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ARTIGO DE REVISÃO INTEGRATIVA

ENFERMAGEM FORENSE: O atendimento do enfermeiro as


mulheres vítimas de violência doméstica

FORENSIC NURSING: nurses' care for women victims of domestic violence

ENFERMERÍA FORENSE: atención de enfermería la mujeres víctimas de


violencia doméstica

Estéfane Miliano da Silva 112


Francisca Elidivânia de Farias²*

Resumo: Objetivo: Analisar o atendimento do enfermeiro as mulheres vítimas de violência doméstica.


Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de abordagem qualitativa e caráter exploratório,
onde foi possível evidenciar as principais ideias das publicações, tratando-se do tema, a coleta de dados foi
efeituada através das bases de dados, SciELO; BVS e Google acadêmico foram selecionados 10 artigos
publicados durante o período de 2019 a 2023. Resultados: Constatou-se que a identificação da violência foi o
tema mais enfatizado, apresentado em 80% dos estudos, seguido pela prevenção contra a violência e doenças,
com 70%. Conclusão: Os achados do estudo mostra que a ciência forense nos atendimentos dos enfermeiros,
fornece cuidados abrangentes e de qualidade e prioriza a segurança e a confiança dos pacientes, envolvendo.
Com a falta de conhecimento e formação forense para enfermeiros, particularmente em programas de graduação
em enfermagem, sublinham a necessidade de uma formação mais abrangente, especializada na enfermagem
forense.

Palavras-chave: Violência doméstica; Enfermagem forense; Violência contra mulher.


Abstract: Objective: To analyze the care provided by nurses to women victims of domestic violence.
Methodology: This is an integrative literature review with a qualitative approach and an exploratory character,
where it was possible to highlight the main ideas of the publications dealing with the theme. Data collection was
carried out through the databases, SciELO, BVS, and Google Academic. 10 articles published during the period
2019–2023 were selected. Results: It was found that identifying violence was the most emphasized theme,
presented in 80% of the studies, followed by prevention against violence and disease, with 70%. Conclusion:
The findings of the study show that forensic science in the care of nurses provides comprehensive, quality care
and prioritizes patient safety and trust. The lack of forensic knowledge and training for nurses, particularly in
undergraduate nursing programs, underscores the need for more comprehensive, specialized training in forensic
nursing.

Key words: Domestic violence; Forensic nursing; Violence against women.


Resumem: Objetivo: Analizar los cuidados prestados por enfermeros a mujeres víctimas de violencia
doméstica. Metodología: Se trata de una revisión bibliográfica integradora, con enfoque cualitativo y carácter
exploratorio, donde fue posible destacar las ideas principales de las publicaciones, que abordan el tema, la

1 Faculdade São Francisco da Paraíba, FASP, Cajazeiras, Paraíba, Brasil. Email: estefanemiliano7@gmail.com
2 Farias Centro Universitário de Patos — UNIFIP. Email: elidivaniafarias@fsf.edu.br
recolección de datos se realizó a través de las bases de datos, SciELO; BVS y Google académico se
seleccionaron 10 artículos publicados durante el período 2019 a 2023. Resultados: Se constató que la
identificación de la violencia era el tema más destacado, presentado en el 80% de los estudios, seguido de la
prevención contra la violencia y la enfermedad, con un 70%. Conclusión: Los resultados del estudio muestran
que la ciencia forense en los cuidados de enfermería proporciona una atención integral y de calidad y prioriza la
seguridad y la confianza del paciente. La falta de conocimientos y formación forense de las enfermeras, sobre
todo en los programas de pregrado de enfermería, subraya la necesidad de una formación más completa
especializada en enfermería forense.

Palabras clave: Violencia doméstica; Enfermería forense; Violencia contra la mujer.

1 INTRODUÇÃO

Segundo Fonseca (2021), as mulheres são as mais afetadas por determinados tipos de
violência na sociedade, sendo considerado o grupo mais vulnerável. A sociedade vê a mulher
como submissa, e isso é um problema. Considerando o problema da submissão feminina, as
condições relatadas são precárias e as mulheres são vistas como objetos materiais para os
homens possuírem, referindo-se àqueles que convivem diariamente em casa.
A violência doméstica contra as mulheres é um problema global e, como caso de
violação dos direitos humanos, tem atraído ampla atenção e discussão na sociedade. Este tipo
de violência é mais frequentemente perpetrado por alguém ligado à vítima, um parceiro ou
alguém com quem a mulher tenha uma ligação emocional, como um familiar ou amigo.
(CORDEIRO et al., 2022).
Pesquisa realizada pelo Data Senado (2020), mostra que 27% das mulheres afirmam
ter sofrido algum tipo de agressão, sendo que 37% foram vítimas de ex-companheiro e 41%
foram agredidas ainda no relacionamento com o agressor. A mesma pesquisa também
mencionou que pelo menos 36% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência
doméstica e que em 68% dos casos o medo do agressor foi o principal fator para evitar a
denúncia. Das vítimas entrevistadas, 24% afirmaram que ainda viviam com o agressor,
enquanto 34% das mulheres agredidas afirmaram ser dependentes financeiramente do
parceiro.
É considerado um dos problemas mais graves que a sociedade moderna enfrenta,
sendo considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde desde
1993 pelos danos que causa à saúde mental, física e social. Estabelece uma relação com o
controle e poder masculino, ou seja, alude à desigualdade hierárquica de gênero do próprio
ambiente doméstico. Estes acontecimentos não afetam apenas a saúde das mulheres, mas
também os seus estilos de vida, repercutem nos âmbitos profissional, social e educacional,
com graves consequências para a sociedade e para o sector da saúde, pois os problemas
enfrentados podem levar a traumas ou suicídio nos indivíduos. (SANTOS et al., 2018).
As consequências da violência incluem danos significativos à saúde física e mental da
vítima, com efeitos crônicos a médio e longo prazo que levam a lesões físicas e à morte.
(CURIA et al., 2020). As consequências vão além do nível individual, afetando as relações
familiares e sociais, levando ao isolamento social e ao prejuízo no desempenho das tarefas
laborais. (MENDONÇA; LURDEMIR, 2020).
A enfermagem forense surgiu nos Estados Unidos em 1991. No Brasil, a enfermagem
forense foi declarada especialidade em 2011, o que está apresentado na Resolução 389/2011,
segundo os mandatos e leis do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). A categoria
reconheceu a necessidade de atenção à saúde competente e integral à vítima, família e
agressor de violência doméstica. Basicamente, visa promover a conscientização pública e a
justiça em diversos casos de violência doméstica. (LIMA, 2019a).
Nos serviços de urgência e emergência e na atuação clínica, o enfermeiro deverá
prestar assistência qualificada visando a manutenção e a promoção da saúde das vítimas. O
enfermeiro deve estar capacitado para lidar com os traumas físicos, psicológicos e sociais de
cada caso, deverá preservar e recolher os vestígios forenses com destreza e agilidade, para não
ocorrer destruição ou contaminação dos vestígios que irá conduzir a justiça para a verdade.
(LIMA, 2019b).
A enfermagem forense é uma especialidade de grande importância para a sociedade e
também para as mulheres vítimas de violência doméstica. Visto que a coberta pelas
competências técnicas da especialização para um atendimento holístico e humanizado a essas
mulheres, estas competências visam respeito, equidade, sigilo e autenticidade através da
consulta de enfermagem para o tratamento das cicatrizes físicas e psicológicas, e
consequentemente para contribuir com a assistência policial ou judicial, caso esta assistência
seja realizada justamente, poderá contribuir também com a diminuição do sofrimento das
vítimas. Desse modo, esta área de atuação deve ser mais difundida para se realizar uma
assistência qualificada às mulheres vítimas de violência doméstica, visto que o mesmo é quem
deve oferecer os cuidados primordiais. No entanto, é pouco explorada no Brasil. Diante disso,
emerge o seguinte questionamento: Qual é o papel do enfermeiro forense no atendimento à
mulher em situação de violência doméstica?
O estudo tem como objetivo geral analisar, a partir de uma revisão integrativa, o
atendimento do enfermeiro as mulheres vítimas de violência doméstica, assim contribuindo
com a melhor prática da assistência de enfermagem e com conhecimento científico da área.
2 REFERENCIAL TEÓRICO

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A violência contra as mulheres existe e pode manifestar-se em diferentes graus de


gravidade, como violência física ou ameaças, violência mental, violência sexual, violência
doméstica e violência familiar. Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos (MMFDH) mostram que, em 2019, o Brasil registrou aproximadamente 85,5 mil
denúncias, das quais, 35% estavam relacionadas ao feminicídio. 61,11% para violência física
e 78% para violência doméstica. No ano seguinte, o número de casos só aumentou, e isso se
deve ao isolamento social recomendado pelas autoridades de saúde pública devido à COVID-
19. (MOREIRA et al., 2020).
Qualquer ato que prejudique o bem-estar físico, moral, social, social ou psicológico de
uma mulher é considerado violência contra a mulher. Pode manifestar-se através do uso de
violência física destinada a controlar o corpo, a mente e a liberdade e a impor medo,
dependência e intimidação às mulheres. A violência contra a mulher é um fenômeno social e
complexo de grande importância para a saúde pública devido ao seu impacto nos indivíduos,
nas famílias e na sociedade. (LEITE et al., 2019).
A mulher em certas circunstâncias de violência tem a principal consequência o
sofrimento mental, apesar de haver danos físicos, estas podem ser reparáveis e tratadas, mas o
dano à saúde mental da mulher vai muito além de sequelas, que vão afetar a vida toda, se não
tomar as precauções identificadas e usar as devidas condutas para sua saúde mental. O modo
de identificação da violência precisa do reconhecimento da mulher que está dento desse ciclo,
pois muitas vezes elas preferem não enxergar o que está acontecendo ou tem medo do seu
companheiro, por acreditar que é inferior a ele e deve respeitá-lo e assim aceitar as agressões.
(GUIMARÃES et al., 2018).
A violência entre parceiros íntimos pode causar danos psicológicos como tristeza,
baixa autoestima, desconfiança, pensamentos suicidas, depressão, fobias, psicoses e medo de
relações sexuais, levando a um baixo padrão de vida. As vítimas muitas vezes não conseguem
reconhecer o abuso psicológico como uma forma de agressão que agrava os danos
psicológicos, porque as mulheres que desconhecem o problema aceitam as suas
consequências e vivem com danos psicológicos aumentados. (SILVA et al., 2022).
De acordo com Almeida e Ferreira (2021), a violência contra a mulher é um problema
social que acontece em várias esferas, principalmente no meio doméstico, sucedendo por
agressões físicas, psicológicas, ameaças, abusos ou assédios sexuais, praticado por um
integrante da família, amigo, familiar próximo, ou indivíduo o qual a vítima tenha algum tipo
de afeição, sem, contudo, ter partilhado do mesmo espaço, independente da orientação sexual,
onde o opressor tem a intenção de estabelecer poder ou controle sobre a vítima.
A violência entre parceiros íntimos coloca as mulheres em maior risco de desenvolver
transtornos mentais não psicóticos, sendo os mais comuns a depressão, a ansiedade e o
transtorno de estresse pós-traumático. Esses tipos de sofrimento psicológico são ainda
exacerbados pela baixa autoestima, frustração, desconfiança e ansiedade, resultando na
diminuição da qualidade de vida das mulheres. (SANTOS et al., 2018).
Pierre Bourdieu, um dos maiores sociólogos de língua francesa das últimas décadas,
um dos mais importantes pensadores do século XX, crítico feroz das práticas de reprodução
das desigualdades sociais, Bourdieu concebeu um respeitável referencial no campo das
ciências humanas. (SILVA; OLIVEIRA, 2017a).
Em sua obra, a violência simbólica denota mais do que uma forma de violência que
opera simbolicamente. É “a violência exercida sobre um agente social com sua cumplicidade”
(BOURDIEU; WACQUANT, 2002). Para exemplificar este tipo de violência, incluem
relações de gênero nas quais ambos os gêneros — homens e mulheres, concordam que as
mulheres são mais fracas, menos inteligentes, menos confiáveis, e assim por diante (e para
Bourdieu as relações de gênero são o caso paradigmático da operação da violência simbólica),
ou relações de classe em que tanto a classe operária quanto a classe média concordam que as
classes médias são mais inteligentes, mais capazes de administrar o país, mais merecedoras de
salários mais altos. (SILVA; OLIVEIRA, 2017b).

ENFERMAGEM FORENSE

A enfermagem forense imergiu nos Estados Unidos na década de 1970, sido


inicializada por um grupo de ativistas dos direitos das mulheres cujo objetivo era prestar
atendimento integral às vítimas de estupro. Apelaram à incorporação da análise forense nos
cuidados médicos, à realização de exames físicos e à recolha de provas no atendimento às
vítimas de violência sexual. (RIBEIRO et al., 2021).
Segundo Floriano e Barreto (2019), no ano de 2011, a enfermagem forense foi
reconhecida como uma especialidade. Em 2015, o Brasil começou a regularizar as áreas de
atuação do enfermeiro forense, através da Associação Brasileira de Enfermagem Forense -
ABEFORENSE. No entanto, somente em 2017, as áreas foram oficialmente regulamentadas,
incluindo o cuidado às vítimas de violência, desastres de grande escala, sistema penal, saúde
mental, entre outros.
Pelas suas atribuições, o enfermeiro forense desempenha um papel diferenciado no
cuidado, no qual é essencial uma visão crítica e detalhada do contexto em que o profissional
está inserido. É uma abordagem clínica, cooperando com a investigação, tratando da
necessidade de compreensão da verdade da vítima, da verdade do agressor e da verdade
apoiada em provas, oferecendo controle do ambiente, na atenção integral e sobretudo na
garantia da segurança do paciente e da confiança em seu atendimento, que prioriza um
atendimento completo e de qualidade, a verdade do agressor e a verdade apoiada em
evidências. (SOUZA et al., 2020).
O enfermeiro forense pode ser convocado pelo sistema judiciário como testemunha
especializada para prestar depoimento em tribunal, o que pode resultar em uma condenação
criminal. Eles também mencionam ser possíveis investigar um crime apenas com base no
relato da vítima, desde que esse relato seja eficaz. No entanto, quando a contribuição da
vítima se torna improdutiva, é permitido consultar outros profissionais, seguindo as normas
éticas de confidencialidade, além de solicitar exames complementares que possam contribuir
para a resolução do caso. (MARCELO et al., 2019).

ENFERMAGEM FORENSE NO ATENDIMENTO AS VÍTIMAS DE


VIOLÊNCIA

A enfermagem forense desempenha um papel social relevante e oferece muitas


possibilidades para a prática da enfermagem, proporcionando, em última análise,
competências adicionais para o enfermeiro intervir em situações de violência no Sistema
Único de Saúde (SUS) e em contextos de privação de liberdade. (REIS et al., 2021).
Furtado et al. (2021) afirmou que a enfermagem forense surgiu da integração da
ciência da enfermagem na perspectiva da intersecção dos sistemas de saúde e jurídico. O
cuidado às mulheres vítimas de violência sexual exige o desenvolvimento de novas
habilidades, competências e responsabilidades, a ampliação do conhecimento e da experiência
jurídica, bem como o conhecimento técnico e científico da prática geral de enfermagem.
O vínculo entre enfermeiro e usuário é criado por meio da consulta de enfermagem,
momento de relato que vai além das queixas patológicas, incertezas e dores do usuário, por
ser um momento pessoal e privado que transmite confiança que revela vulnerabilidade.
(MACHADO; ANDRES, 2021).
A maioria dos autores observa que a enfermagem forense ainda encara alguns desafios
quando se trata da assistência de enfermagem forense. Dificuldades estas que são: falta de
profissionais para a demanda das unidades, ausência de recursos para realizar a consulta
apropriada, notificação dos casos, inabilidade dos profissionais na realização do exame físico
e na anamnese. Segundo Souza; Costa; Vilela, (2020), estes são considerados um dos passos
importantes durante a consulta ao ser onde será encontrado os possíveis indícios que levará a
descobrir o que verdadeiramente aconteceu com a vítima e se a mesma está omitindo.
As mulheres vítimas de violência doméstica têm medo de denunciar e os enfermeiros
têm medo de prestar cuidados médicos, por medo das consequências destas ações e da
perseguição dos seus perpetradores. Além disso, o medo das vítimas da culpa social também é
uma realidade. Portanto, essas mulheres precisam ser acolhidas no sistema de saúde para se
sentirem à vontade para fazer denúncias. (ACOSTA et al., 2018).

PERÍCIA X VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A perícia é de suma importância para a comprovação e elucidação de crimes, tem


papel crucial no processo penal. Ter uma perícia eficiente é, portanto, uma garantia ao
indivíduo de que os processos penais serão conduzidos com base num suporte fático, rígido e
científico que conduza a alegações verdadeiras e ao esclarecimento da verdade. O Projeto de
Lei 4.471/19 prevê que as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar terão prioridade
no atendimento do laboratório médico-legista em exames periciais. (BRASIL, 2019).
O Conselho Federal de Enfermagem aprovou um protocolo de atendimento específico
para vítimas de violência doméstica e sexual. Anexo ao Despacho n.º 556/2017, que cria
regulamentação para o exercício da perícia. O instrumento aprovado pela Assembleia Geral
do Cofen levou à aprovação da resolução 700/2022 e inclui diligências de manutenção e prazo
de anuência que permite a coleta de informações e vestígios que podem auxiliar a polícia na
investigação de possíveis crimes, especialmente sexuais e domésticos, crime de violência. Por
exemplo, o dever do enfermeiro forense é coletar e preservar as evidências do crime para o
agressor poder ser processado nos termos da Lei Maria da Penha. Na sua ausência, a
responsabilidade é do enfermeiro geral. (CONFEN, 2022).

3 MATERIAL E MÉTODO
Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, de abordagem qualitativa e
caráter exploratório, onde foi possível evidenciar as principais ideias das publicações,
tratando-se do tema enfermagem forense: o atendimento do enfermeiro as mulheres vítimas
de violência doméstica.
A revisão integrativa é um método que procura reunir, analisar e sintetizar estudos de
distintas fontes e abordagens para criar uma visão ampla e integrada do assunto em questão.
Seu propósito é identificar falhas na literatura, explorar divergências e convergências entre os
estudos, e oferecer uma base sólida para o progresso do conhecimento na área. Esse método
possui 6 etapas: 1: Formulação da pergunta de pesquisa do tema. 2: Busca e seleção das fontes
de pesquisa. 3: A seleção de critérios para inclusão e exclusão dos estudos. 4: Análise e
síntese dos resultados incluídos na revisão integrativa. 5: Interpretação e discussão dos
resultados, 6: Apresentação da revisão do conhecimento. (GUEDES, 2023).
Foram selecionados 323 artigos sobre a questão orientada: Qual o papel do enfermeiro
no atendimento as vítimas de violência doméstica? Foram considerados critérios de inclusão
as publicações disponíveis sobre o assunto, publicados entre 2019 a 2023, na língua
portuguesa, dos quais: 178 do Google Acadêmico, 12 no SCIELO (Scientific Electronic
Library Online), e 133 na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS).
Decorreram seguidos os critérios de exclusão: artigos repetidos, artigos com idioma
em inglês, incompletos e os que não contemplassem o problema do estudo, restando dez
artigos.
A coleta dos artigos foi realizada no mês de outubro de 2023, e para a busca dos
mesmos, foram utilizados os seguintes descritores: violência doméstica, enfermagem forense,
o papel do enfermeiro e violência contra mulher, consoante o DeCS (Descritores em Ciência
da Saúde).
Após a leitura dos títulos e resumos, iniciou-se a análise dos artigos, com ajuda de um
instrumento elaborado pelos autores para registrar os dados das produções, compreendendo:
autores, periódico, método, principais resultados e ano de publicação.
Para analisar os artigos, adotou-se a técnica da análise de conteúdo, modalidade
temática. (BARDIN, 2011). Da análise resultou a elaboração de uma categoria: a) Papel do
enfermeiro frente às mulheres vítimas de violência doméstica.
De modo a permitir uma melhor compreensão sobre as etapas de pesquisa e seleção
dos estudos, foi construído um fluxograma 1, apresentado a seguir.
323 313
Artigos encontrados Artigos excluídos

15 20 20
Artigos lidos na íntegra Repetidos Inconsistência

100 10
8
Revisões Livro
Excluídos após leitura crítica dos
artigos na íntegra
140
10 Por não tratar do tema
Artigos Utilizados na Revisão
Integrativa
Fluxograma 1 - Etapas da pesquisa e seleção dos estudos

Fonte: CUNHA; NEVES, 2023.

4 RESULTADOS

O quadro 1 apresenta as características dos artigos utilizados no estudo quanto aos


autores, periódico, objetivo, método, resultados e ano de publicação. O método mais
utilizados nos artigos foi o estudo descritivo e exploratório, em 50% dos estudos n= 5, quanto
ao idioma destaca-se o português presente em todos os artigos e a base de dados Google
Acadêmico com 60% dos artigos utilizados na pesquisa, n=6. Na análise do material
selecionado, evidenciou-se que as publicações encontradas estavam entre os anos de 2019 a
2023, sendo que a maior prevalência foram estudos que estavam no ano de 2022, com 30%
dos artigos sendo publicados nesse período n=3.
Quadro 1: Disposição dos artigos selecionados para compor a revisão integrativa. Cajazeiras,
PB. 2023
Autor (es) Periódico Objetivo geral Método Resultados Ano

Sobrinho NC et Rev. J. Conhecer as percepções Estudo Foram determinadas como categorias: 2019
al. Enfermeiras. dos graduandos em descritivo- entendimento sobre violência de
Saúde. enfermagem sobre exploratório gênero, abordagem da violência de
violência contra a com abordagem gênero na formação dos graduandos,
mulher. qualitativa. percepção sobre a atuação do
enfermeiro na atenção às mulheres em
situação de violência e considerações
sobre o atendimento ideal à mulher em
situação de violência.
Delmoro; Rev. Enfermagem Discorrer sobre as Estudo teórico- Surgiram três grupos de questões 2022
Vilela. atual principais causas, reflexivo. envolvendo as origens, consequências
repercussões e atuação e consequências e assistência de
da enfermagem diante enfermagem diante à mulher vítima de
das mulheres vítimas violência.
de violência.
Silva RX et al. Rev. Latino-am. Mapear a produção Revisão de 1) conhecimento dos profissionais de 2022
Enfermagem. científica sobre a escopo enfermagem sobre a preservação de
preservação de vestígios vestígios forenses; 2) procedimentos
forenses pelos realizados pela enfermagem para
profissionais de preservação de vestígios no corpo da
enfermagem que atuam vítima; 3) procedimentos realizados
nos serviços de pela enfermagem para preservação de
emergência. vestígios em pertences/objetos da
vítima; 4) procedimentos realizados
pela enfermagem para documentação
dos vestígios; e 5) ações de
Silva NB et al. Rev. Gaúcha de Identificar o perfil Pesquisa Foram obtidas 4.269 notificações e o 2021
Enfermagem. sociodemográfico e as exploratória, perfil prevalente foi de mulheres entre
principais características descritiva com 20 e 34 anos (62,5%), pardas ou negras
da violência por delineamento (51,3%), com ensino médio completo
parceiros íntimos em transversal. (22,5%) no primeiro trimestre da
gestantes de São Paulo, gestação (44,2%). A violência física foi
Brasil. a mais frequente (48,3%), ocorrida em
domicílio (59,1%), motivada por
sexismo (22,29%). Na violência sexual,
o estupro foi o mais frequente (85,4%).

Galvão et al. Rev. Eletrônica Analisar os resultados Revisão Foi possível abordar o tema por meio 2021
acervo saúde. das produções científicas integrativa dos fatores associados à violência
acerca da assistência de doméstica, como pobreza e nível
enfermagem em ensino. Além disso, foi notável que a
mulheres vítimas de violência doméstica ocorre de
violência doméstica e diferentes formas, como física,
conhecer os principais verbal, moral e psicológica.
fatores relacionados a Referente aos profissionais de saúde,
esta violência. a atuação dos profissionais de
enfermagem frente às mulheres
vítimas da violência doméstica é
imprescindível, até mesmo para
auxílio na criação de políticas
públicas.
Feltrin B et al. Rev. Varia Compreender a Estudo Foram identificadas cinco categorias: 2019
scientia Ciências experiência vivenciada descritivo, sentimentos vivenciados durante o
da saúde. pelos profissionais qualitativo. atendimento; percepção dos
enfermeiros em enfermeiros aos casos de violência;
identificar, prestar encaminhamentos realizados;
assistência de capacitação profissional e
enfermagem e continuidade do cuidado.
encaminhar as mulheres
vítimas de violência
doméstica.
Alves et al. Rev. Enfermagem Mapear práticas Revisão de O corpus dessa revisão 2023
atual. assistenciais forenses escopo. permitiu a construção de cinco
realizadas por grupos de práticas assistenciais
enfermeiros a mulheres com suas respectivas
em situação de violência. atividades/intervenções: prevenção
da violência contra a mulher,
identificação da violência contra
a mulher, intervenções à mulher
em situação de violência,
encaminhamentos e
acompanhamento das mulheres em
situação de violência.
Oliveira I et al. Rev. De Identificarmos Estudo Evidenciam falta de conhecimento, 2020
investigação & conhecimentos, atitudes quantitativo, reconhecendo, no entanto, que a
inovação em e barreiras dos exploratório, identificação e encaminhamento das
saúde. enfermeiros de família na descritivo e vítimas é responsabilidade dos
abordagem às mulheres transversal. profissionais de saúde.
vítimas de violência
doméstica.
Santos; Rev. Cientifica de Verificar a assistência da Pesquisa Destacamos que a base holística da 2023
Reppetto. Enfermagem. enfermagem forense na bibliográfica, enfermagem favorece a formação do
coleta e preservação de descritiva e de vínculo com as vítimas e estabelece
vestígios periciais. abordagem relações de confiança, facilitando
quantitativa. a cooperação com o exame
forense e o reconhecimento da
perícia pelos pares/equipe
multiprofissional.
Faria et al. Rev. Lusófona de Analisar a resposta do Revisão A maioria das disciplinas da área da 2022
educação. enfermeiro às sistemática saúde não contempla a formação e
necessidades da mulher treino necessários aos aspetos
vítima de violência relacionados com a violência,
doméstica. levando a que os profissionais não
tenham as habilitações necessárias
para promover intervenções eficazes
com impacto positivo na saúde das
mulheres em contexto de violência.
Fonte: Dados de pesquisa online, 2023.

O quadro 2 apresenta a categorização dos estudos quanto a enfermagem forense sobre


o papel do enfermeiro no atendimento as vítimas de violência doméstica. Visto que a
identificação de violência foi a mais enfatizado, no total de 80%, n=8, seguindo da prevenção
contra a violência e doenças de 70%, n=7.

Quadro 2 – Categorização dos estudos quanto o papel do enfermeiro forense no atendimento à


mulher em situação de violência doméstica.
Categorias Subcategorias Autores (ano) (N) (%)
Atendimento Sobrinho et al. (2019) 5 50,0
humanizado Silva RX et al. (2022)
Galvão et al. (2021)
Feltrin B et al. (2019)
Faria et al. (2022)
Papel do
enfermeiro

forense as Delmoro; Vilela. (2022) 8 80,0


vítimas Silva RX et al. (2022)
de violência Galvão et al. (2021)
Identificação de violência
doméstica Feltrin B et al. (2019)
Alves et al. (2023)
Oliveira I et al. (2020)
Santos; Reppetto. (2023)
Faria et al. (2022)
Delmoro; Vilela. (2022) 3 30,0
Vínculo com à vítima Feltrin Bet al. (2019)
Alves et al. (2023)
Vestígios forenses Silva RX et al. (2022) 3 30,0
Alves et al. (2023)
Santos; Reppetto. (2023)
Acolhimento as Sobrinho et al. (2019) 5 50,0
mulheres Silva NB et al. (2021)
Galvão et al. (2021)
Feltrin B et al. (2019)
Alves et al. (2023)
Prevenção contra a Delmoro; Vilela. (2022) 7 70,0
violência e doenças Silva NB et al. (2021)
Feltrin B et al. (2019)
Santos; Reppetto. (2023)
Oliveira I et al. (2020)
Santos; Reppetto. (2023)
Faria et al. (2022)
Fonte: Dados de pesquisa online, 2023.

5 DISCUSSÃO

A atuação do enfermeiro na ciência forense representa uma interseção única entre a


especialização clínica e a investigação criminal. Enquanto tradicionalmente associados aos
cuidados de saúde, os enfermeiros forenses desempenham um papel crucial na coleta,
preservação e interpretação de evidências em contextos legais. Esses profissionais
especializados combinam conhecimentos médicos com habilidades investigativas,
contribuindo significativamente para a busca da verdade em casos que abrangem desde
agressões sexuais até violência doméstica e outros crimes.
Com base na análise das referências relevantes, fica evidente a falta de conhecimento e
formação forense para os enfermeiros, principalmente nos cursos de graduação em
enfermagem. Visto que o conhecimento dos enfermeiros sobre as ciências forenses e a sua
integração, na prática de enfermagem é essencial para a prestação de cuidados integrais e para
a abordagem dos aspectos forenses dos cuidados de saúde (Rodrigues et al., 2020).
A partir desta analise apreenderam-se uma categoria, a qual apresenta no sentido de
responder à questão norteadora e objetivos propostos na investigação.

Papel do enfermeiro frente às mulheres vítimas de violência doméstica

Papel dos profissionais de enfermagem no atendimento às mulheres vítimas de


violência doméstica, enfatiza a sensibilidade, compaixão e capacidade dos enfermeiros para
construir confiança e reconstruir conceitos sobre a violência, minimizando assim o seu
impacto e transformando a realidade social destas mulheres mediante práticas de qualidade,
assistência de enfermagem humanizada, eficiente e segura, adaptada às necessidades
individuais e coletivas. (Galvão et al.,2021).
Conforme Sobrinho et al., (2019) mostra na sua entrevista com profissionais de
enfermagem, o papel dos enfermeiros na prestação de cuidados às mulheres vítimas de
violência doméstica é, de facto, crucial, nomeadamente no contexto dos aspectos relacionais
que envolvem competências de comunicação e de apoio. As falas fornecidas pelos
participantes destacam o papel multifacetado do enfermeiro no atendimento às necessidades
das mulheres em situação de violência. Estas funções abrangem não só a prestação de apoio
emocional e atenção, mas também a atuação como educadores e agentes ativos na abordagem
dos aspectos psicológicos e físicos do bem-estar da vítima. No contexto da comunicação e do
apoio, é essencial que os enfermeiros possuam fortes competências interpessoais, empatia e
capacidade de criar um ambiente seguro e de apoio às vítimas. Isto envolve uma escuta ativa,
uma atitude sem julgamento e a prestação de apoio emocional para capacitar as mulheres a
partilharem as suas experiências e a procurarem assistência.
O papel do enfermeiro no combate à violência doméstica é crucial, pois muitas vezes
as mulheres procuram atendimento inicial nos serviços de saúde. É essencial que os
profissionais de enfermagem identifiquem e estabeleçam relacionamento com as vítimas de
violência doméstica para prevenir novas ocorrências e abordar as queixas relatadas. Ressalta-
se a importância da enfermagem forense nesse contexto, enfatizando a necessidade desses
profissionais estarem bem preparados e conhecedores do manejo da violência entre parceiros
íntimos. Isto realça o papel fundamental dos profissionais de enfermagem na abordagem da
violência doméstica e a importância da sua preparação e experiência na prestação de cuidados
e apoio eficazes às vítimas. (DELMORO; VILELA, 2022).
Acrescentado a isso, Silva NB; Goldman RE; Fernandes H. (2021), com base nos
dados fornecidos, é evidente que uma percentagem significativa de vítimas de violência
contra as mulheres é encaminhada para diferentes sectores para assistência. Especificamente,
44,8% são encaminhados para o sistema de saúde, 16,4% para a Rede de Atendimento à
Mulher e 15% para a Delegacia da Mulher. Isto realça a importância do encaminhamento
imediato para o sistema de saúde na prevenção de riscos secundários associados à violência e
na garantia de direitos de saúde abrangentes, incluindo a saúde reprodutiva.
O atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica é uma questão de extrema
importância e sensibilidade para a enfermagem forense. A capacidade de construir elos de
confiança e reconstruir conceitos sobre a violência é fundamental para minimizar os agravos e
transformar a realidade social dessas mulheres. Nesse sentido, a qualidade, humanização,
eficiência e segurança do atendimento de enfermagem são aspectos essenciais a serem
considerados. (FELTRIN B et al., 2019).
Em outros estudos abordava sobre a falta de conhecimento dos enfermeiros e
especialização na área forense, sabe que a identificação e encaminhamento das vítimas é
responsabilidade dos profissionais de saúde. Os principais obstáculos são muitos, mas a falta
de protocolos e regulamentos operacionais que justifiquem a intervenção e, em menor grau, a
falta de conhecimento e formação para abordar as vítimas nos casos de violência doméstica.
(OLIVERIA et al., 2020).
Afirma Silva RX et al., (2022), o profissional de saúde precisa saber a importância do
reconhecimento e preservação de vestígios no paciente, bem como o manejo adequado dos
pertences e roupas da vítima, em referências especializadas em enfermagem forense e prática
forense, é possível fundamentar de forma sólida a relevância desses aspectos para a atuação
profissional e a qualidade da assistência prestada em casos de violência ou crime.
O atendimento da enfermagem forense na coleta e preservação de vestígios periciais
envolve o autorreconhecimento da sua perícia, bem como, o reconhecimento pelos
pares/equipe multiprofissional é alcançado pela prestação de cuidados de excelência;
assistência na atuação do Poder Judiciário e a prestação de consultoria em casos de litígios
relacionados à área forense no âmbito de cuidados em saúde. (SANTOS et al., 2023).
Vale ressaltar que as práticas forenses realizadas por enfermeiros frente ao agravo em
discussão são, acolhimento, estabelecimento de vínculo, exame físico, coleta de sangue,
notificação no Sistema de Informação de Agravo de Notificação, e orientações e apoio à
mulher sobre registro policial, antirretrovirais e uso de preservativos ações primordiais ao
enfrentamento da violência contra mulheres. (ALVES et al., 2023).
A maioria dos setores da saúde carece da educação e formação necessárias em
aspectos relacionados com a violência. Isto significa que os profissionais não possuem as
competências necessárias para facilitar intervenções eficazes. A urgência de uma melhor
formação dos profissionais de saúde, especialmente dos enfermeiros, em referências que
abordam a interface entre violência doméstica e saúde, é possível respaldar a necessidade de
uma atuação mais capacitada e integrada diante desse fenômeno, contribuindo para a
promoção de uma assistência mais eficaz e humanizada às mulheres vítimas de violência.
(FARIA et al., 2022).

6 CONCLUSÃO

Com base na análise dos estudos presentes, fica evidente que há falta de conhecimento
e formação forense para os enfermeiros, principalmente nos cursos de graduação em
enfermagem. O papel dos enfermeiros no atendimento e cuidados às mulheres vítimas de
violência doméstica é crucial, nomeadamente no contexto dos aspectos relacionais que
envolvem competências de comunicação e de apoio. As consequências da violência doméstica
estendem-se para além dos níveis individuais, afetando as relações familiares e sociais,
levando ao isolamento social e ao comprometimento do desempenho profissional.
A falta de conhecimento e integração das ciências forenses é evidente, no atendimento
de enfermagem é essencial para a prestação de cuidados integrais e abordagem dos aspectos
forenses dos cuidados de saúde. Além disso, o estudo enfatiza a importância de incorporar a
análise forense na assistência de enfermagem, proporcionando atendimento integral e de
qualidade e priorizando a segurança e a confiança dos pacientes.
O estudo tem uma abordagem concordante que integre a análise forense nos
atendimentos dos enfermeiros, fornecendo cuidados abrangentes e de qualidade e priorize a
segurança e a confiança dos pacientes, visando, em última análise, com a falta de
conhecimento e formação forense para enfermeiros, particularmente em programas de
graduação em enfermagem, ressalta a necessidade de uma formação mais abrangente,
especializados na enfermagem forense via uma educação melhorada, incluindo o
desenvolvimento e avaliação de currículos educativos, programas de aprendizagem e
iniciativas de formação estruturada.
Portanto, assim então garantir que os profissionais de saúde, principalmente os
enfermeiros, estejam adequadamente preparados para abordar os aspectos forenses nos casos
de violência doméstica e assim assegurar um atendimento holístico e acolhido para a paciente.
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ANEXO

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