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Referência bibliográfica: TORRES RIBEIRO, Ana Clara.

Regionalização como
Fato e Ferramenta. In: Revista Brasileira de Geografia, v. 57, n. 2, p. 193-208,
1995. Resumo: O artigo aborda a regionalização como um fenômeno complexo
e multifacetado, que pode ser entendido tanto como um fato quanto como uma
ferramenta. A autora discute a importância da reconstrução histórica dos
processos que movimentaram e limitaram a ação hegemônica, bem como a
diferença entre a regionalização como fato e como ferramenta. Além disso, são
apresentadas algumas formas de resistência à ação hegemônica no território
brasileiro, bem como as possibilidades de controle dos fluxos oferecidas pela
informática. O texto conclui que a regionalização é um tema complexo e em
constante transformação, que exige uma abordagem crítica e reflexiva.

o artigo apresenta uma abordagem reflexiva e crítica sobre a regionalização,


destacando a importância da reconstrução histórica dos processos e da
compreensão da diferença entre a regionalização como fato e como
ferramenta. Além disso, a autora apresenta algumas formas de resistência à
ação hegemônica no território brasileiro e discute as possibilidades de controle
dos fluxos oferecidas pela informática. O texto é bem estruturado e apresenta
uma linguagem clara e objetiva, o que facilita a compreensão do leitor.

De acordo com o texto, a regionalização pode ser vista como uma ferramenta
na atual conjuntura, marcada pela transformação da eficácia em meta política,
pela mutação da cultura em mercadoria, pela imposição do agir instrumental e
estratégico e pelo desvendamento contínuo de contextos de inovação. Nesse
contexto, a regionalização como ferramenta adquire extraordinário destaque, o
que explica a sua utilização pelos agentes econômicos hegemônicos,
desestabilizando a estrutura espacial do país. Ou seja, a regionalização pode
ser utilizada como uma ferramenta para a implementação de políticas públicas
e para a organização do território, mas também pode ser utilizada como uma
estratégia de dominação e controle por parte dos agentes econômicos
hegemônicos.
O texto apresenta algumas formas de resistência à ação hegemônica no
território brasileiro, como as formas de resistência por vezes em confronto
apenas com agentes secundários e dinâmicas sociais que escapam aos
mecanismos de controle que garantem a expansão da territorialidade
dominante. Além disso, o texto destaca a relevância da regionalização
insurgente como uma forma de resistência à ação hegemônica, que busca
construir novas territorialidades a partir de processos participativos e
democráticos. No entanto, o texto também destaca que as formas de
resistência são numerosas e difusas, e que muitas vezes estão subalternizadas
ou subalternas em relação à ação hegemônica.

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