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Química Física
FOLHA DE RESULTADOS
2 – RESUMO:
Na presente atividade experimental realiza-se o estudo cinético de uma reação de oxidação do
iodeto pelo ião persulfato utilizando o método das velocidades iniciais, através da determinação das
ordens parciais de cada reagente e da sua constante de velocidade. Além do mais, averigua-se o efeito
salino na constante de velocidades com o fim de determinar o parâmetro de Debye- Hückel. Por fim,
utilizando a Lei de Arrhénius e da determinação do fator de frequência e da energia de ativação da
reação, estuda-se o efeito da temperatura.
Assim, os resultados obtidos utilizando o método das velocidades iniciais foi uma ordem parcial
-
em relação ao ião I igual a 0,8974, e em relação ao ião S2O82- uma ordem parcial igual a 0,8988, a
constante de velocidade correspondente foi de 3,3384E-03. Quanto ao estudo do efeito salino obteve-se
uma constante de velocidade a força iónica nula, k0, igual a 7,6542E-04 sendo o parâmetro de
Debye-Hückel igual a 1,00874. Em relação ao estudo do efeito da temperatura foi obtida uma energia de
ativação da reação, Ea, igual a 19850,51 J/mol e determinou-se um fator de frequência, A, igual a 13,82.
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
3 – PARTE EXPERIMENTAL
3.1. Concentração das soluções fornecidas:
(a) Solução aquosa 0,1 M de (NH4)2S2O8
(b) Solução aquosa 0,1 M de (NH4)2SO4
(c) Solução aquosa 0,01 M de Na2S2O3
(d) Solução aquosa 0,1 M de KI numa solução aquosa ≈ 0,07 M em (NH4)2SO4
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
4 – TRATAMENTO DE RESULTADOS
4.1. Determinar a concentrações das espécies reaccionais envolvidas
Atenção: Todas as concentrações encontram se em M (mol/L).
Parte Ensaio V (mL) [S2O82-] [I-] [S2O32-] [SO42-] [K+] [Na+] [NH4+]
⎡ ⎤ −3
2−
( )
⎢ 𝑁𝐻4 𝑆2𝑂8⎥ × 𝑉(𝑎)×10 𝐿 −3
0,1 𝑀 × 10×10 𝐿
⎡⎢𝑆 𝑂 ⎤⎥ = ⎣ 2 ⎦
−3 = −3 = 0, 04 𝑚𝑜𝑙/𝐿
⎣ 2 8 ⎦ 𝑉𝑒𝑛𝑠𝑎𝑖𝑜 1×10 𝐿 25×10 𝐿
3
Estudo cinético de uma reação de oxidação
+ −
● [I-] - Equação da reação (2): 𝐾𝐼 → 𝐾 + 𝐼
−3
[𝐾𝐼] × 𝑉(𝑑)×10 𝐿 −3
[𝐼−] = −3
𝑉𝑒𝑛𝑠𝑎𝑖𝑜 1×10 𝐿
=
0,1 𝑀 × 10×10 𝐿
−3
25×10 𝐿
= 0, 04 𝑚𝑜𝑙/𝐿
−3
+ [𝐾𝐼] × 𝑉(𝑑)×10 𝐿 −3
[ ]
𝐾 = −3
𝑉𝑒𝑛𝑠𝑎𝑖𝑜 1×10 𝐿
=
0,1 𝑀 × 10×10 𝐿
25×10 𝐿
−3 = 0, 04 𝑚𝑜𝑙/𝐿
2− 2− +
● ⎡⎢𝑆2𝑂3 ⎤⎥ - Equação da reação (3): 𝑁𝑎2𝑆2𝑂3 → 𝑆2𝑂3 + 2 𝑁𝑎
⎣ ⎦
−3
[𝑁𝑎2𝑆2𝑂3] × 𝑉(𝑐)×10 𝐿 −3
⎡⎢𝑆 𝑂 2−⎤⎥ = −3 =
0,01 𝑀 × 5×10 𝐿
−3 = 0, 002 𝑚𝑜𝑙/𝐿
⎣ 2 3 ⎦ 𝑉𝑒𝑛𝑠𝑎𝑖𝑜 1×10 𝐿 25×10 𝐿
−3
+ [𝑁𝑎2𝑆2𝑂3] ×2× 𝑉(𝑐)×10 𝐿 −3
[𝑁𝑎 ] = −3
𝑉𝑒𝑛𝑠𝑎𝑖𝑜 1×10 𝐿
=
0,01 𝑀 ×2× 5×10 𝐿
25×10 𝐿
−3 = 0, 004 𝑚𝑜𝑙/𝐿
2−
● ⎡⎢𝑆𝑂4 ⎤⎥ - Equação da reação (4):
⎣ ⎦ (𝑁𝐻4)2𝑆𝑂4 → 𝑆𝑂42− + 2 𝑁𝐻4
+
−3 −3 −3
+
( )2 ( )2
([ 𝑁𝐻4 𝑆2𝑂8] ×2× 𝑉(𝑎)×10 𝐿)+([ 𝑁𝐻4 𝑆𝑂4]×2×𝑉(𝑏)×10 +([ 𝑁𝐻4 𝑆2𝑂8] ×2×𝑉(𝑑)×10 ( )2
⎡⎢𝑁𝐻 ⎤⎥ = −3
⎣ 4 ⎦ 𝑉𝑒𝑛𝑠𝑎𝑖𝑜 1×10 𝐿
−3 −3 −3
(0,1 ×2× 10×10 𝐿)+(0,1×2×0×10 +(0,07 ×2×10×10 )
= −3 = 0, 136
25×10 𝐿
Nos restantes ensaios procedeu-se analogamente para calcular as concentrações dos iões
consoante os diferentes volumes nos mesmos, sempre tendo em conta que iões se encontram no ensaio
preparado.
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
4.2. Determinar as velocidades iniciais e a força iónica.
1 6,1350E-06 0,1
2 5,4054E-06 0,096
3 4,2918E-06 0,092
A 4 2,7174E-06 0,088
5 5,4945E-06 0,084
6 4,2194E-06 0,068
7 2,7397E-06 0,052
8 4,6041E-06 0,083333
B 9 3,0139E-06 0,071429
10 2,2007E-06 0,0625
Com o intuito de calcular a velocidade inicial para o ensaio 1 e recorrendo aos valores das
tabelas 1 e 2 obteve-se o seguinte:
2−
[𝑆2𝑂3 ]𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑣0 = ( ) 2×∆𝑡
0,002 −1 −1
𝑣0 = 2×163
= 6, 1350𝐸 − 06 𝑚𝑜𝑙 𝐿 𝑠
Nos restantes ensaios procedeu-se analogamente para calcular a velocidade inicial e força
2− − 2−
iónica (sendo esta calculada a partir da equação: 𝑆2𝑂8 + 2𝐼 → 2𝑆𝑂4 + 𝐼2 ) consoante as
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
4.3. Determinar as ordens parciais em relação a cada um dos reagentes, assim como a constante
de velocidade média.
− 2−
ln 𝑙𝑛 𝑣0 = ln 𝑙𝑛 𝑘 𝑛 𝑙𝑛 [𝐼 ]0 + 𝑚 ln 𝑙𝑛 [ 𝑆2𝑂8 ]0
2−
ln 𝑙𝑛 𝑣0 =+ 𝑚 ln 𝑙𝑛 [ 𝑆2𝑂8 ]0
𝑦 = 𝑎 + 𝑏 𝑥
2−
Tomando o 𝑙𝑛[𝑆2𝑂8 ]0um valor constante, obtém-se a seguinte equação:
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
2− −
ln 𝑙𝑛 𝑣0 = ln 𝑙𝑛 𝑘 𝑚 𝑙𝑛 [𝑆2𝑂8 ]0 + 𝑛 ln 𝑙𝑛 [ 𝐼 ]0
−
ln 𝑙𝑛 𝑣0 =+ 𝑛 ln 𝑙𝑛 [ 𝐼 ]0
𝑦 = 𝑎 + 𝑏 𝑥
− 2−
A ordem parcial do ião 𝐼 é n, a ordem parcial do ião 𝑆2𝑂8 é m. Estas ordens parciais,
correspondem ao declive do seu gráfico correspondente. Para chegar a cada equação de reta, foi
necessário recorrer ao método das velocidades iniciais, este método consiste na realização de vários
ensaios à mesma temperatura (neste caso, os 7 primeiros ensaios encontravam-se a 25ºC), enquanto a
concentração de um dos reagentes varia e a concentração do outro é constante, isto é verificado através
dos valores da tabela 4. Nos ensaios 5,6 e 7, ln [ I - ] é constante, no entanto em ln [S2O82- ] varia.
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
4.4. Determinar o valor da constante de velocidade a força iónica nula, assim como o parâmetro de
Debye-Hückel.
𝑦= 𝑎 +𝑏 𝑥
4.5. Aplicar a Lei de Arrhénius e determinar a energia de ativação da reação (Ea) bem como o fator
pré-exponencial ou fator de frequência.
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
Parte Ensaio ln k 1/T
4 -5,67929248 0,04
C 11 -4,86495975 0,0333333
12 -4,99156537 0,0285714
13 -5,222248 0,025
𝑘 = 𝐴×𝑒 𝑅𝑇
Foi possível converter a equação da reta numa forma logarítmica:
𝐸𝑎
ln 𝑙𝑛 𝑘 = ln 𝑙𝑛 𝐴 − 𝑅𝑇
𝑦 = 𝑎 − 𝑏𝑥
5 – CONCLUSÕES
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
Ao realizar a atividade experimental, e depois de se efetuar todos os cálculos, pode-se tirar
algumas conclusões sobre a velocidade das reações (na parte A e B), sobre a força iónica (em A e B) e
ainda analisar o que acontece devido ao aumento da temperatura na parte C.
O cálculo da velocidade das reações é diretamente proporcional à quantidade do ião [S2O32- ]:
Deste modo, conclui-se que em A, de 1 a 7, uma vez que a concentração do ião [S2O42- ] se
mantém constante, a velocidade irá depender apenas do dobro do tempo. Assim, o valor da velocidade
inicial vai diminuindo de 1 a 7.
Em B, a concentração do ião [S2O42- ] vai diminuindo sucessivamente do ensaio 8 a 10. Uma vez
que a quantidade do ião [S2O42- ] é diretamente proporcional com a velocidade inicial, esta vai diminuir
também.
Todos estes resultados estão apresentados na tabela 3.
O cálculo da força Iónica, depende da concentração dos iões e do quadrado das respetivas
cargas:
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
Ao determinar o valor da constante de velocidade a força iónica nula, assim como o parâmetro
de Debye-Hückel, nota-se através da equação de Brönsted, sendo esta uma relação matemática que
relaciona a constante de velocidade com a força iónica, que o declive da reta é positivo, isto acontece
quando os iões envolvidos têm cargas de sinal igual e nota-se através da seguinte reação
2− − 2−
𝑆2𝑂8 + 2𝐼 → 2𝑆𝑂4 + 𝐼2, que os iões presentes têm de facto cargas iguais.
Como cargas dos reagentes têm o mesmo sinal, o complexo ativado terá maior carga que os
reagentes. O aumento da força iónica favorecerá as interações entre o complexo ativado e a atmosfera
iónica, relativamente às interações entre os reagentes e a referida atmosfera, o que promoverá um
aumento da constante de velocidade
Aplicou-se a lei de Arrhénius, de modo a dar um significado logarítmico à reta do gráfico 4:
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
6 – BIBLIOGRAFIA
1- MARTINS, Ângela COELHO, José A NUNES, Nelson LEITÃO, Rúben - Protocolos dos
trabalhos práticos: Efeito da adição de um surfactante nas propriedades de solução.
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Estudo cinético de uma reação de oxidação
Laboratórios de Química Física
Docente: Ângela Nunes
Turma: LEQB31D4
Grupo: 13
(Inês Bexiga)
(Mariana Faia)
(Beatriz Ferreira)
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