O UTUBR O D E 2 0 18

34567

ARTIGOS DE ESTUDO PARA:

3 A 30 DE DEZEMBRO DE 2018
 FOTO DA CAPA: PUBLICADORES
VENEZUELA 149.355
Uma mãe e seus filhos dão uma pequena
ESTUDOS B ÍBLICOS
pausa para tomar um refresco enquanto
pregam em Telares de Palo Grande, 209.866
Caracas.
PESSOAS PRESENTES À
CELEBRAÇ ÃO ( 2017)
478.266

ARTIGOS
________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________

3 1918 — Cem Anos Atrás 22 SEMANA DE 17 A 23 DE DEZEMBRO

Confie que Cristo está nos liderando
________________________________________________________________________________________________________________________________

6 SEMANA DE 3 A 9 DE DEZEMBRO 27 SEMANA DE 24 A 30 DE DEZEMBRO

Não perca a paz interior ao passar
Fale a verdade por mudanças
11 SEMANA DE 10 A 16 DE DEZEMBRO
Mudanças em nossa vida ou na organização podem
Ensine a verdade ser difíceis para nós, humanos imperfeitos. Estes
dois estudos vão nos ajudar a manter a paz interior
Mentir se tornou algo bem comum hoje. Como a
e a confiar em nosso Líder, Cristo, mesmo que nos-
mentira começou? Qual foi a pior mentira que
sa vida mude de uma hora para outra.
alguém já contou? O que temos que fazer para não
sermos enganados? Como mostramos que falamos ________________________________________________________________________________________________________________________________
a verdade uns com os outros? Como o nosso Kit
de Ferramentas de Ensino pode nos ajudar a 32 VOCÊ SABIA?
ensinar a verdade na pregação? Estes artigos vão
falar sobre isso.

________________________________________________________________________________________________________________________________

17 BIOGRAFIA
Jeová abençoou muito a minha
decisão

Esta revista não é vendida.

Ela faz parte de um
34567 ˙
Vol. 139, No. 13 PORTUGUESE (Brazilian Edition)
October 2018

trabalho voluntário para

´ ´
ajudar pessoas no mundo Se não houver nenhuma A Sentinela, n umero 13, outubro de 2018. A Sentinela e publicada
todo a entender a Bíblia. observação, os textos mensalmente pela Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc.,
˜ ´
As despesas desse trabalho bíblicos citados nesta Wallkill, New York, U.S.A., e pela Associaçao Torre de Vigia de Bıblias
´ ˜
são cobertas por donativos. revista são da Tradução e Tratados, Cesario Lange, Sao Paulo, Brasil. 5 2018 Watch Tower Bible
do Novo Mundo da Bíblia
˜ ´
and Tract Society of Pennsylvania e Associaçao Torre de Vigia de Bıblias e
Para fazer um donativo, Sagrada. Tratados. Todos os direitos reservados. Impressa no Brasil.
acesse www.jw.org.
 1918
As primeiras palavras de A Sentinela de 1.° de janei-
ro de 1918, em inglês, diziam: “O que será que 1918
nos reserva?” A Grande Guerra ainda estava em an-
damento na Europa, mas os acontecimentos no iní-
cio de 1918 indicavam coisas boas para os Estudan-
tes da Bíblia e o mundo em geral.
O MUNDO FALA DE PAZ
Em 8 de janeiro de 1918, o presidente Woodrow
Wilson, em seu discurso para o Congresso dos Esta-
dos Unidos, apresentou 14 ideias que ele considera-
va essenciais para a paz. Ele propôs o fim de acordos
secretos entre as nações, a redução de armamentos
e a formação de uma “associação geral das nações”,
que beneficiaria “países grandes e pequenos”. Essas
propostas foram usadas mais tarde para formar a
Liga das Nações e estabelecer o Tratado de Versa-
lhes, que resultou no fim da Grande Guerra.
OS OPOSITORES FORAM DERROTADOS
Apesar das dificuldades do ano anterior,1 os
acontecimentos na reunião anual dos membros da
Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados in-
dicavam que os Estudantes da Bíblia também po-
diam esperar ter mais paz.
Nessa reunião, que aconteceu em 5 de janeiro de
1918, vários homens que tinham sido despedidos de
Betel tentaram assumir o controle da organização.
A reunião começou com uma oração de Richard
Barber, um fiel superintendente de circuito. Depois
de um relatório sobre o trabalho feito no ano an-
terior, a eleição anual dos diretores teve início.
1 Veja “Cem Anos Atrás — 1917”, no Anuário das Testemu-
nhas de Jeová de 2017, pág. 172-176.
CEM ANOS
ATRÁS
Richard indicou Joseph Rutherford e outros seis ir-
mãos. Daí, um advogado que era a favor dos oposi-
tores, indicou sete homens, incluindo os que ti-
nham sido despedidos de Betel. Mas eles perderam.
O irmão Rutherford e os seis irmãos fiéis foram es-
colhidos pela grande maioria para serem diretores.
Muitos irmãos que estavam lá disseram que “nun-
ca tinham assistido a uma reunião tão abençoada”.
Mas a alegria deles durou pouco.
O MISTÉRIO CONSUMADO CAUSA REAÇÕES
Já por meses os Estudantes da Bíblia estavam dis-
tribuindo exemplares de O Mistério Consumado.1
Muitos leitores gostaram das verdades bíblicas que
o livro trazia.
Edward Crist, um superintendente viajante no
Canadá, contou sobre um casal que leu O Mistério
Consumado e aceitou a verdade em apenas cinco se-
manas! Ele disse: “Tanto o marido como a esposa
estão completamente dedicados a Deus e estão
progredindo de modo maravilhoso.”
Outro homem que recebeu o livro contou imedia-
tamente para seus amigos o que tinha aprendido.
Ele disse que tinha sido “atingido” pela mensagem
do livro — literalmente! Ele conta: ‘Eu estava an-
dando pela Terceira Avenida quando senti algo me
atingindo no ombro. Eu achei que era um tijolo,
mas quando olhei era O Mistério Consumado. Levei
o livro para casa e o li do começo ao fim. Depois fi-
quei sabendo que um pastor, num acesso de raiva,
tinha jogado aquele livro pela janela. Eu acredito
que ele conseguiu converter mais pessoas jogando
1 Tttulo original: The Finished Mystery.
3
o livro pela janela do que se estivesse pregando na
igreja. Graças à raiva desse pastor, nós podemos
louvar a Deus.’
Mas não foi só o pastor que ficou com raiva. Au-
toridades no Canadá proibiram a circulação do li-
vro em 12 de fevereiro de 1918. Eles diziam que tre-
chos dele incentivavam a revolta contra o governo
e eram contra a guerra. Pouco depois, autoridades
nos Estados Unidos fizeram o mesmo. Agentes do
governo fizeram buscas no Lar de Betel e nos es-
critórios em Nova York, Pensilvânia e Califórnia.
Eles queriam provas que incriminassem os irmãos
na dianteira da organização. Em 14 de março de
1918, O Mistério Consumado foi censurado pelo De-
partamento de Justiça dos Estados Unidos, pois
ele atrapalhava os esforços de guerra — algo que,
de acordo com a Lei de Espionagem, era um crime.
PRESOS!
Em 7 de maio de 1918, o Departamento de Justi-
ça conseguiu mandados de prisão contra Alexan-
der Macmillan, Clayton Woodworth, Frederick Ro-
bison, George Fisher, Giovanni DeCecca, Joseph
Rutherford, Robert Martin e William Van Am-
burgh. Eles foram acusados de “causar de modo ilí-
cito, criminoso e intencional a insubordinação, a
deslealdade e a recusa de servir no exército ou na
marinha dos Estados Unidos”. O julgamento deles
começou em 5 de junho de 1918, mas tudo indica-
va que eles seriam mesmo condenados. Por quê?
Os irmãos estavam sendo acusados de violar a
Lei de Espionagem, uma lei que o procurador geral
dos Estados Unidos chamou de “arma eficiente
contra a propaganda”. Até havia sido proposta
uma emenda para proteger aqueles que publica-
vam material “verdadeiro, com boas intenções e
por motivos justificáveis”. Mas, em 16 de maio de
1918, o Congresso não aprovou a emenda. O Misté-
rio Consumado foi uma parte importante nesse de-
bate. Nos registros oficiais do Congresso dos Es-
tados Unidos há um trecho que diz: ‘Um dos
exemplos mais perigosos desse tipo de propaganda
é o livro chamado O Mistério Consumado. Ele só ser-
ve para fazer os soldados não acreditarem mais em
nossa causa e para motivar a resistência ao recru-
tamento militar.’
Em 20 de junho de 1918, o júri decidiu que os oito
irmãos eram culpados de todas as acusações. No
dia seguinte, o juiz declarou a sentença: ‘A propa-
ganda religiosa que esses acusados defendem e di-
vulgam com vigor é um perigo maior do que um
agrupamento de soldados alemães. A punição deve
ser severa.’ Duas semanas depois, nossos oito ir-
mãos entraram na penitenciária federal em Atlan-
ta, Geórgia, para cumprir penas que variavam de
dez a vinte anos.
A PREGAÇÃO CONTINUA
Esse período foi bem difícil para os Estudantes da
Bíblia. O Departamento Federal de Investigações
(FBI) investigava cada detalhe das atividades deles
e produziu milhares de documentos. Esses regis-
tros mostram que nossos irmãos estavam decidi-
dos a não parar de pregar.
O chefe dos correios de Orlando, Flórida, escre-
veu para o FBI dizendo: ‘Os Estudantes da Bíblia
estão indo de casa em casa e, na maioria das vezes,
fazem isso à noite. Pelo visto, o único objetivo na
vida deles é incomodar as pessoas.’
Um coronel do Departamento de Guerra também
denunciou para o FBI as atividades de Frederick
Franz, que mais tarde foi membro do Corpo Go-
vernante. O coronel escreveu: ‘Frederick Franz
continua envolvido em vender alguns milhares de
exemplares do Mistério Consumado.’
Charles Fekel, que também foi mais tarde mem-
bro do Corpo Governante, enfrentou muitas difi-
culdades. As autoridades o prenderam por distri-
buir exemplares de O Mistério Consumado e ficaram
monitorando as cartas pessoais que ele rece-
bia. Ele ficou preso por um mês em Baltimore,
Maryland, e foi classificado como “estrangeiro
austríaco inimigo”. Charles passou por vários in-
terrogatórios, mas ele era corajoso e aproveitava
para dar testemunho. Ele tinha em mente as pala-
vras de Paulo em 1 Coríntios 9:16, que diz: “Ai de
mim se eu não declarar as boas novas!”1
Além de continuar pregando com entusiasmo, os
1 Leia a biografia de Charles Fekel, “Alegria pela perseveran-
ça na boa obra”, em A Sentinela de 1.° de setembro de 1969.
Estudantes da Bíblia fizeram o máximo para circu-
lar um abaixo-assinado para libertar Rutherford e
os outros irmãos em Atlanta. Anna Gardner relem-
bra: “Estávamos sempre fazendo alguma coisa.
Quando os irmãos foram para a prisão, nosso pró-
ximo trabalho era conseguir assinaturas. Fomos de
casa em casa e conseguimos milhares! Nós dizía-
mos para as pessoas que aqueles homens eram cris-
tãos de verdade e que estavam na prisão sem
merecer.”
CONGRESSOS
Durante essa época difícil, houve vários congres-
sos para fortalecer a fé dos irmãos. A Sentinela co-
mentou: ‘Mais de 40 congressos foram realizados
durante o ano. Recebemos relatórios animadores
de todos eles. Antes, fazíamos congressos em al-
guns meses do ano, mas agora cada mês do ano
tem o seu congresso.’
Muitas pessoas sinceras ainda estavam aceitando
as boas novas. Em um congresso em Cleveland,
Ohio, umas 1.200 pessoas estiveram presentes e 42
foram batizadas. A Sentinela disse que entre os ba-
tizados havia um menino que dava “tanto valor a
Deus e à dedicação” que deixaria “muitas pessoas
mais velhas com vergonha”.
O QUE VAI ACONTECER?
No fim de 1918, o futuro dos Estudantes da Bí-
blia era nebuloso. Algumas das propriedades em
Brooklyn foram vendidas e a sede foi transferida
para Pittsburgh, Pensilvânia. Enquanto os irmãos
da dianteira estavam na prisão, outra reunião
anual com os membros da Sociedade Torre de Vi-
gia foi marcada para 4 de janeiro de 1919. O que
será que ia acontecer?
Nossos irmãos não pararam com a obra. Eles es-
tavam tão confiantes de que tudo daria certo que
escolheram Isaías 54:17 como texto do ano para
1919: “Nenhuma arma fabricada contra você será
bem-sucedida.” O cenário estava pronto para uma
mudança dramática nas circunstâncias — uma mu-
dança que fortaleceria a fé dos irmãos e que os pre-
pararia para o grande trabalho que teriam pela
frente.
OUTUBRO DE 2018 5
 Fale a verdade
“Falem a verdade uns com os outros.” — ZAC. 8:16.

CÂNTICOS: 56 e 124 O TELEFONE, a lâmpada elétrica, o carro e a geladeira são al-

gumas das invenções que tornaram nossa vida mais fácil. Só
QUAL É A SUA que existem invenções que colocam nossa vida em risco: a pól-
RESPOSTA? vora, as minas terrestres, o cigarro, a bomba atômica — só
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para mencionar algumas. Mas existe uma “invenção” bem mais
O que Satanás usa para velha que essas e que causa muito mais estragos na humanida-
enganar as pessoas hoje? de: a mentira! Uma pessoa mente quando diz algo que sabe que
não é verdade só para enganar alguém. E quem foi que contou
a primeira mentira? O Diabo! Jesus Cristo o chamou de “o pai
da mentira”. (Leia João 8:44.) Quando foi que o Diabo falou
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a primeira mentira?
2 Foi milhares de anos atrás, lá no jardim do Éden. Adão e
Por que as pessoas mentem?
Eva, os primeiros humanos, estavam vivendo tranquilamente
no Paraíso que Jeová tinha criado para eles. Então, o Diabo en-
trou em cena. Ele sabia que Jeová tinha proibido Adão e Eva
de comer da “árvore do conhecimento do que é bom e do que
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é mau” e que eles morreriam se não obedecessem. Mesmo as-
Como podemos mostrar que
sim, Satanás usou uma serpente e contou a Eva a primeira
somos honestos uns com os
mentira de todas: “Vocês certamente não morrerão.” E acres-
outros?
centou: ‘Deus sabe que, no mesmo dia em que comerem do
fruto, seus olhos se abrirão e vocês serão como Deus, sabendo

1, 2. Qual é a “invenção” que mais prejudica a humanidade, e quem a

criou?

6
o que é bom e o que é mau.’ — Gên. 2:15-
17; 3:1-5.
3 A mentira de Satanás foi maldosa. Ele
sabia muito bem que, se Eva acreditasse
nele e comesse o fruto, ela ia morrer. Eva
e depois Adão desobedeceram a Jeová, e
os dois acabaram morrendo. (Gên. 3:6;
5:5) E não só isso. Por causa do pecado
deles, “a morte se espalhou por toda a
humanidade”, mesmo “sobre os que não
haviam cometido pecado semelhante à
transgressão de Adão”. (Rom. 5:12, 14) E
hoje, em vez de termos a vida eterna e
perfeita que Deus queria, chegamos com
muito esforço aos 70 ou 80 anos. E boa
parte desses anos “são repletos de difi-
culdades e tristeza”. (Sal. 90:10) Que trá-
gico! E tudo por causa da mentira de Sa-
tanás.
4 Jesus falou sobre o Diabo: “[Ele] não
permaneceu na verdade, porque nele não
há verdade.” Satanás não mudou. Ele ain-
da “está enganando toda a terra habita-
da” com suas mentiras. (Apo. 12:9) Nós
não queremos cair nas mentiras dele.
Por isso, vamos analisar três pontos: O
que Satanás usa para enganar as pessoas
hoje? Por que as pessoas mentem? Como
mostramos que sempre ‘falamos a verda-
de’? É importante sabermos isso, senão
corremos o risco de perder a amizade de
Jeová, assim como Adão e Eva. — Leia
Salmo 15:1, 2.
COMO SATANÁS ENGANA AS PESSOAS
5 Nós podemos escapar das mentiras de
Satanás. Como o apóstolo Paulo disse,
3. Por que a mentira de Satanás foi maldosa, e
o que aconteceu por causa dela?
4. (a) Que perguntas vamos analisar? (b) De
acordo com o Salmo 15:1, 2, somente quem
pode ser amigo de Jeová?
5. O que Satanás usa para enganar as pes-
soas hoje?
“não desconhecemos as suas intenções”.
(2 Cor. 2:11; nota) Nós sabemos que o
mundo inteiro — o que inclui a religião
falsa, a política corrupta e o comércio ga-
nancioso — é controlado pelo Diabo.
(1 João 5:19) Por isso, não é de admirar
que Satanás e os demônios influenciem
os homens que têm poder a ‘falar menti-
ras’. (1 Tim. 4:1, 2) Muitas vezes, é isso o
que alguns grandes comerciantes fazem.
Eles falam mentiras em suas propagandas
para tirar o dinheiro das pessoas ou con-
vencê-las a comprar produtos que podem
prejudicá-las.
6 Deus considera especialmente culpa-
dos os líderes religiosos que contam men-
tiras. Afinal, se uma pessoa acreditar em
um ensino falso e praticar algo que Deus
na verdade condena, ela pode perder a
chance de viver para sempre. (Ose. 4:9)
Jesus acusou os líderes religiosos de sua
época de enganarem as pessoas. Ele disse
com todas as letras: “Ai de vocês, escribas
e fariseus, hipócritas! Porque percorrem
o mar e a terra para fazer um prosélito e,
quando conseguem, fazem dele merece-
dor da Geena”, ou seja, da destruição
eterna. (Mat. 23:15; nota) Jesus usou pa-
lavras bem fortes para condenar aqueles
líderes religiosos. Eles realmente eram
‘filhos do Diabo, um assassino’. — João
8:44.
7 Hoje também existem muitos líderes
religiosos com vários títulos diferentes.
Mas, assim como aqueles fariseus do pri-
meiro século, eles “suprimem a verdade”
que está na Palavra de Deus e ‘trocam a
verdade de Deus pela mentira’. (Rom.
1:18, 25) Eles promovem ensinos falsos,
como o inferno de fogo, a alma imortal, a
6, 7. (a) Por que para Deus os líderes reli-
giosos que contam mentiras são culpados?
(b) Que mentiras você já ouviu de um líder reli-
gioso?
OUTUBRO DE 2018 7
 reencarnação e até acreditam que Deus
aprova o estilo de vida homossexual e o
casamento gay.
8 Políticos também mentem para enga-
nar a humanidade. Ainda vamos ouvir es-
ses líderes contando a maior mentira
de todas quando disserem que consegui-
ram “paz e segurança”. Mas “então virá
instantaneamente sobre eles a repentina
destruição”. Os políticos vão fazer tudo
para que as pessoas acreditem que este
sistema não está tão ruim assim. Por isso,
temos que ficar atentos para não acredi-
tar neles. Os cristãos “sabem muito bem
que o dia de Jeová vem exatamente como
um ladrão à noite”. — 1 Tes. 5:1-4.
POR QUE AS PESSOAS MENTEM
9 Uma invenção que se torna popular
logo começa a ser produzida em grandes
quantidades. Foi o que aconteceu com
a mentira. Não são apenas os que es-
tão no poder que contam mentiras. Para
boa parte da sociedade, mentir é algo
normal. Certo artigo da revista National
Geographic com o tema “Por que menti-
mos” diz que a mentira já faz parte da na-
tureza humana. As pessoas geralmente
fazem isso para se proteger, talvez para
encobrir um erro, ou para se promover,
tentando ganhar dinheiro ou alguma ou-
tra vantagem. O artigo diz que muitos de
nós, humanos, “em questões importantes
e insignificantes, mentimos com facilida-
de — para estranhos, colegas de trabalho,
amigos e até para aqueles que amamos”.
10 Todas essas mentiras acabam com a
confiança e podem destruir relaciona-
mentos. Por exemplo, imagine como é
8. Que mentira estamos esperando que os po-
líticos contem, mas como deveremos reagir?
9, 10. (a) Por que as pessoas mentem, e o
que isso causa? (b) O que nunca podemos es-
quecer sobre Jeová?
8 A SENTINELA
triste quando uma mulher está traindo
seu marido fiel e conta mentiras para es-
conder o caso. Ou quando um homem
maltrata a esposa e os filhos em casa, mas
na frente dos outros finge ser o chefe de
família perfeito. Essas pessoas podem en-
ganar humanos, mas não podem men-
tir para Jeová. Para ele, “todas as coi-
sas estão nuas e abertamente expostas”.
— Heb. 4:13.
11 Por exemplo, a Bíblia fala que “Sata-
nás levou” Ananias e Safira, um casal
do primeiro século, a mentir para Deus.
Ananias e Safira planejaram enganar os
apóstolos. Eles venderam uma proprieda-
de e levaram apenas parte do dinheiro
da venda para os apóstolos. Mas, para
que toda a congregação achasse que eles
eram generosos, Ananias e Safira disse-
ram que estavam dando todo o dinhei-
ro da venda. Jeová viu que eles esta-
vam mentindo e deu a punição que eles
mereciam. — Atos 5:1-10.
12 O que Jeová acha da mentira? Sata-
nás e todos os que, assim como ele, men-
tem por maldade sem se arrepender, es-
tão condenados ao “lago de fogo”. (Apo.
20:10; 21:8; Sal. 5:6) E por quê? Porque
Jeová coloca esses mentirosos na mesma
categoria de todos ‘aqueles que prati-
cam coisas repugnantes aos seus olhos’.
— Apo. 22:15, nota.
13 Nós sabemos que Jeová “não é um
homem para mentir”. Na verdade, “é im-
possível que Deus minta”. (Núm. 23:19;
Heb. 6:18) Jeová odeia a “língua mentiro-
sa”. (Pro. 6:16, 17) Se queremos ser ami-
11. O que aprendemos com o mau exemplo de
Ananias e Safira? (Veja o desenho no começo
do estudo.)
12. Qual será a condenação dos que mentem
por maldade sem se arrepender, e por quê?
13. O que sabemos sobre Jeová, e isso deve
nos motivar a fazer o quê?
gos de Deus, temos que encarar a menti-
ra assim como ele. É por isso que ‘não
mentimos uns aos outros.’ — Col. 3:9.
“FALEM A VERDADE”
14 Como os verdadeiros cristãos podem
mostrar que são diferentes dos membros
da religião falsa? Nós ‘falamos a verdade’.
(Leia Zacarias 8:16, 17.) Paulo explicou
que um modo de ‘nos recomendarmos
como ministros de Deus’ é por falar “pa-
lavras verdadeiras”. (2 Cor. 6:4, 7) Jesus
falou sobre as pessoas: ‘A boca fala do
que o coração está cheio.’ (Luc. 6:45) Ou
seja, para a boca de uma pessoa falar ape-
nas palavras verdadeiras, a honestidade
tem que estar no coração dela. Em ques-
tões importantes e insignificantes, ela vai
falar a verdade — para estranhos, colegas
de trabalho, amigos e para aqueles que
ama. Veja alguns modos práticos de mos-
trarmos que queremos ser honestos em
tudo.
15 Se você é jovem, é provável que não
14. (a) Como podemos mostrar que somos
diferentes dos membros da religi ão falsa?
(b) Explique o princípio encontrado em Lucas
6:45.
15. (a) Por que não vale a pena viver uma
vida dupla? (b) O que pode ajudar os jovens a
não ser influenciados pelos colegas? (Veja a
nota.)
Consegue ver qual é o problema na vida desta jovem irmã?
(Veja os parágrafos 15 e 16.)
goste de se sentir excluído pelos colegas
de escola. Mas tome cuidado para não
fazer o que alguns estão fazendo. Quan-
do estão com a família ou com a congre-
gação, esses jovens fingem ter uma boa
conduta. Mas, quando estão perto de co-
legas não cristãos ou usando redes so-
ciais, são outra pessoa: falam palavrões,
usam roupas que não são modestas, es-
cutam músicas imorais, bebem e usam
drogas, namoram em segredo e muito
mais. Quem tem uma vida dupla vive
uma mentira, tentando enganar os pais,
a congregação e Jeová. (Sal. 26:4, 5) Só
que Jeová sabe quando estamos ‘hon-
rando a ele com os lábios’ e não com o
coração. (Mar. 7:6) É melhor fazer o que
diz Provérbios 23:17: “Que o seu cora-
ção não inveje os pecadores, mas que
tema a Jeová o dia inteiro.”1
16 Talvez você queira ser pioneiro re-
gular ou entrar em alguma modalidade
do tempo integral especial, como Betel.
Quando for preencher a petição, seja
1 Veja o livro Os Jovens Perguntam, volume 2, ca-
pítulo 15, “Como posso resistir à pressão dos cole-
gas?” e capítulo 16, “Alguém precisa saber que levo
vida dupla?”
16. Como podemos ser honestos ao preen-
cher uma petição para o serviço de tempo in-
tegral?
honesto. Responda com sinceridade to-
das as perguntas relacionadas com sua
saúde, sua escolha de diversão e sua mo-
ral. (Heb. 13:18) Mas e se você fez algo
que Jeová odeia ou que está pesan-
do em sua consciência e você ainda
não falou com os anciãos? Peça a ajuda
deles. Assim, você vai poder servir a
Jeová de consciência limpa. — Rom. 9:1;
Gál. 6:1.
17 E se você vive em um país onde nos-
sa obra é proibida e as autoridades inter-
rogam você para conseguir informações
sobre os irmãos? Será que você deve falar
tudo o que sabe? Lembre-se do que Jesus
fez quando foi interrogado pelo governa-
dor romano. Ele seguiu o princípio de que
‘há tempo para ficar calado e tempo para
falar’ e em alguns momentos não disse
absolutamente nada! (Ecl. 3:1, 7; Mat.
27:11-14) Em situações assim, manter a
discrição é sempre o melhor a fazer. Afi-
nal, não queremos colocar nossos irmãos
em perigo. — Pro. 10:19; 11:12.
18 E se você ficar sabendo que um ir-
17. O que devemos fazer se formos interroga-
dos para dar informações sobre os irmãos?
18. O que devemos fazer se os anciãos nos
perguntarem o que sabemos sobre algum ir-
mão?
Em que situações você deve ficar calado ou falar toda a verdade?
(Veja os parágrafos 17 e 18.)
mão da congregação cometeu um peca-
do grave? Os anciãos têm a responsabili-
dade de manter a congregação pura. En-
tão, pode ser que eles perguntem o que
você sabe do assunto. O que você vai fa-
zer, principalmente se a pessoa que pe-
cou é um amigo achegado ou um paren-
te seu? A Bíblia diz: “A testemunha fiel
fala a verdade.” (Pro. 12:17; 21:28) Por
isso, é sua responsabilidade contar toda
a verdade aos anciãos, e não só parte
dela. Não distorça as informações. Os
anciãos têm direito de saber todos os fa-
tos. Só assim poderão encontrar o me-
lhor jeito de ajudar a pessoa que errou
a restabelecer a amizade com Jeová.
— Tia. 5:14, 15.
19 Davi orou: “Sei que sentes prazer
quando há verdade no coração da pes-
soa.” (Sal. 51:6) Davi sabia que a hones-
tidade é algo que vem de dentro, vem do
coração. Por isso, os cristãos devem ‘fa-
lar a verdade uns com os outros’ em todas
as situações. Outro modo de mostrarmos
que somos diferentes da religião falsa é
ensinando as verdades que estão na Bí-
blia. No próximo estudo, vamos ver como
fazer isso na pregação.
19. O que vamos ver no próximo estudo?
Ensine a verdade
‘Ó Jeová, a verdade é a própria essência da tua palavra.’
— SAL. 119:159, 160.

JESUS CRISTO foi um carpinteiro e um instrutor. (Mar. 6:3; CÂNTICOS: 29 e 53

João 13:13) E nas duas funções ele era perfeito. Como carpin-
teiro, ele aprendeu a usar as ferramentas e a transformar ma- QUAL É A SUA
deira em produtos úteis. Como instrutor das boas novas, Je- RESPOSTA?
sus usava todo o seu conhecimento das Escrituras para ajudar ________________________________________________________________________________________________________________________________

pessoas simples a entender a Palavra de Deus. (Mat. 7:28;

Qual deve ser o foco de
Luc. 24:32, 45) Quando tinha 30 anos, Jesus deixou de lado nossa pregação?
as ferramentas de carpinteiro e se dedicou a ensinar. Afinal,
ele sabia que esse trabalho era o mais importante. Como ele
mesmo disse, declarar as boas novas do Reino foi um dos mo-
tivos de Deus enviá-lo para a Terra. (Mat. 20:28; Luc. 3:23; ________________________________________________________________________________________________________________________________

4:43) Por isso, Jesus fez da pregação a coisa mais im- Por que a organização
portante da vida, e queria que outros fizessem o mesmo. criou o Kit de Ferramentas
— Mat. 9:35-38. de Ensino?
2 Talvez você não seja carpinteiro, mas com certeza é instru-

tor das boas novas. Esse trabalho é tão importante que o

próprio Jeová participa nele. Nós somos “colaboradores de
Deus”. (1 Cor. 3:9; 2 Cor. 6:4) Sabemos que ‘a verdade é a pró- ________________________________________________________________________________________________________________________________

pria essência da palavra de Deus’. (Sal. 119:159, 160) Por isso, Qual das ferramentas você
queremos ‘manejar corretamente a palavra da verdade’ quan- quer aprender a usar melhor?
do participamos na pregação. (Leia 2 Timóteo 2:15.) Temos

1, 2. (a) Jesus se dedicou a qual trabalho, e por quê? (b) Que ferra-
mentas os “colaboradores de Deus” têm que saber usar?

11
 que sempre melhorar nossa habilidade de
usar a Bíblia, porque ela é a ferramenta
principal para ensinar as pessoas sobre
Jeová, Jesus e o Reino. Mas a organiza-
ção de Jeová nos dá outras ferramentas
básicas para a pregação, e também temos
que saber usá-las. Elas fazem parte do
nosso Kit de Ferramentas de Ensino.
3 Notou que o kit é de ferramentas de
ensino, e não de ferramentas de pre-
gação? “Pregar” significa declarar uma
mensagem. Mas “ensinar” é mais que
isso: é fazer a mensagem chegar no cora-
ção e na mente de uma pessoa e motivá-
la a agir com base no que ela aprende. Du-
rante o pouco tempo que temos para
pregar, nosso foco deve ser abrir estudos
bíblicos e ensinar a verdade. Isso quer di-
zer que precisamos fazer o máximo para
achar os ‘que têm a disposição correta
para com a vida eterna’ e ajudá-los a co-
meçar a servir a Jeová. — Leia Atos
13:44-48.
4 Só há um jeito de encontrar os ‘que
têm a disposição correta para com a vida
eterna’: pregando. Era isso o que os cris-
tãos no primeiro século faziam. Jesus
disse a eles: “Em qualquer cidade ou al-
deia em que entrarem, procurem nela
quem é merecedor.” (Mat. 10:11) Não es-
peramos que pessoas orgulhosas e que
não querem aprender sobre Deus aceitem
as boas novas. Mas precisamos encontrar
os honestos e humildes que têm fome da
verdade. Podemos comparar essa procu-
ra com o que Jesus fazia quando era car-
pinteiro. Para fabricar móveis, portas,
jugos e outras coisas, ele tinha que procu-
rar a madeira certa. Depois de encontrar,
3. (a) Qual deve ser o nosso foco na prega-
ção? (b) De acordo com Atos 13:48, devemos
procurar por quem?
4. Como podemos encontrar os ‘que têm a
disposição correta para com a vida eterna’?
12 A SENTINELA
ele usava suas ferramentas e habilidades
para fazer o objeto. Do mesmo modo,
se queremos ajudar as pessoas sinceras
a se tornar discípulos, temos que usar
nossas ferramentas e nossas habilidades.
— Mat. 28:19, 20.
5 Em um kit de ferramentas, cada uma
tem um uso específico. Por exemplo, pen-
se naquelas que Jesus talvez usasse.1 Ele
precisava de ferramentas diferentes para
medir, marcar, cortar, furar e modelar a
madeira, bem como para nivelar e juntar
as peças. Do mesmo modo, cada ferra-
menta do Kit de Ensino tem um uso espe-
cífico, e precisamos saber qual é. Então,
vamos conhecer melhor as ferramentas
de nosso kit.
FERRAMENTAS PARA NOS APRESENTAR
6 Cartões de visita. Embora sejam pe-
quenos, eles são ótimos para que as pes-
soas nos conheçam e para direcioná-las
ao jw.org. Se a pessoa entrar no nosso
site, ela vai poder saber mais sobre nós ou
até pedir um estudo da Bíblia. Até agora,
mais de 400 mil pedidos de estudos bíbli-
cos já foram feitos pelo site, e cente-
nas chegam todo dia! Leve sempre com
você alguns cartões de visita. Daí, se sur-
gir uma oportunidade, você pode usá-los
para dar testemunho.
7 Convites. O que nós chamamos de
“convite das reuniões” tem na verdade
dois objetivos. Ele diz: “Você está convi-
dado a estudar a Bíblia com as Testemu-
1 Veja o artigo “O carpinteiro” e o quadro “A cai-
xa de ferramentas do carpinteiro”, em A Sentinela
de 1.° de agosto de 2010.
5. O que precisamos saber sobre as ferramen-
tas de nosso Kit de Ensino? Dê um exemplo.
(Veja as fotos no começo do estudo.)
6, 7. (a) Como você está usando os cartões
de visita? (b) Quais são os dois objetivos do
convite para as reuniões?
nhas de Jeová”. Daí, ele diz que a pessoa
pode fazer isso “em nossas reuniões pú-
blicas” ou “com um instrutor particular”.
Assim, além de nos apresentar, essa fer-
ramenta convida os que têm “necessida-
de espiritual” a pedir um estudo da Bíblia.
(Mat. 5:3) É claro que todos são bem-
vindos para assistir às nossas reuniões,
mesmo que não queiram um estudo. Mas,
se eles assistirem a uma reunião, vão per-
ceber que podem aprender bastante da
Bíblia com a gente.
8 Continue convidando as pessoas
para nossas reuniões. Se elas assistirem
a pelo menos uma reunião, vão notar cla-
ramente a diferença entre as Testemu-
nhas de Jeová e as religiões falsas de Ba-
bilônia, a Grande. (Isa. 65:13) Foi o que
aconteceu com Ray e Linda, um casal
dos Estados Unidos. Eles acreditavam
em Deus e queriam saber mais sobre ele.
Por isso, decidiram que deviam perten-
cer a uma igreja. Só que o casal decidiu
que só ia frequentar a igreja que cum-
prisse dois requisitos. Primeiro: eles te-
riam que aprender alguma coisa nova
durante a visita à igreja. Segundo: os
membros da igreja teriam que se vestir
bem, como um servo de Deus se vestiria.
Mas a cidade deles estava cheia de igre-
jas diferentes. Então, começaram a ir de
uma em uma. Depois de vários anos e de
terem passado por cada uma das igrejas
da cidade, Ray e Linda se sentiam frus-
trados. Até então, não tinham aprendi-
do nada novo e os membros da igreja que
eles visitaram se vestiam de todo jeito,
menos como servos de Deus. Um dia, de-
pois de saírem da última igreja da lista
deles, Linda foi para o trabalho e Ray foi
para casa. No caminho, ele passou de
8. Por que é importante que as pessoas assis-
tam a pelo menos uma reunião? Dê um exem-
plo.
carro em frente a um Salão do Reino e
pensou: ‘Vou entrar para ver como esse
pessoal é.’ Nem precisamos dizer que foi
a melhor experiência de todas! Todo
mundo no salão foi amigável e amoroso,
e todos se vestiam muito bem. Ray sen-
tou na primeira fileira e gostou muito
de tudo o que aprendeu. Foi igual ao
que o apóstolo Paulo falou sobre a pes-
soa que vai pela primeira vez a uma
reunião. A pessoa fica impressionada e
diz: “Deus está realmente entre vocês.”
(1 Cor. 14:23-25) Ray começou a ir às
reuniões todo domingo. Depois, nas reu-
niões de meio de semana. Linda também
começou a assistir às reuniões. Embora
os dois já tivessem mais de 70 anos, eles
aceitaram um estudo e foram batizados.
FERRAMENTAS PARA INICIAR
CONVERSAS
9 Folhetos. Temos oito folhetos que
são ótimos para iniciar conversas e são
bem fáceis de usar. Desde 2013, quando
os primeiros desses novos folhetos foram
lançados, já imprimimos mais de 5 bi-
lhões deles. E essas ferramentas são mui-
to práticas, porque elas têm a mesma
estrutura. Se você aprende a usar um fo-
lheto, consegue usar todos os oito. Como
você pode usar um folheto para iniciar
uma conversa?
10 Imagine que você vai usar o folheto
O Que É o Reino de Deus?. Mostre para a
pessoa a pergunta na frente e diga: “Já se
perguntou o que é o Reino de Deus? Você
acha que é . . . ?” Então, pergunte qual das
três opções a pessoa escolheria. Sem di-
zer se ela está certa ou errada, abra
o folheto e mostre a seção “O que a
Bíblia diz”. Leia Daniel 2:44 e Isaías 9:6.
9, 10. (a) Por que os folhetos são fáceis de
usar? (b) Explique como usar o folheto O Que
É o Reino de Deus?.
OUTUBRO DE 2018 13
 Se possível, continue a conversa. Por fim,
mostre a pergunta que está na última pá-
gina do folheto, no subtítulo “Pare e pen-
se”: “Como será a vida sob o domínio do
Reino de Deus?”Agora você já tem um as-
sunto para conversar na revisita. Quando
voltar, você pode mostrar a lição 7 da bro-
chura Boas Notícias de Deus para Você!, que
é uma de nossas ferramentas para iniciar
estudos bíblicos.
FERRAMENTAS QUE
DESPERTAM O INTERESSE
11 Revistas. A Sentinela e Despertai! são
as revistas mais traduzidas e impressas do
mundo! Já que elas são lidas por pessoas
de muitos países, os assuntos de capa são
escolhidos para chamar a atenção de to-
dos. As revistas servem para despertar o
interesse da pessoa para assuntos real-
mente importantes. Mas, para que essas
revistas cheguem nas mãos certas, preci-
samos saber quem é o público certo de
cada uma delas.
12 Despertai! é para leitores que sabem
bem pouco ou nada da Bíblia. Eles talvez
não conheçam os ensinos cristãos, não
confiam muito em religiões ou nem ima-
ginam que a Bíblia pode ser prática para
o dia a dia. Um dos objetivos principais
da Despertai! é convencer o leitor de que
Deus existe. (Rom. 1:20; Heb. 11:6) Ela
também ajuda o leitor a ter fé de que a Bí-
blia ‘realmente é a palavra de Deus’.
(1 Tes. 2:13) Os três assuntos de capa
para 2018 foram: “O caminho para a feli-
cidade”, “12 segredos para uma família
ser feliz” e “Como lidar com a dor da
morte”.
11. Qual é o objetivo das nossas revistas, e o
que precisamos saber sobre cada uma delas?
12. (a) Para quem a Despertai! é escrita, e
quais são os objetivos dela? (b) Que bons re-
sultados você já teve com essa ferramenta?
14 A SENTINELA
13 A Sentinela, edição para o público, é
para aqueles que já têm algum respeito
por Deus e sua Palavra. É para leitores
que, embora conheçam um pouco da Bí-
blia, ainda não entendem corretamente o
que ela ensina. (Rom. 10:2; 1 Tim. 2:3, 4)
Os três assuntos de capa para 2018 res-
ponderam às perguntas: “Será que a Bí-
blia ainda é útil?”, “É possível saber o fu-
turo?” e “Será que Deus se importa com
você?”.
FERRAMENTAS PARA MOTIVAR
14 Vídeos. Na época de Jesus, um car-
pinteiro só tinha ferramentas manuais.
Mas hoje há muitas ferramentas elétricas,
como serras, furadeiras, lixadeiras, para-
fusadeiras e outras. Do mesmo modo,
nosso kit não tem apenas publicações im-
pressas. Ele tem também quatro belos ví-
deos: Por Que Estudar a Bíblia?, Como É
um Estudo Bíblico?, O Que Acontece em
um Salão do Reino? e Quem São as Teste-
munhas de Jeová?. Os vídeos que duram
menos de dois minutos são ótimos para
mostrar na primeira visita. Já os mais
longos podem ser mostrados em revisitas
ou para aqueles que têm mais tempo. Es-
ses vídeos podem motivar uma pessoa a
estudar a Bíblia e assistir às nossas reu-
niões.
15 Como exemplo, veja o que aconteceu
com uma mulher que veio da Micronésia.
O idioma natal dela é o yapês. Um dia,
uma irmã mostrou para ela o vídeo Por
13. (a) Para quem A Sentinela, edição de pú-
blico, é escrita? (b) Que bons resultados você
teve recentemente com essa ferramenta?
14. (a) Qual é o objetivo dos quatro vídeos de
nosso Kit de Ferramentas de Ensino? (b) Que
bons resultados você já teve com esses ví-
deos?
15. Dê um exemplo de como assistir a um ví-
deo no próprio idioma pode motivar uma pes-
soa.
Que Estudar a Bíblia? em yapês. Quando o
vídeo começou, a mulher disse: “Esse é o
meu idioma. Não acredito! E, pelo sota-
que, ele é da minha ilha! Ele fala o meu
idioma!” Depois disso, a mulher disse que
ia ler e ver tudo o que tem em yapês no
jw.org. (Veja também Atos 2:8, 11.) Pen-
se neste outro caso que aconteceu nos
Estados Unidos. Uma irmã mandou um
link do vídeo Por Que Estudar a Bíblia?
para seu sobrinho, que mora em outro
continente. Ele assistiu ao vídeo e man-
dou para a tia um e-mail dizendo: “Aque-
la parte que fala de uma força maligna
controlando o mundo me chamou a aten-
ção. Eu pedi no site um estudo da Bíblia.”
O interessante é que esse sobrinho mora
em um país onde nossa obra está restrita!
FERRAMENTAS PARA
ENSINAR A VERDADE
16 Brochuras. Como ensinar a verdade
para alguém que não lê bem ou que fale
um idioma no qual não existem publi-
cações bíblicas? Temos uma ferramenta
para isso: a brochura Escute a Deus e Viva
para Sempre.1 Outra ferramenta excelen-
te para abrir estudos é a brochura Boas
Notícias de Deus para Você!. Mostre para
a pessoa os 14 assuntos na última página
e peça para ela escolher o mais interes-
sante. Daí, comece o estudo naquela li-
ção. Já tentou fazer isso nas suas revisi-
tas? A terceira brochura de nosso kit é
Quem Está Fazendo a Vontade de Jeová
Hoje?. O objetivo dela é explicar para os
estudantes como a organização de Jeová
funciona. Para saber como usá-la duran-
1 Se a pessoa não sabe ler, peça para ela acom-
panhar o estudo na brochura Escute a Deus, que
tem mais imagens do que textos.
16. Explique para que serve cada brochura:
(a) Escute e Viva. (b) Boas Notícias. (c) Von-
tade de Jeová.
te o estudo, veja a Apostila da Reunião Vida
e Ministério de março de 2017.
17 Livros. Depois de começar o estudo
bíblico em uma brochura, você pode de-
cidir o melhor momento de passar para o
livro Você Pode Entender a Bíblia!. Essa
ferramenta foi preparada para ajudar a
pessoa a entender melhor os ensinos bá-
sicos da Bíblia. Se o estudante terminar o
livro e estiver fazendo progresso, conti-
nue o estudo no livro Continue a Amar a
Deus. Ele ensina como pôr em prática na
vida os princípios bíblicos. Lembre-se
que, mesmo se o estudante se batizar, ele
precisa continuar o estudo até terminar
os dois livros. Isso vai ajudá-lo a ter
uma base espiritual bem sólida. — Leia
Colossenses 2:6, 7.
18 Nós, Testemunhas de Jeová, temos a
responsabilidade de ensinar às pessoas “a
mensagem da verdade, as boas novas”. Só
assim elas terão a chance de ter vida eter-
na. (Col. 1:5; leia 1 Timóteo 4:16.) Por
isso, a organização nos deu o Kit de Fer-
ramentas de Ensino, que tem tudo o que
precisamos. (Veja o quadro “Kit de Ferra-
mentas de Ensino”.) Use essas ferramen-
tas o melhor que puder. Cada publicador
pode decidir qual publicação do kit quer
oferecer e quando oferecer. Mas nosso
objetivo não é só distribuir publicações.
Também não queremos deixar publica-
ções com pessoas que não têm interes-
se. Nosso alvo é fazer discípulos entre
aqueles que têm “a disposição correta
para com a vida eterna” — os honestos
e humildes que têm fome da verdade.
— Atos 13:48; Mat. 28:19, 20.
17. (a) Qual é o objetivo específico de cada li-
vro de estudo? (b) O que todos aqueles que se
batizam precisam fazer, e por quê?
18. (a) O que 1 Timóteo 4:16 nos incentiva a
fazer, e qual vai ser o resultado? (b) Qual deve
ser nosso objetivo ao usar o Kit de Ferramen-
tas de Ensino?
OUTUBRO DE 2018 15
 KIT DE FERRAMENTAS DE ENSINO

CARTÕES DE VISITA E CONVITES FOLHETOS

ˆ ˆ
ˆ ´ O que voce´ O que voce Qual o segredo Quem controla
Voce esta acha da Bıblia? espera do para´ ter uma o mundo?
convidado ´
futuro? famılia feliz?
A ESTUDAR A BIBLIA COM

s
´
´ AS TESTEMUNHAS DE JEOVA
Testemunhas de Jeova

s ˆ ˆ
“Felizes os que tem consciencia de
sua necessidade espiritual.”— MATEUS 5:3

˜ ´
Na sua opiniao, ela e . . .
´
˙ um livro de ideias humanas? Sera que o mundo vai . . . ˆ ´ ˜ ´
Voce acha que e . . . Na sua opiniao e . . .
˙ um livro de mitos e lendas? ˙ ficar do mesmo jeito?
˙ amor? ˙ Deus?

REVISTAS ˙ a Palavra de Deus? ˙ piorar?

˙ melhorar?
˙ dinheiro?
˙ outra coisa?
˙ o homem?
˙ nenhum dos dois?

N.° 1 2018

!"#2 ´ ´
34567
N . ° 1 20 18 O sofrimento Sera que os O que e o Onde encontrar
vai acabar mortos podem Reino de Deus? as respostas mais
algum dia? voltar a viver? importantes da vida?

O CAMINHO
PARA A
FELICIDADE
ˆ ˆ ´
Voce diria . . . ˆ Voce acha que e . . .
Voce diria . . . ´ ˜ ´ ´
´ ´ ˙ sim?
˙ sim?
˙ algo que esta no coraçao? Sera que podemos encontra-las . . .
ˆ
Sera que a Bıblia ˜
˙ nao? ˜
˙ nao?
´
˙ algo simbolico? ˙ na ciencia?

´ ´ ˙ talvez?
˙ talvez?
˙ um governo no ceu?
´ ˙ na filosofia?

ainda e util? ´
˙ na Bıblia?

VÍDEOS

w w w w

BROCHURAS E LIVROS

´
´
QUEM ESTA FAZENDO A
VONTADE DE JEOVA ˆ
HOJE? Voce Pode Continue a
´
Amar a Deus
Escute a Deus Entender a Bıblia!
Viva para Sempre
e

´
BOAS NOTICIASˆ
DE DEUS PARA VOCE!
 BIOGRAFIA

Jeová abençoou muito

a minha decisão
NARRADA POR CHARLES MOLOHAN

Era 1939. Levantamos no meio da noite, entramos no carro e viajamos

por mais de uma hora até chegar em Joplin, uma cidadezinha em Missouri,
EUA. Quando colocamos os folhetos embaixo da porta das últimas casas
do território, já estava amanhecendo. Assim que terminamos, entramos
no carro e fomos esperar pelos outros grupos de carros em um lugar
combinado. Mas por que tínhamos que pregar de madrugada e ir embora
do território tão rápido? Eu conto daqui a pouco.

EU SOU muito grato por ter nascido em um lar
cristão. Quando eu nasci em 1934, já fazia vinte
anos que meus pais, Fred e Edna Molohan, eram
zelosos Estudantes da Bíblia (Testemunhas de
Jeová). Nós morávamos em Parsons, uma pe-
quena cidade no Kansas, e quase toda nossa
congregação era formada de irmãos ungidos.
Nossa família não perdia as reuniões, e gostáva-
mos de pregar as boas novas a outros. As tardes
de sábado eram dedicadas para o trabalho de
rua, que é como o testemunho público se cha-
mava naquela época. Às vezes era um pouco
cansativo, mas meu pai sempre nos levava para
tomar um sorvete depois do campo.
Nossa congregação era pequena, mas tinha
um território bem grande que incluía várias ci-
dades vizinhas e muitas fazendas. Quando visi-
távamos as fazendas, era comum os moradores
trocarem publicações por vegetais, por ovos
frescos (retirados do ninho na hora) ou até mes-
mo por galinhas vivas. Meu pai já tinha contri-
buído pelas publicações com antecedência. En-
tão, toda essa comida ajudava na alimentação
de nossa família.
CAMPANHAS DE PREGAÇÃO
Meus pais conseguiram um fonógrafo para
usar na pregação. Eu ainda era muito pequeno
para mexer nele, mas gostava de ajudar meu pai
e minha mãe quando eles tocavam as gravações
dos sermões do irmão Rutherford nas revisitas e
estudos bíblicos.
Meu pai transformou nosso Ford 1936 em um
carro de som, aquele veículo que tinha um gran-
de autofalante no teto. Ele era bem eficiente
para espalhar a mensagem do Reino. Primeiro,
nós geralmente tocávamos uma música para
chamar a atenção das pessoas. Depois, colocá-
vamos um sermão bíblico. Quando a gravação
terminava, oferecíamos publicações para as pes-
soas interessadas.

OUTUBRO DE 2018 17
Com meu pai e minha mãe em frente Eu e outros irmãos
ao nosso carro de som nos preparando para uma
transmissão da WBBR
Em Cherryvale, uma cidade pequena do
Kansas, meu pai parou o carro de som dentro do
parque da cidade, onde muitas pessoas iam aos
domingos para relaxar. Mas a polícia veio e dis-
se que ele só poderia usar o carro do lado de
fora. Sem reclamar, meu pai levou o carro de
som para a rua que ficava em frente ao parque.
Assim, as pessoas lá dentro conseguiriam ouvir
as gravações. Era muito emocionante estar com
meu pai e com Jerry, meu irmão mais velho, nes-
sas ocasiões.
No final da década de 1930, nós fazíamos
campanhas especiais de pregação em territórios
onde havia muita oposição. Nós acordávamos
de madrugada (como fizemos em Joplin, Mis-
souri) e íamos bem quietinhos colocar folhe-
tos ou livretos debaixo das portas das casas. De-
pois, nos encontrávamos fora da cidade para
conferir se ninguém tinha sido pego pela polícia.
Uma forma de testemunho emocionante na-
quela época eram as marchas informativas. Nós
vestíamos cartazes e ficávamos marchando em
fila por toda a cidade anunciando o Reino. Eu
lembro de uma dessas marchas em que os ir-
mãos usavam um cartaz que dizia “A Religião É
Laço e Extorsão”. Eles andaram por mais de
1,5 km na cidade e depois voltaram para nossa
casa. Felizmente, ninguém se opôs à marcha,
mas ela chamou a atenção de muita gente inte-
ressada.
18 A SENTINELA
Nós distribuíamos no campo folhetos
sobre a WBBR para despertar o
interesse das pessoas
MEUS PRIMEIROS CONGRESSOS
Nossa família muitas vezes viajava do Kansas
para o Texas para assistir aos congressos. Meu
pai trabalhava para uma companhia de trem.
Por isso, conseguíamos viajar de graça para visi-
tar os parentes e assistir aos congressos com
eles. O irmão mais velho de minha mãe, Fred
Wismar, e sua esposa, Eulalie, moravam em
Temple, Texas. O tio Fred aprendeu a verdade lá
no começo dos anos 1900, quando ainda era jo-
vem. Ele se batizou e pregou para todos os seus
irmãos, incluindo minha mãe. Ele era bem co-
nhecido pelos irmãos da região central do Texas,
porque serviu lá como superintendente de cir-
cuito (que na época se chamava servo de zona).
O tio Fred era um homem bondoso, feliz e diver-
tido. Ele amava a verdade, e foi uma influência
muito positiva para mim quando eu era jovem.
Em 1941, nossa família viajou de trem para
Saint Louis, uma cidade em Missouri, para assis-
tir a um grande congresso. Todos os jovens fo-
ram convidados para sentar juntos em uma área
reservada perto do palco. Eram mais de 15 mil
jovens! Daí, o irmão Rutherford fez o discurso
“Filhos do Rei”. No final do discurso, os jovens
ganharam um presente: o novo livro Filhos.
O próprio Rutherford e outros irmãos deram
um exemplar para cada um de nós.
Em abril de 1943, assistimos à Assembleia
“Chamada à Ação”, na cidade de Coffeyville,
Kansas. Nessa assembleia, anunciaram o começo
da Escola do Ministério Teocrático. Também foi
lançado um livreto com 52 lições que seriam es-
tudadas nessa escola. Naquele mesmo ano eu fiz
meu primeiro discurso de estudante. Aquela as-
sembleia também foi especial para mim porque
eu e mais dois publicadores fomos batizados em
uma lagoa bem gelada em uma fazenda ali perto.
A CARREIRA QUE EU QUERIA: BETEL
Terminei os estudos em 1951 e tive que pensar
bem no que ia fazer com a minha vida. O que eu
mais queria era servir em Betel, onde Jerry já ti-
nha servido antes. Então, logo enviei minha pe-
tição para o escritório em Brooklyn. Essa deci-
são foi muito boa para mim porque me ajudou a
crescer em sentido espiritual. Em pouco tempo,
minha petição foi aprovada e comecei a traba-
lhar em Betel em 10 de março de 1952.
Eu queria trabalhar na gráfica e participar na
produção de revistas e publicações. Só que eu
fui designado para trabalhar no refeitório, ser-
vindo as refeições, e mais tarde na cozinha. Aca-
bei nunca tendo a chance de trabalhar na gráfi-
ca. Mas gostei muito do meu trabalho e aprendi
muita coisa. E, como a equipe da cozinha traba-
lhava em turnos, eu sempre tinha um horário
tranquilo para fazer meu estudo pessoal na
enorme biblioteca de Betel. Isso me ajudou a
crescer espiritualmente e deixou minha fé mais
forte. Também fortaleceu minha decisão de ser-
vir em Betel até quando fosse possível. Jerry ti-
nha saído de Betel em 1949 e se casou com Pa-
tricia, mas eles moravam ali perto em Brooklyn.
Eles sempre me ajudavam e me deram força nos
meus primeiros anos em Betel.
Pouco depois de chegar em Betel, houve al-
guns testes para aumentar a lista de oradores de
Betel. Esses oradores eram designados para visi-
tar congregações que ficavam num raio de uns
320 quilômetros de Brooklyn. Eles faziam um
discurso público e trabalhavam no campo com a
congregação. Eu tive o privilégio de entrar nes-
sa lista. Eu estava bem nervoso quando fiz meu
primeiro discurso, que na época durava uma
hora. Eu geralmente ia até as congregações de
trem. Lembro muito bem de uma tarde de do-
mingo no inverno de 1954. Peguei um trem que
me levaria de volta para Nova York. Pelos meus
cálculos, eu estaria de volta em Betel no come-
ço da noite. Só que começou uma tempestade
de vento e neve bem forte e todo o sistema elé-
trico do trem parou. Ele só conseguiu chegar em
Nova York às 5 da manhã da segunda-feira.
Desci do trem, corri para pegar o metrô até
Brooklyn e fui direto trabalhar na cozinha. Es-
tava um pouco atrasado e muito cansado por-
que não tinha dormido nada à noite. Mas servir
às congregações e conhecer tantos novos ir-
mãos fazia qualquer sacrifício valer a pena.
Nos meus primeiros anos em Betel, fui convi-
dado para participar das transmissões de rádio
da WBBR. Os estúdios ficavam no segundo an-
dar do prédio número 124 da Columbia Heights.
Um dos programas da rádio era uma sessão de
estudo bíblico, que era transmitida toda sema-
na. Eu fazia o papel de um dos participantes.
O irmão Alexander Macmillan, um membro ve-
terano da família de Betel, também participava
desses programas na rádio. Ele era carinhosa-
mente chamado de irmão Mac, e foi um excelen-
te exemplo de perseverança para nós, os mem-
bros mais jovens da família de Betel.
Em 1958, fui convidado para trabalhar com
alguns assuntos relacionados à Escola de Gilea-
de. Eu tinha que ajudar os alunos a conseguir os
vistos e as passagens para chegarem em suas
designações. Naquela época, passagens aéreas
eram muito caras. Só alguns poucos alunos iam
de avião. A maioria dos que iam para a África ou
para o Extremo Oriente viajavam em navios de
carga. Quando os voos comerciais de passagei-
ros começaram, as passagens caíram bastante
de preço, e logo a maioria dos missionários ia de
avião para suas designações.
OUTUBRO DE 2018 19
Indo para o congresso de 1969 “Paz na Terra”
com meu irmão Jerry e a esposa dele, Patricia
VIAGENS PARA CONGRESSOS
Em 1960, meu trabalho envolveu fretar voos
entre os Estados Unidos e a Europa para os
congressos internacionais de 1961. Eu aprovei-
tei um desses voos e assisti ao congresso em
Hamburgo, Alemanha. Depois do congresso, eu
e mais três betelitas alugamos um carro e viaja-
mos da Alemanha para a Itália, e visitamos a
sede em Roma. Saindo de lá, fomos para a Fran-
ça, cruzamos os montes Pireneus e entramos na
Espanha. Na época, as Testemunhas de Jeová
estavam proscritas na Espanha. Nós nos encon-
tramos com uns irmãos em Barcelona e demos a
eles várias publicações embrulhadas em papel
de presente para disfarçá-las. Foi muito emocio-
nante! De lá, fomos para Amsterdã e pegamos o
voo de volta para Nova York.
Em 1962, fui designado para cuidar das via-
gens dos irmãos que iam assistir a uma série es-
pecial de congressos internacionais que passaria
por vários países. Era a Assembleia “Boas Novas
Eternas”, de 1963. Foram escolhidos 583 con-
gressistas que assistiriam ao congresso na Euro-
pa, na Ásia e no Pacífico Sul, terminando o
trajeto em Honolulu, Havaí, e em Pasadena, Ca-
lifórnia. Essa viagem incluía paradas no Líbano
e no Jordão, onde haveria visitas educativas nas
terras bíblicas. Além de cuidar dos voos e das
hospedagens em hotéis, nosso departamento
em Betel conseguiu todos os vistos dos países
por onde os congressistas iam passar.
20 A SENTINELA
Preparando os diplomas de Gileade
antes da formatura
UMA COMPANHEIRA DE VIAGENS
O ano de 1963 foi importante para mim por
outro excelente motivo. Em 29 de junho, me ca-
sei com Lila Rogers. Ela é de Missouri e já era be-
telita fazia três anos. Uma semana depois do ca-
samento, Lila e eu nos juntamos ao grupo de
congressistas que fariam a viagem pelos vários
países. Passamos pela Grécia, pelo Egito e pelo
Líbano. Pegamos um voo curto em Beirute e
descemos no pequeno aeroporto da Jordânia.
Nossa obra lá estava restrita, e disseram para
nós que as Testemunhas de Jeová não iam rece-
ber vistos para entrar. Mas, para nossa surpre-
sa, vimos um grupo de irmãos no terminal do
aeroporto segurando uma faixa dizendo: “Bem-
vindas, Testemunhas de Jeová”! Foi muito em-
polgante ver de perto as terras mencionadas na
Bíblia. Passamos por onde os patriarcas vive-
ram, por onde Jesus e os apóstolos pregaram e
por onde o cristianismo começou a se espalhar
“até os confins da terra”. — Atos 13:47.
Lila é minha leal companheira em minhas de-
signações já por 55 anos. Na época em que nos-
sa obra estava proscrita na Espanha e em Portu-
gal, tivemos a oportunidade de ir lá várias vezes
para encorajar os irmãos e levar publicações e
outros itens que eles precisavam. Nós até conse-
guimos visitar os irmãos presos no velho forte
militar em Cádiz, Espanha. Fiquei muito feliz
de poder fazer um discurso bíblico para encora-
já-los.
 Nos anos depois de 1963, tive o privilégio de
ajudar a organizar viagens para congressos in-
ternacionais na África, América Central e do
Sul, Austrália, Europa, Extremo Oriente, Havaí,
Nova Zelândia e Porto Rico. Lila e eu tivemos o
prazer de assistir a vários congressos inesquecí-
veis juntos, incluindo o de Varsóvia, Polônia,
em 1989. Muitos irmãos russos conseguiram as-
sistir a esse grande congresso — o primeiro da
vida deles! Conhecemos vários irmãos e irmãs
que passaram anos em prisões soviéticas por
causa de sua fé.
Para mim, é um privilégio poder viajar para
várias sedes ao redor do mundo e encorajar as
famílias de Betel e os missionários. Na nossa úl-
tima visita para a sede da Coreia do Sul, conse-
guimos nos reunir com 50 de nossos irmãos
presos em Suwon. Todos eles tinham uma atitu-
de positiva e estavam ansiosos para voltar a ser-
vir a Jeová fora da prisão. Na verdade, nós é
que fomos encorajados na reunião com eles!
— Rom. 1:11, 12.
feliz de ainda ser útil no trabalho. Eu ajudo a li-
dar com a correspondência da sede.
Fazer parte da organização maravilhosa de
Jeová me deixa muito feliz. Nós conseguimos ver
a diferença entre os que servem a Jeová e os que
não servem. Fica claro para nós o que diz Mala-
quias 3:18: “Vocês verão novamente a diferença
entre uma pessoa justa e uma pessoa má, entre
quem serve a Deus e quem não o serve.” Cada dia
que passa, vemos o sistema de Satanás se desin-
tegrando, cheio de pessoas que não têm esperan-
ça e com pouca alegria na vida. Mas aqueles que
servem e amam a Jeová conseguem ser felizes
mesmo nestes tempos críticos. Temos uma espe-
rança para o futuro. Por isso acho um privilégio
pregar as boas novas do Reino. (Mat. 24:14)
Em breve, o Reino de Deus vai acabar com esse
mundo velho e trazer um novo mundo cheio de
bênçãos. Vamos ter boa saúde e viver para sem-
pre. Não vemos a hora de chegar o momento
quando todos os servos fiéis de Jeová aqui na
Terra vão ter uma vida eterna e feliz!

ALEGRE COM OS AUMENTOS

Jeová abençoou muito o seu povo durante es-
ses anos. Quando me batizei, em 1943, havia uns
100 mil publicadores. Hoje, somos mais de 8 mi-
lhões em 240 países. Esse aumento aconteceu
em grande parte por causa do serviço de prega-
ção liderado pelos formados em Gileade. É uma
alegria para mim ter trabalhado de perto com
muitos desses missionários e ajudá-los a chegar
nos países onde foram designados!
Eu sou muito grato por ter decidido preen-
cher a petição de Betel quando era jovem. Jeová
me abençoou muito em cada etapa da minha
vida. Além das alegrias de servir em Betel, Lila e
eu nos sentimos felizes de ter trabalhado no
campo com algumas congregações em Brooklyn
por mais de 50 anos. Temos amigos de longa
data lá.
Eu continuo servindo em Betel todo dia com
a ajuda de Lila. Embora eu já tenha 84 anos, fico Eu e Lila hoje

OUTUBRO DE 2018 21
 Confie que Cristo
está nos liderando
“O seu Líder é um só, o Cristo.” — MAT. 23:10.

CÂNTICOS: 16 e 14 AS PALAVRAS de Jeová ainda ecoavam na mente de Josué:

“Moisés, meu servo, morreu. Agora prepare-se, atravesse o
VOCÊ SE LEMBRA? Jordão, você e todo este povo, e vá para a terra que darei ao
povo de Israel.” (Jos. 1:1, 2) Depois de ser ajudante de Moisés
________________________________________________________________________________________________________________________________

por quarenta anos, Josué deve ter ficado surpreso com sua
Como Jeová liderou seu povo
nova designação.
nos dias de Josué?
2 Já que Moisés tinha sido o líder de Israel por muitos anos,

é provável que Josué se perguntasse: ‘Será que o povo vai me

________________________________________________________________________________________________________________________________
aceitar como líder?’ (Deut. 34:8, 10-12) Uma obra de referên-
O que aprendemos do modo cia bíblica fez o seguinte comentário sobre o texto de Josué
como Cristo liderava as 1:1, 2: “Tanto no passado como nos tempos modernos, um dos
congregações no primeiro momentos mais instáveis para o bem-estar de uma nação é
século? quando há uma mudança de líder.”
3 Josué tinha bons motivos para ficar preocupado. Mas ele

confiou em Jeová e foi logo colocando em prática as instruções

________________________________________________________________________________________________________________________________
que tinha recebido. (Jos. 1:9-11) Josué não se arrependeu de
Por que podemos confiar ter confiado em Jeová. Como a Bíblia mostra, Jeová enviou um
na liderança de Cristo?
1, 2. Que desafios Josué enfrentou depois da morte de Moisés?
3, 4. (a) Por que foi bom Josué ter confiado em Jeová? (b) Que per-
gunta talvez nós façamos?

22
anjo para guiar Josué e os israelitas. E é
bem provável que esse anjo fosse a Pala-
vra, o primeiro Filho de Deus. — Êxo.
23:20-23; João 1:1.
4 Com a ajuda de Jeová, a transição en-
tre a liderança de Moisés e a de Josué cor-
reu suavemente para Israel. Hoje, nós
também estamos vivendo em uma época
de mudanças, e a organização de Jeová
está avançando cada vez mais. Isso tal-
vez nos faça perguntar: ‘Podemos mes-
mo confiar em Jesus como nosso Líder?’
(Leia Mateus 23:10.) Para responder a
essa pergunta, vamos ver como Jeová li-
derou seu povo em outras épocas de mu-
danças.
ENTRANDO NA TERRA PROMETIDA
5 Pouco depois de a nação de Israel cru-
zar o rio Jordão, Josué teve um encontro
incomum. Quando estava chegando em
Jericó, Josué encontrou um homem com
uma espada na mão. Sem saber quem era
o homem, Josué perguntou: “Você está
do nosso lado ou do lado dos nossos ad-
versários?” Para a surpresa de Josué, o
homem disse que era o “chefe do exército
de Jeová”, e ele estava pronto para defen-
der o povo de Deus. (Leia Josué 5:13-15
e a nota.) A Bíblia diz que Jeová falou
diretamente com Josué em outras oca-
siões. Mas é bem possível que Deus tenha
falado por meio desse anjo, assim como já
tinha feito outras vezes. — Êxo. 3:2-4;
Jos. 4:1, 15; 5:2, 9; Atos 7:38; Gál. 3:19.
6 O anjo deu instruções claras para Jo-
sué sobre como conquistar a cidade de
Jericó. De início, algumas delas talvez
5. Que experiência incomum Josué teve ao ir
para Jericó? (Veja o desenho no começo do
estudo.)
6-8. (a) Do ponto de vista humano, por que
algumas instruções de Jeová talvez pare-
cessem estranhas? (b) Por que essas instru-
ções foram sábias e dadas no momento certo?
(Veja também a nota.)
não parecessem uma boa ideia. Por exem-
plo, Jeová mandou que todos os homens
fossem circuncidados. Mas isso deixaria
todos eles com dores e sem condições de
lutar por vários dias. Será que aquele era
mesmo o momento certo de circuncidar
os homens da nação? — Gên. 34:24, 25;
Jos. 5:2, 8.
7 É provável que os israelitas circun-
cidados se perguntassem como prote-
geriam suas famílias se exércitos inimi-
gos invadissem o acampamento. Mas, de
repente, algo inesperado acontece: em
vez de atacar os israelitas, os homens de
Jericó ficam com medo deles e deixam
“Jericó completamente fechada”. (Jos.
6:1) Essa mudança repentina com certeza
deve ter feito os israelitas confiarem mais
nas instruções de Deus!
8 Além disso, Jeová não deixou os israe-
litas atacar Jericó. Mas ele mandou os is-
raelitas marchar uma vez em volta da ci-
dade durante seis dias, e marchar sete
vezes no sétimo dia. Pode ser que alguns
soldados pensassem: ‘Isso é perda de tem-
po e de energia!’ Só que Jeová, o Líder in-
visível de Israel, sabia exatamente o que
estava fazendo. Essa estratégia fortale-
ceu a fé dos israelitas e também evitou
que eles tivessem que lutar contra os sol-
dados poderosos de Jericó. — Jos. 6:2-5;
Heb. 11:30.1
9 O que aprendemos desse relato? Pode
ser que, às vezes, não consigamos en-
tender algumas instru ç ões novas da
1 Nas ruínas de Jericó, arqueólogos encontraram
grandes quantidades de cereais estocados. Isso in-
dica que o sítio que os israelitas fizeram contra Je-
ricó foi curto e que os estoques de comida não fo-
ram consumidos. Jeová tinha proibido os israelitas
de pegar os despojos de Jericó. Mas, como era épo-
ca de colheita, aquele era o momento certo de inva-
dir a cidade, porque havia bastante alimento nos
campos. — Jos. 5:10-12.
9. Por que é bom apoiar as mudanças da orga-
nização de Jeová? Dê um exemplo.
OUTUBRO DE 2018 23
organização. Por exemplo, para alguns de
nós, usar tablets ou celulares no estudo
pessoal, na pregação ou nas reuniões não
parecia ser uma boa ideia. Mas é bem pro-
vável que agora nós já conseguimos ver as
vantagens de usá-los, se possível. As mu-
danças na organização sempre trazem re-
sultados positivos. Quando apoiamos as
mudanças, mesmo que lá dentro tenha-
mos algumas dúvidas, nossa fé fica mais
forte e nos sentimos mais unidos com
nossos irmãos.
NO PRIMEIRO SÉCULO
10 Já fazia treze anos que Cornélio, um
não judeu, havia se tornado cristão. Mas
alguns cristãos judeus defendiam que a
circuncisão ainda era necessária. (Atos
15:1, 2) Quando o assunto virou polêmica
em Antioquia, foi decidido que Paulo su-
biria a Jerusalém para levar o assunto ao
corpo governante. Mas quem estava por
trás dessa decisão? Paulo disse: “Subi por
causa de uma revelação.” Com certeza,
10. Quem estava por trás da reunião realizada
pelo corpo governante em Jerusalém?
Era bem claro que Jesus estava liderando os cristãos do primeiro século
(Veja os parágrafos 10 e 11.)
foi Cristo que deu a orientação para que
o corpo governante resolvesse o assunto.
— Gál. 2:1-3.
11 Cristo orientou o corpo governante
a deixar claro que cristãos não judeus
não precisavam ser circuncidados. (Atos
15:19, 20) Mas, anos depois disso, mui-
tos cristãos judeus ainda circuncidavam
seus filhos. Naquela época, surgiram ru-
mores contra o apóstolo Paulo dizendo
que ele não seguia a Lei mosaica. Então,
os anciãos em Jerusalém deram a Paulo
umas instruções que ele não esperava.1
(Atos 21:20-26) Eles disseram para Paulo
levar quatro homens ao templo. Assim, as
pessoas iriam ver que Paulo respeitava a
Lei. Paulo podia ter questionado essa ins-
trução e dizer: ‘Isso não faz sentido!
O problema não é comigo, e sim com os
1 Veja o quadro “Paulo enfrentou uma prova com
humildade”, em A Sentinela de 15 de março de 2003,
pág. 24.
11. (a) Que situação envolvendo a circunci-
são ainda existia entre os cristãos judeus?
(b) Como Paulo mostrou que apoiava os an-
ciãos de Jerusalém? (Veja também a nota.)
cristãos judeus que ainda não entendem a
questão da circuncisão.’ Mas Paulo enten-
deu que os anciãos queriam manter a
união entre os cristãos. Então, ele foi hu-
milde e seguiu as instruções. Isso talvez
nos faça pensar: ‘Se a morte de Jesus aca-
bou com a Lei mosaica, por que Cris-
to deixou que esse assunto continuas-
se gerando polêmicas por tanto tempo?’
— Col. 2:13, 14.
12 Algumas pessoas levam tempo para
aceitar um novo entendimento. Os cris-
tãos judeus precisavam de um tempo para
corrigir seu ponto de vista. (João 16:12)
Para alguns, foi difícil aceitar que a cir-
cuncisão não era mais um símbolo de
uma relação especial com Deus. (Gên.
17:9-12) Já outros tinham medo de sofrer
perseguição dos judeus de sua comunida-
de por não serem circuncidados. (Gál.
6:12) Mas, com o tempo, Jesus foi dando
mais instruções a eles por meio das cartas
de Paulo. — Rom. 2:28, 29; Gál. 3:23-25.
CRISTO AINDA ESTÁ LIDERANDO
AS CONGREGAÇÕES
13 Pode ser que nós também não en-
tendamos totalmente algumas mudanças
na organização. Nesse caso, medite em
como Cristo liderou o povo de Deus no
passado. Tanto na época de Josué como
no primeiro século, Cristo sempre deu
orientações sábias para proteger os ser-
vos de Deus, para fortalecer a fé deles e
para mantê-los unidos. — Heb. 13:8.
14 Jesus se importa muito com nosso
bem-estar espiritual. Isso fica evidente
12. O que talvez explique por que Cristo dei-
xou passar um tempo antes de resolver total-
mente a questão da circuncisão?
13. O que pode nos ajudar a respeitar a lide-
rança de Cristo hoje?
14-16. Como as instruções que recebemos do
“escravo fiel e prudente” provam que Cristo se
preocupa com nosso bem-estar espiritual?
em como ele usa “o escravo fiel e pruden-
te” para nos dar instruções na hora certa.
(Mat. 24:45) Marc, pai de quatro filhos,
diz: “Satanás tenta enfraquecer as con-
gregações atacando as famílias. Agora
que a organização nos incentiva a fazer a
adoração em família toda semana, o reca-
do está bem claro para os chefes de famí-
lia: protejam a sua família!”
15 Quando percebemos que Cristo está
nos liderando, conseguimos sentir que ele
quer nos ajudar a progredir em sentido es-
piritual. Um ancião chamado Patrick ob-
serva: “De início, alguns achavam de-
sanimador sair no campo em pequenos
grupos nos fins de semana. Mas grupos
menores de saída de campo deixam evi-
dente uma das qualidades principais de
Jesus — o interesse pelos humildes. Os
grupos ajudam os irmãos mais tímidos ou
os que não saem tanto no campo a se sen-
tirem mais úteis. O resultado é que eles
crescem em sentido espiritual.”
16 Além de cuidar de nossa espirituali-
dade, Cristo nos ajuda a manter o foco no
trabalho mais importante que existe: a
pregação. (Leia Marcos 13:10.) André,
que há pouco tempo se tornou ancião,
diz: “A redução no número de betelitas
nas sedes nos lembra que não podemos
perder tempo. Temos que concentrar nos-
sa energia na pregação.”
APOIE A LIDERANÇA DE CRISTO
17
Jesus Cristo, nosso Rei, está focado
no futuro. Isso fica evidente em como ele
nos lidera hoje. Por isso, pense nos bene-
fícios que você recebeu por aceitar as
mudanças recentes. Aproveite uma das
sessões de seu estudo em família para
conversar sobre como as mudanças nas
17, 18. Por que devemos nos concentrar nos
benefícios de aceitar as mudanças recentes na
organização?
OUTUBRO DE 2018 25
reuniões ou no modo de pregar foram
boas para vocês.
18 Tente entender o espírito por trás das
novas instruções que recebemos da orga-
nização de Jeová e pense nos benefícios
delas. Isso nos motiva a aceitar mudanças
com alegria. Por exemplo, a quantidade de
publicações impressas diminuiu bastante
e estamos usando mais as tecnologias.
Isso faz a organização economizar donati-
vos, e esse dinheiro pode ser usado para
ajudar mais pessoas a ouvir as boas novas.
Se for possível, será que você poderia usar
as nossas publicações em formato eletrô-
nico e usar os áudios e vídeos de nosso
site? Esse é um modo de apoiarmos a Cris-
to, que deseja que os recursos financeiros
da organização sejam bem usados.
19 Quando apoiamos as instruções que
Cristo dá, fortalecemos a fé dos irmãos e
contribuímos para continuarmos unidos.
Falando sobre a redução mundial da famí-
lia de Betel, André diz: “A atitude exce-
lente dos ex-betelitas que se adaptaram
às mudanças me encheu de confiança e
19. Por que devemos apoiar as instruções que
Cristo dá?
Você está ajudando sua família e outras pessoas a manter o passo com a organização de Jeová?
(Veja os parágrafos 17 e 18.)
respeito. Não importa a designação que
tenham recebido, eles ficaram felizes e
mostraram que estão mantendo o passo
com o carro celestial de Jeová.”
TENHA FÉ E CONFIE EM NOSSO LÍDER
20 Em breve, nosso Líder, Jesus Cristo,
vai “completar a sua vitória” e “realiza-
rá atos atemorizantes”. (Apo. 6:2; Sal.
45:4) Enquanto isso, ele está preparando
o povo de Deus para a vida no novo mun-
do e para o trabalho que teremos lá: ensi-
nar os ressuscitados e transformar a Ter-
ra em um paraíso.
21 Cristo pode nos levar até o novo mun-
do. Mas, para isso, temos que confiar to-
talmente nele, mesmo que aconteçam mu-
danças. (Leia Salmo 46:1-3.) Para alguns
de nós, a vida neste sistema pode tomar
um rumo completamente inesperado, e li-
dar com as mudanças pode ser difícil. Se
isso acontecer, como podemos manter a
paz interior e não perder a fé em Jeová?
Isso vai ser o assunto do próximo estudo.
20, 21. (a) Por que podemos confiar em Cris-
to, nosso Líder? (b) Que pergunta vamos res-
ponder no próximo estudo?
 Não perca a paz interior
ao passar por mudanças
“Eu acalmei e tranquilizei a minha alma.”
— SAL. 131:2.

LLOYD E ALEXANDRA eram betelitas por mais de vinte e cin- CÂNTICOS: 128 e 129
co anos. De repente, foram designados para servir fora de Be-
tel. De início, eles ficaram tristes. Lloyd diz: “Minha vida gira- VOCÊ SE LEMBRA?
va em torno de Betel e de minha designação de trabalho. Eu ________________________________________________________________________________________________________________________________

entendia os motivos da mudança, mas, nas semanas e meses Como “a paz de Deus”
seguintes, muitas vezes me senti rejeitado. Foi uma sequência pode nos ajudar quando
de altos e baixos: uma hora eu estava bem; na outra, estava de- passamos por mudanças?
primido.”
________________________________________________________________________________________________________________________________
2 Quando nossa vida muda de uma hora para outra, pode-

mos nos sentir ansiosos e estressados. (Pro. 12:25) Às vezes, Como podemos imitar o
exemplo de José quando
é difícil para nós aceitar as mudanças. Em situações assim,
nossa vida muda de uma
como podemos ‘acalmar e tranquilizar a alma’? (Leia Salmo hora para outra?
131:1-3.) Vamos ver o exemplo de alguns servos de Jeová do
passado e dos nossos dias que passaram por mudanças na vida ________________________________________________________________________________________________________________________________

sem perder a paz interior. Que lição importante

aprendemos de Filipe,
1, 2. (a) Como podemos nos sentir quando a vida muda de uma hora o evangelizador?
para outra? (Veja a foto no começo do estudo.) (b) De acordo com o
Salmo 131, o que pode nos ajudar a não perder a paz interior?

27
 COMO SENTIR “A PAZ DE DEUS”
3 José era o filho que Jacó mais amava.
Isso deixava seus irmãos com muita inve-
ja. Então, quando José tinha 17 anos,
seus irmãos o venderam como escravo.
(Gên. 37:2-4, 23-28) Durante uns tre-
ze anos, ele sofreu no Egito. Primeiro,
como escravo e depois, como prisionei-
ro. José estava longe de Jacó, seu amado
pai. Ele podia ter perdido toda a esperan-
ça e ter se tornado uma pessoa amarga,
mas não foi isso o que aconteceu. O que
ajudou José?
4 É bem provável que José tentasse se
concentrar em como Jeová estava o aju-
dando. (Gên. 39:21; Sal. 105:17-19) Ele
talvez se lembrasse dos sonhos que teve
quando era mais jovem e se sentisse mais
confiante de que Jeová estava do lado
dele. (Gên. 37:5-11) Além disso, José
deve ter orado bastante a Jeová, abrindo
seu coração. (Sal. 145:18) E Jeová res-
pondeu às orações dando a José a con-
fiança de que ‘estaria com ele’ em todos
os desafios. — Atos 7:9, 10.1
5 Hoje, mesmo que passemos por mu-
danças difíceis, podemos sentir de perto
“a paz de Deus”. Ela nos dá alívio e
‘guarda a nossa mente’. (Leia Filipenses
4:6, 7.) Quando você sentir que a ansie-
dade está tomando conta de você, a paz
de Deus vai ajudá-lo a seguir em frente e
lhe dará forças para não desistir. Vamos
1 Um tempo depois de ser solto da prisão, José
disse que Deus tinha aliviado todo o seu sofrimento
dando a ele um filho. O nome desse primeiro filho
era Manassés, porque José disse: “Deus me fez es-
quecer toda a minha desgraça.” — Gên. 41:51, nota.
3. Que mudança aconteceu na vida de José?
4. (a) No que José se concentrava enquanto
estava preso? (b) Como Jeová respondeu às
orações de José?
5. O que “a paz de Deus” pode fazer em nós?
28 A SENTINELA
ver alguns exemplos modernos que mos-
tram isso.
PEÇA PARA JEOVÁ AJUDÁ-LO A
RECUPERAR A PAZ INTERIOR
6 Ryan e Juliette serviam como pio-
neiros especiais temporários. Quando
a designação deles acabou, se sentiram
desanimados. Ryan diz: “Nós oramos
imediatamente a Jeová sobre o assunto.
Sabíamos que aquela era uma oportuni-
dade especial de mostrar nossa confian-
ça nele. Muitos de nossa congregação
eram novos na verdade. Então, pedimos
que Jeová nos ajudasse a ser um bom
exemplo de fé para eles.”
7 Como Jeová respondeu à oração de-
les? Ryan se lembra: “Assim que termina-
mos a oração, todos os sentimentos ne-
gativos e preocupações que tínhamos no
começo sumiram. A paz de Deus estava
mesmo guardando nosso coração e nos-
sa mente. Percebemos que, se tivéssemos
a atitude certa, Jeová iria continuar nos
usando de alguma forma.”
8 Além de nos acalmar, o espírito de
Deus pode nos fazer lembrar de textos bí-
blicos que mostram o que é realmente
importante na vida. (Leia João 14:26,
27.) Veja o exemplo de Philip e Mary, um
casal que serviu em Betel por quase vin-
te e cinco anos. Num espaço de quatro
meses, a mãe de Philip, a mãe de Mary e
outro parente deles morreram, e o casal
teve que começar a cuidar do pai de
Mary, que tem demência.
9 Philip conta: “Eu até achei que estava
6, 7. Dê um exemplo que mostre que fazer
orações específicas pode nos ajudar a recupe-
rar a paz interior.
8-10. (a) Como o espírito de Deus nos ajuda a
lidar com a ansiedade? (b) Como o exemplo de
Philip e Mary mostra que Jeová abençoa os
que mantêm um ponto de vista espiritual?
lidando bem com tudo, mas algo estava
faltando. Aí, um artigo da Sentinela citou
Colossenses 1:11. Eu estava perseveran-
do, é verdade, mas não do jeito certo.
Eu precisava ‘perseverar plenamente com
paciência e alegria’. Esse versículo me
lembrou que a alegria não depende das
minhas circunstâncias, mas de eu ter o
espírito de Deus na minha vida.”
10 Jeová abençoou muito os esforços
que Philip e Mary estavam fazendo para
manter um ponto de vista espiritual so-
bre sua situação. Logo que saíram de Be-
tel, os dois encontraram estudantes da
Bíblia que queriam estudar mais de uma
vez por semana. Relembrando o que pas-
sou, Mary diz: “Os estudos eram a nossa
alegria. Era como se Jeová estivesse di-
zendo para nós: ‘Vai ficar tudo bem.’”
FAÇA A SUA PARTE
11 Uma mudança inesperada pode facil-
mente nos deixar paralisados, pensando
apenas nas nossas dificuldades. Isso po-
dia ter acontecido com José. Mas, pelo
visto, ele decidiu encarar sua situação de
modo positivo e fez a parte dele. Embo-
ra estivesse na prisão, José trabalhou
duro para cumprir todas as tarefas da-
das pelo carcereiro-chefe, assim como
ele fazia quando trabalhava para Potifar.
— Gên. 39:21-23.
12 Dois homens que trabalhavam na
ria a ficar livre de novo. Embora tivesse
que suportar mais dois anos na prisão,
José foi finalmente solto e, no mes-
mo dia, designado como o homem mais
importante do Egito depois do Faraó.
— Gên. 41:1, 14-16, 39-41.
13 Assim como José, nós talvez tenha-
mos pouco ou nenhum controle sobre
nossa situação. Mas se fizermos a nossa
parte — sendo pacientes e fazendo o me-
lhor dentro de nossas circunstâncias —
Jeová vai nos abençoar. (Sal. 37:5) É ver-
dade que às vezes vamos nos sentir “per-
plexos”, mas, como o apóstolo Paulo
disse, nunca seremos deixados “em de-
sespero”. (2 Cor. 4:8, nota) Jeová estará
do nosso lado, principalmente se conti-
nuarmos concentrados na pregação.
13. Não importa qual seja a nossa situação, o
que temos que fazer para Jeová nos aben-
çoar?
Como podemos imitar o exemplo de José,
não importa qual seja a nossa situação?
(Veja os parágrafos 11 a 13.)

corte de Faraó foram presos. Um dia, o

chefe da guarda encarregou José de cui-
dar deles. José os tratou de modo bon-
doso, e os dois homens se sentiram à von-
tade para contar a ele suas preocupações
e os sonhos estranhos que tiveram na
noite anterior. (Gên. 40:5-8) José nem
imaginava, mas aquela conversa o ajuda-

11, 12. (a) Como José fez a parte dele quan-

do passou por mudanças? (b) Como José foi
recompensado por ter perseverado?
 CONCENTRE-SE NA PREGAÇÃO
14 Filipe, o evangelizador, é um ótimo
exemplo de alguém que se concentrou na
pregação apesar de mudanças na vida.
Filipe tinha acabado de receber um privi-
légio de serviço. (Atos 6:1-6) Mas, depois
da morte de Estêvão1, os cristãos em Je-
rusalém começaram a ser vítimas de per-
seguição. Por causa disso, os cristãos fu-
giram para outras cidades. Apesar dessa
nova situação, Filipe não ficou de braços
cruzados. Ele foi pregar em Samaria,
uma cidade que até então tinha pouco
contato com as boas novas. — Mat. 10:5;
Atos 8:1, 5.
15 Filipe estava disposto a ir aonde quer
que o espírito de Deus mandasse. Então,
Jeová o usou para começar a pregação
em novos territórios. É provável que os
samaritanos gostassem muito de ouvir
Filipe. Ao contrário dos judeus, que tra-
tavam mal os samaritanos, Filipe não ti-
nha preconceito e pregava a todos. Não é
à toa que as multidões prestavam muita
1 Veja o artigo “Você sabia?” neste número.
14-16. Como Filipe, o evangelizador, se man-
teve concentrado na pregação apesar de mu-
danças na vida?
atenção quando ele ensinava! — Atos
8:6-8.
16 Depois, o espírito de Deus levou Fili-
pe para Asdode e Cesareia, duas cidades
que tinham muitos não judeus. (Atos
8:39, 40) Anos depois, a vida de Filipe
pelo jeito mudou outra vez. Agora ele era
um chefe de família e seu território de
pregação era fixo. Apesar de tantas mu-
danças, Filipe sempre se manteve con-
centrado na pregação. Por causa disso,
ele e sua família foram muito abençoados
por Jeová. — Atos 21:8, 9.
17 Muitos servos de tempo integral que
passaram por mudanças confirmam que
a pregação os ajudou a manter o equilí-
brio. Veja o exemplo de Osborne e Polite,
um casal da África do Sul. Quando saí-
ram de Betel, acharam que encontrariam
logo um emprego de meio período e um
lugar para morar. Mas Osborne diz: “In-
felizmente, achar emprego não foi tão rá-
pido como imaginamos.” Polite, sua es-
posa, relembra: “Ficamos três meses sem
achar emprego e não tínhamos nenhum
dinheiro guardado. Foi muito difícil.”
17, 18. Por que estar concentrado na prega-
ção nos ajuda quando passamos por mudan-
ças?
 18 Como eles conseguiram lidar com
essa fase estressante? Osborne diz: “Nós
nos concentramos em pregar junto com
a congregação, e isso nos fez ficar foca-
dos e positivos. Em vez de ficar nos preo-
cupando, decidimos nos envolver com a
pregação, e isso nos deixou muito felizes.
Procuramos emprego em todo lugar, e fi-
nalmente conseguimos.”
ESPERE PACIENTEMENTE
POR JEOVÁ
19 Como esses exemplos mostram, se
fizermos o melhor dentro de nossas cir-
cunstâncias e confiarmos totalmente em
Jeová, vamos manter a paz interior.
(Leia Miqueias 7:7.) Com o tempo, po-
demos até perceber que as mudanças fi-
zeram bem para nossa espiritualidade.
Polite, já citada, disse: “Quando saí de
Betel, aprendi o que realmente significa
depender de Jeová, mesmo quando tudo
parece estar contra mim. Minha amizade
com ele está mais forte agora.”
20 Mary, mencionada no parágrafo 8,
ainda é pioneira e cuida do pai idoso. Ela
19-21. (a) O que vai nos ajudar a manter a paz
interior? (b) Por que nos adaptar a mudanças
pode ser bom?
admite: “Aprendi que, quando estou an-
siosa, tenho que parar, orar e me acal-
mar. Acho que a maior lição de todas foi
aprender a deixar as coisas nas mãos de
Jeová. É algo que vamos precisar muito
no futuro.”
21 Lloyd e Alexandra, mencionados no
parágrafo 1, admitem que as mudanças
que sofreram testaram a sua fé de mo-
dos que não esperavam. Mas eles dizem:
“Testes de fé mostram se a fé é forte mes-
mo e se ela pode dar apoio e consolo em
épocas difíceis. Tudo isso nos tornou
pessoas melhores.”
22 Se a sua vida mudar de uma hora
para outra — talvez por causa de uma
nova designação, de problemas de saúde
ou de novas responsabilidades na família
— tenha certeza de que Jeová se impor-
ta com você e vai ajudá-lo na hora certa.
(Heb. 4:16; 1 Ped. 5:6, 7) Enquanto isso,
faça o seu melhor dentro de suas circuns-
tâncias. Ore sempre a Jeová e aprenda a
deixar seus problemas nas mãos dele. Se
fizer isso, mesmo que sua vida passe por
mudanças, você não vai perder sua paz
interior.
22. Se fizermos o melhor dentro de nossas cir-
cunstâncias, que certeza podemos ter?
Mudanças inesperadas
podem trazer bênçãos
inesperadas!
(Veja os parágrafos 19 a 21.)
31
 VOC Ê SABIA?

Como o discípulo Estêvão conseguiu ficar tão calmo

durante o seu julgamento?

ESTÊVÃO estava frente a frente com um grupo de

homens furiosos. Eram os 71 juízes que formavam
o Sinédrio, a corte suprema em Israel. Esse grupo
formado pelos homens mais poderosos entre os ju-
deus tinha sido reunido pelo sumo sacerdote Caifás
— o mesmo que poucos meses antes tinha presidi-
do o tribunal que condenou Jesus à morte. (Mat.
26:57, 59; Atos 6:8-12) Enquanto várias testemu-
nhas falsas faziam acusações contra Estêvão, os
membros do Sinédrio notaram algo um tanto dife-
rente naquele discípulo: ‘o rosto dele era como o
rosto de um anjo’. — Atos 6:13-15.
Como Estêvão conseguiu ficar calmo numa si-
tuação tão ruim como aquela? Antes de ser levado
à força para o Sinédrio, Estêvão estava bastan-
te envolvido com as atividades na congregação, e
ele tinha recebido o espírito santo de Deus. (Atos
6:3-7) Durante o julgamento, esse mesmo espírito
santo agiu como um consolador para ele. (João
14:16, nota) O espírito santo também ajudou a me-
mória de Estêvão. No seu discurso de defesa, ele
citou as Escrituras Hebraicas umas 20 vezes ou
mais. (João 14:26) E, quando Estêvão teve a visão
de Jesus em pé à direita de Deus, sua fé ficou ain-
da mais fortalecida. — Atos 7:54-56, 59, 60.
Pode ser que um dia nós enfrentemos ameaças
ou perseguição. (João 15:20) O espírito santo de
Jeová também pode nos ajudar. Mas, para que ele
aja em nós, temos que ler todo dia a Palavra de
Deus e ser ativos na pregação. Isso vai nos dar for-
ças para perseverar e, ao mesmo tempo, manter
nossa paz mental. — 1 Ped. 4:12-14.

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