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MANAUS- AM
2023
Conceito
A definição da dislexia é permeada por uma complexidade de nomenclaturas e
descrições, gerando controvérsias e dificuldades em discernir entre diferentes quadros sob essa
síndrome. No âmago das diversas perspectivas, a dislexia é comumente caracterizada como
uma dificuldade no processo de aprendizagem da leitura e da escrita, persistindo apesar da
inteligência da pessoa. Sendo assim, os principais manuais diagnósticos, tais como o DSM-5
(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição) e a CID-10 (Classificação
Internacional de Doenças, 10ª edição), declaram a dislexia como Transtornos Específicos de
Aprendizagem
Desse modo, segundo Moojen, Bassôa e Gonçalves (2016) “existem dois grandes
grupos de dislexia: a adquirida por lesão cerebral, em que um leitor proficiente perde a
habilidade para extrair o significado de informações escritas, e a do desenvolvimento, presente
desde os primeiros anos escolares, persistindo até a vida adulta”, ou seja dislexia adquirida
surge quando o aprendizado da leitura, inicialmente adquirido de forma normal, é perdido
devido a lesões cerebrais. Nesse cenário, a lesão compromete habilidades previamente
estabelecidas, evidenciando a estreita relação entre as funções cerebrais e o processo de leitura
e escrita.
Contudo, essa condição, longe de ser transitória, persiste ao longo da vida, podendo,
no entanto, ser atenuada pelo desenvolvimento de estratégias compensatórias. Em alguns casos,
a dislexia pode evoluir para desafios mais amplos, como o abandono escolar ou distúrbios
comportamentais. É importante observar que a dislexia não está associada a problemas de visão
ou audição, pois afeta indivíduos com essas capacidades normais ou corrigidas. Além disso,
exclui-se a presença de problemas psiquiátricos ou neurológicos graves como causa única das
dificuldades, consolidando a complexidade e especificidade desse transtorno.
Etiologia
Desse modo, etiologia da dislexia tem sido objeto de extensa pesquisa médica há mais
de um século. Inicialmente associada a lesões cerebrais, a compreensão da condição progrediu
para abranger aspectos neurobiológicos mais sutis, como disfunções e falhas no processamento
cerebral. A discussão contemporânea destaca a influência genética como um fator significativo
na manifestação da dislexia.
Aspectos neurobiológicos
Orientações e intervenções