Romantismo 1

O surgimento do Romantismo em Portugal ocorreu em um momento de profunda

reorganização social, política e econômica ocasionadas por transformações na relação
comercial entre metrópole e colônia.

Contexto Histórico 1

 Instabilidade política.
 Conflito de interesse entre a burguesia, a nobreza e o clero.
 Projeto liberal de instrução para toda sociedade.

Principais características do Romantismo lusitano 1

 Sentimentalismo
 Supervalorização das emoções
 Subjetivismo
 Individualismo
 Nacionalismo
 Idealização da mulher
 Idealização da natureza
 Escapismo (fuga da realidade)
 Pessimismo
 Ideias sombrias e mórbidas

Em Portugal o Romantismo estendeu-se até o final do século XIX, em três fases distintas.

Primeira Geração 2

A primeira geração do Romantismo em Portugal é marcada pela temática nacionalista e pelos

ideais do liberalismo.

Almeida Garrett 2

A obra de Almeida Garrett não se constitui apenas de textos literários. Além de poesia, novela,
romance e dramas, o autor também publicou tratados. Sua obra se estabelece em um
momento de transição nas letras portuguesas: Garrett inicia sua carreira no Arcadismo, mas
depois sofre grande influência do Romantismo que surgia por toda parte da Europa.

Alexandre Herculano 2

Alexandre Herculano foi o responsável por introduzir o romance histórico em Portugal.

Profundo conhecedor da história do país (escreveu trabalhos importantes nessa área),
participou, juntamente com Garret, da tomada do Porto pelos liberais e também foi diretor da
revista científica e cultural Panorama.
Segunda Geração 3

Situada entre 1838 e 1860, a Segunda Geração romântica de Portugal passou a praticar um
Romantismo mais exacerbado, ficando conhecida como Geração Ultrarromântica.

Camilo Castelo Branco 3

Camilo Castelo Branco construiu vasta obra com textos em diversos gêneros, sendo o romance
passional o mais destacado deles. São características de sua prosa o viés sarcástico, a
densidade narrativa e a objetividade do texto. Além desses aspectos estilísticos, há também
em seus livros o embate entre idealismo e materialismo ou, mais especificamente, o conflito
entre amor e dinheiro, antecipando alguns aspectos que seriam características do Naturalismo.

Soares de Passos 3

Soares de Passos trabalhou no Tribunal da Relação do Porto, e depois, dedicou-se á poesia,

tendo participado da fundação dos jornais de poesia “O Bardo” e “A Grinalda”. Um de seus
temas era a morte, e além dela (e do gosto pelos símbolos fúnebres), a situação política de
Portugal foi outro tema recorrente em sua obra. Ambos os temas se combinam em uma poesia
na qual elementos como solidão, tédio, desilusão e melancolia a tornam exemplar do
Ultrarromantismo português.

Terceira Geração 4

A Terceira Geração surge como um Romantismo tardio. Em geral, os autores desta última fase
do Romantismo abandonaram os excessos sentimentais da geração anterior, bem como o
idealismo em torno da figura feminina e se colocam em busca de um contato mais próximo
com a realidade.

João de Deus 4

A obra poética de João de Deus divide-se em lírico-amorosa, mais estudada e valorizada, e

satírica. Como viveu no período entre o final do Romantismo e a “escola nova” ainda por vir,
deu vazão ao seu lirismo de forma autêntica, sem se prender muito a regras e definições
estéticas. Também empregava em seus poemas uma linguagem sóbria, fluida e límpida.

Júlio Dinis 4f

Dinis destacou-se como romancista, publicando as obras “As pupilas do senhor reitor”, ”Uma
família Inglesa” e “Os fidalgos da casa mourisca”. Seu estilo é marcado pela sobriedade e
integração de ambiente e personagem em uma só atmosfera, em seus livros não há grandes
guinadas no enredo, paixões violentas ou cenas trágicas. Além disso, suas obras também
apresentam uma dimensão edificante e com fundo moral, na qual há a permanente ideia da
conquista da justiça, do bem, da harmonia, da verdade e beleza. Suas personagens
demonstram o valor do mérito e da virtude.