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2. Metodologia
2.1. Materiais e reagentes
Reagentes:
• Ácido Acético
• Solvente Orgânico
• Hidróxido de sódio 2M
• Fenolftaleína 1%
Materiais
• Bureta 50 mL
• Erlenmeyer 125 mL
• Erlenmeyer 250 mL
• Funil de separação 125 mL
• Pipeta volumétrica 5 mL
• Proveta 50 mL
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2.2. Metodologia
2.2.1 Equilíbrio
Para obter os dados das conodais, preparar misturas de solvente orgânico, água (solvente
inerte) e ácido acético em 3 funis de separação (A, B, C) de 125 mL, tal que os volumes totais
sejam de 100 mL, como mostra a tabela abaixo:
Volume (%) A B C
Solvente 30 30 35
Ácido acético 35 45 25
Solvente inerte 35 25 40
Agitar as soluções cuidadosamente e esperar cerca de meia hora para que haja separação
das fases. Em seguida, coletar separadamente o volume das fases inferior e superior, medindo-
os em uma proveta. Com o auxílio de uma bureta, tomar 5 mL de cada fase em um erlenmeyer
e pesar em uma balança de precisão. Titular cada fase com NaOH 2M, utilizando como
indicador a fenolftaleína. Anotar os valores de volume utilizados na titulação.
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3. Resultados e discussão
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5 1,734 17,220 0,2087 0,072 0,719
10 1,734 28,665 0,2475 0,043 0,710
20 1,734 37,170 0,3395 0,029 0,631
40 1,734 53,025 0,4221 0,018 0,560
70 1,734 73,815 0,4809 0,012 0,507
120 1,734 103,058 0,5338 0,008 0,458
Com os dados das tabelas acima foi possível traçar os diagramas de fase ternária em
termos de fração molar e fração mássica, representados pelas figuras de 1-4.
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a) b)
Figura 1: Diagramas de fase ternária em fração molar para a mistura com a) 10 mL de tolueno
e b) 2 mL de tolueno.
a) b)
Figura 2: Diagramas de fase ternária em fração mássica para a mistura com a) 10 mL de
tolueno e b) 2 mL de tolueno.
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a) b)
a) b)
Figura 4: Diagramas de fase ternária em fração mássica para a mistura com a) 10 mL de
clorofórmio e b) 2 mL de clorofórmio.
Através dos diagramas é possível quantificar as fases que estão presentes dependendo
da composição da mistura. Os vértices correspondem as espécies puras, as faces as misturas
binárias e o espaço interior, à mistura ternária. Com os pontos que foram plotados, foi possível
construir parte da linha de equilíbrio ou linha de imiscibilidade, que representa a separação da
zona bifásica com a zona monofásica.
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3.2 Obtenção do coeficiente de distribuição
Os solventes orgânicos e a água formam uma mistura imiscível e turva devido a
diferença de polaridade e solubilidade entre os componentes. Ao adicionar um ácido, como o
ácido acético, duas fases são formadas e assim, a fase orgânica, ou extrato, contém grande parte
do ácido e pequena quantidade de água. As quantidades de extrato e rafinado dependem da
solubilidade de um no outro.
Para a parte inicial da prática, foram obtidos os valores de volume e massa dos
componentes logo após a separação e titulação. Os valores podem ser vistos nas tabelas 7 e 8
abaixo.
Tabela 7: Valores de massa e volume para as fases de água e tolueno.
Batelada Volume superior Volume inferior Massa sup. (g) Massa inf. Vol. Tit. sup. Vol. Tit. inf.
(mL) (mL) (g) (mL) (mL)
A 31 67 4,2891 5,1189 3,6 30,9
B 29,5 67 4,3206 5,1486 6,5 37
C 36,5 60 4,3022 5,1451 2,15 22,7
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Tabela 9: Coeficientes de partição
Batelada Ks tolueno Ks clorofórmio
A 8,6 2,4
B 5,7 1,7
C 9,5 3,0
Como os valores observados dos coeficientes para o tolueno são maiores do que os
valores encontrados nos extratos de clorofórmio, isso indica que o tolueno possui mais
eficiência como solvente para a extração do ácido acético. Isso se dá por que o clorofórmio
interage na fase orgânica com a água e também com o soluto, o que atrapalha o processo de
extração de forma mais efetiva.
4. Conclusão
Com esta prática e o tratamento dos dados pôde-se estudar a extração do ácido acético
de uma solução aquosa utilizando os solventes tolueno e clorofórmio. O diagrama ternário
contendo a curva de equilíbrio foi construído a partir dos dados experimentais para a fração
mássica dos componentes para os dois ensaios realizados.
Através da determinação das frações de ácido presentes nas fases rafinado e extrato de soluções
com quantidades determinadas de cada componente, foi possível a construção das linhas de
amarração (conodais), as quais passam por pontos que dão todas as composições para as várias
misturas.
Por fim, calculou-se os coeficientes de partição para os sistemas que utilizaram tolueno
como solvente e comparou-se tais valores com os obtidos pelos sistemas que utilizaram
clorofórmio. Observou-se que o tolueno foi mais eficiente na extração em questão, pelos
maiores valores nos coeficientes de partição.
5. Referências
FOUST, A. S. et al. Princípios das Operações Unitárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2011.
WELTY, J. R.; WICKS, C.E.; WILSON, R.E; RORRER, G. L. Fundamentals of Momentum,
Heat and Mass Transfer. 5ª edição. John Wiley and sons, 2007.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Extração por Solvente. Laboratório de
Engenharia Química 1, Vol. 7, p. 1-4