VIRADA
Virar uma cen a significa mudar sua carga de valor. A expressão ponto
de virada se re fere ao mome nto preciso em que uma força imprevista
de ant agonismo contrari a as exp ectativas e gira o valor em questão de
positivo para n egativo ou de neg ativo para positivo. Os pontos de vi
rada provocam mudanç as em apenas uma de duas maneiras - ou por
uma ação diret a , seguida d a r eação que ela causa, ou pela revelação de
um segre do ou de um fato anteriormente desconhecido e pela resposta
que ele desencadei a.
Idealmente, toda c en a, e m alguma direção, tende para um pon-
to de virada. Aque l as que não fazem isso são · não acontecimentos
- atividade sem mudança. Se há muitos não acontecimentos em se
·quência, uma história cai no tédio. Por outro l ado, a mudança persis
tente e progressiva nos segura como um tomo de bancada.
Pontos de virada funde m simultaneamente os l ados racional e
emocional d� vida. Para e nte nder e sse efeito duplo, temos de exami-
nar os dois l ados de forma se parada.
A CAMPANHA
"BELEZA REAL'',
DADOVE
A revista Ad Age colocou "Bel eza Real" entre as cinco maiores cam
panhas do século. Ela começou quando pesqu isadores de mercado
na Ogilvy & Mather de scobriram que apenas 2% das mulheres en-
xergavam• -se bonitas, ao passo que 98 0110 achavam que tinham algu
. m, a
m
num experimento peculiar: elas aceitam que seu retrato seja feito Por
alguém que faz retratos falados e que não pode vê-las. Elas vão sun
plesmente dizer-lhe como é sua aparência. Esse ato de coragem hne
diatamente produz empatia no público.
Quando o artista termina os retratos, ele faz um segundo conjunto
de desenhos, dessa vez feito a partir de primeiras impressões daque
las mulheres, reportadas por pessoas que as viram naquele dia. Postos
lado a lado, os retratos baseados nas observações dos estranhos são
claramente mais atraentes e fiéis do que as autodescrições hipercríti
cas das mulheres. Quando cada mulher vê os dois retratos dela própria,
a diferença a leva às lágrimas.
e
Autocrítica
ee
Desconfiança dos outros
TODA
A HISTÓRIA
93
ADINÂMIÇA
oAEMOÇAO
0 gráfic o acima rastrei a a dinâmica emoc10 • n al no vtdeo
tches. Seus p o nt s de virada giram en tre os Dove Real
Beauty Ske o
polos opostos de
,. ,
seu valor nuclear, d a auto cntica a apre ciação de si.
A história é a seguinte: c ada mulher' ao aceitar part·1c1
par do experi-
mento do retrato falado , descreve a si própria em termos nada lis . .
. . onJerros
(incidente mcztante). Esses a tos de auto crítica perturbam O equilibrio
de
suas vidas, levando seu estado emoci onal de neutro para negativo
.
Então , p orém , a dinâmic a gira para o p ositivo quando as mulhe
res ve em os retrat os b onitos delas mesmas inspirados pelas impres
sões que elas c ausaram em estranhos. Elas s orriem contentes (primei
ra ação). Esse p onto de virada lev a a história de autocrítica (negativo)
para apreci açã o dos outros (positivo).
Porém, à medida que os olhos de cada mulher vão e vêm entre os
dois retrat os c ontrastantes, ela re age c ontra as opiniões positivas dos
outros e cai na dúvida (crise). Será que ela p ode confiar num estranho?
Em quem ela acreditaria? Em si mesma ou nos outros? Esse ponto de
virada leva as mulheres d a apreciaçã o dos outros (positivo) para a des
confiança em relaçã o aos outros (duplo negativo) e extrai do público
uma em oçã o nega tiv a c orresp ondente.
E m seguida , o desejo que c ada mulher tem de acreditar luta com
seu obstáculo interior de desc onfiança de si (segunda ação), até que 0
melhor lado de sua personalidade enfim vence e a c onvence a se ver da
Inaneira c omo os outros a veem (segunda rea�ão). A história tem seu
te essa
clímax na carga duplamente positiv a de apreciação de si. Duran
transição de cis obre ª
iva , o público participa do triunf o das mulheres s
autocrítica e s
ente, junto com elas, uma em oçã o positiv a . .
Todas as histórias bem contadas expressam c omo e p or que ª �da
llluda e, com dança e
o observamos acima , o efeito c olateral da mu �
i-
emoçã rans
º· Esses sentimentos, porém , só vêm a, tona durante .
um a t
�o. Quand
f':'i
..
0 uma história passa do po sitivo Para o nega
tivo , o público
sente ativo par a
o po
lUnª e oç p d neg
m ão sombria, e quando ela assa O
a for
Sitivo,
conci , tuna e .
moção luminosa o preenche. U m a v ez q u e a mudanç
, ronta para
ir para
, o
uh-,_ Uída P rém, a emoção r apidamente se dis p p s i a
. nal , os
......,lilnova rt:_ o cw
Ulfeça-o. Para segurar e manter o envoIvun • en t o e m
.
A CRIAÇÃO DE HISTO
94 RIAS
A NATUREZA
DA ESCOLHA
Existem dois tipos de decisões: escolhas claras ou dilemas - fáceis
ou difíceis.
A escolha clara contrapõe uma opção positiva e uma ne gativa.
Portanto, ela é fácil. Essencialmente, ela faz a escolha por vo cê. Es
colhas claras obedecem ao grandioso imperativo da natureza: sempre
escolha o positivo.
Seja planta ou animal, toda coisa viva, por instinto, está atenta às
duas leis que governam a conservação de energ ia e de vida: (1) nun
�� faça nada que você não precisa fazer se puder obter o que quer do
Jeito mais fá ci·1 ,• (2) nunca assuma risco
. nenhum que você não precisa
assum ir se você pode obter o que quer
do jeito mais seguro. Junta ndo
essas duas coisas, a lei da natureza p
assa a ser: diante de uma escolha
·
entre positivo e negati _ vo, sempre escolha o positivo, e não o negatrVo·'
_
o certo, e nao o errado; o bem, e não o mal •
Na prática' porém- ' é bastante
. raro que as pessoas façam esco1hªs
por motivos p uramente racion .
. As leis da natureza estão submeti•d ªs
ais.
RIA TODA
A HISTÓ
9S
_J
96
A CRIAÇÃO
DE H1�
"'ÓR
IAs
O PRINCÍPIO
DE PROGRESSÃO
Se os acontecimentos de uma história multiplicam-se
além do u, n1
ponto de vrra . co
• da esb oçado acrma e chegam a uma história
em 1onga,
-metragem (uma, duas ou mais horas num filme ou numa peç )
, . a ou ate
a uma histona em formato longo (o romancé de quinhenta s p
áginas ou
a série de TV com várias temporadas), então o princípio de pro
gressão
molda a contação.
Nesses casos, os pontos de virada fluem numa série que, repetida
• e progressivamente, leva o protagonista ou para mais longe (negativo)
ou para mais perto (positivo) de seu objeto de desejo, à medida que a
contação cresce na direção do clímax e da satisfação final da necessi
dade do protagonista. Na dinâmica de histórias em longa-metragem
e de formato longo, forças dos vários níveis de antagonismo aumen
tam em potência e em foco, aprofundando e ampliando a contação. À
medida que as complicações se intensificam, o PROTAGONISTA reage
indo mais ·fundo em sua força de .vontade e também em suas capaci
dades mentais, emocionais e físicas, num esforço cada vez maior de
restaurar o equihbrio da vida.
As cenas não apenas se· movem dinamicamente entre as cartas
positivas ou negativas dos valores. da história, mas tamb ém fonnaIIl
um arco ao longo de um progresso de risco cheio de conflito . O prota
gonista tem cada vez mais a perder na busca por seu objeto de des ejo.
o
Com o progresso das lutas do .personagem, as forças de ant agom• sm
dele,
crescem, convocando capacidades cada vez maiores de dentro
e º0 - :
gerando riscos e perigos cada vez maiores, exigindo uma forç a d
se aJll
tade cada vez maior para que decisões cada vez mais exigentes J
tomadas. E assim a coisa vai até o frm, que é clímax definitivo. ª'
Como modelo dessa estrutura grandiosa, considere .a se, ne • mt'ern
isOdi
os
cionalmente reconhecida: Breaking Bad, da AMC, com seus 86 ep il'
e nU
Na primeira hora da série, o protagonista, Walter White (q c
u
u o
ca fumou), descobre que tem câncer terminal no pulmão. Co�P: e·
o up
tempo para cuidar da família, ele usa seu conhecimento técnic r do
bº
rior para criar uma start-up que faz um produto de n1c • ho mel dº"
o vi
que a competição. Não é uma tarefa fácil, diante de p a rc eir s dU
sos e de competidores implacáveis.
A HISTÓRIA TODA
97
De um lado, Walter é constan
• ternente p
de matéria-pnma e, de outro' por bI reJ·Ud"icado
oque1. os na Pela care' n
c1. a
há
menta. Ainda o flagelo de todos os cadeia de
ernpr eende abastecI· -
taç ã o g overn am ent al. No caso de Wait d o r es: a reguJamen
• er, a Age" nci -
Estados Urudos. a Ant1. d rogas
dos
Co mo a maioria dos self-rnade men
'nvvr.alter tem
que se sente ameaçada por seu brilho e nã de Iidar com ge
o é capaz de co nte
• - mpreender
sua visao.
À medi da que ele constrói seu império
. empresan•a1, ele també
sofre grandes reveses na vida pessoal: ele enfrenta m
a infidelidade da
esposa, ao mesmo tempo em que tem de est ar um passo
à frente de seu
cunhado que trabalha na Agência Antidrogas. Riscos cada vez
maiores
testam sua força de vontade, e recompensas cada vez mais satisfatórias
motivam- no. No clímax da série, Walter deixa muito dinheiro para a
família, salva a vida da esposa e destrói seu inimigo mais poderoso
.
O capítulo seguinte adapta as oito fases de uma história à história
contada com propósito. Os capítulos posteriores vão canalizar a força
atrativa das histórias para acelerar as múltiplas missões do marketing.
A HISTORIA
CONTADAC0�
PROPÓSITO
M PROPÓSITO
ONTADACO 99
ó RIAC
AH l s T
STORYTELLING·
FIC ÇA
- o X HISTÓRIA
e ONTADA
COM PROPÓSITO
Format
o 1ongo x Formato curto
Os pri-.
•4� . rao
tros cont a dores belec er am a dur aç ão
p ad-
de 11""-11ª de história s est a
apresentaçã gueira .
o quando juntavam sua tribo em volt a d a fo
100
A CRIAÇÃO DE 1-t
lSTô
�IAs
10 1
Satisfação x Ação
um a história ficcional envolve seu público n u m firme
ci,rcu1o de en-
v olvimento, e a história contada com propo's1·to rompe ess
e c�,rcu 1o. Os
dois modos começam capturando a curio sidade e a empatia . (mcidente
.
incitante) , depois aprofundando essa conexão pel0 mew .
(compli.cação
progressiva. ) ; por ém, quando chega a ho ra da compensaçao, .
." .
. nal completa a e:xpenenc a hist
. on, a
ficc10 1a do público , ao passo que a histo, .
, . , na
contada com proposito da um passo a mais, crucial . o público da his-
-
tória contada com propósito leva sua experiência historificada para 0
mundo real e a revive toda vez que compra o produto ou serviço que é
o tema. Em outras palavras, o propósito da história contada com pro
pósito é transformar o prazer estético do clímax de uma história numa
ação viável no mercado - transformar públicos em consumidores.
As melhores histórias ficcionais e as contadas com propósito tra
zem a satisfação de uma experiência significativa e emocional. Rimos
de algo que nunca tínhamos achado engraçado, choramos por algo
que nunca tínhamos achado trágico, e, mais importante, nos dois ca
sos, obtemos uma compreensão da vida que nunca tivemos antes, toda
envolta em emoções que nunca tínhamos sentido exatamente daquele
jeito . Essa fusão de ideia e emoção acrescenta uma p orção de enrique
cimento, grande ou pequena, à nossa vida interi or. De uma hiStória
lindamente contada, saímos humanos mais plenos do que entramos.
Experiência
única x Exp eriência repetida
Poré , a
rin : a h1. stó n. a fiicci·onal cumpre-se
.P cipal diferenç a é esta
numm , to reconta
a u, ruc a contação' ao passo que a hi. ston.a c om prop ósi
com rigo
r seu conto na mente do consumid r t o d as ª s v e zes em que
ontada com
o
ele com . h . s tó ri a c
Pra o produto •ou contrata o serviç . A i
esco1ha ini-
o
PropósitO f er um a
move o consumidor não a penas p z. . o
nda, a pagar
ara a
CiaJ
, lllas para e, m a i s a i
Preço ch comprar de novo e de nov o -
· e1· 0, Portanto construindo m argeip. vam pelo tem-
E)(pen" • e n o s 1e
Po se..l'h,1 enc1as c oncentradas entretêm, porqu o d 0 temp o
é tã o
que perc e n s
ebam os a passagem dele. Nosso s
.,
A CRIAÇÃO DE HI
102 STóRI
As
A EXPERIÊNCIA-ESPELHO
Histórias bem-cont adas criam duas experiências simultâneas que re-
fletem uma à outr a: uma mental, a out ra emoci
onal.
Aexperiência -espelho ment al começ a e termina com a curiosi
dade. O incidente incitante de uma históri
a provoca a mente do pú-
blic o com perguntas sem resposta co
mo: o que é que vai acontecer
a�ora: E O que é que vai acontecer
depois? Como é que essa hist ó
na vai terminar? Será que o prot agon
ist a conquistará seu objeto d e
A HISTÓRIA CONTADA COM PROPósrro
103
OS FUNDAMENTOS
CIENTÍFICOS
Para entender exatamente como opera a experiência-espelho e por
que ela funciona, vamos dar um passo atrás e olhar outra vez as bases
neurocientíficas das histórias.
Como notado no capítulo 3, a maior massa do cérebro, a Área 10
de Brodmann, desempenha as funções executivas de evocação da me
mória, raciocínio, solução de problemas, escolhas e planejamento de
ações. Outras áreas do cérebro executam essas decisões, mas a res
ponsabilidade da consciência acaba aqui; na Área 10 de Brodmann, o
passado flui para o futuro. 61
A mente memoriza os padrões de causa e efeito que estão por trás
de acontecimentos pregressos da vida real para poder bolar uma es
tratégia para suas ações futuras. À medida que os acontecimentos nos
impactam ao longo dos anos, reunimos conhecimento de como as coi
sas funcionam e de como as várias forças em nosso mundo se inter
conectam. Quando novas situações surgem, a mente se baseia nesses
padrões pregressos para imaginar as táticas possíveis que pod eriam
adotar e prever as reações prováveis que essas ações possam causar.
Esse processo de encadear encontros anteriores com resultados
futuros está por trás não apenas da experiência factual, mas também
da ficcional. Quando uma história engaja a mente, seus aconteci
mentos virtuais desenrolam-se no teatro da Área 10 de Brodmanll• A
memória então guarda esses aparentes acontecimentos num estado
"como se" junto de acontecimentos da vida real. Com o tempo, porém,
esse estado de "como se" é dissipado. Ao se preparar para o futuro,
ª
\ ®
�
Protag onista Necessidade-alvo
-e J,t'
<ler,;t,.0t.�º
:lf"
Incidente �).�CI J,t' ,�
� t:Jº !óº�
; \
J/'Mf -
t?I' '\,q�
CRIANDO A HISTÓRIA
CONTADA COM PROPÓSITO
• ao
A cnaç - . o passa pelas m esm as
it
. pr op ós
• de uma históna con t a da c om . ar u m a expen.,.en-
oito fases da histó ae n
• ria ficcional, m as com vistas ção proveitosa.
eia-espelho m a re e n ce naª
que move o consum ºid or u midor de u ma .
. gu i a co ns u
O ar•co da história contada com propósito
O
ªUsencia em a n e ces s 1
• dad e à satisfaçao.
. _ d
sua vida para sua r ealizaçao,
106
A CRIAÇÃO
DE H1sro
�,�
FASE UM:
OS TRÊS ALVOS
Como esboçado no capítulo 4, a primeira fase do desenho de um
a histó-
na • 1• dentifi1ca seus alvos. Os autores de contos ficcion ais te n em
d a faz
~ er
pressupostos amplos a respeito • do pu, blico, mas nao o criador de
história contada com propósito. Você, o marqueteiro, tem de saber�
q al
s1·gnm1ca defimr• r o mercado/público-alvo, a
e' exatamente seu alvo, e isso•
necessidade-alvo e, acima de tudo, o resultado final: a ação-alvo.
t� º \��
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Incidente �"� li:!' ,�"-
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Incitante �ilàC?� li:!'
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�é.�º�
®\
�
quisas nos dizem o que elas têm nas prateleiras, mas não O q gu
ue
FASE DOIS:
TEMA
Preparar o tema para a história que virá exige três grandes passos.
109
O imperativo da empatia
Se o seu público-alvo não sente uma humanidade mútua entre si e
0
personagem nuclear da história, ele não vai ligar, não vai ouvir, não
vai se identificar, não vai ser movido a agir. A empatia é um absolu
to. Esse princípio deveria ser autoevidente, mas, em vez de reescrever
uma história sem inspiração, os marqueteiros muitas vezes recorrem
a esta racionalização clássica: "não importa o quão banal a história
seja, se seu personagem nuclear for parecido com o comprador típico,
então o envolvimento emocional aparece automaticamente. Portanto,
a cura para a banalidade está no elenco". Essa lógica, como ensinam
dolorosas experiências, é falaciosa. Uma protagonista "pessoa comum"
não garante o centramento no cliente. O que o consumidor quer é uma
afinidade humana, não um fac-símile clichê. 64
De fato, para muitas histórias empresariais, a única escolha lógica
de protagonista é um produto ou uma corporação. Sendo assim, o con
to tem de ser contado desde esse ponto de vista. Porém, para fazer isso,
o contador de histórias enfrenta um problema desafiador: como fundir
uma conexão empática entre consumidor e protagonista quando este
é ou um objeto inanimado ou uma instituição impessoal?
Identificação de marca •
eada pessoa trra sua identidade pessoal da cultura que a cerca. Quando,
.
- . ade
1hes perguntam quem sao, as pessoas mencionam sua nacionalid
p
FASE TRÊS:
O INCIDENTE INCITANTE
Um incidente incitante inicia uma história ao subitamente
de seq
librar a vida de seu protagonista, mudando a carga do valor n Ui�
uclear
nitidamente para o positivo ou para o negativo. Esse aconteci
mento
surpreendente captura a curiosidade do cliente e o segura dur
ante
a contação ao fazer uma pergunt� que só o clímax pode responder:
"como é que isso vai terminar?".
Incidente
Incitante
�º--..
\ -\l-;
+
•
-�--..
•
,#
\
,,-
-
-/
FASE QUATRO:
O OBJETO DE DESEJO · clí'
o
A fase quatro dirige a curiosidade e a empatia do públic p �ta
ara
Incidente
Incitante
..•/ 1<>º
·' ( �G
.
"-·· \-.,,..
·-;.
'-� ,•
.
Com ess a respost a em mãos, faça m ais d uas perguntas: como
esse objeto de desejo se relac10 . a com Ovalor nuclear (por exem-
n
plo, justo/injusto ou rico/pobre) d a hist . ón• a.? E ' por extensa-o, corno 0
valor nucle ar d a história se rel aci. ona com o valor nuc1ear da m in ha
.
empresa? As su as respost as não preci• sam com binar perfeit amente,
mas nao -
.
:... 1 ares e deseJOS devem r
efletir-se de
podem estar divorci. adas. Vai
manerr. a mútua e assim unificar a hist . ón.a com a empresa que a produz.
Não i mport ando como seja defiini·aOOobJeto de d
. eseJ·o, como
coi• sa ou co m ce ntr al s e n te que precisa dele
mo situação, o personage
A CRIAÇÃO DE HIS
120 Tó RI
A S
FASE CINCO:
A PRIMEIRA AÇÃO
A fase cinco dá início à demanda do seu protagonista. Para alcançar
seu objeto de desejo, o personagem nuclear realiza uma ação basea
da em seu melhor senso de expectativas. De modo espontâneo ou in
consciente, ele usa palavras e fatos como táticas para evocar as rea
ções positivas que espera obter de seu mundo. A identidade única do
protagonista determina as ações únicas que ele realizará.
FASES 3-8
Desenho dos acontecimentos
CONTADA COM PROPÓSITO
A HISTÓRIA
121
FASE SEIS:
A PRIMEIRA REAÇAO
A Fase Seis contraria as expectativas do protagonista. Apa rece uma
lacuna de surpresa entre o que ele imaginava que aconteceria quan
do realizou a ação e a reação súbita e imprevisível de seu mundo -
uma reação que é ou diferente, ou mais forte, ou as duas coisas ao
mesmo tempo.
No caso da história da loteria espanhola, o filho chega e encontra
a
avó festejando na rua com a vizinha, uma das outras donas de bilhete
eª
que compartilha seu número. O filho e a vizinha trocam olhares,
Vizinha dá de ombros e faz para ele uma cara que parece dize�: deix
e-a
se essa r� a
ficarfeliz um pouco.
Uma obra de fic ção de longa-met ra ge m ta lv ez tir a s
ntenor,
Ção de qualquer combinação dos vários níveis de conflito (�
stória s de m ar k eting , po
o
ss al, social ou físico). A maioria das hi
P�
rem, ao c as e m re sult ad os. As-
s - ompac tas e fortemente concent rad um n1-
s , elas r ara mente envolvem seus pers onagens em mais de
veun
1 de conflito.
122
ACRIAÇÃ
ooe li
lSTó
Rr.�s
I)•
gaçao.
são os embates contínuos da humanidade contra a ne e casei-
s c ena s a legres JllfJi8
ercia l de TV com tre fa
•
ne
. Imagi um com
A
p urn a
ras amarradas: uma família muito feliz, s eguid a
o r
A CONTADA COM PROPÓSITO
A HISTÓRI
1 23
O princípio da negação _ ,o
.
p e gafÍ\
na de marketin g envolvente abrange O 1ªd . uaild0
·
Uma h1stó · o
da vida e deve Fase ooi
s, q
estabelecer seu piso negativo ou na
A HISTÓRIA CONTADA COM PROPÓSITO 125
COMPLICAÇÕES PROGRESSIVAS
i'
Incidente
Incitante
+
@ l
:-%�º
126 A CRIAÇÃO DE
Hisro�'As
FASE SETE:
ESCOLHA NA CRISE
A Fase Sete traz a história até sua crise, o ponto mais alto de tensão e de
suspense. O protagonista, com base em seu novo conhecimento, es
colhe uma nova tática, que ele espera que vá produzir em seu mundo
uma reação que entregue seu objeto de desejo.
FASES3-8
Desenho dos acontecimentos
Incidente
Incitante
, "'•
1 27
�o
4.
'\
i
Incidente
Incitante
-;
FA se O I T O ·
REAÇÃO NÜ CLÍMAX p ro t a go niS la e�-
A F e to s gun d a açãodo d e deseJ
as Oi entrega o que in t r ss a. A . e t o , ax
lhe seu obJ o-clíl11
e e
e
ca llh-11 ... r d and o -
....... 1cl eaçã o positiva d e seu mu
ndo' on • ent
tecun
ei E ss e a c
estabelecendo o equilibn. o de sua. VI'da.
128
� � u ta com
mo s uas co mpl icaç oes prog ress i
brilhanti s vas segurando a atenção do
,
público até o clímax.
O chamado à ação
O efeito final do momento d e ab ertura da me nte transforma a história
inteira num gigantesco chamado à ação que leva o público a reproduzir
o triunfo do protagonista no mundo r eal. Querendo reviver a histó
ria-espelho, ele compra o produto ou c ontrata o serviço que está no
coração da história.
STORYTELLING EXPLÍCITO x
STORYTELLJNG IMPLÍCITO
Agora que examina e notar
mos as oito fases de uma história, é imp ortant
que nem toda elos oito
história de marketin•g precisa conduzir o público p
estágio• s explicitamente. A mente, como dissemos, é uma ma' quina de ab-
sorver e de produzir histórias. Uma frase ou uma imagem-chave p o de dar
a entencte . a me nte do
, . r uma história inteira, pois, de m odo mstantâneo
Publico nn·
agm. a as fases sem que essas preci. sem estar expressas. 1t. raça
Consi• ctere, . ª
por exemplo, o famoso imperativo d Nike· J • ustdo [ �
. .
de uma ve -
z] Que história essas t rês palavras implican• am?, Algo assun .
,
'Um d ia•• e eguei n0 alto
u estava subindo as escadas e quase na-0 ch . r
[protarr0 •
ti llist a e te, p e rc eb i qu e preciso entra
m seu ambiente]. De repen
130
A CRIAÇÃO D
E H1sro
RIAS
anúncio? Tal
Qual história passa pela mente quando vemos esse
vez algo assim:
"Estou dirigindo [con sum idor com o pro tago nist a num a J e5tra
n
es t á n o ba -
f amí l i
da sinuosa numa noite de tempestade ' minha
a
c ami'nh
âO
De repe nte, um
co de trás [ambientação em equihbrio]. s
te inci den te inci ta nte] , P ºndo -n;
freia bruscamente na minha fren [ O1
seg ur ]. J ogo o c arro p ara : º
em risco [ objeto de des ejo : fam ília
a r,e aç. ao 1-•
a
I m [pn · m e ·
I r
[ primeira ação ], meus pneus escorregam n . - ue esta giran
a a a
ao, q
Porém, na hora em que eu dou a volta no ca m1nh rança
do
com se gu
do, meus pneus Michelin ficam firmes e desvio
_.• óRIA c
•· DA COM PROPÓSITO
o,,,,.,,.A
.AtflD
131
h- e volto ao asfalto
• [segun. da reação/ í a
camin a0 v
cl m x] · Graças
a m eus
sal
helin, - o a VId a da mmha família.
Pneus Mic
Chamado à açao: compre pneus M·1chelin."
Quando a história é bem contada, um pin go é urna letra.
Um tema estimulante promete uma história que vale a pena ser
contada, e o domínio da arte da história cumpre essa promessa. Po
rém, para transformar a maneira como a sua organização se conec
ta com seus clientes, a contação tem de ser dirigida e executada
com propósito de maneira hábil. E, para que esse processo funcione,
ela pre cisa de um campeão. Esta seção começa com uma olhada no
papel que o diretor de marketing desempenha neste novo mundo
movido a histórias.
Uma vez que a sua organização tenha dominado o formato de
história, você então precisa aprender a criar tipos diferentes de his
tórias para atingir objetivos diferentes. A Parte 3 explora a aplicação
dessas para atingir quatro objetivos-chave: branding, propaganda
(para estender a vida do modelo atual), demanda e/ ou geração de
leadsnummundo os
pós-propaganda e vendas. Uma vez que tenh�
como medrr 0
� m1nado a aplicação das histórias, examinaremos
xa
137
O DIRETOR DE MARKETING
COMO AGENTE DE MUDANÇA
os padrões de informação e de consumo de entr etenimento foram tão
radicalmente alterados que toda empresa tem de adaptar-se em todas
as funções. As empresas que atualizarem suas técnicas de constr ução
de base de clientes terão a liderança do mercado; aquelas que não fize
rem isso vão desaparecer, enquanto suas concorrentes, nascidas nesse
novo ecossistema e desenhadas para seu sucesso, substituem-nas. Os
diretores de marketing, de hoje em dia, têm de adaptar a empresa in
teira a uma nova realidade.
Sua primeira tarefa como agente de mudanças é educar sua equipe
executiva a respeito da mudança, no mundo inteiro, do marketing cen
trado em anúncios para o marketing centrado em histórias. Não é pouco.
O pensamento mais comum entre diretores é que quem quer histórias são
crianças de seis anos, não executivos agressivos. Porém, você sabe que, se
a sua empresa não alterar seu modus operandi, não vai sobreviver, então
você precisa preparar argumentos excelentes para convencer a diretoria.
Primeiro, use as pesquisas científicas apresentadas no capítulo
3 e demonstre como a história se encaixa na men Exp que como
te. li
esse encaixe oferece uma oportunidade
sem paralelos de conectar as
mentes na sua empresa com os pen
samentos e sentimentos dos s eus
clientes. Em seguida, para conquis
tá-los de vez ' domine as técnicas do
capítulo 13 e' em segu·ida, pro
. ve como o impacto positivo do storytel-
lmg pode ser medido e dirigi
do para o sucesso.
Uma vez que a d ire• tona te
. nha adot ado o conceito ' ensi ne as
oito fases da criaç ão de u
. ma hºistória aos depart amentos de ve nd as,
de marketin g, de desenvo1vi. me
nto de prod uto, de comunicaçoes,
OR DE MARKETING
ôRIAS E O DIRET
p,5tflsT
139
esa.
nha a vida em risco na estracla para contar a história d a empr
e
Treine sua equipe para trabalhar em todos o s níveis d
antagonismo para poder criar histórias, que ·enc o ntra m co
e
no consumidor.
-
DIRETOR DE MARKETING
I AS E O
u 1 s Tô R
r.Sn
141
6 M de
• u
• -
ª 1ca para
O m odel o mental da equipe de descnçao est't'
st0ryte/ling
dinâmico.
Retire as plataformas de PowerPoint e ensine os membros
d a eqUipe a converter dados em drama.
142
O DIRETOR DE MARKETING
COMO SHOWRUNNER
145
DEFININDO
O QUE É MARCA
Patrick Davis, CEO da Davis Brand Capital (DBC), desenvolveu um
método para analisar mercados e desenvolver marcas diferenciadas.
Líderes de marketing como A nheuser-Busch, InBev, Autotr ader,
Chipotle, Progressive, Target e Verizon atestam a excelência d o siste
ma de Davis. Todas recorrem à DBC para entender, desenhar e desen
volver marcas corporativas e de produtos/serviços.
Numa entrevista recente, Davis apresentou sua visão da marca
moderna:
SRANDING
HISTORIFICADO ----
Um claro exemplo de ritua·Is 147
de 1na rc
é O fenómeno do badgi.ng. Davis exp J.Ica:
ª
Perpass anct
o n0ssa cu
ltura
Segurar uma Bud Light tem u
m sen tid
rar uma Budweiser, o que é m u o mu,to
· .
, to dife re diferente
. de segu-
Arto,s. Essas mar cas são p nte de seg
ropn.edad u rar um a 8t
es dª mes e/la
verdade, os consumidores talve ma empres
a e, n a
z escolha
mentos diferentes do fim d e s m e s sa s marcas e
ema na, por � m mo_
aspectos diferentes da sua pers qu e e st ao transmit
o na'l'dade c indo
om e s se badge, com
garrafa de cerveja que estão segu a
ran do.
utens1ilios de
prata, de porcelana ou de couro, eles eram marcados pelo pro
dutor (de
fato, eram marcados como gado). Por meio da marca, 0 produtor assu
mia a responsabilidade pela qualidade dos produtos. Se o comprador
tivesse algum problema, poderia pedir satisfaçõ es ao produtor. Hoje,
porém, observa Davis, "a marca é só um atalho, um sinal para [a marca].
[A marcaJ ainda existe e sobrevive além do produto e além do que está
marcado, e é aí que você chega num trabalho b em int eressante".
Como criar uma marca que seja tão importante para as pessoas
que elas a tomem parte de sua expressão de si? Por gerações, a propa
ganda de TV conseguiu isso. Não mais. Para con ectar-s e com os púb�i-
. . ·-1= e nte E é melhor qu
e seJa
cos hoJe, precisamos de uma abordagem d11er
boa, porque temos uma montanha íngreme para SUbir.
A ANTIPATIA MODERNA
ÀS EMPRESAS b ient al do s
Esta-
ç _
a o A m
• de P rot
E1ll 18 de setembro de 2015, a Age,.. ncia e
arnente
d d e liberad
do Volkswag ados
• s Unidos (EPA' em inglês) acusou a
en
: di s el equip
mil c arros
e
ve n de r 4 28
lIIiringir uma lei federal ao
148
Carl Barbier, juiz distrital dos Estados Unidos, julgou que "os
atos negligentes da British Petroleum provocaram o rebentamento, a
explosão e o derramamento de petróleo... foram decisões motivadas
pelo lu cro". Ele concluiu: "Essas instâncias de negligência, em con
junto, evidenciam um desvio extremo do padrão de cuidado e um
desprezo consciente dos riscos conhecidos" • A BP e três funcioná
78
AS HISTÓRIAS
E A PSICOLOGIA
DA INFLUÊNCIA
A história bem -contada apaga o ceticismo ao envolver o sentido da
história com uma emoção. A fonte dessa força psicológica é a identi
ficação empática. Uma vez que um público instintivamente conecta
sua percepção de si com um protagonista, a dúvida some. As escolhas
e as ações do protagonista tomam -se as escolhas e as aço- es vi. can, · as
do público. Cada mudança na carga de valor na vida· do protagonis
ta
ld
conduz o público pelas mesmas reviravoltas. Quando a ação fina �
. - sentI-
personagem nuclear lhe traz seu objeto de deseJo, a emoçao e O
do fundem-se - sem precisar de nenhuma explicaçã o.
Como numa epifania, a ação do clímax de uma hist • 0n, ·a inundª
e cada
a mente com a sensação da verdade. Como os pensamentos d eles
e
membro do público formam essa ideia de maneir a es�o�ta n �al,
A
Histórias de origem
Nos quadrinhos, as histórias de origem explicam como um super-herói
obteve seus estranhos poderes e passou a ser movido por um desejo de
justiça. A mordida de uma aranha radioativa transmitiu a Peter Parker
suas impressionantes habilidades aracnídeas, mas foi só quando um
lad rão matou seu tio - assassinato esse que ele poderia ter evitado
se tivesse usado seus superpoderes - que Peter adotou sua persona
secreta de combate ao crime, conhecida como Homem-Aranha. Essa
história de origem não apenas dramatiza a maneira como o Homem
-Aranha se tomou o Homem-Aranha, mas també m usa a combinação
ani zante de cul pa, cor age m e humi lda de par a conStroir uma em-
hum
patia duradoura para esse bizarro pers onagem.
Par a empresas conhecidas pela inovaça-o, o u, i-anding be
m-sucedido
começa com e tem o fun da dor como protago-
uma história de origem qu bs e s teve
nistª n d o S teve Jo
Ad· a Apple, por exemplo, começa em 1976, qua
Wozniak for um co m p u t ador doméstico
am mordidos pela fissura de cn.ar ª
, oca diri. que os
nag • nal n a ep
, aragem. A sabedoria corporativa convencw c o m ne cessidades
llnicos comp • e mp resa s
radores dessas máquinas senam
152
História corporativa
Porém, na verdade, empresas de sucesso raramente começam com um
heroísmo de filme de ação. Elas se enraízam em três coisas: uma boa
ideia, trabalho duro e persistência. Sem uma origem empolgante, as
empresas muitas vezes tentam construir a afinidade com sua marca
em tomo de uma cronologia de acontecimentos que só interessaria ao
conselho e à diretoria. Muitas vezes, essas contações tomam-se nar
rativas sem graça que listam acontecimentos positivos na história da
corporação. Como observamos no capítulo 4, as histórias progridem
com dinâmicas emocionais; as narrativas repetem fatos sem emoção.
Considere, por exemplo, a peça no website da Coca-Cola intitu
lada "125 Years of Sharing Happness"84 [ "125 Anos Compartilhando
Felicidade"]. Ela faz uma grande promessa...
Esta é a história notável da evolução de uma marca icônica e da em
presa que traz seu nome. Desde seu nascimento numa máquina de refrige
rante no centro de Atlanta, na Geórgia, em 1886, a Coca-Cola é uma ca
talisadora de interação social e de inovação inspiradora. Esses momentos
únicos na história, dispostos em sequência cronológica, ajudaram a criar
uma marca global que oferece bilhões de momentos de refresco tod o dia• ...
que não é cumprida.
Será que essa cronologia capturaria a atenção do típico consumi-
• ?
dor da Coca-Cola? Manteria seu interesse? Será que o recompensana.
Será que faria com que ele sentisse algo? Os marqueteiros da Coca
-Cola fizeram a pergunta que mata as emoções: "o que queremos q
ue
1S3
p
ourante 0 Su er Bowl de 2017, a Coca repeti
S u "lt's Bea
•CJO u•rado do uper Bowl de 2014, reafinnando seu utifu!" , anu ' _
n
o a diversida de c ulturaI - um c ompromisso
c
ratiVO m fo a pos1.çao
~ p .. corpo-
nn a de h istór ia . Ao longo de osit i va , m a
contada em sua história d
s ainda não
-se com narrattv . as so,11+, ( . e
coea cont entoú em Janeir. o de 2 marketing, a
tacava artigos como "A ab 016, a home
da emp•resa,, des
anti-histórias re . or d ag em de u m hi page
a ( ceitas, m . struçoe - s, ma storiador da
culinári ... � o ) e pa s de onde en
o rod t s uma garrafa no fonnato con-
traT s p d a Vên us de Milo
A Coca deve seus primeiros cem anos de .
d o m í nio g lobal à pro-
paganda do s éculo XX • Para que es sa marca 1c . o" n1c
. a mante
nha ou até
aument e sua fat·ia de 40% do mercado, ela tera, de fa
zer o que bebi.das
do século XXI como a Red Buli já fizeram: usar histó
rias.
DÉCADA DE 1890
1892
1891
8 3
Pela primeira vez, ca
lendários 1 9
são usado s para pr Asa Candler, que entrou A marca da Coca-Cola em
opaganda em processo para caligrafia spenceri n e
por Asa Can � ª'
anúncio do D
dler. Repare no a dq uirir a The Coca-Co1 � •
reg1stra da no Escntor·1o de
e-Lec-Ta-Lave, Company em 1888 finaliza Patentes dos Estados Unidos.
elixir buc al t
ambém vendido
pela Candl a compra e incorpora Na segunda reunião anual da
er D
1892, ele c . epois de The Coca-Cola Comp�ny empresa, 0 pnm . eir• 0 dividendo
onc entraria seus
esforç os como Empresa da Georg ia é pago aos . inves t'd
1 ores.
exclusivam
Coca-C ente na em 1888.
ola.
É autorizado um orÇamento 8
1 95 ndler declara no
de onze mil dólares. Asa Ca
Coca-
Rela tório An�al ue a
b ebi da,em ·
-C ola é vend1daqe os
e te rrit on
todos os est ad os
U
dos Esta dos nidos.
154
Histórias de missão
Se a sua história fundadora não tem a empolgação de ir contra a Inar'
e
se a sua história corporativa avança no tempo com progresso profls-,
sional, mas. entediante, a sua empresa a1• nda pode encon tra r histón
que aguçam empatia ao adotar uma missão. Missão, na nossa defl:_
ção, significa um serviço à humanidade que vai além de mandar d:.
nheiro para uma instituição de caridade conhecida .
Os consumidores millennials e da Geração Z querem e aliás eXi
gem serviços públicos de empresas privadas. Eles acreditam que 0
lucro traz a responsabilidade social de melhorar o mundo. Ingenui
dade ou não, é isso que o mercado de pessoas com menos de quaren
ta anos espera. Em resposta, muitas empresas, grandes e pequenas,
adotaram missões. A missão mais famosa (e que inspirou muitas que
vieram depois) é a Iniciativa de Responsabilidade Social Corpora tiva
(RSC) da Starbucks.
Três exemplos semelhantes.
2. Royal DSM
A multinacional holandesa é especializada em produtos nutri
cionais e biomédicos, por isso é uma parceira natural do World
Food Program. Porém, a DSM também apoia pequenas equipes
de cientistas que trabalham para resolver problemas globais
nas áreas de meio ambiente e de saúde. Veja Unsung Heroes of
Science, 85 vídeo historificado com foco na missão da DSM.
uto
Histórias de prod
A Apple deu seguimento à sua história de origem com um a brilhante
história de produto, uma gigantesca metáfora contada pela primeira
vez no Super Bowl de 1984. No comercial icônico da Apple, uma moça
atlética simboliza o computador Macintosh, e sua revolta, por sua vez,
simboliza a revolução do Mac.
Traj ando shorts vermelho�vivo, com uma tropa de assalto em seu
encalço, ela corre por um mundo acinzentando e pelo corredor central
de uma sala de cinema. Numa tela, um filme de propaganda celebra o
aniversário das "diretivas de purificação da informação", com as pa
lavras ecoando num público submisso, hipnotizado pela promessa de
que a tecnologia opressiva e dominante prevalecerá.
O anúncio associou com inteligência os onipresentes computa
dores corporativos da IBM à sociedade orwelliana do roma nce 1984,
em que todas as decisões eram controladas desde o alto. No clímax
do anúncio, a mulher lança um martelo inspirado no Mjõlnir numa
tela gigante. As imagens de propaganda são estilhaçadas, libertando
. arr is c a tudo para obte
r
0
púb lico ao destruir s
o mbí olo do Estad o Ela
o, 0 narrador
0 objeto de
seu desejo e' enquanto celebramos seu sucess sh.
exprica: " Em 24 res en tará O Macinto
de janeiro, a Apple Com p ute r ap
E vo ce.. verá p Er a uma afrrm
açao
or que 1984 não será com o 19 8 4" •
forte , que b P 1 e n a Guerra F
na, en-
atia funçlo nos Estados Unidos em
f:r�tando ore União Soviética.
HISTÓRIAS N
156 A PRA
:r1c�
Histórias de consumidor
Se nenhuma das quatro fontes de histórias acima funcionar para a sua
empresa, para onde você olha? Para a fonte definitiva: o consumidor.
O case de sucesso citado com maior frequência é o da Red Bull.
Essa empresa não tem uma origem, uma história, uma missão ou um
produto do qual valha a pena falar e, mesmo assim, ela encontrou um
jeito engenhoso de construir sua marca.
Os pesquisadores de mercado da Red Buli primeiro descobriram
que seu cliente aficionado é um homem jovem que gosta de esp ortes
radicais. Indo mais fundo, os executivos perguntaram: "o que nossos
clientes querem sentir?". A resposta voltou: "energia frenética". Essa
compreensão levou à descoberta do valor nuclear da marca: emp ol ga
ção /tédio. O passo lógico seguinte era contar histórias on-line centra
das no consumidor que juntassem textos fortes com filmes originais
eletrizantes para dramatizar de forma dinâmica o valor nuclear da
empresa desde o ponto de vista do consumidor.
Um desses contos, por exemplo, acompanha o mountain biker
Claudio Caluori, enquanto ele pedala pela íngreme beira de um pico
em Virgin, Utah. O caminho que ele percorre parece ter apenas trinta
centímetros de largura em alguns trechos. A montanha tem uma que
da súbita de centenas de metros dos dois lados. Você, com emp atia,
reage ao risco dele: seu coração bate mais rápido. Um trecho trai ço e ir o
aparece à frente, e Claudio enfrenta uma decisão crucial: pula r a
um
lacuna na trilha e poupar segundos cruc
iais do seu tempo ou segui
r
por um caminho mais seguro e mais
lento. Com um salto, Claudio ar
risca ª vida, e um jato elétrico de pura o
energia nos percorre, segu id
DO
ro111FICA
fl G tU S
gR rAtJOl 157
c n t ra u
e11 o que está dentro dela. P or que"'?. Par q algum se ga-
d u e a em presa rec on
bando iCO C li·en te' de 15 a 25 anos, na- o lig . hece
o
t o e m qu e e
v ruenc1a e abre a gel
. "' .
..,,e n adeira. Os
os sa bem que , se u m car a qu e a ssist iu
m rq
.ll...a• u
•
à Re dBull. tv puder
n Re d Bru ll e u m con
rr
co e
e
t re rr nte, ele vai recordar
e t
escolher e . . a emoção,
a e m su a m ente pelo que se nti u enquanto apertava
inSen'd
story tellm g,
d eira e vai pegar o Red B
os braços da ca ull - sempre.
A Marca Significativa
A Havas Media define marcas significativas como aquelas que inspiram
você a pensar: esta marca melhora a minha vida. Esse senso de melhora
envolve consumidor e marca num a aura de bem
-estar.
os
N Estados Unidos, com frequência e de maneira equivocada, equi
paramos felicidade e sucesso financeiro.
Se os dois estão correlacionados,
159
, e cer-
nJal_estar _,,m
, 1
, vel /nao
a
_ ra zoav el, lealdade/ trai. c• a_ o e J·usti . J. .
c. a 1m ustic• a
w ferrado � v ida Uma pessoa pobre, por exemplo pod
' e vi· ��
eIJlJ����
....,,-:i
triSteza injuStO _
f oi trap�cerro com ela. A pnmerr a vê o significado na
Jllundo
. . a segunda o questiona.
vida; .
s Repu, ,
L- reve1a que essa e a regra, não a exce
0 World Happrnes
...-.&s
ção.
ór nalisa dados globais para identificar se e em que medida
0 relat io a
r as da vida - como crescimento económico, emprego,
inac o pectos
ca, forma democrática de governo - ou microas-
estabilidade políti
individual, liberdades pesso ais, relacionamen
ectos _ como renda
�5 conjugais e
redes de apoio social - afetam a felicidade.
o World Happiness Report 2017 apresenta essa perspectiva a res
peito dos Estados Unidos de hoje:
163
A
A HISTORIFICAD
AGAND
pROp 167
" os marqueteiros t am
." . 111
para expenenc1as , . todo mes,
sem anunc1os
têm de ajustar sua abordagem . 100 . ,. cias
es e xp e nen
O marqueteiro moderno tem de oferecer aos e11�n • t
... o j\ssiJll
únicas, de valor e, mais·importante, fluidas e sem interrupç a .'blicos
• u
como as empresas de midia construíram e mantiveram seus p ri·uno
. · num
por décadas, também as marcas têm de contar h1stónas • ê 10
. nt - •
sustentado para conquistar o respeito de seus clientes e rna
Q .
DEMANDA
HISTORIFICADA
EGERACÃO
DELEADS �
STORIFIC ADA E GERAÇÃO DE LEADS
DA HI
pa,4Af11
DESCOBERTA
ATIVA X PASSIVA
Para obter conhecimento imediato, as pessoas hoje se voltam para
motores de busca na intemet, como Google, Bing, Yandex (Rússia),
Baidu (China} e também para buscas por voz, como a Siri, da Apple, a
Cortana, da Microsoft, o "Hey, Google", do Google (no Android e no
Google Home) e a Alexa, da Amazon. Mais de 175 bilhões de vezes por
mês, alguém em algum lugar realiza uma dessas descobertas ativas,
movidas por objetivos.
Nas mesmas quatro semanas, trinta bilhões de pessoas sem
nenhum objetivo específico simplesmente seguem a curiosidade
até o Facebook, o Twitter, o Linkedln, o Instagram, o Snapchat ou
o Pinterest e, por pura coincidência, aprendem algo de interessante,
al go de valor. Essas revelaç ões ao acaso muitas vezes parecem um dom
do além, por isso as pessoas compartilham suas descobertas passivas
com am igos e família, multiplicando essas serendipidades de trinta
para noventa bilhões.
Essas dezenas de bilhões de descobertas oferecem uma oportnni
dade de marketing sem precedentes, caso você ofereça a informação
ou o entretenimento buscado pelos seus clientes.
Os analistas que estudam o comportamento do consum ido r on
-line afi_rmam que, em 85 % do tempo, quando as pessoas clica�
• de busca, elas não clicam numa aba nem num anúnc1.0,
numa pa, gina
. ,
mas num rink para outra coisa. Quando clicam nas mi'd'ias soc1a1s
esse número sobe para 90 % .
Isso si. gm. fica que, assim como a estrada,
n
os outdoors vazios um e . g
as buscas e as descobertas sociais
ofere cem aos diretores de mark t�o-
• ·
, novas mane iras de alcan çar os consumidores e de const1...� ,;r relaCl
namentos contínuos. p,orem • che r eJJl es
se
, , se os marqueteiros só preen ertl
espaço com anúncios, perderã s e od
o
o a vasta maioria de pess a q p u
HISTORIFICADA E GERAÇÃO DE LEADS
01:MAN DA
173
MARKETING
OE CONTEÚDO
o marketing de conteúdo cri a materi al que seus clientes querem ou do
qual precisam, em vez de repetir mensagens que descrevem as car ac
terístic'as e os benefícios d a sua empresa ou dos seus produtos.
O marketing de conteúdo não é novo. Em 1895, John Deere lançou
The Furrow, revista que ajudava fazendeiros a trabalhar de maneira mais
hábil e lucrativa. The Furrow ainda existe e alcança 1,5 milhão de leitores
em mais de quarenta países. De maneira explícita, ela oferece as técni
cas inovadoras de que os .fazendeiros necessitam; já implicitamente, ela
constrói a percepção do maquinário agrícola da marca John Deere.
Em 1900, um produtor francês lançou um guia de bons restau
rante s, hotéis e destinos . turísticos. A public ação cumpria sua mis•
são com uma excelência tão constante que se tomou o regiSt r0 de
referência nesse nicho. Hoje, uma das maiores honr as concedid asª
qualquer restaurante é uma "Estrela Michelin". Nada m au para um a
empresa de pne .
us . do
Como demons • tram The Furrow e o Guia Mich elin , ª eStr até �.
a
o
os marqueteiros pelos passos.que eles têm de dar para passar d �-ars,-
istoria
keting centrado em anúncios para o marketing centradO em 4h
criamos um arcabouço chamado de Marketin g e ont.1nuum
io
,,... -
E GERAÇÃO DE lEAos
TORIFICADA
NDA tflS
p�
1 75
NG
MARKETI
eºoNTINUUM
se c o ntinuum abrange as fas es . de desenvo1Vlln . ent
o d as empre
Es . c m -pora ndo o mark et m g d sas
e stão m e co nteu, do�s uas
� aç ão e, uma mera esp ectadora' que apen est ratégias.
rg aniZ as ena
sua O · conteúdo
toealiZa d o n o s pr odu tos? O u é u ma líd er q u e t rab alhª para h .
rk e t ing e suas vend as ? Us ando esse arca bou 1storifl-
car s eu m a . - ço, v. ocê pode
. • osti. car onde sua orgaruzaçao está Jie e º
d1agn b o --uar sua tr ansfonn _
0111
Storynomics
211 ==�
= = ::: :::: :: = = :::: :::: ==::==;:== =i),=
l
A espectadora
As espectadoras estão viciadas no passado. Essas empresas se sentem
bem aplaudindo a si mesmas continuamente, gabando-se de seus pro
dutos e prometendo a lua. Como todos os viciados, elas não conseguem
ver que outras pessoas não compartilham de sua autoindulgência. Assim ,
como um
dir d marketing de uma empresa espectadora• precisa, •
0 etor e
terapeut a, transformar a neira de pensar das equipes executi vas, de
ma
IIlarketing e d e vendas, e então levá-las a concentrar-se nas necessi-
dades e nos d , •
esejos dos clientes, e não nas suas propnas.
A novata
As rnarca . am conteúdo centr ado
s novat as dão o primeiro passo e public
no clien en tes m ai s evo1UI,d as,
te, as, ç as concorr
as novat m em compara ão com u am pro lo n ga ndo as
a ont'in
esh.ltat , 8 Permanecem novatas, porque c •as - elas publ icam
egias anc .
ci ,
ta n
estrais da s campanhas publi.
176 HISTÓR IAS NA p
RÃT1c4
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·-· ·-q,-
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--��ílhf!!thl�)'IM..,.,..itf111.-t�
• . . ·. ', '. :., � ,... - •. . .
· ,_.: '·-''
. . .
No New York 1imes, aliás, você pode com prar um pacote nativo de
anúncios com uma equipe interna chamada de T Brand Studios, que
• dar a desenvolver seu informe publicitário e um esquemapro-
va1• aJu
mocional para levar os assinantes do New .YorkTimes para ele.
. ando
As plataformas sociais viram essa oportunidade se aproxiJTl ·arn
anos atrás. Quan do as várias mídias sociais foram lançadas, elas vend 1
O DE LEADS
!FICADA E GERAÇÃ m
I
N DAH STO�
[)EM.A
0 p ublicitá
rio para ter renda, mas deixavam .as empresas pu-
e sp aç
o r v en te conteu'do para quem e1as quisesse .
a u r e m m. Durante al g um
buc
0 e ssa
s marcas gozaram de vasto alcance social, pois seu ma_
ternP ,
· a1 era cons um ido, comentado e passado • •
para amigos. Porém, não
teri
que as p1at afarmas sociais mudassem seus algorit mos e
dernorou para .. • 106
. . as s em esse pu, bl"1co orgaruco.
e�
das as soluções de curto prazo baseadas em campanhas ca-
finição de um ritmo regular de publicação. Por isso' 0
re cern Por de
tem incentivo para voltar. Só por isso, estratégias de
consumidor não
por campanhas não trarão resultados significativos.
conteúdo m ovidas
Elas ofere cem à novata maneiras fáceis de conhecer o terreno, mas não
rna is do que isso.
A especialista
As especialistas não se baseiam em campanhas isoladas ou em hábi
tos bas eados em campanhas. Em vez disso, elas formam, inspiram e
entre têm ao longo do tempo. O Oral Care Center, por exemplo, é um
prese nte da Colgate para seus clientes. 107
Nessa seção do site Colgate.com, os clientes atuais e prospectivos
encontram informações úteis a respeito de como manter os dentes e
as gengivas saudáveis e também dicas para lidar com procedimentos
dentais mais difíceis, como extrações e implantes. As pessoas que bus
cam soluções para problemas dentais clicam na Colgate muito mais do
que em sites médicos tradicionais, como o WebMD e o da Mayo Clinic.
Como o site Colgate.com se tomou a fonte mais confiável de in
fonnações dentais? Primeiro, a equipe do Oral Care Center encontra
os temas mais procurados pelos clientes e, então, cria conteúdo para
atender e ssa procura. Eles garantem que cada artigo esteja otimizado
Para ficar bem posicionado nas buscas.108 Ao otimizar o conteúdo para
os motores de b
usca, a Colgate.com cria uma experiência que finaliza
ª busca, e os
clientes encontram o que procuram. Todo mês, a Colgate.
corn ampli
a seu público e constrói relacionamentos duradouros.
Segundo, a Col
os benefí gate não usa o Oral Care Center para promover
cios dos produtos Colgate• As marcas perdem credibilidade
quando 0 conteú ·
do dei xa de estar focali zado em ajuda r O cliente e vo1 -
t a, s
a bravªt as e pro
messas de outrora.
HISTÓRIAS N
178 A
PRAl'1cA
A Líder
As empresas passam a ser líderes do marketing de conteúdo quando -
Pas
sam da criação sustentada de conteúdo para o storytelling s ustentado.
Quatro anos atrás, a IBM unificou seus produtos e serviços de
segurança numa única divisão: a IBM Security. Hoje a IBM Secunty
emprega oito mil profissionais de segurança, tendo acrescentado 1. 900
desde 2015. O negócio de dois bilhões de dólares da IBM cresceu a urna
taxa de dois dígitos, o dobro da taxa do mercado, em 2016.
Caleb Barlow, VP da IBM Security, explicou seu desafio de marke
ting peculiar:
Quando a diretoria decide que é hora de fazer novos inves tun· en-
tos para garantir a segurança da empresa, seu primeiro telefonema é
para a IBM Security, porque a marca se tomou sua conselheir a de c on
fiança por meio das histórias compartilhadas em Securitylntelligence.
com. m É esse o segredo que todos os líderes do marketing de c onteúdo
conhecem muito bem.
ª·
t "Click , Baby, Click" começa nta em presa de
na sede de uma son ole
enciclopédias. O incidente incitante é en to d e tr o
um súbito aum áf�1dªg _
na web e de pedidos, o que faz as t c ·a r a P
vendas disparare·m . A no
Í
.�11e
i
mente chega ao CEO, que proc ·da re,w
lama: "Volt�os!". Em segu i
A E GERAÇÃO DE LEADS
ISTORIFICAD
fAANDA H
DE
181
. Patton Oswalt .
';>t1t1Cn.�•Và,
••
o. 1e. . Th · · k · · · . ·
t d• • an s, N a1tonW1de! #SuperBov✓I
� Ji'TS 11;:r,'S
1.778 2,703
7�5-QlPM • 1 F b2015
. 2..1K
• rob1ee
rJ ôlG
pedirá a con
rmportante, se você fizer curaçloria ou licen
mesmas fontes? E, mais
rar sua liderança de pensamento e de conheci
ciar, como vai demonst
mento, assim como faz a IBM Security?
Jeanniey Mullen é diretora de marketing global da Mercer, em
presa que fornece assessoria e soluções tecnológicas para ajudar em
presas a atender as necessidades de saúde, de patrimônio e de carreira
de uma força de trabalho em mutação. Mullen procura os líderes de
pensamento a respeito de saúde, de gestão patrimonial e de carreiras
da Mercer para criar as histórias que impelem seu marketing. Numa
entrevista recente, Mullen explicou :
Mullen prossegue:
pense grande
As ci nco fontes tradicionais de temas de marketing (origens,
histórias,
missõe s, produtos, consumidores) oferecem muito material_ mas
den
tro de cer to limite s de tempo e de quanti dad e. Se um diretor de mar
vi ão além de
s
A visionária
Bezos percebeu que os
Alguns anos depois de fundar a Amazon, Jeff
.
. • executiva , - afiados: suas
membro s de sua eqmpe • nao estavam m";" tão
Jª CUJ
ideias eram banais' sem imagm· ação' seus processos de pens_amento eram
. ele f01• fundo pes-
e i quê. As si m,
SUp rfic ais e fracos. Ele tinha de saber por ças
qllisou e desenterrou uma causa surpreendente, porem , clara· as cabe
da suª r
di etoria estavam simplesmente esquecend com °
o se pensa.
o ao fªzer
Os executivos da Amazon estavam se di• vert'in do tant
sll�d m ���& d como as
epo er se importara outra• Eles
coi.sas e . w Point que nunca o • s a cau sav a
1,et iva
mente funcionavam, como uma c i
188
HJSTóR!AS NA Dr>�,
r�TJCA
Um pouco mais para ajudar com a pergunta "por quê?". O que quere
mos é um texto narrativo bem-estruturado, e não um mero texto. Se
alguém prepara uma lista de itens no Word, isso é tão ruim quanto
o PowerPoint.
O motivo pelo qual escrever um bom memorando de seis pá
ginas em formato de história é mais difícil do que "escrever" um
PowerPoint de vinte slides é que a estrutura narrativa obriga você
a pensar melhor e a entender melhor quais coisas são mais impor
tantes do que outras e como elas estão relacionadas.
em
estrutura das em narrativas de seis páginas. Quan do v ocê t
s
de escrever as suas ideias em frases completas, em p arág rafo
ig a
completos, e precis a contar uma história comp leta, is so o b r
você a ter uma clareza mais profunda.
IFIC ADA E GERAÇÃO DE LEADS
eA"""" HISTOR
o
189
i
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CONSTRUINDO
O PUBLICO
LICO
1)() O púB
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.,5 1R
1JIN 191
Púeuco
CONQUIST
C ADO
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O fenôm
eno This American Life, da National Publlc Rad 10•
a
fi/Ça:og ma TAL transmite por rádio e p odcast história s de não
Para • -oes de
Pessoas, um público semanal de bem mais de d01s mi·1h
tant0 nos E
stados Unidos quanto no exterio• r. s eus muitos
192
HISTÓRIAS •
NA PIbU\
Ã,TIC
4
e to'.
sociais que trazem resultados sem destruir o orçam n
:1
NDO O PÚBLICO ............
coNSTRUI
O
ALAVANCAND A
193
INFRAESTRUTURA DE
DESCOBERTA DA INTERNET
vrna torrente de conteúdo jorra na in
, temet to do
gueiro s p sta conte udo e m 1,03 hilhão d diª·. 1,7 milh
o
. c1ona
• • s vao
- e Web s1t. es·, ão de blo-
3 9
Posts ad1 i para no Tumblr ·,
as pessoas e
, 6 milhões
de
milhões de fotos no Instagram e tuítarn o mp .
247 . o_ es d artilham 24,S
derand o esse dilúvio, com o � e ve zes.121 Con
. você pode causar nnpacto?• si-
Para destacar-se do ruído, impelir a d
escoberta e man
blico, você precisa puxar as três alavan
- cas de infra ter se u pú-
estrutura dª m • temet:
b usca orgânica, mídia social orgânica e market·
mg de e-mail/ autom
ção de marketing. a-
sõ es c ênc1a enam.
- have que eram buscadas com frequ e s s o s qu
oct ,.. o ªs p
a
lll o Confiável de identi cafi r q ual i nf o rm ç
a a
194
HISTÓRIAS NA pr..t
""'TICA
l
autoridade de um website com base nos números de outros websites
que tinham links para ele. O Google usou o PageRank ·para priorizar
·conteúdo de sites com maior autoridade, pondo-o à frente do cont eúdo
de sites menos conhecidos. Graças a essa nova técnica, e à sua capaci
dade de trazer à superfície conteúdo de alta qualidade de um jeito mais
confiável, o Google se tomou o motor de buscas dominante no mundo.
Os marqueteiros não se deixaram vencer com facilidade . Em
busca de bilhões de dólares de valor de buscas orgânicas, eles rapida
do
mente se adaptaram às novas regras do jogo, comprando e publican
n i-
links de outros websites para seu próprio, para que o conteúdo co �
'blll
nuasse a aparecer no topo dos resultados do Google, m as esse prm
er-
a prática e puniu as empresas flagradas, porém a compra de links p
maneceu disseminada até 2010. 127 •
: Em 23 de fevereiro de 2011, o Google introduziu novos algoritm:�
p elos
conhecidos coletivamente pelo nome Panda, 128 logo seguidos
a
goritmos adicionais Penguin e Humrningbird, que �ud� s re:_
ua q
do jogo de maneira efetiva. O Google cada vez ma1.s pnonzo _ 5
• g non°
dade e o engajamento do conteúdo, até o ponto em que seus al
o
oPúsLICO
S'�IJINDO 195
c;oN
·d aill milhares de fatores diferentes para det .
o n s er
1 . . etminar o ra n-
0j e c n d o a tu al izados seiscen ta s vez e s p or a no.
en.to , ·vse .
i,
p
u aill
q e O obJetl o do Goo gle é simples : o fere cer os resul tados d
. e buscas
a l d a d e a s eus usu á nos, p ara p o der p enn
a ior qu i in an te nas ,
decad as
anecer como o
de J1l d b uscas do m futur as. Enquant0 os ge
p1o r e . rentes
t0 rn h o r as an alisando cada novo lanç a m ent o at r s de pis. -
á
sEO pas sa
de
o qu e po deria oferecer alguma. vanta .
gem de curto prazo, o ,.
v ce faz
tas d o os grandes obJetivo s do
lh0r entendend Google e criando um a es-
m . nhada com eles. Para ganhar p úblico com·buscas org" .
e
i arucas
uatégIª al tad a, voce "
precisa
.
pega r uma
ira susten lição dos Primór d'ios
de rnane
O outra do modelo Storynomics.
dosE e "devena • aprender a analisar dados de buscas para
com O SEO, voce
temas que interessam a seus clientes e para aprender as
·dentificar os
diferentes de como eles fazem buscas por eles. As ferra
�uitas maneiras•
Trends do Google podem oferecer uma compreensão
mentas AdWords e
postas a essas perguntas. O SEMrush e O SpyFu ofere
de alto nível das res
mais granular. Contar histórias que seus clientes
cem detalhes em nível
querem e incluir no seu texto os termos específicos que eles usam para
fazer buscas vai aumentar o público de buscas orgânicas com o tempo.
A parti r do modelo Storynomics, você sabe que também tem de
investir em criar experiências originais, de alta qualidade, para seus
clientes e prospectos. O Google, o Bing e outros motores de busca con
tinuarão a criar tecnologias que separam experi�ncias únicas, de alta
qualidade, de experiências copiadas ou de baixa qualidade. Ao entre
gar histórias excelentes a seus clientes, você não apenas começa com o
pé direito, como ainda aumenta a 'p robabilidade de conquistar público
com buscas orgânicas.
·25%
20%
15%
10%
5%
0%
d o
• Marcas particlpé!ntes no estu
( ----��ã� o
:re;s
c on sl d e r aÇ o rn:e:n
Preço & consideração maiores Preço &
PÚBLICO
UINDO O
coNsTR 199
do teatro... e
dway, consegue os melhores assentos
ob ser va a p
eça. Se eu quero colo car você na h'is tona, • , vou colocar
oc gem vivo. .
V ê no p alco e transformar você em persona . htera 1 -
tarnbe, m criamos as Surpres as Pn.celess, com as quais .
rne nte e der e delicia r
de "s ur pre en .
P gamos o conceito tradicional _
e O tra tercard en• a,,
nsformamo s num programa alwyas-on. A Mas
rnornent . rios do nosso
es u, nicos e inesperados nas vidas d 0s usu á
.
200 HISTÓRIAS NA P
RAT ICA
Recomendações personalizadas
Quando você conversa com os amigos no bar, de maneira inconscien
te você escolhe as histórias do seu repertório que você acha que mais
interessarão a eles. Sua mente considera tudo aquilo que você sabe
a respeito deles, como interesses compartilhados, e prioriza eventos
ocorridos cuja chance de eles já terem ouvido é menor. O resultado é
DO O PÚBLICO
TR UIN
coNS
201
o Suc es so , 0
1/o em te mp 4 2
o real • 1 MUI·tos tentam
de q , .
combinar per son as a_r � etlp os com as pessoas que eles represent
am,
confi g ur an do um e-mail dife ren te para cada pers on a, mas ainda ficam
bem longe daq uilo que o indivíd uo quer e do que ele precisa.
Novas platafor mas de inteligência artificial (IA) perm item que você
vá além da persona e chegue ao verdadeiramente pessoal. Tecnolog ias
de empresas como Skyword, Liftlgniter e OneSpot const roem perfis
anónimos de cada membro do seu público e, em segui da, usam algorit _
mos sofisticados para selecionar as histórias certas do seu acervo para
cada pessoa, com base no que ela achou mais interessante no passado.
As recomendações baseadas em IA podem aumentar a taxa em
que seu público consome histórias adicionais em até 50 % em relação
às recomendações baseadas em t�gs usadas pela maioria dos websites.
Usar recomendações personalizadas de histórias nos seus e-mails de
alimentação pode levar a um aumento de 50% a 120% no clickthrough
desses e-mails143 . Em suma , contar a história certa para a pessoa certa
traz resultados me lhores nos negócios.
Amplificação paga
Uma vez que você tenha criado uma exp enenc • ia excepcional para o
A •
. Se gas-
lientamos trabalhar com uma proporça - o de dois para u m
. 0 mil no m ar-
tamos quinhentos mil dólares num filme, gastamos 25
I eren te da
- e, d'f TV, que e, de
keti• ng e na promoção dele... Iss o nao
do
onde eu ve -
nao ape n as o orçam ento
nho, mas, na TV, vqcê gasta to
val or des se orçamen
r es
P ograma, mas talvez dua s ou três vez
O
2 07
e
, 0 marketing cos tuma ser
responsa, v ui. e de
or
de tod os o • • • d o p ela e q p
s leads de vendas• 147 O contato direto
Cia
em de
í.nl
Venctas e ta n te, 2 4 ºliº a 29%, v
, resp onsável por 45 % a 47%, e o res
'-ih
elho-
lldic
aÇo- es, parceiros e outras fontes.
fe a m ent as m
e
I-Ioje O pesso esta, armadO m anter o
d rr
A APOSTA NA
QUANTIDADE
Ao montar uma estratégia, a maioria dos executivos de vendas con
centra -se na quantidade de conexões feitas, e não na qualidade dessas
conexões. Eles apostam na quantidade, estabelecendo metas mensais
para telefonemas ou e-mails de prospecção, porque a experiência en
sinou-lhes que dar X telefonemas levará a Y reuniões, e Y reuniões
renderão Z negócios.
Treinados nessa abordagem e armados de novas tecnologias, jo
vens vendedores surram seus telefones e teclados. Talvez eles cum
pram as cotas, talvez não, mas isso não vai fazer diferença, porque eles
raramente capturam a atenção quando alguém responde.
Considere o ponto de vista do comprador. Quantos e-mails você
recebeu só nessa semana que começavam com bravatas e pro messas
ou, pior ainda, com uma solicitação imediata do seu tempo? Um re
presentante de vendas que escreva "posso falar com você por quinze
minutos?" tem menos chances do que se pedisse para você tirar cin
quenta dólares da carteira. Agora se pergunte: quantos desses e-mails
você responde?
CADAS
AS HISTORIFI
veND
2 09
O DESEJO
PROVOCA VENDAS
. a cara) a
Ninguém realiza ação alguma (e muito menos faz uma compr _
. nscie • temente que a açao esco _
menos que sinta, consciente ou mco n
• mo dos mm ', 1. mos, sua única
lhida ou é sua melhor escolha ou, no , ID1ni
escolha. As pessoas vão aonde o desejo mand�.
a m oti var u m a compra de cus,,-
O que um comprador comprará?• Par
- en a s c ap t ur a r e manter o "eu
to alto, um pitch de vendas deve nao ap
. • ult aneamente empenhar seu
racional do comprador, como deve sim
"e ,, •
u emocional, para que ele queira compr
ar• E mª elh o r m an eira, talvez
, ntar
, . . n a l de u m comprador .e co
a llnica, de intrig ar a curios1dade emocio
o b ter a quil o que de seJa.
ara
\Una história que dramat ize sua luta P
210
AS HISTÓRIAS V
ÊM
PARA O RESGAT
E
Esse novo m undo de
vendas exige novas - .
storytel ling ar mam você tat, 1c
. as, e as oi
com u ma est ratégi t o f ases d
present ante de vendas B a c om alv o
. . o. Para u�n-.ll r
2C , obter znszghts de storyt
.
um c lien te antes que ele ent re na .
enzng · a r esp ei e-
10·�a e, quase unpos í to d
· pode
te zzing s v el, mas o e
moldar as suas interaçõ
es• Em ven das B2B story-
ª
const roem tres A , as o.ito f ases
momentos historific dos
torte garante uma reunião fu n da m en t .
a1s •
· (1) umganc
com. um cie . ho
. 1 nte prospecti vo, (
d ra mát1co que traga, identifi 2)
cação prende a atenção e g ·um_ arco
mente o cliente a seu produt li a emoc1ona1
o ou serviço e (3) um c lí m -
na história fecha a venda. ax en v o lvente
Para que esses momentos sejam
bem-sucedidos, noce pre A
Pesqws· ar mw.to cada fase do storytellin V'
cisa
g. Você precisa nn· agmar
r�o e ·Id-entific· ar protag seu
onistas, incidentes incitantes, objetos
seJo e açoes e reações. Ter essa história pregre de de-
ssa à mão vai capacitar
voc eA para comunicar-se e conectar-se com seu
. s clientes• Assllll· , va
mos repassar essas fases tendo em vista as vendas B2B.
FASE UM:
ALVOS
Muitos antes de dar um telefonema ou de mandar um e-mail, uma
equipe de vendas de alto nível sempre faz pesquisa de mercado. Numa
estratégia movida a histórias, a pesquisa se toma· a Fase Uín. Esse pri
meiro passo identifica o público-alvo, a necessidade-alvo e a ação-alvo.
Comece contando a história do seu ramo. Esboce os arcos de mudança
dinâmica da sua história. Identifique cada virada para baixo ou p ara
cima, analise o que deu certo e, mais importante, o que deu errado,
de
pois o segredo do sucesso de vendas é a descoberta da necessida
uelas
específica dos clientes, que está escondida em algum• lugar naq
to ou do
viradas negativas. A ação-alvo, é claro, é a compra do produ
serviço pelo cliente, para satisfazer sua necessidade.
. ataforma
.Por exemplo, digamos que a sua empresa venda uma pl
basea da na_ nuvem para hospi· •
tais e outro s pro
de .registros de �aúde .
21,
FASE DOIS:
TEMA
213
gonista
passo 2: Prota
uma história de vendas movida por um prop o, s .
" . . no tem o cliente
oce vai desper diç ar .
tempo e dinheiro cas. como
estr ela. V o se concentre no
u
se p ro du to ou na sua emp res a. C om ba se na sua Perspec .
ampla de clientes prospectivos, esboce um ª i'dei.a geral
tiva mais
do seu prata-
gonista: o com prador com quem você idealmente se
" . encontran•a. uma
vez que voce sele cione as empre sas e pessoas específiicas, dê
ê possª entender quais desa-
. um passo
atrás e traba lhe mais nelas, para que v oc
fios (forças antagonica,.. . s) seu protagonista enfrenta.
nosso exemplo da plataforma de saúde' O cliente- alvo e o CEO
. No
do provedor de serviços médicos e/ou. o ar1uulli .
--:_u:strador do hospital.
.
Médicos e enfermeiros podem influenciar a decisão.
Passo 3: Ambientação
Como um bom contador de histórias, você precisa do conhecimento
de um especialista do mundo dos seus clientes potenciais. Concen
tre-se nos pormenores: a história de uma empresa, sua-posição no
ramo (líder, desafiante, retardatária), os mercados em que a empresa
compete, a política de poder daquele espaço (r egulamentações, sen
timento do consumidor, fornecedores-chave, distribuidores-chave), a
proposição de valor que a empresa apresenta a se us clientes e como
ela tenta vendê-la. Note que você deveria revisitar os detalhes do va
o
lor nuclear, do protagonista e da ambientação o tem po todo enquant
s.
junta mais informações a respeito dos seus clientes prospectivo
das mudanças
Em nosso exemplo da plataforma de saúde, alé m
nota que
legislativas já mencionadas' · nosso representante de v endªs de
par a cn• ar eficiências
os pr ovedores médicos têm se consoli dado .
. em clínicas espec1a-
qmr
�sca1a. Grupos de hospitais fundem-se e ad
lizactas na região.
214 HISTÓRIAS NA
P RATICA
FASE TRÊS:
INCIDENTE INCITANTE
Essa fase traz a informação de que você precisa para priorizar a list a
de
clientes prospectivos esboçados nas duas primeiras fases.
Pergunte às empresas da sua lista: "Qual o estado atual de equi
lfürio na operação desse prospecto? A indústria em tomo está estáti
ca ou está sendo alterada? Se está, para onde se dirige seu arco? Está
subindo? Caindo? A empresa mesma está crescendo? Diminuindo?
Permanecendo firme?"
Se um prospecto está claramente em ascensão ou em queda, alg o
aconteceu em seu passado recente para provocar essa mudança. Em
outras palavras, um incidente incitante abalou essa empresa, inverteu
sua fortuna e deu início a sua história atual.
Uma empresa desequilibrada tende a assumir riscos (talvez com
prando de você algo novo e inovador), na esperança de reequilibrar-se
ou até de virar o jogo. Assim, pesquise com maior profundidade, de
terminando qual foi o incidente incitante, como ele aconteceu e o que
exatamente desequilibrou a empresa. Se o incidente incitante de uma
empresa causou mudanças negativas, então ela está numa luta de vida
ou morte para sobreviver. Esses clientes serão prospectos fortes, desde
que o seu produto ou serviço possa virar o jogo.
Isso não equivale a dizer que as empresas que estejam vivencian
do uma mudança positiva de valor (capital novo, novas contas gran
des e coisas afins) sejam inalcançáveis. Acontecimentos que causam
. mudança de valor positivo inevitavelmente provocam uma cascat a de
desafios. Uma grande inovação (positivo) pode significar que uma em
presa de repente se vê sem pessoal suficiente (negativo). O crescimento
pode levar a desdobramentos negativos, como os embates para con
tratar talentos, preparar a equipe para o crescimento, equilibrar o foco
entre produtos existentes e novos e equilibrar os lucros de hoje com os
investimentos que puxarão os lucros de amanhã. Se o seu prospecto
está saboreando um sucesso recente, prenda sua curiosidade notando
a possibilidade de uma virada negativa ou duas logo ali.
Em seguida, vêm as empresas que recentemente não vivenciaram
a
um incidente incitante, mas que, na visão do mercado, logo vivenci
rão. Por exemplo, se você vende segurança de TI, empresas de serviç
os
---------.
ADAS
STORIFIC
l:r,1 D .AS HI
\/
215
so re
Voltando ao nosso exemplo da plataforma, nesse caso nos
presentante de vendas po de identificar e priorizar clínicas que tenham
vendªs
anunciado recentemente uma aquisição. O representa nte de
reconhecena . ,
que as empresas recem - fund'd1 as t"me de combinar suas
, •ic 0 em
que elas po-
Plata1.ionnas de dados, e isso cria um momento un
dem considerar adotar a empresa dele.
- cen trar - s e - em empresas que es-
Ou ent ao o representante pode con
tão começ -
ça o b as ea d a em tratamentos
ando a transição da compensa ssa mu dança
Par com ensa b ada em resultados d
ªª p ção ase
M e ª
di c are E
. c1.ta•nte um'·co' que
functamental na compensação cria um m• ci• de n te m
216
HISTÓR IAS NA
pn
�<TIC
A
FASE QUATRO:
OBJETO DE DESEJO
Olhe cada prospecto e identifique a pessoa que você vai contac
tar _ é
� sse o seu prota gonista. Com base no incidente incitante que desequi
librou sua empresa, vá mais fundo para determinar o objeto de desej
o
do protagonista . Qual é o foco da necessidade da empresa dele: a cois
a
(um novo produto) ou situação (uma fatia de mercado maior) que ele
crê que ajustar� seu curso?
De crise em crise, de departamento em departamento, a natureza
exata do objeto de desejo de uma empresa, muitas vezes, é tão obs
cura que os principais executivos não conseguem descobri-la. Como
vendedor, porém, você não pode dar um passo adiante até descobrir.
Uma vez que você tenha essa compreensão, veja como seu produto ou
serviço atende a necessidade do cliente.
Em nosso exemplo da plataforma, o objeto de desejo do CEO de
veria ser cristalino: ele quer fazer a transição do hospital para o arca
bouço baseado em resultados sem perda de lucro.
Em seguida, escreva a linha de assunto ou a primeira frase do seu·
e-mail reconhecendo o incidente incitante do seu prospecto e o objeto
de desejo resultante:
mento �ar�
A mudança próxima na compensação baseada em trata
. da nça s1gni-
a compensação baseada em resultados exige uma mu
cada vez m ais
ficativa nas operações hospitalares. Num amb•1ente
pode
competitivo ' fazer essa mudança de maneira • bem-suc edida
determinar a dife renç a entr e o suc esso e o frac as so ª longo pra-
� .
rma ç -
ao, vo c e vai
sfo
zo para o [HOSPITAL]. Para começar essa tran
ADAS
VENDAS HISTORIFlC
217
FASE CINCO:
A PRIMEIRA AÇAO
Te nha em mente que a empresa sem dúvida terá tentado enfrenta
r seu
incidente incitante, mas suas táticas obviamente não funcionar
am,
ou seu prospecto não estaria lendo seu e-mail. Pesquise bem as açõ
es
que seu cliente já executou e por que e como elas fracassaram.
Use
esse conhecimento para enquadrar ainda mais a abordagem e evitar a
enorme vergonha de ver que a sua solução é algo que eles já tentaram.
No exemplo da plataforma de saúde, seu e-mail pode continuar assim:
FASE SEIS:
A PRIMEIRA REAÇAO
Agora digamos que as primeiras ações do cliente para obter seu objeto
de desejo fracassaram por causa de forças imprevistas de antagonismo
que impediram seu caminho. Sua última pesquisa, portanto, identifi
ca essas tentativas fracassadas e as forças que as frustraram.
De on de vieram as forças negativas? De qual nível de realidade?
Foram forças físicas, como desastre s naturais? Forças sociais, c�m�
concorrentes? órgãos do governo? Revoluções tecnológicas? �vali-
dades pessoais entre executivos? Conflitos 1n • temos dos executiV.os?
Algllma combinação desses fatores? Exatamente O que impede o clien-
te de obter seu objeto de desejo? O que prendeu sua vida corporativa
num piso negativo?
. ..
. uar assim
Seu e-mail para o CEO do hospital pode enta - o e ontm
218
HISTÓRIAS NA P
RATICA
FASE SETE:
A SEGUNDA AÇÃO
Chegando à compreensão de tudo aquilo que prospecto vivenciou até
esse momento, especialmente a maneira como o mundo reagiu à úl
tima tentativa da empresa de reequilibrar-se, você chega para socor
rê-lo. É aí que toda a pesquisa entra na história contada ao seu cliente
prospecto e traz a sua reunião cara a cara:
219
Selecione. bem as capacidades
e spec íflcas d
ança p ositi. va pa ra o seu clie a
d e de man . . oferta que t rara_ o
rnu nt
duto for m ultif acetado, dramatize apena ª
eu- Imed
iata. Se O umª
s aquelas seu P ro-
ar a O cliente. Quando você recit a t u . f a c e ta s relev
P ,.. do a
fazer, voce �oa com� um fanfanão e per qUilo que. O pro duto é capantes
rn histónas laterais a respeito de cre dibili. d az de
de como o se a d e . T o rne CUidado
co . u p r .
tes atuais do seu prospecto o d u to
os c on c orr.en • Elas po dem funcionou Para
tidade, pois o cliente começa a se perº01 ,n
'-UJ.tar de que lacduOstvar- 1he credibi-
Tenha em mente que não são em oce.. está.
. presas que d
d ecidern com
Pro utos ou serv i ços, mas pessoas. Para fechar um prar
a v e n d a ,
acontecimentos que se conec tem emo cionalmente formule
dec isões em questão. c o m O tornador d
e
FASE OITO:
A REAÇÃO NO CLÍMAX
uma vez que você obtenha sua reunião ou telefonema, você terá
uma
oportunidade de recontar uma história parecida, dessa vez estrelando
um cliente que enfrentou um a situação similar à do CEO do hospital,
mas que teve sucesso graças à sua solução. Encerre essa história com
0 clímax otimista que superou as forças negativas que se opunham
ao seu cliente bem-sucedido, que trouxe seu objeto de desejo e que
restaurou o equilibrio na fortuna da empresa. Seu prospecto verá que,
assim que ele próprio fizer sua compra, essa vitória futura o aguarda.
Dessa maneira, a história de vendas terminará com um fmal feliz.
• NOMICS
22'1
222 HISTÓRIAS NA PR
AT ICA
MEDINDO
O SUCESSO
DA MARCA
O fator definitivo é o crescimento marginal. As empresas que cons
troem relacionamentos positivos com o alcance mais amplo de clientes
prospectivos cobram a maior margem diferenciada por seus produt os
e serviços. Em outras palavras, se os custos subjacentes são os mesmos,
uma marca muito querida vende praticamente a mesma coisa que seus
concorrentes, mas, por ser amada, ela cobra mais e assim ganha mais.
O alcance devido à amplificação comprada distorce a conexão es
pontânea entre você e seu público. Assim, para medir a capacidade das
suas histórias de construir afinidade de marca, concentre-se em três mé
tricas-chave: alcance orgânico, composição do público e engajamento.
MÉTRICAS-CHAVE
DE CONTEÚDO
Ferramentas como o Google Analytics ou a Adobe Marketing Cloud co
letam métricas-chave de conteúdo e de alcance. Com elas, você con
segue rastrear quantas pessoas únicas visitam seu conteúdo, quanto
tempo elas gastam consumindo-o e se elas o passam adiante. Plataformas
como a SEMrush ou a SpyFu para buscas, ou a TrackMaven ou a ONZU
para as mídias sociais, permitem que você compare o desempenho da
sua marca com o desempenho dos seus concorrentes.
Usando dados públicos da SEMrush, podemos examinar o sucesso
do Oral Care Center, da Colgate. Segundo a SEMrush, o conteúdo da
Colgate hoje obtém 2,7 milhões de visitas todo mês de mais de trezen
tas mil palavras-chave que os clientes prospectivos da Colgate buscam
para desenvolver bons hábitos dentais ou para conhecer melhor os de
safios da saúde bucal. A SEMrush estima que, se a Colgate tivesse de
pagar pelo mesmo número de visitas com o Google AdWords, seu gas
to de marketing custaria mais 93 milhões de dólares por ano. 152 Sem
uma única bravata ou promessa, o Oral Care Center obtém a atenção
do consumidor a uma fração desse custo ao entender as necessidades
dos seus consumidores e oferecer o que eles querem.
223
MEDINDO
osUCESSO
D0 MARKETING
Se você anuncia d i retoA para, os .
consumidores (B2c) ,
., me ça seu sucesso
us an do as mes mas t res met nca s Ja sug eridas: aleance (tam
composi . - , anho total
d o públic . o), çao do publico (quem efetiv
amente 1e.. o conteú-
do) e enga1amento ( tem. po gasto no conteúdo' frequeAneia . do retomo e
. A
compartilhamento social). Voce pode medir essa informaç
ao usando
plataformas de marketing de conteúdo, como a Skyword e a Kapost 153
ou plataformas de análises de dados, como a Google Analytics
�a
Adobe Analytics. Se a sua empresa faz negócios on-line, a Google e
a Adobe também podem ser configuradas para medir conversões de
vendas ou assinantes.
Ao integrar o marketi ng de conteúdo e as plataformas de análises
o sucesso nas vendas pode ser associado a temas, autor es e canais de
distribuição específicos - até mesmo a uma história individual. Ar
mado desse insight, você pode moldar seu programa para maximizar
vendas ou alcançar qualquer outro objetivo que você controle.
A Overstock, por exemplo, analisou o ROI de seu gasto de marke
ting historificado e reportou que 70% dos leitores que visitam O.info,
seu site de storytelling, em seguida compram no Overstock .com, seu
site de e-commerce. Aliás, os visitantes pós-histórias convertem a
uma taxa sete vezes maior do que a taxa de visitantes adquiridos alhu
res e gast am em média 35 % a mais a cada transação.
Uma vez que você monitore o storytelling da sua marca até as ven
das, você pode comparar esse ROI a seus gastos de propaganda eª
outr os gastos de marketing. Quando fica claro que seu branding hiStº
rificado entre ga um ROI melhor, é hora de alterar seus recur sos.
ta-
Se você faz marketing para uma empresa B2B' integre suas pla
f0 de ark ú do com u m s •
i s t em a de automaça_o de
nnas m eting de conte . da você
rnar1.l\etm• g, como Marketo, Eloqua, Pardot ou U n ic a • E sse elo aJU
a identifi1car e, o r s u a ve z, como esses enga-
. quais geram quais leads P
Jatn-se com suas a m . A cr es ce n te a esse sistema
histórias e as compartilh for ce e você sa-
urna Plat com a S a le s
afonna de automação de vendas 0
. to, n•as resultam em
berá exa p e la s h iS
tamente quando seus leads gerados to
Venct nh o e a t ax a de fechamen
as. Medir o volume, a qualidade, o tama
224
HISTÓRIAS N
A pr..t,
�T IC A
MEDINDO
O SUCESSO
DAS VENDAS·-
No capítulo 12, defendemos o uso de histórias para qualificar os pros
pectos de vendas em contraste com a estratégia movida ·a proporções
de X telefonemas = Y reuniões = Z vendas. Acreditamos que essa úl
tiina técnica desperdiça o tempo dos seus representantes de vendas
nos compradores com menos chances, ao mesmo tempo em que eles
passam direto pelos mais promissores. Assim, embora sistemas nu
méricos não devam determinar sua estratégia de partida, eles podem
medir de maneira útil seu sucesso de chegada.
Para pesar o impacto dos seus pitches historificados, faça-se as se
guintes· perguntas:
225
1 •
' 1
..
'. 1
1
. i
' 1
CONCLUSÃO �
0
••Cl-1JSÃ
cO••
227
O RENASCIMENTO CRIATIVO
QUE ESTÁ POR CHEGAR
O que vai acontecer quando as empresas transferirem uma fatia con
siderável dos seiscentos bilhões de dólares que elas gastam em propa
ganda para o storytelling sustentado de marca? Primeiro, os marque
teiros não vão mais precisar alugar públicos.
No mundo antigo da mídia tradicional, as empresas gastavam
uma pequena parte de seu orçamento na criação de anúncios envol
ventes e, depois, a vasta maioria na compra de distribuição para es
ses anúncios. Com o tempo, essa alocação desproporcional deixou
as agências de compra de mídia muito maiores do que as agências
criativas, que efetivamente produzem os anúncios.
Porém, num mundo em que milhares de pessoas, milhões tal
vez, compartilham as histórias que amam, esse equihbrio se inverte:
os marqueteiros de histórias de amanhã investirão a maior parte do
orçamento na c.tiação de histórias e uma parte cada vez menor na sua
distribuição. Isso prenuncia um futuro brilhante para os criativos.
A primeira temporada de Westworld e a sexta de Game of Thrones
custaram cada uma cem milhões de dólares à HBO154 , ao passo que os
dez primeiros episódios de The Crown, da Netflix, passaram de 130 mi
lhões de dólares. Aliás, quando a Netflix somou todos os orçament os
de sua lista de programas originais de 2016 - House of Cards, Orange is
the New Black, etc. -, o total bateu em seis bilhões de dólares. 155
Esses números podem parecer grandes até a hora em que você se
dá conta de qu�, no mesmo ano, a Procter & Gamble gastou 9,7 bilhões
de dólares em propaganda. 156 Agora imagine o poder de vendas que
marcas como a P &G teriam se investissem em suas histórias de marke
ting no mesmo nível de roteiro, de atuação, de direção e de produção
que a HBO e a Netflix...
Os criativos que trabalham com marcas precisam alinhar sua arte
com seu patrono, o diretor de marketing. As histórias que eles criam
têm de prender, manter e compensar, mas seu objetivo últ imo é u m
resultado de negócios positivo e mensurável. Os criativos têm de en
tender como os marqueteiros pensam, e os diretores de marketing têm
de libertar-se das abordagens puxadas pelas campanhas e pen sar ern
termos de arcos de histórias.
229
A fELA DE STREAMING
NA ESTRADA,
COMA CABEÇA
PARA FORA
É óbvio o motivo de a Tesla e a Mercedes investirem em carros que
se dirigem sozinhos, mas por que o Google e a Apple estão inves
tindo nisso também? Segundo o Censo dos Estados Unidos, 139 mi
lhões de trabalhadores americanos gastam em média 52 minutos
indo de carro ao trabalho e voltando dele todo dia. Para se ter uma
ideia dessa quantidade de tempo, o Washington Post calculou que
em 2014 esses americanos gastaram 1,8 trilhão de minutos nesses
trajetos de ida e volta. Isso equivale a: 29,6 bilhões de horas; 1,2
bilhão de dias; ou 3,4 p:iilhões de anos.
Assim, a mais poderosa inovação tecnológica da próxima década
não vai mudar a experiência das histórias; em vez disso, ela vai trans
formar o tempo ao volante em tempo de histórias. Se os motoristas de
hoje podem ouvir podcasts enquanto enfrentam o trânsito, os de ama
nhã vão assistir sem parar a suas séries favoritas da Netflix ou talvez ª
alguma série criada por uma marca inovadora, enquanto seus carros
que se dirigem sozinhos os levam pelo caminho mais eficiente.
Para o Google e para a Apple, o carro que se dirige sozinh0 rep_ ::
senta uma interface diária com-139 milhões de consumidores cauv
s�-
só nos Estados Unidos. Além disso, essas novas conexões de con
. . . . anto
midores geolocalizados podem 1nfluenc1ar os consumi'dores enqu
eles dirigem para potenciais pontos de compras.
231
Escreva a Verdade.
233
3 Para "What's the Matter with Owen: Hammer", ver, por favor, http://www.
storynomics.com/resources/ge; para "Misunderstood", da Apple, ver, por
favor, http://www.storynomics.com/resources/applemisunderstood; e par a
"Click, Baby, Click", da Adobe, ver, por favor, http: //www.storynomics.com/
resources/adobe.
4 Disp onível em: http://www.pbs.org/benfranklin/13_wit_master.html.
5 O primeiro noticiário de rádio do mundo foi transmitido em Detroit,
Michigan, em 31 de agosto de 1920, pela BMK. Um ano depois, em 8 de
outubro de 1921, a primei ra transmissão esportiva ao vivo foi feita pela �KA
em Pittsburgh.A cidade ouviu os Pitt Panthers derrotarem os WeSt Vlrguua
. • o Certamente
Mountameers (por 21 a treze) no futebol amencano uru·versitári
os comerci ais de cerveja viriam, como de fato vieram.
234
68 Disp
onível em: http:// time.com/461644l / el-gordo-spain-christmas
lottery-20l6.
69 Disponível em: http://www.foxnews.com/world/2016/ l2/22/winners
spains-el-gordo-2-4 b-lotter y-take-home-4 18k-each.htm1.
70 A referência é à canção "Accentuate the Positive", de Johnny Mercer, que
aliás tem uma deliciosa regravação de Paul McCartney no disco Kisses on the
Bottom. (N. T.)
.. .
240
NOTAS
106 Em 2014, por exemplo, o Facebook reduziu enormemente o alcance não pago
e começou a cobrar das empresas por esse privilégio. Ver http://adage.com/
article/digital /brands-organic-facebook-reach-crashed-october /292004.
101 Disponível em: http://www.colgate.com/en /us/oc /oral-health.
10a Várias técnicas são usadas para otimizar conteúdo para motores de buscas
(SEO, search engine optimization), incluindo alterar o texto do conteúdo,
produzir boas tags e acrescentar outros metadados relevantes.
109 Entrevista com Caleb Barlow, IBM Security, li de março de 2016, Cambridge, MA
110 Tanto a AdA� (http://adage.com/article /btob /ad-age-names-btob
award-winners-2016 /302280) quanto a MITX (http://www.skyword.com/
contentstandard /news /ibm-security-wins-mit:x-award-for-best-b2b
marketing-website) honraram a Securitylntelligence.
111 Em prol da transparência, a IBM Security é uma cliente da Skyword, empresa
de Tom Gerace, coautor deste livro.
112 Disponível em: http://www.storynornics.com/resources /adobe.
113 D isp
onível em: http://www.storynornics.com/resources /nationwide.
1 14 D isponível em: http://www.�satoday.com/story /money /201S/021º21
nationWide-insurance-super-bowl-commercial /22 734895•
115 Entrevista com , 10 de julho
Jeanniey Mullen, diretora de marketing, Mercer
de 2017
NOTAS
242
ights.html.
116 Disponível em: https://mercer-digital.com/ins
06/love-boat-pri ncess-cruises.
111 D.isponível em: http://mashable.com/2014/ll/
6/love-boat-princess-cruises.
11s Disponível em: http://mashable.com/2014/11/0
.com/our-company /coca-
119 Disponível em: http://www.coca-colacompany
cola-marketing-tops-4-billion-tripodi-says.
/03/business/media/
120 Disponível em: http://www.nytimes.com/2015/ll
pandora-to-stream-serial-podcast.html.
Foundation em 27 de
121 World Wide Web Consortium (W3C) e World Wide Web
m.
maio de 2016. Disponível em: http://www.intemetlivestats.co
122 WC3. Disponível em: http://www.intemetlivestats.com.
123 Disponível em: http://searchengineland.com/google-worlds-most-popular
search-engine-148089.
124 Disponível em: https://moz.com/blog /google-organic-click-through-rates
in-2014.
• 12s Disponível em: http: //www.emarkéter.com/Article/Google-Wtll-Take-55-of
Search-Ad-Dollars-Globally-2015 /1012294.
126 A propaganda em buscas também costuma ser chamada de search engine
marketing ou SEM.
127 Disponível em: http://searchengineland.com/new-york-times-expàses-j-c
penney-link-scheme-that-causes-plummeting-rankings-in-google-64529.
128 Moz blog. Disponível em: https://moz.com/blog/google-algorithm-cheat
sheet-panda-penguin-hummingbird.
129 Facebook, 21 de junho de 2013. Disponível em: https://www.facebook.com/
FacebookSingapore/posts/563468333703369.
130 Disponível em: http://techcrunch.com/2016/0l/27 /facebook-eamings-q4-
201S/f.
131 Disponível em: https://social.ogilvy.com/facebook-zero-considering-life
after-the-demise-of-organic-reach.
132 A MQUIST, Eric; ROBERTS, Kenneth
� J. A 'Mindshare' Manifesto: common
nusconceptions squander the power of the mod
em bran d. Mercer
Management Joumal , 2000• n. 12 , p. 13. Dispon
ível em: http://membersonly.
amamember.org/sales/pd f/1-Rethinkin
g. pdf.
133 Disponível em•· https· //www.1o
. • ç.
rbes.com/sites/kylewong/2014/09/l0/
the-explos1ve-growth-of-influe .
ncer-marketm g-an d-what-it-means-for-
you/=11=l edd522552ac.
e.!
,,,,
NOTAS
243