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SISTEMAS E GESTÃO DE QUALIDADE

Aula 19 – Normas de Amostragem


Professor:
Dr. Alexandre Silva de Oliveira

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Tamanho das Amostras

 Controle por Variáveis: Dados obtidos através da leitura de uma escala.

 Cálculo do Tamanho da Amostra

Usual pela experiência:

25 amostras de 4 itens ou

20 amostras de 5 itens.

Extrair em intervalos de hora em hora, dia a dia ou semanalmente,


dependendo do ritmo de produção.
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Tamanho das Amostras
Controle por Atributos: Dados obtidos através da classificação de itens
analisados como satisfatórios ou insatisfatórios.

Cálculo do Tamanho da Amostra


Usual pela experiência:

 25 amostras de 40 itens ou;

 20 amostras de 50 itens ou;

 NBR 5426 – Amostragem por Atributos.

 Extrair em intervalos de hora em hora, dia a dia ou semanalmente, dependendo do ritmo de


produção.
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Quadro Comparativo

Controle de Variáveis Controle de Atributos


Amostras Reduzidas Amostras Maiores
20 amostras de 5 itens 20 amostras de 50 itens
25 amostras de 4 itens 25 amostras de 40 itens
Uma característica por vez Pode-se analisar mais de uma
característica, desde que sejam
compatíveis
Padrão objetivo Padrão subjetivo
Maior custo de Inspeção Menor custo de inspeção

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Amostragem – aprendendo usar
NBR 5426 (MIL – STD 105 D dos
militares dos EUA)

Robert Wayne Samohyl, PhD

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NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção
por atributos) Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

• Essa norma brasileira é baseada no MIL-STD 105D


(hoje 105E e desativada e substituída nos Estados Unidos pelo ISO 2859)
• Descrição da Norma
“Estabelece planos de amostragem e procedimentos para inspeção por atributos.
Quando especificada pelo responsável, deve ser citada nos contratos, instruções
ou outros documentos, e as determinações estabelecidas devem ser obedecidas.
Os planos de amostragem podem ser utilizados, além de outros, para inspeção de:
produtos terminados; componentes e matéria-prima; operações; materiais em
processamento; materiais estocados; operações de manutenção; procedimentos
administrativos e relatórios e dados.”

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NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção
por atributos) Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

• Originalmente desenvolvida pelo Bell Laboratories na Hawthorne Works da


Western Electric para garantir a qualidade na fabricação de telefones e outros
equipamentos. São os mesmos laboratorios onde Shewhart descrobriu o gráfico
de controle.

• Foi publicado em forma de livro pelos autores Dodge, Harold F., and Romig, H.
G., Sampling Inspection Tables, Second Edition, John Wiley & Sons, 1959.

• MIL_STD 1235 para inspecao em processos continuos.

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ACEITACÃO POR AMOSTRAGEM PELA NORMA
NBR 5426 É APROPRIADA QUANDO:
• Inspeção destrói o produto (provas destrutivas)
• Manuseio induz defeitos
• Tempo e custo não permite inspeção por completo de 100%
do lote
• Julgamentos rápidos são suficientes para encontrar
defeituosas
• Lotes são grandes e homogêneos, peças pequenas e simples
• Lotes aparecem por inteiro instantaneamente
• OUTRAS NORMAS PARA OUTRAS SITUAÇÕES.

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ERROS DE AMOSTRAGEM

Estado ver ídico do lote


(desconhecido)

Lote Lote
satisfa tório INsatisfa tório
E rro que
Decisão prejudica o
Ac eitar lote
correta consumidor.
Decisão P rob. = beta
E rro que
prejudica o Decisão
Reje itar lote
produtor. correta
Prob. = alfa
Presuposicao: lote é bom. Alternativa: lote é ruim

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PROCEDIMENTOS PARA A DEFINIÇÃO DO PLANO
• 3 Tipos de amostragem: simples, dupla, múltipla
• Nível de inspeção:
– I (mais risco para o consumidor, Beta alto, amostra pequena),
– II (risco médio),
– III (menos risco para o consumidor, Beta baixo)
• Modo de inspeção
– Severo
– Atenuado
– Normal (sempre começa aqui)
• Nível aceitável de qualidade do ponto de vista do produtor (AQL): A
percentagem máxima de defeituosas ainda considerada satisfatória.
• Da tabela apropriada, definir
– Ac (número máximo de defeitos para aceitar o lote) e
– Re (número mínimo de defeitos para rejeitar o lote)

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Beta – risco do consumidor α baixíssimo

III
I
II

α alto

Atenuado Normal Severa

Tamanho da amostra - n
Aumentando o tamanho da amostra faz com que a amostra representa melhor o lote. Isso significa
maior proteção contra erros de amostragem. Portanto, beta diminui.
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Amostrar n pecas do lote tamanho N

Número de não Número de não


conformes < = Ac conformes > = Re

Aceitação do Rejeição do
lote lote

Plano de Amostragem Simples PL(N,n,Ac,Re)


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Amostrar n(1) pecas do lote tamanho N

Número de não Número de não


conformes < = Ac(1) conformes > = Re(1)

Aceitação do Ac(1) <Número de não


lote conformes < = Re(1) Rejeição do
lote
Re-amostragem n(2)

Número de não Número de não


conformes < = Ac(2) conformes > = Re(2)
Plano de Amostragem Dupla PL(N,n,Ac(1),Re(1),Ac(2),Re(2))
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EXEMPLO: PRIMEIRA ETAPA DO PLANO
(SIMPLES)
Plano de Amostragem Simples PL(N,n,Ac,Re)

• Tamanho do lote 5000

• Intensidade de amostragem - nível II

• Procurando na primeira tabela encontra-se letra L

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Limites máximos e mínimos

• Inicia-se com modo normal de inspeção


• A letra (L) combinada com o nível de qualidade aceitável
(1,0%) proporcionam:

– limites máximos de peças defeituosas na amostra para


aceitação (Ac) e;

– limites mínimos para rejeição (Re).


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RISCO DO PRODUTOR %

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10 lotes 2 em 5 lotes
consec. rejeitados
aceitos

Atenuada Normal Severa

Lote 5 lotes
rejeitado consec.
ou aceitos
Ac<d<Re
10 lotes
consecutivos
Rever plano de na inspeção
amostragem severa

Fluxograma da flexibilização do plano da amostragem


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19
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22
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Planos de Amostragem Múltipla

• Na prática, não utilizados!

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www.sqconline.com

• Planos de amostragem automatizados

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CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DOS PLANOS
DE AMOSTRAGEM
• A Curva Característica de Operação (CCO) define para
cada plano de amostragem:
– a probabilidade de aceitação do lote (P) que tem uma
qualidade p em porcentagem defeituosa, e um critério de
avaliação (a) do lote ou remessa (N).
• O lote é inspecionado a partir de uma amostra (n),
retirada aleatoriamente.

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Exemplo de CCO
Risco do
produtor 100
a = 0,05
90
80
Lote com n = 100 e a = 3:
Probabilidade de 70 Probabilidade de aceitação = 65% ao
aceitação de lotes ser inspecionado pelo plano.
60
50
40
30
20
Risco do
consumidor 10
b = 0,10
0
1 2 3 4 5 6 7 8
QL
NQA

Região de Dúvida ou incerteza


Região de
aceitação
rejeição

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CCO

Desempenho ideal de um
Plano de Amostragem
(Inspeção 100%):

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CCO

Para um mesmo Nível de


Qualidade Aceitável (NQA), a
discriminação entre lotes bons e
ruins aumenta com o aumento
do tamanho da amostra:

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CCO

• Na determinação de Tipo de Ensaio Modelo Estatístico

uma CCO, devem ser


Inspeção por Com reposição Binomial
Atributos (P) Sem reposição Hipergeométrica

levados em Com ou sem

consideração o tipo de
Atributos (DPU) reposição Poisson
Variabilidade

ensaio e o modelo conhecida Normal

estatístico que se deve


Desconhecida (desvio
Inspeção por
padrão) T não centrada
utilizar.
Variáveis
Desconhecida
(amplitude) T não centrada
P – Porcentagem de defeitos
DPU – Defeitos por Unidade

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Exemplo: : Inspeção por Atributo (P)

• N = 1000
• n = 10
• Ac = 1
• (Hipergeométrica) >0,10
• Achar n = 10 = 0,01 < 0,10 (Binomial)
N 1000
PA = P(X=1) = P(X=0) + P(X=1)
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Exemplo: : Inspeção por Atributo (P)

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Comparação entre os tamanhos das amostras:

• O método de estimação da variabilidade influi no tamanho da amostra:

Ns < NS < N R < N A

• onde: Ns ... tamanho da amostra para S conhecido


• NS ... tamanho da amostra para S desconhecido, método do desvio padrão
• NR ... tamanho da amostra para S desconhecido, método da Amplitude
• NA ... tamanho da amostra, inspeção por atributos

S = Desvio-Padrão Amostral
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Nomograma

• Um nomograma (do grego νόμος nomos , "lei" e γραμμή grammē , "linha"),


também chamado de nomógrafo , gráfico de alinhamento ou abaque , é
um dispositivo de cálculo gráfico, um diagrama bidimensional projetado para
permitir o cálculo gráfico aproximado de uma função matemática . O campo
da nomografia foi inventado em 1884 pelo engenheiro francês Philbert
Maurice d'Ocagne (1862–1938) e usado extensivamente por muitos anos
para fornecer aos engenheiros cálculos gráficos rápidos de fórmulas
complicadas com uma precisão prática. Nomogramas usam um sistema de
coordenadas paraleloinventado por d'Ocagne em vez de coordenadas
cartesianas padrão .

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Exemplos sobre Nomografia
1) Nomograma para determinação do plano de amostragem por atributo (distribuição
binomial acumulativa)
• Ex.: Um consumidor deseja saber qual seria o plano de amostragem por atributo mais
adequado para as seguintes características do plano.
• NQA = 3% α = 5%
• Qualidade Limite (QL) = 28% β = 10%
• Resolução:
a. Na escala à direita, marque o valor 100- α = 100-5 = 95% e na escala à esquerda,
marque o valor do NQA.
b. Trace então uma reta ligando estes pontos.
c. Repita a operação com os pontos β = 10 e QL = 28.
d. A partir da intersecção das retas: n = 12 e c = 1

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Nomograma
• Resolução:
a. Na escala à direita, marque o
valor 100- α = 100-5 = 95% e
na escala à esquerda, marque
o valor do NQA.
b. Trace então uma reta ligando
estes pontos.
c. Repita a operação com os
pontos β = 10 e QL = 28.
d. A partir da intersecção das
retas:
n = 12 e c = 1

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Exemplos sobre Nomografia
2. Nomograma para determinação do Plano de amostragem por atributo (distribuição de
Poisson acumulativa).
Ex.: Um determinado lote de chapas de qualidade igual a 60 defeitos por cem unidades vai ser
inspecionado por um plano de amostragem, N = 5 e A = 3. Qual será a probabilidade de
aceitação desse lote?
• Resolução:
a. Passe o valor para defeitos por cem unidades (DCU) p = 0,60.
b. Entre no Nomograma com o valor de P x N = 0,60 x 5 = 3, marque o ponto na
ordenada à direita.
c. Trace uma reta do ponto marcado na ordenada à direita até a curva com A = 3.
d A partir do ponto de cruzamento, trace uma linha horizontal até a escala da
probabilidade de aceitação (ordenada esquerda). O ponto de intersecção é: P = 65% ou 0,65
A

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Exemplos sobre Nomografia
3. Nomograma para determinação do plano de amostragem, quando a variabilidade é
conhecida.
Ex.: Um determinado consumidor de um produto cuja característica principal é mensurável,
deseja obter um plano de controle para inspeção que mantenha as seguintes características:
• NQA = 1% α = 7%
• QL = 8% β = 10%
• Resolução:
a. Na escala de probabilidade de aceitação (direita), marque o valor de 100 - α = 100-7
= 93% e na escala porcentagem defeituosa (esquerda), marque o valor de NQA = 1%.
b. Repita a operação para os pontos b = 10% e QL = 8%.
c. A intersecção das retas mostra os valores: N = 9 e K = 1,83

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Exemplos sobre Nomografia
4. Nomograma para determinação do plano de amostragem quando a variabilidade é
desconhecida, método do desvio-padrão.
• Ex.: Suponha que no exemplo 3o o produtor desconhece a variabilidade do processo e vai
estimá-la através do desvio-padrão da amostra.
• Resolução:
a. Na escala à direita (probabilidade de aceitação), marque o valor 100 - α = 100-7 = 93% e
na escala à esquerda (porcentagem de defeituosos), marque o valor de NQA = 1%.
b. Repita a operação para os pontos β = 10% e QL = 8%.
c. A intersecção mostra os valores: N = 25 e K = 1,83

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Exemplos sobre Nomografia
5. Nomograma para determinação do plano de amostragem quando a variabilidade
é desconhecida, método da amplitude.
• Ex.: Se o fornecedor preferir estimar a variabilidade do processo, no exemplo 4, pela
amplitude média de subgrupos de tamanho igual a 5, qual seria o plano mais adequado?
• Resolução:
a. Na escala à direita (probabilidade de aceitação), marque o valor 100 – α = 100-
7 = 93% e na escala à esquerda (porcentagem de defeituosos), marque o valor
de NQA = 1%.
b. Repita a operação para os pontos β = 10% e QL = 8%.
c. Valores a partir da intersecção: N = 30 e K = 1,83

Observando os resultados dos exemplos 3, 4 e 5, pode-se verificar que nos três casos K = 1,83. No entanto, o valor de N varia para os três da seguinte forma:
N3 < N4 < N5 Ns < NS < NR

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