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- é o Mestre, por não procurar um sentido para a vida, contentando-se com aquilo que vê e sente em
cada momento e constituindo um ponto original a partir do qual todos os outros “eus” existem
- poeta do campo (bucólico), sem formação, que vive em plena comunhão com a Natureza
- contudo, a sua visão era idealizada e o seu aparente bucolismo apenas esconde apreciações abstratas
- Este poeta fingidor opõe o seu fazer poético, simples e ingenuo, ao dos outros poetas que trabalham os
versos artificialmente.
- O seu fingimento artístico consiste em fazer crer que não há lugar para a intelectualização das
emocoes, surgindo a criação artística de forma espontânea
- as sensações permitem captar a essência da realidade, tal como o olhar ingenuo da criança
- assim como a natureza, não pensa, não crê em nada, limita-se a existir
- é o criador do sensacionismo – privilegia a perceção sensorial e não procura conhecer o que está para
lá do que vê e sente
- exprime sensações aparentemente espontâneas mas que na verdade são produto de uma reflexão
- Caeiro finge ser o mais sensacionista mas é cerebral e a sua poesia é pensada e trabalhada – falsa
ingenuidade/inconsciência do poeta
- simbiose entre o sujeito poético e a natureza, conhece-a em profundidade e vive de acordo com ela
- bucolismo: contacto com a natureza a fim de com ela estabelecer uma relação harmoniosa,
perfeitamente integrado nos seus ritmos
- poesia clara, com linguagem coloquial, simples e concreta, que não respeita regras poéticas. É a
expressão instintiva de pensamentos