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Governador Valadares
2023
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Governador Valadares
2023
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RESUMO
ABSTRACT
This work will address health and safety at work, more specifically the NR-23 that deals
with fire protection in work environments. This work will focus on an amplified approach
to the NR-23 with a view to ensuring the preservation of the lives of employees, and
the assets of companies, also improving the quality of life. As specific objectives, this
work will discuss the Regulatory Norms of safety at work, in particular, the NR-23,
narrate about what the NR-23 deals with, and how, through it, it can help companies
to obey the legislation and at the same time avoid accidents involving fires. As a
methodology for this work, the literature review methodology was used, based on
books by authors who approached the subject well, such as Euzébio, Fernandes,
Chimirssi, among others, and in magazines, articles, documentaries, reports,
periodicals and technical standards. As a result, it was seen that in order to comply
with legislation, most organizations must adopt all types of preventive measures in their
facilities, such as an emergency plan, training, simulation exercises, among others.
Obeying the instructions of NR-23, in addition to complying with current legislation of
the State Fire Departments, has the purpose of saving lives and safeguard the
company's assets.
1 Introdução
abordagem analítica da NR-23, sobre o que é tratado nessa norma e como, através
dela, é possível ajudar as empresas a atenderem as exigências da legislação e,
concomitantemente, evitar acidentes que envolvam incêndios e explosões.
Como metodologia para este trabalho, foi utilizada a metodologia de revisão de
literatura, feita com base em livros de autores que abordaram bem o assunto como
Euzébio, Fernandes, Chimirssi, dentre outros, e em revistas, artigos, documentários,
relatórios, periódicos, entre outras fontes de dados com até quinze anos (exceto
algumas normas técnicas não atualizadas que ainda estão em vigor). Como palavras-
chave para busca, foram utilizadas: segurança; trabalho; proteção; incêndios;
explosões.
autores entendem que isso faz com que a segurança do trabalho aumente a
produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no
trabalho.
Na percepção de Barsano (2014) a segurança do trabalho vai além do
cumprimento da exigência legal, pois ela traz benefícios como o aumento da
produtividade e da qualidade dos produtos, além da melhoria das relações humanas
no ambiente profissional. O autor também avalia que a melhor forma para se reduzir
custos com acidentes ou doenças de trabalho dentro de uma empresa ainda é a
prevenção. Ele esclarece que as causas dos sinistros são conhecidas e existem
ferramentas, normas e procedimentos para neutralizá-las.
Na visão de Camisassa (2015), as empresas têm se conscientizado e
valorizado o fato de que a implementação de um sistema de segurança no trabalho
eficiente evita lesões e possíveis doenças dos funcionários em decorrência de seus
processos de trabalho. Esta ação deve ser vista como uma medida preventiva que
promove tanto a segurança como a saúde dos colaboradores. Portanto, é dever de
todos os colaboradores respeitar as normas de saúde e segurança no trabalho, desde
que conheçam os comportamentos que devem ou não praticar no seu local de
trabalho, os quais podem ser sancionados pelo empregador.
A saúde e segurança no trabalho incluem o bem-estar social, mental e físico
dos trabalhadores, ou seja, da pessoa como um todo. Para serem bem-sucedidas, as
medidas de saúde e segurança no trabalho requerem a colaboração e participação de
empregadores e trabalhadores em programas de saúde e segurança, forçando
questões relacionadas à medicina do trabalho, higiene ocupacional, toxicologia,
educação, treinamento, engenharia de segurança, ergonomia, psicologia, etc
(OLIVEIRA, 2012).
As questões relativas à saúde ocupacional têm recebido menos atenção do que
as relativas à segurança do trabalho, pois as primeiras são geralmente mais difíceis
em termos de identificação, dificuldade de diagnóstico e determinação de causa e
efeito. No entanto, quando o objeto de interesse é voltado para a saúde, também
ocorre a preocupação com a abordagem da segurança, pois um ambiente saudável
é, por definição, também um local de trabalho seguro (ARAÚJO, 2010).
É interessante observar que o inverso pode não ser verdadeiro: um local de
trabalho considerado seguro não é necessariamente um local de trabalho saudável.
O importante é enfatizar que os problemas de saúde e segurança devem ser
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Fonte: o autor
Fonte: o autor
Sobre incêndios, a NBR 13860 diz que ele é o fogo fora de controle. Na
descrição apresentada pela norma ISO 8421-1, o incêndio pode ser considerado a
combustão rápida, que se dissemina fora de controle no tempo e espaço. Como
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iluminação que deve que deve clarear as áreas com pessoas presentes,
passagens horizontais e verticais para saídas de emergência, áreas técnicas
de controle de restabelecimento de serviços essenciais na edificação, na falta
ou falha no fornecimento de energia elétrica (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2013, p. 3).
A partir desse conceito, a NBR 10898 também prevê que o responsável técnico
deve projetar um sistema de iluminação que atenda requisitos de intensidade de
iluminação capazes de evitar acidentes e garantir a evacuação das pessoas em
perigo, assim como permitir que equipes de socorro e combate ao incêndio tenham
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4. A NR 23 comentada
Apesar de não ter força de Lei no Brasil, as normas técnicas elaboradas pela
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) acabam se tornando Lei quando é
incluída numa legislação. Nesse assunto, adentramos nos itens relacionados à
segurança contra incêndio vistos em algumas NR (Normas Regulamentadoras), e que
também estão explícitos na NR-23 – Proteção contra incêndio. Atualmente, verifica-
se que as normas técnicas da área de segurança contra incêndio e pânico em vigor
têm abrangência estadual e que o governo de cada estado procurou estabelecer sua
respectiva legislação (lei, decreto) em consonância com as normas federais, mas
adotando como referência os conceitos estabelecidos pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas ou pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho).
A mais conhecida das NR que trata de prevenção contra incêndios é a NR-23,
sendo que nesta norma está expressa a obrigatoriedade das organizações em
possuírem um sistema de proteção contra incêndio adequado, dentre de alguns
termos, onde Euzébio (2011) cita:
O item 23.1.1, é falado sobre o que as empresas deverão possuir:
• Devem possui mecanismos de proteção contra incêndio;
• Sobre as saídas, estas devem ser suficientes para que haja uma retirada
ligeira dos funcionários que estejam em serviço, em caso de incêndio;
• Devem possuir os equipamentos necessários e suficientes para utilizar no
combate às chamas, quando este for iniciado;
• Deve possuir colaboradores treinados que saibam fazer no uso correto desses
equipamentos de combate ao incêndio.
Já o item 23.2 da norma retrata acerca dos postos de trabalho, sendo que
estes deverão ter saídas suficientes e logisticamente espalhados, a fim que se possa
evacuar o local com agilidade e segurança.
O item 23.3 da norma expõe sobre as vias de passagem e saídas, estas que
necessitam estar visualmente assinaladas, o que pode ser feito com sinais luminosos
e placas, todas estas indicando a direção correta das saídas.
23.4 - Fala sobre as saídas de emergência, que estas não podem estar
trancadas fechadas à chave, muito menos presa, enquanto houver funcionários em
sua jornada de trabalho.
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O item 23.5 também trata das saídas de emergência, que devem possuir
dispositivos de travamento para permitir facilitada abertura do interior do local.
Segundo Barsano (2014), em resumo, a NR-23 também disserta sobre a
obrigatoriedade das empresas em possuir sistema de proteção contra incêndio,
obtendo saídas suficientes para a ligeira retirada dos colaboradores durante horário
de expediente, caso ocorra um incêndio. O autor ainda esclarece que deve haver
equipamentos suficientes para combate ao fogo, quando este iniciar, além de possuir
pessoas que se encontrem capacitadas para realizar o uso devido desses
equipamentos. Os locais devem dispor de saídas suficientes e bem espalhadas, para
que os colaboradores possam sair com agilidade e segurança diante de situações
emergenciais.
Camisassa (2015) diz que a largura mínima dessas aberturas deverá, pela
norma, ter 1,20m (um metro e vinte centímetros) e que o sentido de abertura das
portas que fazem parte das rotas de saída de emergência não pode ser voltado para
o interior do local. Caso não haja acesso imediato a essas saídas, deve haver
circulações internas, de forma desobstruída, ou até mesmo corredores de acesso,
também com 1,20m de largura.
Outras orientações da norma em relação às aberturas, respectivas saídas e
vias de passagem, é que essas partes devem ser assinaladas com sinais luminosos
(ou placas) que indiquem a saída. Outro fato determinante, é que essas saídas
devem ser espalhadas de tal forma que nenhum funcionário precise percorrer mais
que 15 metros até acessar uma área segura quando houver grande risco, ou 30
metros em situações de médio ou pequeno risco (BARSANO, 2014).
Barsano (2014) reforça que para que essas distâncias sejam alteradas, seja
para mais ou para menos, isso cabe à autoridade competente da área de segurança
do trabalho, observados a natureza do risco. Há necessidade também das saídas e
das vias de circulação não terem escadas, muito menos degraus, além das
passagens serem muito bem iluminadas. Quanto aos pisos, quando tiverem níveis
diferentes, estes necessitarão ter rampas de acesso que os interliguem, além de um
aviso no início de cada rampa quando observado o sentido de descida. Todavia, deve
ser observado que escadas em espiral, manuais ou de madeira, não são
consideradas ordinariamente pela norma como saídas de emergência.
As portas de saída, segundo a NR-23, necessitam ser de batentes ou de
corrediças horizontais, sendo que essa definição fica a critério da autoridade em
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que sejam feitos sem aviso e se aproximando de condições reais, para se medir a
eficiência da equipe e da empresa durante um incêndio.
Em uma avaliação final, verifica-se que a NR-23 apresenta um texto pouco
abrangente sobre a prevenção contra incêndio nos locais de trabalho; entretanto, ela
delega a responsabilidade sobre uma normatização mais detalhada desse tema aos
legisladores estaduais que são representados pelos governos e suas respectivas
Corporações de Bombeiros Militares, sendo estas últimas instituições que possuem
dentro de sua missão constitucional a obrigação de atuar nas mais variadas situações
de risco, o que engloba a prevenção e combate a incêndio.
6. Considerações finais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAGAS, Aécio Pereira. A História e a Química do Fogo. São Paulo: Ed. Átomo,
2013.
SEITO, Alexandre Itiu et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo:
Projeto Editora, 2008.