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Entendendo o que é PNL

Um computador é formado pelo hardware, a parte material, e pelo software,


que são os programas (simples ou elaborados) que rodam no computador.
No hardware encontramos: telas, teclados, mouses, placas diversas, fios,
disco rígido, drive de CD/DVD, portas de entrada, conexões, componentes,
processador, ventoinhas. Essa é a parte material do computador, seu corpo.
Essas estruturas são interdependentes: sozinhas não fazem muita coisa, mas
em conjunto reproduzem diversas possibilidades.
O processador do computador é o núcleo, o cérebro do computador. A partir
dele são dadas as ordens e comandos para os demais componentes e, a
partir disso, será determinada a velocidade de processamento dos dados. É
como se fosse a mente inconsciente.
Além dele, temos o HD (disco rígido) que é como se fosse o estoque de
informações da nossa mente inconsciente: os arquivos estão lá, gravados no
disco rígido, físico, podendo rodar dezenas e até milhares de programas em
segundo plano de acordo com o processamento e são milhares ou milhões de
informações disponíveis para serem processadas – ou não.
Além disso, temos diferentes tipos de memorias: as memórias ROMs e as
memórias RAMs. As memórias ROMs que são memorias apenas de leitura.
As suas informações são gravadas pelo fabricante uma única vez e após isso
não podem ser alteradas ou apagadas, somente acessadas. São memórias
cujo conteúdo é gravado permanentemente (é possível ter atualização do
firmware, que é o sistema operacional da memória ROM, mas não se tem a
intenção de gravar e regravar informações). Esse tipo de memória pode ser
comparado à parte do cérebro reptiliano, em que as nossas funções e
necessidades mais básicas estão relacionadas à sobrevivência: reprodução e
alimentação.
Por outro lado, temos a memória RAM. Essa memória é subdividida em duas,
uma mais lenta e outra mais rápida. A mais lenta é como se fosse o nosso
inconsciente relacionado às emoções, o cérebro límbico; a mais rápida é
como se fosse a mente consciente, o neocortex, o cérebro ligado aos
processos racionais. A memória RAM ajuda na agilidade e no processamento
de informações para a boa execução dos programas ou qualquer outra coisa
que seja ativada pelo computador.
A forma como o computador executa os programas, é através da pré-
programação da informação através de linguagem binária: 0 ou 1. A
combinação desses dois algarismos em sequências distintas, pequenas ou
altamente complexas, direciona, ativa ou desativa milhões de comandos e
programas, na tela do computador ou não, seja através das interfaces de
comunicação (como teclado e mouse) ou não. Da mesma forma, as
informações que dispomos em nossa mente são nossos pensamentos
(imagem, som, sensação e conversa interna) e podem ser ativados,
estimulados e direcionados pela linguagem humana.

Portanto, de forma análoga, podemos dizer que:


 A estrutura física do computador (tela, teclado, placas, componentes
elétricos, mouse, etc) é como se fosse o cérebro físico (o órgão)
 O processador (CPU) é o principal item de hardware de um
computador; é responsável por calcular e realizar tarefas determinadas
pelo usuário, sendo considerado o cérebro do PC; dessa forma esse é o
reino do inconsciente.
 O disco rígido, cheio de arquivos e informações, é como se fosse o
estoque da mente inconsciente
 A memória ROM, com diretrizes básicas de funcionamento do
computador, é como se fosse a parte do cérebro destinada a
sobrevivência (cérebro reptiliano) e relaciona-se à mente inconsciente
em nível corpóreo
 A memória RAM, com diretrizes de agilizar o processamento da
informação junto com o processador, é como se fosse a mente
inconsciente emocional (cérebro límbico, de tradução linguística mais
lenta, mas mais rápida em termos de reação) e a mente consciente
que usa processos racionais (neocortex, de tradução linguística rápida,
mas mais lenta em termos de reação)
 A informação binária (0 e 1) são os ingredientes que formam o
processamento dos programas, além de sua execução; é como se
fossem os pensamentos (imagens internas, sons internos, sensações e
conversa interna)
 A informação pode ser ativada, estimulada e direcionada para que os
programas sejam executados ou fechados, com o uso de linguagem
binária; de forma análoga, é através da linguagem que podem ser
gerados, estimulados, ativados, e direcionados pensamentos e
sentimentos, comportamentos e estados.
 A forma, a sequência, a ordem em que as informações estão
organizadas reproduz a programação para a execução de um software;
da mesma maneira, assim também é nossa programação mental: a
forma, a sequência, a organização, o planejamento com que os
pensamentos estão orientados influenciados pela linguagem faz com
que os programas, os comportamentos, sejam ou não adequadamente
executados

Diante desse paralelo, apesar do cérebro e a mente humana serem muito


mais complexos, a PNL estuda o pensamento e a influência da linguagem no
cérebro. Pensar é usar os sentidos internamente (ver, ouvir, falar consigo,
sentir); e a linguagem, produto do sistema nervoso, ativa ou desativa,
direciona e estimula o cérebro - sendo também a maneira mais eficaz de
estimular o sistema nervoso dos outros, facilitando nossa comunicação - que
é se fazer entendido da forma como entendemos, de maneira partilhada,
tornando a informação comum.

A forma (programação, a maneira, a sequência, a estratégia, o jeito) que


usamos a comunicação (linguagem: verbal, não-verbal) molda e direciona a
maneira como pensamos, sentimos, falamos conosco e agimos (neuro,
corpo, sistema nervoso).
Pressupostos da PNL

O mapa não é o território


O mapa de uma pessoa, seu modelo de mundo, é formado por informações
sensoriais do ambiente (aquilo que se vê, ouve, toca, capta de odores e
gostos), pelas recordações do passado e da interpretação do que
entendemos ser a realidade.
A pessoa interage e reage com o seu mapa, o seu modelo de mundo,
contrastando com aquilo que é apresentado de igual ou diferente para ela.
Se aquilo que for diferente não for convincente de ser bom, instala-se o
conflito de mapas. A pessoa fica confusa, porque um novo mapa, com
elementos dispostos de forma diferente e até com elementos diferentes (ou
inexistentes) é apresentado e contrastado.
E é esse mesmo mapa que determina como acontecem as interpretações
dos acontecimentos da vida e dos significados que damos a cada um deles.
Nada tem significado, exceto aquele que nós atribuímos às coisas, situações
e/ou pessoas.
Nenhum mapa é mais verdadeiro ou mais real que o outro: são apenas
mapas, construídos. Existem mapas que são mais ricos que outros,
dependendo dos referenciais e do que a pessoa deseja ou não alcançar a
partir da sua percepção de realidade.
Enriquecer o mapa pessoal com mais informações sobre a realidade promove
mais escolhas ao lidar com o mundo complexo e a forma de enriquecê-lo é
através da melhoria de sua percepção, da reinterpretação e da
ressignificação dos acontecimentos da vida.
A partir disso, podemos colocar em dúvida ideias que estejam nos limitando
ou nos impedindo de alcançar aquilo que queremos (crenças limitantes) e
construir novas certezas que facilitem nosso caminho (crenças
empoderadoras) em direção ao nosso objetivo; afinal, boa parte das coisas
que construímos têm fundamento nas certezas (crenças) que temos em
nosso mapa de realidade
As pessoas fazem as melhores escolhas devido as possibilidades e
capacidades que são percebidas como disponíveis a partir de seu próprio
mapa de mundo. Portanto, a mudança de percepção ou comportamento é
resultante da ampliação ou enriquecimento do mapa de mundo de uma
pessoa pela utilização de um recurso apropriado, ou da ativação de um
recurso potencial, para um contexto particular.

O mapa é aquilo que percebemos, interpretamos, recordamos, projetamos. E


constantemente estamos contrastando com os mapas dos outros; o conflito
instala-se quando esse contraste é muito forte e, dependendo da intensidade
das certezas que temos, podemos ampliar e enriquecer o mapa (resultando
em ambientes mais ricos, em relacionamentos enriquecidos e em atitudes
mais apropriadas) ou mantê-lo como está (resultando nos mesmos
ambientes, nos mesmos relacionamentos e nas mesmas atitudes).

Se um mapa não está me levando para onde desejo ir, o que eu preciso
fazer?
1) Ampliar meu vocabulário e distinguir com mais clareza conceitos que
podem estar confusos ou ambíguos
2) Entender melhor como eu percebo atualmente (como enxergo, escuto
e sinto) em relação às ideias, coisas e pessoas relacionadas àquilo que
quero mudar ou melhorar.
3) Saber como provocar as mudanças necessárias no mapa de realidade
4) Repetir conscientemente a percepção, o olhar, a forma de escutar, as
ideias, as atitudes e os sentimentos adequados até que o mapa
(percepção, interpretação, recordação e projeção) seja reescrito de
acordo com aquilo que desejamos construir com base em novas
certezas.

 Preciso estar consciente daquilo que quero melhorar ou aquilo que


me atrapalha
 Preciso querer realizar a mudança
 Preciso saber como realizar a mudança
 Preciso repetir o processo me comprometendo com a mudança até
que ela ocorra e se torne inconsciente

Tornar a Tomar
mudança consciência da
inconsciente mudança

Repetir o
processo até Querer
que a realizar a
mudança mudança
aconteça
Saber como
realizar a
mudança

“Não existem fracassos: existem apenas feedbacks”


Não existem fracassos: existem resultados não desejados resultantes de
uma ação ou inação.
Se uma pessoa agiu em direção a obter algum resultado desejado, mas não
obteve aquilo que queria ela tem um feedback de que aquela maneira de
fazer não é a adequada para se alcançar alguma coisa – precisa ser mudada
se quiser alcançar o resultado almejado. Se houve a ação e o que aconteceu
deu certo, mantém-se a ação ou conjunto de ações.
Vale ressaltar que não agir também é agir. É escolher ficar passivo, parado
diante de alguma situação, por mais que a pessoa ainda esteja inconsciente
sobre aquilo que a prejudique ou não a aproxime do que ela quer.
Inclusive a maioria dos processos de aprendizado e mudança se dá por
contraste: precisamos tomar consciência que existe algo melhor para que
possamos desejar, aprender como alcançar aquele resultado e nos
comprometermos com a mudança – sustentando a boa ação – até que o
resultado esteja consolidado.

“A Vida e a Mente são processos sistêmicos”


Os processos que ocorrem em um indivíduo, ele com ele mesmo e ele com o
seu ambiente (situações, coisas e pessoas) são processos sistêmicos. Uma
parte influencia a outra, em maior ou menor grau, mas jamais deixam de
influenciar.
As interações pessoais formam circuitos de retroalimentação: aquilo que se
oferece retorna a quem ofereceu (aquilo que não se oferece não pode
retornar); as ações ou inações vão evocar reações no ambiente (coisas,
situações e pessoas) e isso vai trazer uma resposta (feedback) que vai
influenciar o indivíduo.
Além do mais, todos os sistemas tendem a se auto organizar buscando
equilíbrio e estabilidade: por mais que possam, em algum momento,
estarem instáveis, eles se direcionam sempre para algum grau de
estabilidade – mesmo que não seja uma estabilidade desejada.
Comportamentos, experiências ou respostas podem servir de recurso, mas
também de limitação dependendo de como se encaixam no sistema. Se
estiverem fora do contexto que acontecem e fora do contexto em que a
resposta acontece eles não são significativos.
As interações podem acontecer em diferentes níveis dentro de um mesmo
sistema: o que pode ser positivo em determinado nível pode ser negativo em
outro.
O eu verdadeiro, que expressa suas intenções positivas, é diferente do
comportamento expresso, que pode estar sendo prejudicial para dado
contexto específico; diante disso, é mais fácil e produtivo responder à
intenção do que o comportamento em si – é mais fácil e produtivo mudar os
critérios de valor (as crenças que sustentam os valores) do que os valores em
si.
Os ambientes e os contextos são dinâmicos, eles mudam; para ser bem-
sucedido na adaptação e na sobrevivência de um novo contexto ou
ambiente é necessário um mínimo de flexibilidade – quanto mais complexo
um sistema, maior a necessidade de flexibilidade
Se o que está sendo feito não tem gerado o resultado desejado continue
variando o comportamento até provocar a resposta desejada – TOTS.
“Processamos toda a informação através de nossos sentidos”
Processamos toda informação através dos sentidos e das suas percepções
internas; mas se realmente quisermos compreender alguma coisa
precisamos agir. O verdadeiro aprendizado está no fazer, no executar – e é
preciso de prática para provocar mudanças duradouras.

“Princípio da Variabilidade e Flexibilidade”


Aquele indivíduo que consegue se adaptar, variar com mais habilidade seus
comportamentos e ter mais flexibilidade, tende a sobreviver e dominar o
sistema.
Vale lembrar que nem sempre a mesma ação gera o mesmo resultado:
como a vida e os sistemas são dinâmicos, pequenas variações podem
provocar grandes diferenças, mesmo que a ação original seja a mesma, da
mesma forma.
Apesar disso, ter mais escolhas é melhor do que ter nenhuma; e
conseguimos alcançar nossos resultados, aquilo que queremos, quando
variamos nossos comportamento e vamos o adequando ao longo do caminho
para reproduzir os mesmos resultados ou melhores resultados.
A raiz de todo comportamento está na intenção positiva: temos infinitas
partes internas que operam e orientam cada comportamento; muitas vezes
podem estar em congruência, outras vezes em conflito - especialmente em
momentos de mudanças.
Vale ressaltar e lembrar que todo comportamento pode ser um recurso ou
uma limitação dependendo do contexto no qual é aplicado:
comportamentos problemáticos podem ser comportamentos que, em
determinado contexto foram úteis e importantes, mas ficaram ‘congelados’
no tempo, portanto, hoje, podem estar desatualizados e são inadequados.
Apesar de ter o significado negativo, ele teve um propósito, assim como todo
e qualquer comportamento.
O que precisamos fazer para que a mudança seja conduzida ou para que ela
aconteça é estarmos e sermos curiosos para entender as possíveis causas,
investigando com mais cuidado as intenções positivas e apresentar novas
possibilidades de se atender as mesmas intenções positivas com novos e
melhores comportamentos.

“Mudança como constante”


A natureza do Universo é mudança; e as pessoas dispõem de todos os
recursos de que precisam para mudar.
Mudança é a ampliação de possibilidades como resultado da liberação de
recursos adequados em um determinado contexto ampliando as
possibilidades.

“As pessoas funcionam perfeitamente”


É importante lembrar que não existem pessoas erradas ou “quebradas”, as
pessoas têm comportamentos inadequados porque elas possuem
estratégias mentais ineficazes.
Contudo, todas as pessoas possuem os recursos necessários ou pode criá-
los; todo mundo tem o mesmo “aparelho” mental embora com programas e
habilidades diferentes. Sendo assim, não existem pessoas sem recursos:
existem estados emocionais sem recursos.

“O significado da comunicação é a resposta que se obtém”


O significado da comunicação não é a sua intenção original: o significado da
comunicação é o que a outra pessoa entende.
Não se pode não comunicar – não obter resposta já é uma resposta.
A comunicação verbal tem uma estrutura superficial que cada um decodifica
a partir de sua própria experiência, de acordo com as imagens, sons e
sensações do seu mapa individual. O conteúdo verbal (palavras, linguagem)
corresponde a apenas 7% da comunicação; o modo como se fala (velocidade,
entonação, etc.) corresponde a 38% e o conteúdo não-verbal (aparência,
expressões faciais, olhar, respiração, tônus muscular, etc.) corresponde a
55%.
Em uma comunicação harmoniosa respeita-se o modelo do mundo do outro
– respeita-se o mapa da outra pessoa. A resistência que pode ser encontrada
significa falta de flexibilidade do comunicador, falta de rapport, de conexão
com o interlocutor. Ampliando e melhorando essa conexão a resistência é
diminuída ou extinta.

O Modelo dos 7Cs de Dilts


(Tradução adaptada do original, em Anchor Point Magazine Vol.6, N° 8 (Agosto de 1992))

Segundo a PNL, o processo básico de mudança envolve 1) descobrir qual é o


estado atual em que a pessoa se encontra e 2) adicionar os recursos
apropriados para conduzi-la ao 3) estado desejado.

Estado Atual + Recursos Apropriados = Objetivo Desejado

Quando alguém tenta ir em direção ao estado desejado, contudo, existem


várias interferências que podem surgir para impedir o progresso. Essas
interferências são muito importantes de serem identificadas para apoiar a
pessoa em seu processo de cura. Uma vez identificadas, as interferências
podem ser solucionadas por uma série de recursos.
Robert Dilts criou um modelo para facilitar a escolha de quais técnicas usar
para cada situação. De acordo com esse modelo, as interferências que
impedem o cliente de atingir seu estado desejado estão divididas em 7
categorias, todas nomeadas com palavras que começam com a letra C:

1. Conteúdo
O primeiro “C” é chamado de “C” de conteúdo. O conteúdo está relacionado
ao ditado de que “se você colocou lixo para dentro, pode colocar o lixo para
fora” (GarbageInGarbageOut).
Problemas relacionados à conteúdo são funções de ter colocado matéria-
prima imprópria, informações errôneas ou prejudiciais, etc., dentro da sua
mente. Esses problemas podem ser provocados pelo tipo de informação que
você consome, o tipo de pensamentos que você está tem reproduzido, e o
grau do seu entendimento em relação ao seu próprio funcionamento.
Tem a ver com os elementos básicos (informações) com os quais você está
construindo. A qualidade da matéria-prima que você usa vai determinar a
qualidade do resultado que você vai ter.
Existe uma quantidade muito grande de erros e até de ideias e crenças
prejudiciais sobre várias coisas em nossa sociedade, inclusive na saúde –
mesmo na profissão médica em si. Geralmente isso é devido pelo fato do
entendimento incompleto do sistema de saúde. Nosso conhecimento sobre
saúde e sobre a conexão mente-corpo está crescendo e mudando todo o
tempo. Doenças mentais que eram incuráveis até poucos anos atrás agora
são tratadas e até curadas de forma rotineira de maneira bastante efetiva.
Os recursos relacionados aos problemas de conteúdo surgem a partir do
desenvolvimento dos filtros perceptuais e evidenciam os procedimentos que
ajudam no processamento daquilo que é relevante e ecológico.
A PNL fornece várias ferramentas nessa área tais como a boa formulação de
objetivos (BFO) para a construção de resultados e outros procedimentos
ecológicos e relevantes que nos permitem efetivamente filtrar a qualidade de
conteúdo que está sendo usado.

2. Confusão
A segunda classificação é o “C” de confusão. Problemas relacionados à
confusão decorrem da falta de clareza das metas, dos próximos passos, etc. –
em essência o ‘como’ do processo.
Confusão se relaciona com o ditado que “a corrente não é tão forte quando
existe um elo fraco”. Confusão é criada por conexões fracas e conexões
perdidas. Se você não tem certeza de qual é o seu estado desejado pode
haver confusão em vários lugares.
Os recursos que resolvem problemas relacionados a confusão vem da
capacidade de descobrir, identificar, preencher ou esclarecer elos fracos ou
conexões perdidas no caminho ou na estratégia que buscamos para alcançar
nossos objetivos.
A PNL oferece ferramentas que resolvem as questões de confusão na forma
da habilidade de coletar informações verbais e não-verbais.
Por exemplo, o Metamodelo é um modelo linguístico que identifica
potenciais palavras problemáticas e padrões de linguagem que podem gerar
confusão e distorções. Também fornece um sistema de questionamento
através do qual essas áreas problemáticas podem ser desafiadas, exploradas
e enriquecidas.
A PNL também fornece muitos meios de usar e aumentar a acuidade
sensorial para a pessoa se tornar mais consciente de sinais não-verbais e da
comunicação inconsciente que podem ser essenciais para encontrar
conexões perdidas e ver através de experiências potencialmente confusas.
3. Catástrofe
A terceira categoria é o “C” de catástrofe. A catástrofe geralmente é um
trauma passado ou um imprint negativo da história pessoal de alguém que
cria uma generalização limitante ou inadequada. Crenças limitantes e
padrões de comportamento que nos afetam de formas limitantes são
passadas através de gerações aos membros da família.
Falhas e dificuldades do passado às vezes recebem mais peso do que eles
merecem porque eles ocorrem durante os estágios de desenvolvimento mais
básicos. Na maioria das vezes são generalizações inadequadas resultadas de
interpretações de um evento através de um modelo de mundo estreito ou
empobrecido no momento do evento traumático – talvez criado por
conteúdo impróprio ou confusão relativa aos elos perdidos no entendimento.
Os recursos relacionados à resolução de catástrofes envolvem o
distanciamento e em seguida a repercepção do evento catastrófico através
de uma forma mais completa e rica do mapa de mundo.
A PNL fornece muitas ferramentais para ajudar a estabelecer e aplicar esses
recursos como:
1) A habilidade de desassociação de sentimentos opressores ou
limitantes
2) A capacidade de intencionalmente ancorar e reestimular estados e
experiências positivas, e
3) O processo de reimprimir, em que recursos que foram desenvolvidos
ou cultivados mais tarde na vida são transferidos de volta aos traumas
passados. Através desses processos, essas generalizações relacionadas
às habilidades de alguém e o sistema familiar são atualizados.

4. Comparação
A quarta área a explorar é o “C” de comparação. Os problemas relacionados
à comparação têm a ver com expectativas e critérios inapropriados
relacionados ao sucesso. O processo de se conduzir até o estado desejado
envolve fazer perguntas como “Estou tão adiantado quanto deveria estar?”
“Estou fazendo tão bem quanto as outras pessoas dizem que eu deveria?” “E
se não estou fazendo, o que isso significa e de quem é a culpa?”
Com as comparações você costuma ficar desapontado. Foi dito que decepção
requer planejamento adequado. Se você não sabe onde você deveria estar
você não pode ficar desapontado em relação à onde você está. Mas a partir
da mesma ideia, se você não tem um plano ou caminho, como você sabe se
está indo na direção certa?
As comparações costumam levar ao fenômeno de culpar e reclamar. Se você
pensa que você deveria estar em algum lugar e você não está lá, então de
quem é a culpa? Esse é um problema sério. Se alguma coisa não corresponde
às suas expectativas você tem que descobrir onde colocar a culpa.
Os recursos que resolvem problemas de comparação vem através de
processos que nos ajudam a definir melhor as expectativas apropriadas e que
nos capacitam a tomar ações corretivas quando as expectativas não são
atendidas.
A PNL fornece habilidades e ferramentas que nos permitem modelar e
transferir os comportamentos e estratégias de pessoas excepcionais. A PNL
também oferece maneiras de dividir grandes objetivos em um caminho de
micro objetivos mais alcançáveis por meio de técnicas como Gerador de
Novos Comportamentos.
Em geral, alcançar uma meta de longo prazo envolve uma série de sucessivas
aproximações e operações para quebrar a meta em uma série de metas
menores.
Um objetivo com frequência inicia a visão de uma possibilidade. Por meio de
uma estratégia ou plano, a visão é dividida em uma serie de marcos que
constituem um caminho para a realização do objetivo. Ao longo do caminho
intervenções são aplicadas para definir e realizar objetivos específicos. A
aplicação de técnicas específicas quebram o objetivo em metas secundárias.
Habilidades e táticas são empregadas para atingir essas metas secundárias.

5. Conflito
A quinta categoria é o “C” de conflito. Conflitos surgem de incongruências,
ganhos secundários ou outras questões ecológicas que não foram tratadas
adequadamente, e suposições e motivos ocultos e inconscientes.
Conflitos internos podem criar um tipo de estresse contínuo que podem
provocar problemas de saúde exagerados bem como produzir ambivalência
quanto ao plano de tratamento.
Os recursos relacionados a problemas de conflito envolvem a capacidade de
identificar ou criar um mapa de mundo compartilhado, descobrindo e
reenquadrando critérios e suposições conflitantes.
A PNL oferece uma série de ferramentais e habilidades para lidar com
possíveis situações de conflito que começam com desenvolvimento de
construção de rapport específico e habilidades de comunicação.
Operando a partir da premissa de que todo comportamento decorre de
alguma intenção positiva, a PNL emprega os princípios de acompanhar e
conduzir. O acompanhar e conduzir permite que cada modelo de mundo seja
primeiro reconhecido e confirmado e, em seguida, novas escolhas são
exploradas – não impostas.
Os conflitos raramente surgem quando as pessoas se sentem
compreendidas. Elas podem decidir discordar, mas é um contexto de rapport
e isso não precisa ser levado à uma ligação debilitante.
As técnicas de PNL de reenquadramento e negociação interna permitem que
as pessoas identifiquem e se comuniquem com partes delas mesmas para
que possam encontrar as intenções positivas por trás de seus conflitos e
enriquecer as escolhas disponíveis capazes de cumprir com mais eficácia
aquelas intenções sem conflito.

6. Contexto
Depois do conflito, chegamos ao “C” de contexto. Problemas de contexto
relacionam-se aos impedimentos externos no ambiente. O reconhecimento
do contexto, que são fatores externos além do nosso controle, podem
precisar ser resolvidos – alguns dos quais podem aparecer inesperadamente.
Os recursos para abordar problemas contextuais se relacionam com a
preparação e flexibilidade.
Na PNL, o comportamento eficaz é caracterizado pelo estabelecimento de
três elementos essenciais:
1) Um objetivo futuro claro;
2) Evidência apropriada para medir o progresso em direção ao objetivo
3) Uma gama de meios e ações possíveis com que se possa realizar o
objetivo
Em outras palavras, você tem um objetivo futuro fixo e uma gama flexível de
escolhas ou operações com as quais pode atingir o objetivo.
Essa formula é extraída da Lei da Variedade Requerida na cibernética. A Lei
da Variedade do Requerida afirma que a quantidade de variação necessária
para atingir um objetivo especifico em um sistema complexo é diretamente
proporcional à quantidade potencial de variabilidade no próprio sistema.
Quanto mais um sistema (máquina ou vivo) amplia seu conhecimento sobre
informações diversas, porém selecionadas, maior será o seu controle e poder
para tomar decisões assertivas e proativas diante de qualquer situação. Ou
seja, se houver muita variação potencial no sistema, deve haver uma ampla
gama de opções e flexibilidade em meios para atingir um objetivo especifico.
A PNL tem muitas ferramentas e processos com os quais pode aumentar a
acuidade sensorial com o propósito de realizar de forma mais eficaz, calcular
e medir o progresso em direção às metas e problemas potenciais no
contexto.
A PNL também tem muitas maneiras de melhorar a flexibilidade
comportamental para enriquecer o repertorio ou o portfólio de opções
comportamentais que se tem a fim de alcançar um objetivo especifico.

7. Convicção
O sétimo C é o “C” de convicção. Problemas de convicção tem como pilar
central dúvidas sobre como alcançar sua meta. Quando as coisas ficam
difíceis até os mais durões têm dúvidas.
Você começa a se perguntar, “Estou realmente ficando saudável ou é apenas
temporário?”, “Estamos realmente nos aproximando do novo mundo ou
estamos apenas nos enganando?”. Você pode estar fazendo tudo
perfeitamente, mas você começa a se questionar, “Isso é realmente o que
parece significar ou é temporário? Isso vai durar? Vai continuar?”
A convicção está fortemente relacionada com as nossas crenças. As três
interferências mais comuns em relação à convicção são desesperança,
desamparo e inutilidade.
A desesperança surge quando há uma ausência de crença de que algo é
possível. No desamparo uma pessoa pode acreditar que algo é possível, mas
acredita que ela pessoalmente não tem a capacidade de conseguir. Com a
inutilidade uma pessoa pode acreditar que algo é possível e que ela possui os
recursos para alcançar o objetivo, mas não acredita que ela merece por
alguma razão.
Obviamente os recursos relacionados à convicção envolvem o fortalecimento
da crença de que uma meta é possível, que a pessoa tem e usará os recursos
necessários para conseguir esse objetivo, e que a pessoa merece a mudança
– que é uma parte natural da sua vida.
As ferramentas e técnicas da PNL de Ponte ao Futuro e procedimentos de
Instalação de Crenças são maneiras muito eficazes de ativar e fortalecer
essas crenças empoderadoras.

Resumo
Primeiro você precisa conhecer qual é o seu estado desejado. O que é isso
que eu quero? Em segundo lugar, para se alcançar o objetivo, usando o
exemplo de saúde, você precisa saber que os recursos fisiológicos que você
precisa estão disponíveis: dieta, exercício, tipo de medicação, o estado do
sistema imunológico, o nível de estresse, todas as coisas físicas concretas que
influenciam nossos corpos.
Então você precisa ter uma forma de orientar esses recursos físicos e usa-los
adequadamente – uma estratégia mental. Além disso, você precisa de outros
recursos porque você estará constantemente submetido à interferências
enquanto você está no caminho da recuperação.
Em um sistema complexo, não existe apenas uma causa. Você pode ter a
química corporal mais equilibrada no mundo, mas se você está em conflito
consigo mesmo você terá dificuldades. Saúde (e qualquer outro objetivo) é
um resultado que envolve a coordenação de vários fatores.
Em resumo, o sucesso na realização pessoal ou objetivos envolve 3
elementos básicos:
1) Motivação (querer fazer): acreditar que o objetivo é alcançável e
útil/valioso
2) Meios (como fazer): conhecimento dos passos físicos e mentais
necessários para atingir o objetivo
3) Oportunidade (chance de fazer): negociar com eficácia com as
interferências e as resistências.

O modelo de 7 C’s de Dilts


A) CRENÇAS – Generalizações sobre nós mesmos e nosso mundo
1) O que é possível? Onde estão os limites?
2) O que isso significa? O que é importante/necessário?
3) O que causa isso? O que isso causa?
4) Quem sou eu? Do que sou capaz?
B) FISIOLOGIA – propriedades físicas necessárias para atingir o objetivo
1) Sequência especifica de comportamento necessário para chegar ao
objetivo
2) Dicas de acesso (ou seja, movimento dos olhos, postura, respiração, etc)
3) Estado físico (função imunológica, nutrição, força, etc)
C) ESTRATÉGIA – mapa mental ou programa que organiza e guia nosso
comportamento e resposta física
1) Sistema sensorial (visão, audição, tato, olfato ou paladar)
2) Submodalidades: qualidade da representação sensorial (ou seja,
intensidade, velocidade, localização e etc.)
3) Sequenciamento especifico de etapas no plano
D) OUTROS RECURSOS – habilidade e técnicas adequadas necessárias para
estabelecer uma referência (veja abaixo)
E) INTERFERÊNCIA – fatores que atrapalham a meta desejada: Os 7Cs.
1) Conteúdo – Entrada de informação não apropriadas
(GarbageInGarbageOut).
Recursos: Acuidade sensorial e filtros de relevância.
2) Confusão –Metas e passos não especificados.
Recursos: Metamodelo, especificação nos sistemas representacionais.
3) Catástrofe – Traumas do passado, "imprints" negativos da história pessoal.
Recursos: Ancoragem, Desassociação, Cura Rápida de Fobia, Hipnose
(regressão), Mudança de História, Re-imprint.
4) Comparação – Expectativas e critérios inapropriados.
Recursos: "Chunking" (lidar com tamanho do enfoque) e Modelagem
(Gerador de Novos Comportamentos).
5) Conflito – Incongruência, ganhos secundários, motivos ocultos.
Recursos: Ressignificação (reframing), Negociação Interna, Integração de
partes conflitantes.
6) Contexto – Impedimentos externos.
Recursos: Acuidade sensorial e flexibilidade comportamental.
7) Convicção – Dúvidas em relação à realização da meta.
Recursos: Ponte ao Futuro, Padrão "Swish", "Como se", Pseudo-Orientação
no Tempo e Círculo/Estado de Excelência.
F) ECOLOGIA - fatores do sistema circundante que precisam ser considerados ou
preservados na meta desejada

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