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POSTAGEM 2021 – ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO – CURSO REGULAR

Aluno(a): nº:
Turma: 2ª série Curso: Ensino Médio

Professor(a): Hagta Mendes Disciplina: Literatura

Trimestre: 1º E-mail: hagta.mendes@docente.fieb.edu.br SEMANA:


POSTAGEM Nº.:
CONTEÚDO: O Romantismo:

ORIENTAÇÕES:

A idealização do herói, do amor e da mulher

O herói romântico é muitas vezes, marginal, desregrado, entregue ao


ópio e ao álcool. Contudo isso revela não uma índole má, mas sim desespero e
repulsa pelo mundo tal como ele é. Outro tipo de marginalidade é a deriva da
perfeição de seu espírito e de seu caráter, benignidade de seus procedimentos,
incompatíveis com a lama da realidade objetiva. Em geral, o herói é um tipo movido
por propósitos elevados, solitário em seus anseios e atitudes, um incompreendido.
Se ao enunciador ou ao personagem masculino romântico faltarem virtudes,
elas serão resgatadas com o fenômeno amoroso. O amor, no Romantismo funciona
como uma espécie de regenerador caracteres. É a partir dele que o individuo
adquire ou recupera sua dignidade. É o que ocorre com os personagens Simão
Botelho, em amor de perdição, de Camilo Castelo Branco, e Fernando Seixas, em
senhora, de José de Alencar.
A mulher é o instrumento de que se vale o romântico para a ascensão
espiritual. Sua idealização é evidente. A mulher romântica não existe, paira; não
respira, pulsa; não anda, flutua; tem a prodigiosa propriedade de irradiar luz pelos
poros; é dotada de virtudes tão maravilhosas que fazem dela uma semideusa
praticamente inatingível. Em face de tanta perfeição, o homem romântico desloca-
se para o alto, no anseio de tocá-la, de ser digno dela, encontrando em si dons e
qualidades positivas que só precisavam de um estímulo para virem à tona.

A fuga da realidade, fuga da morte, fuga no sonho e na


imaginação, fuga na loucura, fuga no espaço, fuga no tempo.

A crise portuguesa

Os acontecimentos da Revolução Francesa refletiram também em


Portugal, a situação agravou-se com a tomada do país pelas tropas de
Napoleão, e a família real se instalou no Brasil colônia onde se tornou a
nova sede da corte portuguesa.
A família real retornou a Portugal e anos após o Brasil declarou
independência.

Romantismo em Portugal – primeiro momento

Os primeiros anos da implantação do Romantismo português


foram turvados por conflitos internos e externos. Entretanto, esse
movimento foi se estabelecendo de maneira inexorável entre esse
povo guerreiro, que possui, paradoxalmente, umas das índoles mais
sentimentais de toda a Europa.
Nesse primeiro momento, há escritores ainda influenciados
pela estética clássica, especialmente no que diz respeito à forma.
Há em todos, porém, a chama do sentimento romântico, de seus
ideais e de seu espírito. Entre os autores desse primeiro período,
destacam-se: Almeida Garret. Alexandre Herculano e Antônio de
Castilho.

Almeida Garrett (1799- 1854)

Nascido de Porto em 4 de fevereiro de 1799, recebeu o nome


de João Baptista da Silva Leitão de Almeida. “Garrett” foi resgatado
de um remoto ramo aristocrático da família, ao que parece irlandês,
e incorporado a seu nome na juventude. Foi um poeta, prosador e
dramaturgo português, teve um importante papel como o iniciador
do movimento romântico em Portugal com a publicação do poema
“Camões”.
João Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu na
cidade do Porto, Portugal, no dia 04 de fevereiro de 1799.
Acompanhou a família na mudança para os Açores, durante a
invasão napoleônica.
Garrett passou a infância e a adolescência na ilha Terceira,
onde fez seus primeiros estudos. Desde cedo manifestava
inclinação pela literatura e pela política, porém, seus pais tentavam
encaminha-lo para a carreira eclesiástica.
Em 1816, Almeida Garrett deixou a família e retornou para o
continente e ingressou no curso de Direito na Universidade de
Coimbra.
Nesse mesmo ano escreve seus primeiros poemas com
características do Arcadismo, devido à formação neoclássica por ele
recebida, reunidos mais tarde com o nome de “Lírica de João
Mínimo”.
Em 1821 concluiu a Licenciatura e estabeleceu-se em Lisboa
onde ingressou no Ministério do Interior e pouco depois passou a
dirigir o serviço de instrução pública.
Nesse mesmo ano, publicou o poema “Retrato de Vênus”, um
ensaio sobre a história da pintura. Seu conteúdo foi considerado
uma ameaça à moral e, por isso, ele respondeu a um processo
judicial.
Com a revolução de 1823, Almeida Garrett é obrigado a exilar-
se na Inglaterra devido sua participação na Revolução Liberal do
Porto.
Em 1824, segue para a França, onde trabalha como
correspondente comercial em Havre. Nesse período, influenciado
por Shakespeare, começa a escrever poemas dentro do novo estilo
romântico.
Em Paris, publica o poema “Camões” (1825) cujo tema é a vida
do poeta Luís Vaz de Camões e a composição de seu poema épico
Os Lusíadas. Publica ainda “A Conquista do Algarve” (1826), ponto
de partida do Romantismo português.
Regressa para Portugal e com a vitória da causa liberal é
nomeado Ministro dos negócios estrangeiros.
Em 1828 retorna para a Inglaterra, devido ao restabelecimento
do regime absolutista por D. Miguel. Em 1832, regressa ao Porto,
como combatente da causa liberal.
A poesia romântica portuguesa apresentou dois momentos
distintos, ao primeiro, pertencem Garrett, Alexandre Herculano e
Castilho, poetas que tentaram introduzir os motivos medievais,
históricos e místicos no domínio poético.
O segundo momento, que aparece em meados do século XIX,
denomina-se poesia ultrarromântica, que tem como maiores
representantes, Camilo Castelo Branco e Soares de Passos.

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