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UNIMAIS – FACULDADE EDUCAMAIS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ENGENHARIA DE


SEGURANÇA DO TRABALHO

A SEGURANÇA NO TRABALHO E A NR-23 – PROTEÇÃO CONTRA


INCÊNDIOS NAS EDIFICAÇÕES

MAURO FERNANDES DE ALMEIDA

Governador Valadares
2023
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MAURO FERNANDES DE ALMEIDA

A SEGURANÇA NO TRABALHO E A NR-23 – PROTEÇÃO CONTRA


INCÊNDIOS NAS EDIFICAÇÕES

Artigo científico apresentado à UNIMAIS –


Faculdade Educamais, como requisito parcial a
obtenção do título de Especialista em
Engenharia de Segurança do Trabalho

Governador Valadares
2023
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A SEGURANÇA NO TRABALHO E A NR-23 – PROTEÇÃO CONTRA


INCÊNDIOS NAS EDIFICAÇÕES

RESUMO

Este trabalho irá abordar a saúde e segurança no trabalho, mais especificamente a


NR-23 que trata da proteção contra incêndios nos ambientes de trabalho. Essa obra
irá focar em uma abordagem amplificada da NR-23 com vistas a assegurar a
preservação da vida dos colaboradores e o patrimônio das empresas, melhorando
também a qualidade de vida. Como objetivos específicos, esse trabalho irá discorrer
sobre as Normas Regulamentadoras de segurança no trabalho, em específico, a NR-
23, narrar sobre o que trata a NR-23, e como, através dela, pode ajudar as empresas
a obedecer à legislação e ao mesmo tempo evitar acidentes que envolvam incêndios.
Como metodologia para este trabalho, foi utilizada a metodologia de revisão de
literatura, feita com base em livros de autores que abordaram bem o assunto como
Euzébio, Fernandes, Chimirssi, dentre outros, e em revistas, artigos, documentários,
relatórios, periódicos e normas técnicas. Como resultado, foi visto que para atender
às legislações, a maioria das organizações deve adotar todos os tipos de medidas
preventivas em suas instalações, como plano de emergência, treinamentos,
exercícios simulados, dentre outros. Obedecer às instruções da NR-23, além de
atender à legislação vigente dos Corpos de Bombeiros Estaduais, tem o propósito de
salvar vidas e resguardar o patrimônio da empresa.

Palavras-chave: segurança; trabalho; proteção; incêndios; explosões.

ABSTRACT

This work will address health and safety at work, more specifically the NR-23 that deals
with fire protection in work environments. This work will focus on an amplified approach
to the NR-23 with a view to ensuring the preservation of the lives of employees, and
the assets of companies, also improving the quality of life. As specific objectives, this
work will discuss the Regulatory Norms of safety at work, in particular, the NR-23,
narrate about what the NR-23 deals with, and how, through it, it can help companies
to obey the legislation and at the same time avoid accidents involving fires. As a
methodology for this work, the literature review methodology was used, based on
books by authors who approached the subject well, such as Euzébio, Fernandes,
Chimirssi, among others, and in magazines, articles, documentaries, reports,
periodicals and technical standards. As a result, it was seen that in order to comply
with legislation, most organizations must adopt all types of preventive measures in their
facilities, such as an emergency plan, training, simulation exercises, among others.
Obeying the instructions of NR-23, in addition to complying with current legislation of
the State Fire Departments, has the purpose of saving lives and safeguard the
company's assets.

Keywords: security; work; protection; fires; explosions.


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1 Introdução

No intuito de atender à legislação, as empresas têm se preocupado cada vez


mais com a segurança no trabalho, uma vez que além de evitar sanções oriundas da
não conformidade legal, existem interesses voltados para a manutenção da segurança
patrimonial, preservação da vida, produtividade e qualidade de vida no ambiente de
trabalho. Dentro desse conceito, existem as Normas Regulamentadoras — também
chamadas de NR — que visam regulamentar e fornecer algumas orientações sobre
procedimentos obrigatórios ligados à área de segurança e saúde do trabalhador.
Essa obra irá focar na NR-23, que trata da proteção contra incêndios, que
pode preservar a vida dos colaboradores e o patrimônio das empresas, melhorando
também a qualidade de vida de todos os usuários das edificações e/ou áreas de risco
onde se desenvolvem as atividades laborativas. Por se tratar de uma revisão de
bibliografia, esse trabalho irá contribuir com o assunto questão ao unificar a opinião
de vários autores sobre a saúde e segurança no trabalho e, dentro de uma
interpretação extensiva da NR-23, indicar os requisitos de segurança a serem
adotados para ajudar na construção de ambientes mais seguros.
Pensando sempre em segurança, a NR-23 trata exclusivamente das medidas
que envolvem proteção contra incêndios e em como é possível tomar atitudes para
evitar riscos de incêndio e promover a evacuação segura dos locais de trabalho,
fazendo com que as empresas resguardem seu patrimônio, a vida de seus
funcionários, e evitar tragédias que colocam a vida da sociedade em risco, além de
manter a conformidade com a legislação.
Dessa forma, pretende-se responder ao problema de pesquisa levantado: do
que trata a norma de segurança na NR-23 e como ela pode ajudar a empresas a
adotar medidas de segurança para evitar acidentes com incêndios e explosões?
Para tanto, esse trabalho apresentará, como objetivo geral, a tratativa sobre o
assunto de segurança do trabalho, em observância à NR-23 e seu conteúdo, que
impõe medidas para que as empresas possam não apenas evitar a ocorrência dos
incêndios, mas também proporcionar o seu combate adequado durante sua fase
inicial (princípios de incêndio), ao mesmo tempo em que estabelece condições para
evacuação segura dos ocupantes da edificação.
Como objetivos específicos, esse trabalho irá inicialmente discorrer sobre as
Normas Regulamentadoras de segurança no trabalho e, em seguida, fará uma
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abordagem analítica da NR-23, sobre o que é tratado nessa norma e como, através
dela, é possível ajudar as empresas a atenderem as exigências da legislação e,
concomitantemente, evitar acidentes que envolvam incêndios e explosões.
Como metodologia para este trabalho, foi utilizada a metodologia de revisão de
literatura, feita com base em livros de autores que abordaram bem o assunto como
Euzébio, Fernandes, Chimirssi, dentre outros, e em revistas, artigos, documentários,
relatórios, periódicos, entre outras fontes de dados com até quinze anos (exceto
algumas normas técnicas não atualizadas que ainda estão em vigor). Como palavras-
chave para busca, foram utilizadas: segurança; trabalho; proteção; incêndios;
explosões.

2. Conceitos sobre Segurança no Trabalho

Segundo Camisassa (2015), a segurança do trabalho é o conjunto de medidas


que visam minimizar os acidentes que ocorrem no trabalho e até mesmo das doenças
ocupacionais, e a saúde no trabalho tem por finalidade a proteção da saúde dos
trabalhadores nesse mesmo ambiente de trabalho. Ambas têm em comum a proteção
à integridade física do trabalhador e, por consequência, geram um facilitador de maior
produtividade que reflete em melhores resultados para a organização.
Leal (2014) reflete que saúde e segurança no trabalho são os conjuntos de
medidas adotadas pelas organizações cujo principal objetivo é minimizar ou zerar os
acidentes ocorridos no ambiente de trabalho e possíveis doenças ocupacionais
relacionadas ao trabalho, além de proteger a integridade dos trabalhadores. Também
consistem em uma disciplina de grande âmbito, que envolve muitas áreas de
especialização.
Avalia-se que a saúde e segurança do trabalhador está entre as grandes
preocupações das empresas e do Governo. Assim, tornou-se necessário investir em
saúde e segurança do trabalho, pois além das empresas estarem cumprindo com as
normas estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, elas mantêm a qualidade de vida
dentro do ambiente de trabalho, evitando gastos e colaborando para harmonia entre
empregado e empregador (SANTOS; RODRIGUES; BENATTI, 2004).
De acordo com Chimirci & Oliveira (2016), a segurança no trabalho é uma
questão amparada por normas e leis e, no Brasil, a legislação possui normas
regulamentadoras, mais algumas leis complementares, além de convenções. Os
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autores entendem que isso faz com que a segurança do trabalho aumente a
produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no
trabalho.
Na percepção de Barsano (2014) a segurança do trabalho vai além do
cumprimento da exigência legal, pois ela traz benefícios como o aumento da
produtividade e da qualidade dos produtos, além da melhoria das relações humanas
no ambiente profissional. O autor também avalia que a melhor forma para se reduzir
custos com acidentes ou doenças de trabalho dentro de uma empresa ainda é a
prevenção. Ele esclarece que as causas dos sinistros são conhecidas e existem
ferramentas, normas e procedimentos para neutralizá-las.
Na visão de Camisassa (2015), as empresas têm se conscientizado e
valorizado o fato de que a implementação de um sistema de segurança no trabalho
eficiente evita lesões e possíveis doenças dos funcionários em decorrência de seus
processos de trabalho. Esta ação deve ser vista como uma medida preventiva que
promove tanto a segurança como a saúde dos colaboradores. Portanto, é dever de
todos os colaboradores respeitar as normas de saúde e segurança no trabalho, desde
que conheçam os comportamentos que devem ou não praticar no seu local de
trabalho, os quais podem ser sancionados pelo empregador.
A saúde e segurança no trabalho incluem o bem-estar social, mental e físico
dos trabalhadores, ou seja, da pessoa como um todo. Para serem bem-sucedidas, as
medidas de saúde e segurança no trabalho requerem a colaboração e participação de
empregadores e trabalhadores em programas de saúde e segurança, forçando
questões relacionadas à medicina do trabalho, higiene ocupacional, toxicologia,
educação, treinamento, engenharia de segurança, ergonomia, psicologia, etc
(OLIVEIRA, 2012).
As questões relativas à saúde ocupacional têm recebido menos atenção do que
as relativas à segurança do trabalho, pois as primeiras são geralmente mais difíceis
em termos de identificação, dificuldade de diagnóstico e determinação de causa e
efeito. No entanto, quando o objeto de interesse é voltado para a saúde, também
ocorre a preocupação com a abordagem da segurança, pois um ambiente saudável
é, por definição, também um local de trabalho seguro (ARAÚJO, 2010).
É interessante observar que o inverso pode não ser verdadeiro: um local de
trabalho considerado seguro não é necessariamente um local de trabalho saudável.
O importante é enfatizar que os problemas de saúde e segurança devem ser
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identificados em todos os locais de trabalho. Em geral, a definição de saúde e


segurança ocupacional abrange tanto a saúde quanto a segurança, em seus
contextos mais amplos. As más condições de trabalho afetam a saúde e a segurança
dos trabalhadores (OLIVEIRA, 2012).
Qualquer tipo de má condição de trabalho pode afetar a saúde e a segurança
do trabalhador. Condições de trabalho perigosas ou insalubres não se limitam às
fábricas — elas podem ser encontradas em qualquer lugar, seja o local de trabalho
interno ou externo. Para muitos trabalhadores, como trabalhadores rurais ou mineiros,
o local de trabalho está localizado ao ar livre, o que pode apresentar uma variedade
de riscos à saúde e à segurança (SANTOS; RODRIGUES; BENATTI, 2004).
Infelizmente, alguns empregadores assumem poucas responsabilidades
relativamente à proteção da saúde e da segurança dos seus trabalhadores. De fato,
em algumas situações, os empregadores nem sequer têm conhecimento de que têm
responsabilidade — muitas vezes legal — de proteger os trabalhadores. Como
resultado dos perigos e da falta dessa responsabilização com a saúde e segurança
dos trabalhadores (que deverá ser entendida como uma prioridade), os acidentes e
as doenças profissionais são frequentes em todo o mundo (ARAÚJO, 2010).
Quando se fala em Saúde e Segurança do Trabalho – SST, há de se mencionar
as Normas Regulamentadoras (NR) como referência. Chimirci (2016) comenta que
essas NR foram instituídas pela Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977, e publicadas
pelo Ministério do Trabalho por meio da Portaria 3214/78 para estabelecer os
requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e Saúde
Ocupacional (SANTOS; RODRIGUES; BENATTI, 2004).
Vistas na NR-1, as Normas Regulamentadoras são obrigatórias para as
empresas, públicas ou privadas, e para os órgãos que constituem os Poderes
Legislativo e Judiciário. Na NR-1 é evidenciada a aplicação das demais Normas
Regulamentadoras, bem como os direitos e deveres do governo, empregados e
empregadores que estão sujeitos a essas normas. Existem atualmente 36 Normas
Regulamentadoras em vigor e a elaboração, bem como a modificação das NR, é um
processo dinâmico que requer monitoramento periódico quanto à ocorrência de
alguma alteração em seu texto (SANTOS; RODRIGUES; BENATTI, 2004).
Uma medida importante a ser adotada pelas empresas é a implementação de
uma política de SST capaz de definir um sentido geral de direção e estabelecer os
princípios de atuação de uma organização. Durante o processo, devem ser
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configuradas metas de SST que utilizem critérios de desempenho e responsabilidade


capazes de demonstrar o compromisso formal da organização, especialmente o
compromisso da alta administração com uma boa gestão. Dessa forma, recomenda-
se que a alta administração desenvolva e assine uma declaração de política de SST
documentada (ARAÚJO, 2010).

3. Incêndios, principais causas e métodos de prevenção

Torna-se necessário, antes de se falar em combate à incêndios, analisar o fogo


em seus aspectos: sua constituição e suas causas, para depois saber a melhor de
forma de “dominá-lo”. O fogo consiste no resultado de uma reação química, chamada
de combustão, que tem a característica do desprendimento de calor e luz. (CHAGAS
2013). Essa reação de combustão emerge quando há presença de três elementos
essenciais, nas suas proporções devidas: calor, combustível e algum comburente
(por exemplo, o oxigênio do ar); tal processo representa a teoria do Triângulo do Fogo
(figura 1).

Figura 1 – Triangulo do fogo

Fonte: o autor

Combustível: trata-se do elemento que alimenta o fogo, e ao mesmo tempo


ajuda na propagação do mesmo. Pode ser qualquer substância sólida, gasosa ou
líquida e que, quando atinge uma determinada temperatura que serve de ignição,
interliga-se quimicamente, gerando assim uma reação exotérmica, reação esta que
libera luminosidade e calor (UMINSKI, 2003). Todos os materiais orgânicos são
combustíveis, sendo que os inorgânicos, apenas alguns o são. Essa combustão de
um determinado corpo irá depender de sua facilidade de combinação com o oxigênio.
Comburente: é o gás que reage com o gás combustível ou vapor inflamável
para concluir a reação de combustão (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS
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GERAIS, 2020). O comburente mais comum é o oxigênio que existe no ar


atmosférico: ele é o elemento que ativa o fogo, que faz nascer as chamas,
intensificando a combustão. Em ambientes de pouco oxigênio, o fogo acaba não
tendo chamas; o contrário, em um ambiente com muito oxigênio, as chamas tornam-
se intensas, de altas temperaturas e brilhantes (UMINSKI, 2003).
Calor: é a energia térmica em trânsito, que flui de um ponto mais energético
para outro menos energético, buscando encontrar o equilíbrio térmico. A energia
térmica é transferida de um corpo para outro em virtude, unicamente, de uma
diferença de temperatura entre eles (MÁXIMO e ALVARENGA, 1993). Trata-se do
elemento que dá início ao fogo, o mantém e incentiva a sua propagação, podendo ser
o resultado da ação da luz solar, raios, a queda de um meteoro, um curto-circuito,
dentre outros.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar De Minas Gerais (2020), em estudos
mais recentes verificou-se que a reação de combustão composta pelos três
elementos apresentados — combustível, comburente e calor — necessita da
presença de um quarto elemento para se manter: a reação em cadeia. Dessa forma,
com a inclusão da reação em cadeia, a teoria do Triângulo do Fogo transformou-se
na teoria do Tetraedro do Fogo (figura 2).

Figura 2 – Tetraedro do fogo

Fonte: o autor

Sobre incêndios, a NBR 13860 diz que ele é o fogo fora de controle. Na
descrição apresentada pela norma ISO 8421-1, o incêndio pode ser considerado a
combustão rápida, que se dissemina fora de controle no tempo e espaço. Como
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resultado da queima desses combustíveis, o incêndio acaba reproduzindo chamas,


gases, calor e fumaça. O estudo e a proposição de soluções para evitar a ocorrência
de incêndios nas edificações é um dever dos profissionais da Engenharia, que devem
lutar e prevenir aquilo que ameaça todos os bens materiais e vidas (UMINSKI, 2003).
Dentro de uma organização, deverá ter profissionais da área de Engenharia
de Segurança do Trabalho para atuar diretamente em possíveis situações de
combate a incêndios, além de treinar os outros colaboradores a fazer o mesmo
(SEITO, 2008). Nesse contexto se apresenta o engenheiro de segurança no trabalho
que é o profissional que possui título de bacharel em qualquer uma das áreas da
engenharia, porém com uma pós-graduação específica para obter tal título.
É um profissional de grande importância nas empresas, responsável por
prestar assessoria especializada nos diversos assuntos relativos à segurança do
trabalho. Dentre as atribuições pertinentes à sua área de atuação figuram o
desenvolvimento de projetos que visam eliminar ou minimizar riscos de acidentes e
doenças ocupacionais, o estudo das condições de segurança dos locais de trabalho
e das instalações e equipamentos e a análise de acidentes, investigando as causas
e propondo medidas corretivas e preventivas. A profissão engenheiro do trabalho é
normatizada pela lei 7410 de 27 de novembro de 1985.
Leal (2014) nos diz que a Engenharia de Segurança estuda as causas e a
prevenção de mortes acidentais ou lesões. Os profissionais de segurança têm
desempenhado diversas funções como: procedimentos e programas de controle de
acidentes ou de perdas, desenvolvimento de métodos, acompanhamento de
acidentes, medição e avaliação dos sistemas de controle de perdas e acidentes,
dentre outros. Eles também são responsáveis por indicar as modificações
necessárias para obter os melhores resultados na prevenção de acidentes.
Esse ramo da engenharia é voltado para a prevenção de riscos relacionados
ao trabalho e ao meio ambiente e preza, acima de tudo, a qualidade de vida dos
trabalhadores. Para isso, tem que cuidar para que a empresa reduza ao máximo o
número de acidentes, dentre estes, possíveis incêndios, além da incidência de
doenças ocupacionais. (LEAL, 2014).
As principais causas de incêndios, segundo Fernandes (2010), estão inseridas
em três grupos: 1) Causas naturais: são aquelas que não dependem da vontade
humana, como por exemplo um raio, erupção de vulcões, calor solar, etc. 2) Causas
acidentais: essa já é bem ampla e tem muitas variáveis, como por exemplo as
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chamas expostas, balões, etc. 3) Causas criminosas: essas já se referem a ações


premeditadas, como possíveis fraudes para receber seguros ou indenizações,
queima proposital de arquivos, crimes passionais, dentre outros.
Para Seito (2008), alguns fatores podem influenciar um incêndio, dentre os
quais pode-se citar:
• A forma geométrica do local;
• As dimensões da sala (ou local);
• A distribuição desses materiais combustíveis no local do incêndio;
• A superfície onde estejam armazenados os materiais combustíveis;
• As possíveis características de queima dos materiais envolvidos no incêndio;
• O local do início do incêndio em si;
• A quantidade de material combustível atingido pelas chamas;
• As condições climáticas devem ser observadas;
• O projeto arquitetônico do local; ambiente e ou edifício;
• Saídas ou ventilação do ambiente onde iniciou o incêndio;
• As aberturas entre os locais influem na propagação do fogo descontrolado;
• As possíveis medidas de prevenção à incêndios existentes no local, etc.

Uma preocupação muito grande das instituições na atualidade são os riscos


de incêndios. Eles representam um tipo de problema que deve ser monitorado e
prevenido, pois constituem um risco comum a todas as empresas, com potencial de
gerar grandes prejuízos materiais e humanos. Segundo Fernandes (2010), os
incêndios são classificados em quatro classes, a saber:
1) Classe A: que classifica aqueles incêndios que podem ocorrer em
materiais sólidos como papelão, madeira, etc.
2) Classe B: são aqueles incêndios em líquidos combustíveis ou
inflamáveis como, por exemplo, graxa, gasolina, etc.
3) Classe C: são aqueles em equipamentos elétricos e/ou eletrônicos
energizados. Exemplo: motores elétricos, computadores, fios, etc.
4) Classe D: que são aqueles que ocorrem em metais que queimam
espontaneamente em contato com o ar e reagem violentamente com a água durante
um incêndio (metais pirofóricos). Exemplo: zircônio, etc.
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O sistema de proteção e combate a incêndios é essencial para a segurança


das edificações, principalmente nos locais em que há grande concentração de
pessoas. Em uma análise de risco para dimensionamento do sistema preventivo, é
importante observar que devido às diferentes propriedades dos diferentes tipos de
edifícios, o sistema projetado para cada edifício possui características únicas que o
distingue dos demais, pois essas propriedades dizem respeito principalmente aos
riscos existentes nesse edifício e sua área de aplicação. É o caso, por exemplo, de
um complexo industrial cujo sistema apresentará diferenças expressivas em relação
ao de uma loja de roupas (SEITO, 2008).
A atual NR-23 indica que, prioritariamente, toda organização deve adotar
medidas de prevenção contra incêndios em conformidade com a legislação estadual.
Essa delegação de responsabilidade é embasada em uma atuação efetiva dos
Corpos de Bombeiros Estaduais através dos seus respectivos Serviços de
Segurança Contra Incêndio e Pânico que estabelecem normas técnicas relativas à
segurança das pessoas e seus bens contra incêndio ou qualquer tipo de catástrofe;
realizam análise e aprovação do sistema de prevenção e combate a incêndio e
pânico; planejam, coordenam e executam atividades de vistoria de prevenção a
incêndio e pânico nos locais sujeitos à fiscalização, além da aplicação de sanções
administrativas (MINAS GERAIS, 2001).
A competência legal para elaboração ou execução das atividades relacionadas
com a segurança contra incêndio e pânico fica a cargo dos responsáveis técnicos —
profissionais ou empresas habilitadas pelos respectivos conselhos profissionais de
engenharia e arquitetura — que o fazem através de um projeto submetido à análise
e aprovação do órgão fiscalizador ou por meio de procedimento sumário sujeito
apenas à verificação do cumprimento das exigências das medidas de proteção contra
incêndio e pânico nas edificações e espaços destinados ao uso coletivo no ato da
vistoria (SÃO PAULO, 2018). De um modo geral, essa regra é instituída via Decreto
Estadual, a exemplo do que ocorre nos estados de Minas Gerais e São Paulo.
A projeção dos sistemas preventivos é condicionada à adoção de parâmetros
técnicos definidos em norma que tem por referência a avaliação de três variáveis: a
área construída, a altura da edificação e a classificação das edificações e espaços
destinados ao uso coletivo quanto à ocupação. Em locais com menor potencial de
risco, o sistema exigido possui menor complexidade e é geralmente constituído pela
combinação dos seguintes subsistemas: saídas de emergência, iluminação de
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emergência, sinalização de emergência e extintores. Em locais com risco de incêndio


e pânico mais elevado, podem ser cobradas medidas de segurança adicionais como
sistema de alarme, brigada de incêndio, sistema de hidrantes e mangotinhos, dentre
outras (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS, 2020).
As medidas de segurança básicas — saídas de emergência, iluminação de
emergência, sinalização de emergência e extintores — são praticamente exigidas a
todas as edificações e os critérios técnicos a serem atendidos na sua concepção são
previstos em Instruções Técnicas disponibilizadas pelos Corpos de Bombeiros
Estaduais. Essas Instruções Técnicas adotam essencialmente como referência para
a sua elaboração Normas Brasileiras emanadas pela ABNT e seus correspondentes
internacionais (Normas Estrangeiras).
Conforme NBR 9077, as saídas de emergência constituem uma medida de
segurança obrigatória em todas as edificações e os critérios a serem adotados para
seu dimensionamento devem permitir que a população possa abandonar o local em
caso de incêndio ou pânico, protegida em sua integridade física e permitir o acesso
de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas.
Compreendem os componentes das saídas de emergência: acessos ou rotas de
saídas horizontais (acessos e portas), escadas ou rampas e a descarga
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001).
Os tipos de sistemas de iluminação de emergência a serem instalados nas
edificações devem estar contemplados pela NBR 10898, pois esta é a norma técnica
de referência adotada oficialmente pelos órgãos estaduais que atuam na área de
prevenção. Esta norma também apresenta a seguinte definição para o sistema:

iluminação que deve que deve clarear as áreas com pessoas presentes,
passagens horizontais e verticais para saídas de emergência, áreas técnicas
de controle de restabelecimento de serviços essenciais na edificação, na falta
ou falha no fornecimento de energia elétrica (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2013, p. 3).

A partir desse conceito, a NBR 10898 também prevê que o responsável técnico
deve projetar um sistema de iluminação que atenda requisitos de intensidade de
iluminação capazes de evitar acidentes e garantir a evacuação das pessoas em
perigo, assim como permitir que equipes de socorro e combate ao incêndio tenham
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o controle das áreas sinistradas. Um aspecto importante a ser observado é que a


possibilidade da entrada de fumaça nas rotas de fuga pode prejudicar a efetividade
do sistema (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013).
A finalidade da sinalização de emergência é diminuir o risco de um incêndio vir
a ocorrer, alertando para os riscos existentes e garantir a adoção de ações em
consonância com a situação de risco, que orientem as ações de combate e facilitem
a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da
edificação em caso de incêndio (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO
DE SÃO PAULO, 2019).
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (2005), existem dois
tipos de sinalização: a básica e a complementar. A sinalização básica é o conjunto
mínimo de sinalização que uma edificação deve possuir, sendo formada por quatro
tipos que são identificados conforme a função que exercem: a) proibição; b) alerta;
c) orientação e salvamento; d) equipamentos. A sinalização complementar é o
conjunto de sinalização constituído por faixas de cor ou mensagens complementares
à sinalização básica. Ela tem a finalidade de complementar a sinalização básica em
situações que vão desde a indicação de obstáculos e riscos de utilização das rotas
de saída até a identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio.
O planejamento do sistema de extintores deve levar em consideração diversos
requisitos, sendo um dos principais o de serem adequados à classe de incêndio
predominante dentro da área de risco a ser protegida. O processo de seleção desses
equipamentos para uma dada situação deve guiar-se pela análise da característica
e tamanho do fogo esperado, tipo de construção e sua ocupação, risco a ser
protegido, as condições de temperatura do ambiente, dentre outros fatores (CORPO
DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS, 2014).
Para Euzébio (2011), as utilizações de extintores de incêndio são de grande
importância e devem estar espalhados por toda a empresa, pois são utilizados para
combater o fogo em seu início. Dentre as normas das CIPA, alguns funcionários
devem ser treinados para utilizá-los com mais precisão. Esses equipamentos devem
ser mantidos em locais sinalizados e desobstruídos, em condições de uso e de fácil
acesso. Só devem ser retirados para manutenção, exercícios ou em casos reais de
princípios de incêndio.
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4. A NR 23 comentada

Apesar de não ter força de Lei no Brasil, as normas técnicas elaboradas pela
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) acabam se tornando Lei quando é
incluída numa legislação. Nesse assunto, adentramos nos itens relacionados à
segurança contra incêndio vistos em algumas NR (Normas Regulamentadoras), e que
também estão explícitos na NR-23 – Proteção contra incêndio. Atualmente, verifica-
se que as normas técnicas da área de segurança contra incêndio e pânico em vigor
têm abrangência estadual e que o governo de cada estado procurou estabelecer sua
respectiva legislação (lei, decreto) em consonância com as normas federais, mas
adotando como referência os conceitos estabelecidos pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas ou pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho).
A mais conhecida das NR que trata de prevenção contra incêndios é a NR-23,
sendo que nesta norma está expressa a obrigatoriedade das organizações em
possuírem um sistema de proteção contra incêndio adequado, dentre de alguns
termos, onde Euzébio (2011) cita:
O item 23.1.1, é falado sobre o que as empresas deverão possuir:
• Devem possui mecanismos de proteção contra incêndio;
• Sobre as saídas, estas devem ser suficientes para que haja uma retirada
ligeira dos funcionários que estejam em serviço, em caso de incêndio;
• Devem possuir os equipamentos necessários e suficientes para utilizar no
combate às chamas, quando este for iniciado;
• Deve possuir colaboradores treinados que saibam fazer no uso correto desses
equipamentos de combate ao incêndio.
Já o item 23.2 da norma retrata acerca dos postos de trabalho, sendo que
estes deverão ter saídas suficientes e logisticamente espalhados, a fim que se possa
evacuar o local com agilidade e segurança.
O item 23.3 da norma expõe sobre as vias de passagem e saídas, estas que
necessitam estar visualmente assinaladas, o que pode ser feito com sinais luminosos
e placas, todas estas indicando a direção correta das saídas.
23.4 - Fala sobre as saídas de emergência, que estas não podem estar
trancadas fechadas à chave, muito menos presa, enquanto houver funcionários em
sua jornada de trabalho.
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O item 23.5 também trata das saídas de emergência, que devem possuir
dispositivos de travamento para permitir facilitada abertura do interior do local.
Segundo Barsano (2014), em resumo, a NR-23 também disserta sobre a
obrigatoriedade das empresas em possuir sistema de proteção contra incêndio,
obtendo saídas suficientes para a ligeira retirada dos colaboradores durante horário
de expediente, caso ocorra um incêndio. O autor ainda esclarece que deve haver
equipamentos suficientes para combate ao fogo, quando este iniciar, além de possuir
pessoas que se encontrem capacitadas para realizar o uso devido desses
equipamentos. Os locais devem dispor de saídas suficientes e bem espalhadas, para
que os colaboradores possam sair com agilidade e segurança diante de situações
emergenciais.
Camisassa (2015) diz que a largura mínima dessas aberturas deverá, pela
norma, ter 1,20m (um metro e vinte centímetros) e que o sentido de abertura das
portas que fazem parte das rotas de saída de emergência não pode ser voltado para
o interior do local. Caso não haja acesso imediato a essas saídas, deve haver
circulações internas, de forma desobstruída, ou até mesmo corredores de acesso,
também com 1,20m de largura.
Outras orientações da norma em relação às aberturas, respectivas saídas e
vias de passagem, é que essas partes devem ser assinaladas com sinais luminosos
(ou placas) que indiquem a saída. Outro fato determinante, é que essas saídas
devem ser espalhadas de tal forma que nenhum funcionário precise percorrer mais
que 15 metros até acessar uma área segura quando houver grande risco, ou 30
metros em situações de médio ou pequeno risco (BARSANO, 2014).
Barsano (2014) reforça que para que essas distâncias sejam alteradas, seja
para mais ou para menos, isso cabe à autoridade competente da área de segurança
do trabalho, observados a natureza do risco. Há necessidade também das saídas e
das vias de circulação não terem escadas, muito menos degraus, além das
passagens serem muito bem iluminadas. Quanto aos pisos, quando tiverem níveis
diferentes, estes necessitarão ter rampas de acesso que os interliguem, além de um
aviso no início de cada rampa quando observado o sentido de descida. Todavia, deve
ser observado que escadas em espiral, manuais ou de madeira, não são
consideradas ordinariamente pela norma como saídas de emergência.
As portas de saída, segundo a NR-23, necessitam ser de batentes ou de
corrediças horizontais, sendo que essa definição fica a critério da autoridade em
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segurança do trabalho da empresa. Essas portas necessitam abrir no sentido de


saída, de forma que não causem nenhum tipo de impedimento nas vias de
passagem. Uma outra situação que deve ser observada sobre portas de saídas são
as portas verticais, de enrolar ou giratórias, que não são permitidas internamente
(BARSANO, 2014). A NR-23 também diz que as portas que direcionam às escadas
devem ser disponibilizadas de forma que não diminuam a largura dessas escadas.
Também devem estar visíveis, sem qualquer tipo de obstáculo, muito menos ser
fechada à chave, durante o expediente de trabalho.
Segundo Leal (2014), as portas de emergência não devem ser fechadas pelo
lado externo, independentemente do horário de trabalho. Além disso, as escadas ou
plataformas necessitam ser revestidos com materiais não combustíveis e com
resistência ao fogo. As construções com mais de dois pavimentos também devem ter
essas portas constituídas com materiais resistentes ao fogo.
É importante ressaltar que assim que haja manifestação de fogo, recomenda-
se: acionar o Corpo de Bombeiros, acionar os sistemas de alarme; providenciar o
desligamento de máquinas e outros aparelhos elétricos; acionar a brigada de
incêndio para realizar o primeiro combate e evacuar os ocupantes da edificação,
além de demais cuidados de acordo com o sistema de segurança projetado.
Dependendo do tamanho da empresa ou indústria, será necessário também existir
alguns requisitos diferenciados de construção, como por exemplo portas e paredes
“corta-fogo” e reservatórios elevados especiais de inflamáveis.
Falando sobre segurança no trabalho, deve haver alguns exercícios de
combate a incêndio que devem serem feitos de forma periódica, para que todos os
colaboradores reconheçam o sinal de alarme, que a evacuação do local do incêndio
seja realizada de forma ordenada e ligeira, sem pânico, e sobretudo haja uma correta
atribuição de tarefas e responsabilidades específicas aos colaboradores que depois
de treinados estejam aptos a orientar os demais (BARSANO, 2014).
Leal (2014) ressalta que esses exercícios, também chamados de simulações
de incêndio, sejam realizados sob a coordenação de pessoas capazes de prepará-
los segundo as características do estabelecimento onde irão ocorrer. Nas situações
em que esse trabalho seja desenvolvido dentro de fábricas ou de indústrias que
possuam equipes organizadas de bombeiros, esses exercícios ou simulações de
incêndios, além da necessidade de serem realizados periodicamente, é interessante
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que sejam feitos sem aviso e se aproximando de condições reais, para se medir a
eficiência da equipe e da empresa durante um incêndio.
Em uma avaliação final, verifica-se que a NR-23 apresenta um texto pouco
abrangente sobre a prevenção contra incêndio nos locais de trabalho; entretanto, ela
delega a responsabilidade sobre uma normatização mais detalhada desse tema aos
legisladores estaduais que são representados pelos governos e suas respectivas
Corporações de Bombeiros Militares, sendo estas últimas instituições que possuem
dentro de sua missão constitucional a obrigação de atuar nas mais variadas situações
de risco, o que engloba a prevenção e combate a incêndio.

6. Considerações finais

Com este artigo, conclui-se que a legislação pertinente de combate a incêndio


e explosões, tratada na NR-23, são de grande importância para as empresas e para
a segurança dos colaboradores. Infelizmente, alguns estabelecimentos e empresas,
ainda negligenciam tais normas de combate a incêndio, muitas vezes pelo custo dos
sistemas, materiais exigidos, ou mesmo pela ausência de uma cultura de prevenção.
Para atender a legislação, muitas organizações devem adotar diversos tipos
de medidas de segurança em suas instalações, como sistema de extintores, sistema
fixo de combate a incêndio, plano de emergência, treinamentos, exercícios de
simulações, dentre outros, conforme previsão em projeto de prevenção contra
incêndio e pânico da edificação aprovado junto ao órgão competente. A obediência
às normas da NR-23 tem por objetivo não apenas evitar sanções previstas em virtude
da desconformidade legal, mas também promover ações podem salvar vidas e
resguardar o patrimônio da empresa.
Também é importante ter em vista a necessidade de ir além das ações de
combate a incêndios, o que pode ser feito através da adoção de outras medidas
preventivas, notadamente aquelas que constituem a proteção passiva incorporada à
construção física da edificação e que tem por objetivo retardar a propagação do
incêndio, como é o caso da compartimentação de áreas, resistência ao fogo das
estruturas, saídas de emergência, escadas e outros. Responsáveis Técnicos que
prestam consultoria nessa área devem colaborar com a orientação devida para que
as empresas realizarem o cumprimento das normas.
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Assim, é possível concluir que esse assunto é de grande relevância para os


arquitetos e profissionais de engenharia que atuam na área de segurança do
trabalho, tendo em vista tratar-se de uma parte da realidade das empresas que, se
for negligenciada, pode gerar o desastre de um grande incêndio capaz de atingir a
todos os usuários da edificação e causar grandes prejuízos, tanto para o empregador
quanto para os empregados. Sugere-se que este estudo sirva de base para estudos
futuros, pois tais cuidados e ações são capazes de salvar vidas. Dada a relevância
da proteção contra incêndios para a segurança dos trabalhadores, recomenda-se a
continuidade dos estudos científicos e pesquisas acerca do tema.

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