O romantismo chegou a Portugal no século XIX após as invasões francesas e a fuga da família real para o Brasil. Dividiu-se em três fases marcadas pelo nacionalismo, sentimentalismo e temáticas sociais. Autores como Almeida Garrett, Herculano e Castilho simbolizaram a primeira fase nacionalista, enquanto Camilo Castelo Branco e Soares de Passos representaram a segunda fase sentimentalista. A terceira fase pré-realista foi influenciada por Victor Hugo e teve autores como Júlio Din
O romantismo chegou a Portugal no século XIX após as invasões francesas e a fuga da família real para o Brasil. Dividiu-se em três fases marcadas pelo nacionalismo, sentimentalismo e temáticas sociais. Autores como Almeida Garrett, Herculano e Castilho simbolizaram a primeira fase nacionalista, enquanto Camilo Castelo Branco e Soares de Passos representaram a segunda fase sentimentalista. A terceira fase pré-realista foi influenciada por Victor Hugo e teve autores como Júlio Din
O romantismo chegou a Portugal no século XIX após as invasões francesas e a fuga da família real para o Brasil. Dividiu-se em três fases marcadas pelo nacionalismo, sentimentalismo e temáticas sociais. Autores como Almeida Garrett, Herculano e Castilho simbolizaram a primeira fase nacionalista, enquanto Camilo Castelo Branco e Soares de Passos representaram a segunda fase sentimentalista. A terceira fase pré-realista foi influenciada por Victor Hugo e teve autores como Júlio Din
No século XVIII na Europa, nomeadamente durante a Revolução francesa,
fortaleceram-se as ideias iluministas. Os iluministas valorizavam a razão independente da fé, levando ao enfraquecimento dos laços entre a Igreja e as monarquias. Os burgueses, que ganharam grande importância nesta altura, tinham como principal ideal a liberdade, este que foi o principal responsável pelo surgimento de romantismo. Na sequência das invasões francesas, da dominância britânica e da fuga da família real para o Brasil, o romantismo chegou também a Portugal. Os pilares do romantismo eram o individualismo, a liberdade, a subjetividade e originalidade, a idealização do amor e da mulher, o exagero sentimental e o teocentrismo. Também no que diz respeito ao estilo de escrita houveram inovações, nomeadamente a adjetivação abundante e o intensivo uso de exclamações, reticências e interrogações. Em Portugal o romantismo pode ser dividido em três fases. A primeira fase, com autores como Almeida Garrett, Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho, ficou marcada pelo nacionalismo. No seguimento de uma Guerra Civil, estes autores pretenderam relembrar os mitos e história da nação, visando resgatar a nação da crise de identidade em que se encontrava. Os autores deste geração, nomeadamente Garrett e Herculano representam uma geração literária politicamente envolvida e consciente do seu papel político através da literatura, tendo ambos estado em exílio pelo seu envolvimento um revoluções liberais. As obras destes anos são marcadas pelo nacionalismo, pelo medievalismo, pelas idealizações e pela saudade. Uma vez reestabelecida a estabilidade política no país, é abandonado o tema do nacionalismo e começa a segunda fase do romantismo, com as temáticas recorrentes da morte, da saudade e do amor. Esta segunda geração ficou marcada pelo sentimentalismo excessivo, pessimismo, sofrimento amoroso, melancolia, religiosidade, idealização e adjetivação abundante. Nesta fase do romantismo português destacam-se os autores Camilo Castelo Branco e Soares de Passos. A terceira geração é a que marca a transição do romantismo para o naturalismo- realismo português, sendo por isso considerada pré-realista. Esta fase, apesar de manter o caráter sentimental, é marcada pelas obras de temática social. Os escritores desta geração, inspirados pelo autor francês Victor Hugo, procuram passar nas suas obras um senso de liberdade e justiça. Os principais representantes são Júlio Dinis, João de Deus e Antero Quental. O romantismo português é exemplificado em várias áreas da literatura. No teatro destacam-se “Um auto de Gil Vicente” e “Frei Luís de Sousa” de Almeida Garrett assim como “Um segredo de família” de Júlio Dinis. Na poesia são exemplo “Camões” de Almeida Garrett, “poesias” de Soares de Passos e “Odes modernas” de Antero de Quental. Exemplos de romances do romantismo português são “Amor de perdição” de Camilo Castelo Branco, “Eurico, o presbítero” de Alexandre Herculano ou “As pupilas do senhor reitor” de Júlio Dinis.