Você está na página 1de 48

SISTEMAS E GESTÃO DE QUALIDADE

Aula 14 – MASP
Professor:
Dr. Alexandre Silva de Oliveira

1
MASP (Método de Análise e Soluções de
Problemas)
• É a denominação que foi atribuída no Brasil ao QC-Story, método
de solução de problemas de origem japonesa.
• Preocupados com o desenvolvimento do aprendizado entre os
supervisores, engenheiros e operários, os japoneses criaram um
roteiro para a documentação e apresentação do histórico do
trabalho de melhoria, daí denominado QC-Story.
• Por abordar fatos passados, o QC-Story teve originalmente um
caráter descritivo, destinado a orientar o relato simples e
inteligível de como as melhorias eram feitas.

2
MASP (Método de Análise e Soluções de
Problemas)
• Posteriormente verificou-se que o roteiro poderia ser utilizado
também de forma prescritiva.
• Yoshio Kondo relata que “[...] as pessoas perceberam que era um
procedimento efetivo para realmente resolver problemas, e ele
tornou-se amplamente defendido para esse propósito”.
• Assim, o QC-Story passou de um método de relato, focado nas
pessoas, objetivando, portanto, a comunicação e o aprendizado,
para um método de solução, focado nas organizações, visando
sobretudo melhorias e a obtenção de ganhos.

3
MASP (Método de Análise e Soluções de
Problemas)
• Na década de 80, Hitoshi Kume descreve com muito mais detalhe e
precisão o método QC-Story. O autor desdobra um processo de
solução de problemas em passos menores, dando mais distinção a
cada atividade
• No Brasil, a introdução do QC-Story na literatura foi feita por Vicente
Falconi Campos que publicou em um apêndice de seu livro TQC no
Estilo Japonês da JUSE - Union of Japanese Scientists and Engineers
• O método apresentado pelo autor é denominado Método de
Solução de Problemas – MSP – mas ele se popularizou como
Método de Análise e Solução de Problemas – MASP.
4
PDCA Fluxo Fase Objetivo
Identificação Definir claramente o problema
MASP (Método de 1
do problema e a necessidade de melhoria
Identificar as características
Análise e Soluções 2
Observação específicas do problema
P Descobrir as causas
de Problemas) 3
Análise fundamentais do problema
Conceber um plano para
4 Plano de bloquear as causas
Ação fundamentais
Bloquear as causas
D 5
Ação fundamentais
Verificar se o bloqueio foi
6
Verificação efetivado
C
(Bloqueio foi
?
efetivado?)
Prevenir contra o
7
Padronização reaparecimento do problema
A
Documentar todo o processo
8
Conclusão para recuperação futura

5
Inspeção Sucata

Má qualidade:
Custos
Garantia Retrabalho
tradicionais

Os Verdadeiros
Rejeições (tangível) Penalidades & Danos

Custos Custos
escondidos
Acordos de vendas Perda de vendas

(Difíceis de Tempo de ciclo longo Insatisfação do cliente


mensurar)
Mais set-up’s
Hora extra
Custos de remessas
extras
Perda de Entrega parcial
Desgaste com o cliente oportunidades
Viagens desnecessárias
Alterações de engenharia
Excesso de inventário

Adiamento de instalações Perda da lealdade do cliente

Moral do empregado, produtividade, retorno

O prejuízo encoberto é 10X maior que a parte visível...

6
Custos da Qualidade
• Planejamento do processo de controle de qualidade

• Treinamento para a qualidade

• Desenvolvimento de fornecedores
Custos • Desenvolvimento de produtos com qualidade
de prevenção
• Desenvolvimento de sistema de produção

• Manutenção preventiva

• Implantação e manutenção de outros componentes do sistema de qualidade


• Mensuração e teste de matérias-primas e insumos da produção

• Aquisição de equipamentos especiais para avaliação de produtos

Custos • Realização de atividades de controle estatístico de processo


de avaliação • Inspeção

• Elaboração de relatórios

7
Fonte: adaptado de Maximiano (2006)
Custos da não Qualidade
• Matérias-primas e produtos refugados

• Produtos que precisam ser retrabalhados


Custos das falhas Modificações nos processos produtivos

internas • Perda de receita

• Tempo de espera dos equipamentos parados para correções

• Pressa e tensão para entrega dos produtos corrigidos ou consertados


• Cumprimento das garantias oferecidas ao cliente

• Perda de encomendas

• Processamento de devoluções
Custos das falhas
• Custos de processos de defesa do consumidor
externas
• Comprometimento da imagem

• Perda de clientes e de mercado

Fonte: adaptado de Maximiano (2006)

8
Método de Análise e Solução de Problemas
• O MASP é uma técnica estruturada para resolução de
problemas.

9
PDCA

A P
Tomar ação para Planejar atividades
melhorias ou ações que devem ser executadas
corretivas no SGQ

C D
Checar as atividades Realizar as implementações
implementadas e comparar das atividades planejadas
com os objetivos ou critérios
internos

AFAM consultoria técnica

10
11
MÉTODO
é caminho para se chegar a uma meta!

12
Fonte: AFAM consultoria técnica

13
14
Equipe MASP

• Sponsor (Patrocinador)
• Facilitador;
• Líder;
• Membros.

15
Papéis da Equipe

Qual a função de um sponsor?


Sponsor, significado de acordo com o PMI® (Project Management
Institute) é: “Uma pessoa ou grupo de pessoas que fornece os
recursos e suporte para o projeto, programa ou portfólio, sendo
responsável pelo sucesso do mesmo”. Mas o Sponsor, tradução,
patrocinador, normalmente é uma única pessoa.

Qual é o papel do facilitador? Qual é o papel do líder?


Um facilitador é capaz de criar espaços para a O líder facilitador aprimora a comunicação com
construção coletiva de ideias, engajar pessoas sua equipe, evitando ruídos e assegurando uma
e promover debates construtivos, extraindo garantia maior de entrega.
informações, conhecimento e potencial de um
grupo em torno de um objetivo em comum ou
resultado maior.

16
Equipe MASP
• Composição da equipe;

• Frequência dos encontros;

17
Etapas do MASP

• Cada uma das 8 etapas do MASP por sua vez é subdividida em tarefas:

ETAPA 1: IDENTIFICAR O PROBLEMA


• TAREFA 1: Dentre diversos problemas SELECIONAR o mais importante
• TAREFA 2: Elaborar o HISTÓRICO do problema
• TAREFA 3: Fazer o balanço de PERDAS & GANHOS
• TAREFA 4: Estabelecer METAS a alcançar
• TAREFA 5: Nomear RESPONSÁVEIS pela execução do MASP

18
Identificar o problema

• PESQUISA;
• ENTREVISTAS;
• FOLHA DE VERIFICAÇÃO;
• BRAINSTORMING;
• FLUXOGRAMAS;
• GRÁFICOS.

19
Brainstorming
Tempestade de ideias

• Gestão a vista;
• Todos tem que dar ideia;
• Pode passar a vez;
• Não pode explicar a ideia;
• Não pode criticar a ideia;
• Procurar esgotar as ideias.

20
Gráfico de Pareto
• O gráfico de Pareto é um gráfico de barras verticais
que tem como objetivo:
– Dividir um problema grande em um grande número de problemas menores
– Priorizar os problemas
– Otimizar a tomada de decisões

O Princípio de Pareto estabelece que os problemas


podem ser classificados em duas categorias:
os “poucos e vitais” e os “muitos e triviais”

21
Etapas para elaboração do Gráfico de
Pareto
• Defina o tipo de problema (itens defeituosos, reclamações,
acidentes, paradas de produção, etc...)
• Listar os possíveis fatores de estratificação do problema (tipo de
defeito, turno, máquina, operador, etc...)
• Estabeleça o método e o período de coleta de dados
• Elabore uma Folha de Verificação apropriada
• Preencha a F. V. e registre o total de vezes que cada categoria foi
observada e o número total de observações

22
Etapas para elaboração do Gráfico de
Pareto
Elabore uma planilha de dados, liste as categorias em ordem
decrescente de quantidade e calcule os totais acumulados, as
percentagens do total geral e as percentagens acumuladas.

23
Etapas para elaboração do Gráfico de Pareto
• Calcule a freqüência relativa e acumulada para
cada categoria

• Fr = Número de ocorrência na categoria . 100


Número total de ocorrências

• Construa o gráfico de colunas


• Trace dois eixos verticais
– Lado esquerdo: de 0 até o total da coluna de Qtd de
defeitos
– Lado direito: de 0% a 100%

24
Etapas para elaboração do Gráfico de Pareto

• Divida o eixo horizontal em um número de intervalos


igual ao número de categorias

• Para cada categoria, definida no eixo horizontal, construa


uma coluna, com altura proporcional ao seu número
de ocorrências.

• Construa a curva de Pareto marcando os valores


acumulados de cada categoria no lado direito da
respectiva categoria e ligue os pontos

• Anote outras informações referente aos dados


25
Gráfico de Pareto

26
Gráfico de Pareto

Farol de controle de defeitos: Até 85 % 85,1 % - 95 % Até 95,1 % - 100 %

27
Etapas do MASP

ETAPA 2: OBSERVAR O PROBLEMA

• TAREFA 6: Descobrir as características do problema através de


COLETA DE DADOS
• TAREFA 7: Descobrir as características do problema através de
OBSERVAÇÃO NO LOCAL
• TAREFA 8: Elaborar CRONOGRAMA & ORÇAMENTO (para
conclusão do MASP).

28
Gráficos

30
Etapas do MASP
ETAPA 3: ANALISAR O PROBLEMA

• TAREFA 9: Definir as CAUSAS mais influentes.


• TAREFA-10: Estabelecer HIPÓTESES (definir e justificar as CAUSAS
MAIS PROVÁVEIS)
• TAREFA 11: Verificar/Testar as HIPÓTESES
• TAREFA 12: Elaborar CONTRAMEDIDAS à causa fundamental e testar
a CONSISTÊNCIA DO BLOQUEIO
• TAREFA 12: Testar a CONSISTÊNCIA DO BLOQUEIO
• TAREFA-13: Averiguar possíveis EFEITOS COLATERAIS
31
Diagrama de causa e efeito

• O que é.
É um tipo de diagrama que lembra as “espinhas de um peixe” usado hipóteses
(palpites) sobre as prováveis causas geradas de um dado efeito (não-conformidadepara
levantar ).

• Utilidade
É usado para identificar possíveis fatores causais da não-conformidade os quais
devem ser estudados de forma mais aprofundada usando as outras ferramentas.
É útil para forçar o “investigador” a analisar as causas em múltiplas dimensões.

32
DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO

FATORES

PROBLEMA •Causas
•Processo
•Objetivo •Meios
•Resultado •Imput
•Efeito •Driver
•Impacto
•Output
•Outcome

33
Causas

• Secundárias;
• Raíz.

• Causas da ocorrência;
• Causas da não detecção.

34
35
Exemplo
MÉTODO DOS 05 PORQUÊS

• O 5 Porquês é uma ferramenta que


consiste em perguntar 5 vezes o
porquê de um problema ou defeito
ter ocorrido, a fim de descobrir a sua
real causa, ou seja, a causa raiz. ...
Criada para ser interativa, a
ferramenta tem como resultado
esperado a identificação da causa
raiz de um problema.

36
Exemplo

37
Etapas do MASP

ETAPA 4: ELABORAR PLANO DE AÇÃO

• TAREFA 14: Definir ESTRATÉGIA de ação


• TAREFA 15: Elaborar PLANO DE AÇÃO

38
Plano de Ação

39
Plano de Ação

• O quê?
• Por quê?
• Como?
• Quem?
• Quando?
• Onde?
• Quanto vai custar?

40
Etapas do MASP

ETAPA 5: EXECUTAR PLANO DE AÇÃO

• TAREFA 16: TREINAR pessoal


• TAREFA 17: EXECUTAR PLANO DE AÇÃO (incluindo realização
de medidas para checar resultados obtidos)

41
Executar o Plano de Ação

42
Etapas do MASP
ETAPA 6: VERIFICAR RESULTADOS DO PLANO

• TAREFA 18: COMPARAR resultados obtidos com os previstos


• TAREFA-19: Listar EFEITOS COLATERAIS não previstos
• TAREFA-20: Verificar NÍVEL DO BLOQUEIO observado (grau de
eficácia do PLANO DE AÇÃO)

43
Gráficos de Controle

44
Etapas do MASP

ETAPA 7: PADRONIZAR

• TAREFA-21: DEFINIR MUDANÇAS que devem ser Incorporadas ao


PPO ou POP (Procedimento Padrão Operacional)
• TAREFA-22: REVISAR PADRÃO (Modificar / Comunicar)
• TAREFA 23: TREINAR pessoal (no PPO revisado)
• TAREFA 25: AUDITAR CUMPRIMENTO DO PADRÃO

45
Padronizar

46
Etapas do MASP

ETAPA 8: CONCLUIR MASP

• TAREFA 26: Elaborar RELATÓRIO sobre o MASP


• Lições Aprendidas.

47
48
49

Você também pode gostar