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Elaboração de Projetos de

Aquisição de Bens e
Contratação de Serviços
Instituição credenciada
pelo MEC Portaria 716/13

ISCP - PMDF

Instituto Superior de
Ciências Policiais

Centro de Altos Estudos


e Aperfeiçoamento -
CAEAp

Setor de Áreas Isoladas


Sudeste (SAISO)

AE 4 Setor Policial Sul,


Brasília-DF.

Todos os direitos desta edição reservados ao ISCP


Virtual. É proibida a duplicação ou reprodução deste
volume ou parte do mesmo, sob qualquer meio, sem
autorização expressa do ISCP Virtual - PMDF.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecário Carlos Anderson Vieira – CRB 1/1636
Comandante do CAEAp
Cel. QOPM Sidilon Marcelo Mota de Sousa

Coordenador do CAEP
Maj. QOPM José do Nascimento Rego Martins

Design e Diagramação
SD QPPMC Weslley Santos de Brito
3º Sargento da PMDF Evandro de Castro Alves

Bacharel em Direito (2006) UNICEUB, Atuou na Seção de Projetos, na


elaboração de Projetos básicos e Termo de Referências nas Unidades do
Departamento de Educação e Cultura da PMDF no período de 2010 a 2017.
UNIDADE I - FUNDAMENTOS DE LICITAÇÃO ............................................................... 8
AULA 1 – O que é Licitação ........................................................................................ 9
1.1 Licitação ............................................................................................................... 9
1.2 Modalidades de Licitação ..................................................................................... 9
1.3 Tipos de licitação ou critérios de julgamento ...................................................... 10
Aula 2 – Dispensa, Inexigibilidade e Registro de Preços ....................................... 12
2.1 Dispensa de Licitação ........................................................................................ 12
2.2 Inexigibilidade de Licitação................................................................................. 12
2.3 Registro de preço (Ata de Registro de preço) .................................................... 13

UNIDADE II - PROJETO BÁSICO, TERMO DE REFERÊNCIA E CONTRATO


ADMINISTRATIVO .................................................................................................................... 17
Aula 3 – Conceitos e Definições ............................................................................... 17
3.1 Elaboração do Termo de Referência/Projeto Básico .......................................... 17
3.2 Estrutura Básica do Projeto Básico e do Termo de Referência aplicado a PMDF
............................................................................................................................................ 18
3.3 Procedimentos tomados pela PMDF após a confecção do Projeto .................... 23
Aula 4 - Contratos administrativos........................................................................... 23
4.1 Contrato administrativo ou contrato público ....................................................... 24
4.2 Da Execução e Fiscalização dos Contratos Administrativos na PMDF .............. 24
4.3 Sintese prática do Processo de compra realizado pela PMDF ........................... 29

REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 33
UNIDADE I
Fundamentos de Licitação
APRESENTAÇÃO

Caro (a) discente!

Seja bem-vindo (a) à disciplina de Elaboração de Projetos de Aquisição de


Bens e Contratação de Serviços, do Curso de Altos Estudos Para Praças – CAEP
Virtual. Nesta unidade, conheceremos os fundamentos de licitação, suas legislações,
seus tipos e modos, bem como os modelos utilizados pela corporação.

Ementa

Definição de licitação; Modalidades da licitação; Projeto Básico/Termo de


Referência na legislação; Elementos do Projeto Básico e do Termo de Referência;
Oficina de Projeto Básico e Termo de Referência; Legislação Específica na PMDF;
Alteração de Contrato; Reajuste, Revisão e Repactuação de contratos;
Inadimplemento e Rescisão Contratual; Aplicação de Penalidades Administrativas;
Contratação Direta sem Licitação; Sistema de Registro de Preços.

UNIDADE I - FUNDAMENTOS DE LICITAÇÃO

Objetivos

 Definir o que é licitação;


 Explicar o objetivo de licitar;
 Apontar as modalidades e tipos de licitação;
 Diferenciar dispensa de licitação de inexigiblidade de licitação
AULA 1 – O que é Licitação

Objetivo:

 Comprender o que é licitação, entender os objetivos da licitação e


apontar as modalidades e tipos de licitação.

1.1 Licitação

É o procedimento administrativo formal para contratação de serviços ou


aquisição de produtos pelos entes da Administração Pública direta ou indireta. No
Brasil, para licitações por entidades que façam uso da verba pública, o processo é
regulado pela lei nº 8.666/93.

Este instituto tem como objetivo garantir o princípio constitucional da isonomia,


com participação ampla de concorrentes interessados com oportunidades iguais a
todos, com o fim de que a administração pública compre o melhor produto pelo melhor
preço.

1.2 Modalidades de Licitação

 A modalidade indica o procedimento que irá reger a licitação, São


modalidades:
 Convite
 Tomada de Preços
 Concurso
 Concorrência
 Pregão (Lei nº 10.520/02)
 Dispensa*
A Administração também teve o cuidado de quebrar a rigidez do processo
licitatório para casos especiais de compra sem desrespeitar os princípios de
moralidade e da isonomia. A contratação por meio da dispensa de licitação deve
limitar-se a aquisição de bens e serviços indispensáveis ao atendimento da situação
de emergência e não qualquer bem ou qualquer prazo, no decorrer da aula, iremos
conhecer um pouco mais sobre esses casos.

Quadro Sintético com os Tipos de licitações mais aplicadas no âmbito da


PMDF:

COMPRAS OU OBRAS E SERVIÇOS DE


MODALIDADE PRAZO
SERVIÇOS ENGENHARIA

DISPENSA Até R$ 8.000,00 Até R$ 15.000,00

Acima de R$ 8.000,00 Acima de R$ 15.000,00


CONVITE 05 dias úteis
Até R$ 80.000,00 Até R$ 150.000,00

Acima de R$
TOMADA DE Acima de R$ 150.000,00
15 dias corridos 80.000,00
PREÇOS Até 1.500.000,00
Até R$ 650.000,00

Acima de R$
CONCORRÊNCIA 30 dias corridos Acima de R$ 1.500.000,00
650.000,00

PREGÃO
08 dias úteis Bens e serviços de uso comum (sem restrição)
PRESENCIAL

PREGÃO
08 dias úteis Compras e serviços não válido
ELETRÔNICO

1.3 Tipos de licitação ou critérios de julgamento

De acordo com a Lei nº 8.666/93 (ART. 45, §1) – exceto para a modalidade
concurso, o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração
determina que será vencedor o licitante que apresentar, de acordo com as
especificações do edital os parâmetros abaixo:

 Menor preço;
 Melhor técnica;
 Preço e Técnica;
 E maior lance ou oferta.

Os 4 tipos de licitação deverão atender ao princípio do julgamento objetivo, ou


seja, qualquer que seja a licitação deverá ser julgada conforme um critério objetivo.

TIPO CARACTERÍSTICAS
JULGAMENTO: Preço apresenta maior relevância, em
princípio.
VENCEDOR: Proponente habilitado, com proposta de
MENOR PREÇO acordo com o edital, e que ofertar o menor preço.
USADO QUANDO: licitações para compra de bens, onde a
Administração especifica os requisitos mínimos de
qualidade aos produtos que serão adquiridos.
JULGAMENTO: técnica representa o fator de maior
relevância, em princípio.
VENCEDOR: licitante que apresentar a maior pontuação
técnica exigida no edital e o menor preço.
MELHOR TÉCNICA USADO QUANDO: serviços de natureza intelectual, em
especial, para elaboração de projetos, cálculos,
fiscalizações, supervisão e gerenciamento, engenharia
consultiva em geral e, em particular, para elaboração de
estudos técnicos preliminares e projeto básico.
JULGAMENTO: tanto a técnica quanto o preço são
relevantes para a seleção de qualquer proposta.

TÉCNICA E PREÇO VENCEDOR: licitante que obtiver a melhor média


ponderada entre a técnica exigida e o preço praticado, de
acordo com os critérios objetivos de avaliação que serão
estabelecidos no edital.
USADO QUANDO: natureza intelectual, em especial, para
elaboração de projetos, cálculos, fiscalizações, supervisão e
gerenciamento, engenharia consultiva em geral e, em
particular, para elaboração de estudos técnicos preliminares
e projeto básico.
USADO QUANDO: utilizado pela Administração para a
alienação de bens ou concessão de direito real de uso,
MAIOR LANCE OU sendo que a proposta vencedora será aquela que oferecer o
OFERTA maior valor econômico.
JULGAMENTO: O Edital de licitação que adote o tipo maior
lance ou oferta deverá prever um valor mínimo para o início
das sessões, o qual deve ser resultante de prévia avaliação
do objeto pretendido pela Administração.
SÍNTESE DA AULA

Nessa aula pudemos compreender o que é licitação, seus objetivos,


modalidades e tipos, bem como as legislações estatais e federais que nos regem.

Aula 2 – Dispensa, Inexigibilidade e Registro de Preços

Objetivo

 Identificar as exceções na licitação.

2.1 Dispensa de Licitação

Dispensa de licitação é a possibilidade de celebrar um contrato entre a


Administração e o particular diretamente, sem o processo de licitação. Nesses casos,
o administrador tem a faculdade de licitar ou não, levando sempre em consideração o
interesse público.

A lei nº 8.666/93 apresenta em seu artigo 24, um rol taxativo (hipóteses


restritas) em que se permite a dispensa de licitação. Nele podemos observar que as
principais hipóteses são relacionadas às aquisições de baixo custo, às situações
emergências e calamidade pública, e à aquisição ou aluguel de imóvel.

As Hipóteses dos incisos I e II são justificadas pelos doutrinadores pelo fato do


custo de um procedimento licitatório ser superior ao benefício que dele poderia ser
extraído.

2.2 Inexigibilidade de Licitação

Já na inexigibilidade de licitação, o Administrador não tem a faculdade para


licitar, mas nesse caso, por não haver competição (inviabilidade lógica) em relação ao
objeto a ser contratado, faltando, portanto, uma condição imprescindível para um
procedimento licitatório. A licitação nesses casos é materialmente impossível.
A Lei nº 8.666/93 determina em seu art. 25, quais situações em que o
administrador será obrigado a utilizar o instituto da inexigibilidade, contratando
diretamente com o particular. O rol apresentado nesse artigo é considerado
meramente exemplificativo.

Em seu inciso I do artigo, a hipótese citada trata unicamente de compras, sendo


vedada a escolha (preferência) da marca. Enquanto no inciso II, o objeto a ser
contratado será exclusivamente de serviços, enumerados no art. 13 da mesma lei,
excluindo-se os serviços de publicidade e divulgação. Já no inciso III, trata da
contratação direta de artistas, estando condicionado à consagração da crítica
especializada ou da opinião pública.

Em todos esses casos a licitação é inexigível em razão da impossibilidade


jurídica de se instaurar competição entre eventuais interessados, pois não se pode
pretender melhor proposta quando apenas um é proprietário do bem desejado pelo
Poder Público, ou reconhecidamente capaz de atender às exigências da
Administração no que concerne à realização do objeto do contrato.

Quando houver dúvida se o caso cabe ou não nas hipóteses de inexigibilidade,


a Administração assegurar-se quanto à impossibilidade de competição, sendo que,
apenas utilizará a inexigibilidade se não houver outra opção. O mesmo ocorre na
hipótese apresentada pelo inciso I desse artigo, restando algum indício de que existe
competição, observando o princípio constitucional da obrigatoriedade da licitação, não
há que se falar em inexigibilidade de licitação. A exclusividade deve ser comprovada
por atestado ou certidão, e essa certidão deve ser expedida junta comercial; sindicato,
federação ou confederação patronal; ou entidade equivalente.

2.3 Registro de preço (Ata de Registro de preço)

O Sistema de Registro de Preços - SRP tem sua aplicação regulamentada no


Decreto nº 7.892/2013, alterado pelo Decreto nº 8.250/2014, e na esfera do Distrito
Federal pelo Decreto Distrital nº 36519/2015.
De acordo com o art. 2º, inciso I, do Decreto Distrital 36.519/2015, o Sistema
de Registro de Preço é o “conjunto de procedimentos relativos ao registro formal de
preços da prestação de serviços e da aquisição de bens para contratações futuras”.

2.3.1 O que é o SRP?

Determina o Estatuto Federal das Licitações – Lei nº 8.666/93– que as


compras, sempre que possível, deverão ser processadas através do Sistema de
Registro de Preços – SRP (art. 15, II).

O registro de preços é um sistema utilizado pelo Poder Público para aquisição


de bens e serviços em que os interessados concordam em manter os preços
registrados pelo “órgão gerenciador”. Estes preços são lançados em uma “ata de
registro de preços” visando as contratações futuras, obedecendo-se as condições
estipuladas no ato convocatório da licitação.

O SRP é uma opção economicamente viável à Administração, portanto,


preferencial em relação às demais. A escolha pelo SRP se dá em razão de diversos
fatores:

a) quando houver necessidade de compras habituais;


b) quando a característica do bem ou serviço recomendarem contratações
frequentes, como por exemplo: medicamentos; produtos perecíveis (como
hortifrutigranjeiros); serviços de manutenção etc.
c) quando a estocagem dos produtos não for recomendável quer pelo caráter
perecível quer pela dificuldade no armazenamento;
d) quando for viável a entrega parcelada;
e) quando não for possível definir previamente a quantidade exata da
demanda; e
f) quando for conveniente a mais de um órgão da Administração.

De acordo com o Art. 3º do Decreto Nº 36.519/2015, o Sistema de Registro de


Preços poderá ser adotado somente em algumas situações específicas, tais como:
 Bens ou serviços com características que ensejem contratações
frequentes;
 Bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços
remunerados por unidade de medida em regime especial;
 Bens ou contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão
ou entidade, ou programas de governo;
 Natureza do objeto impossibilitar a definição do quantitativo a ser
demandado;

SÍNTESE DA AULA

Nesta aula, aprendemos um pouco sobre as exceções na licitação.


Vimos a dispensa de licitação, inexigibilidade e o sistema de registro de preços em
licitações, bem como as legislações vigentes que regem estas modalidades.

FINALIZANDO A UNIDADE

Compreendemos as definições do que é licitação, explicamos o objetivo de


licitar, apontamos as modalidades e tipos de licitação além de diferenciar dispensa de
licitação de inexigiblidade de licitação e registro de preços.
UNIDADE II
Implantação do Projeto Termo
Circunstanciado de Ocorrência
na PMDF
UNIDADE II - PROJETO BÁSICO, TERMO DE REFERÊNCIA E CONTRATO
ADMINISTRATIVO

Objetivos de aprendizagem

 Definir o que é, Termo de Referência e Projeto Básico;


 Identificar os elementos que compõem o termo de referência e o projeto
básico, nesta Unidade utilizaremos o modelo aplicado na PMDF;
 Conhecer os procedimentos adotados pela PMDF após a confecção do
PB ou TR.
 Definir o que é, contrato Administrativo;
 Identificar como esses contratos são executados e fiscalizados pela
PMDF;

Aula 3 – Conceitos e Definições

Objetivo da aula

 Conhecer as definições de Termo de Referência e Projeto Básico


e entenda a estrutura os elementos que compõem o termo de
referência e o projeto básico.

3.1 Elaboração do Termo de Referência/Projeto Básico

Para a elaboração de um Projeto Básico/Termo de Referência devemos seguir


um roteiro específico para cada etapa de sua confecção, buscando sempre detalhar
os itens constantes em cada etapa do processo para que ele possa ocorrer com o
máximo de clareza e transparência.
A legislação vigente hoje, tanto Federal, Estatal ou interna, nos oferece todos
os modelos e ritos a serem seguidos para o trâmite correto de confecção de Projeto
Básico ou Elaboração de Termo de Referência. Vamos analisar o passo-a-paso desse
processo?

3.1.1 Projeto Básico

É o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão


adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços
objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos
preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do
impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra
e a definição dos métodos e do prazo de execução.

3.1.2 Termo de Referência

É o documento que deverá conter elementos capazes de propiciar a avaliação


do custo pela Administração, diante de orçamento detalhado, considerando os preços
praticados no mercado, a definição dos métodos, a estratégia de suprimento e o prazo
de execução do contrato.

Conceitos à parte, Projeto Básico ou Termo de Referência tem a mesma


função. Sendo que usamos o Projeto Básico para procedimentos de contratação de
obras ou prestação de serviços a serem licitados nas modalidades de convite, tomada
de preço, concorrência e leilão. Já o Termo De Referência destina-se às compras e
serviços em geral (bens e serviços comuns), realizadas na modalidade pregão.

3.2 Estrutura Básica do Projeto Básico e do Termo de Referência


aplicado a PMDF

São elementos básicos de um Projeto Básico/Termo de Referência para a


aquisição de Bens Permanentes, Materiais de Consumo e Contratação de Serviços
(exceto de informática):
3.2.1 Objeto

Neste item, deve-se descrever de forma sucinta, porém clara, o bem


permanente ou material de consumo que pretende adquirir ou o serviço que pretende
contratar.

3.2.2 Justificativa

A justificativa tem por finalidade fornecer subsídios para a aprovação, pela


autoridade competente, do pedido.

Para tanto, deve-se apontar neste item todos os argumentos que demonstrem
a necessidade da aquisição ou contratação. Deve-se destacar o que ocorre na
Unidade solicitante, os ganhos que advirão com a quantificação/qualificação,
objetivos, e o quanto esta aquisição/contratação será benéfica. A
aquisição/contratação poderá ser justificada também por meio de relatórios de
consumo, local de instalação ou onde o serviço será prestado, setores beneficiados,
dentre outros.

Para materiais básicos de consumo também é necessário informar a memória


de cálculo utilizado para quantificar o pedido.

3.2.3 Especificações dos Bens ou Serviços

Neste item deve-se especificar o(s) quantitativo(s) por item(s) e descrever de


forma objetiva o objeto.

Para tanto, busque indicar todos os requisitos desejados do que se pretende


adquirir (bens permanentes/material de consumo) ou contratar (serviços), com
descrições detalhadas, precisas e convincentes, incluindo as características básicas.

3.2.3 Estimativa do Valor

Neste item deverá ser apresentado o valor total estimado da contratação do


serviço ou aquisição de bens.
A. O valor total estimado deverá ser baseado na média aritmética dos
orçamentos apresentados.
B. Três orçamentos, no mínimo, deverão ser enviados juntamente com o
presente Termo de Referência/Projeto Básico (Na impossibilidade
deverá ser justificado).
C. Os orçamentos deverão ser detalhados (preços unitários) e assinados
pelo representante da empresa, em papel timbrado, contendo CNPJ e
demais dados cadastrais pertinentes e seu prazo será preferencialmente
de 60 dias. Deverão compor o ANEXO B.
D. No caso do Sistema de Registro de Preços deverão ser pesquisados os
preços registrados no e-compras(GDF) e Comprasnet(União), bem
como deverão ser acrescidos outros orçamentos de bens similares,
conforme Decisão n.º 2764/2011 TCDF. Além disto, deverá ser
apresentada uma planilha de custos com valores unitários, mensais e
valor anual do bem/serviço, se for o caso.

Obs.: Valores inexequíveis ou exorbitantes devem ser desconsiderados na fase


de coleta de preço (art. 48 da Lei nº 8.666/93 c/c Processo nº 26213/2006 A do
TCDF).

3.2.4 Da Veracidade dos Orçamentos

Neste item deverá constar uma declaração do responsável atestando a


veracidade dos orçamentos e indicando que os mesmos seguem anexo ao TR/PB.

3.2.5 Adequação Orçamentária

Neste item deverá ser presentada uma planilha com a estimativa do impacto
econômico-financeiro no orçamento do órgão com a indicação das fontes de recurso.
3.2.6 Entrega dos Bens / Realização dos Serviços

Neste item deve-se indicar o(s) local(is), exato(s) de entrega dos bens ou
realização dos serviços (especificado o horário da entrega) ou da realização dos
serviços.

3.2.7 Recebimento

Neste item deverá ser informado de que maneira será realizado o recebimento
provisório e o recebimento definitivo com a indicação do respectivo prazo.

3.2.8 Garantia

Neste item deverá constar:

A. A garantia mínima de 03 (três) meses contra quaisquer defeitos de


fabricação, a contar da data de recebimento definitivo do bem.
B. A cobertura da garantia por parte do fabricante está limitada ao que
constar no termo de garantia ou equivalente de seus produtos, não
conflitando com o Código de Defesa do Consumidor.

3.2.9 Obrigações da Contratada

Neste item deverão constar as seguintes obrigações da contratada:

A. Entregar os equipamentos no prazo estipulado no contrato, com o devido


termo de garantia do produto ou equivalente, conforme prescreve o art. 50 e seu
parágrafo único da Lei Federal nº 8.078/90, devendo o objeto estar em perfeita
sintonia com todas as exigências e especificações técnicas deste Termo de
Referência/Projeto Básico.

A. A contratada é obrigada a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou


substituir, às expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em
que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da
execução ou de materiais empregados.
B. A contratada deverá realizar a reposição dos produtos que
apresentarem defeitos durante o prazo de vigência da garantia no prazo
máximo de ____ dias contados da notificação emitida pela contratante.

Além do acima elencado, as obrigações deverão ser informadas conforme a


especificidade dos bens/serviços a serem adquiridos/contratados pela Administração.

3.2.10 Fiscalização

Neste item em conformidade com os termos estabelecidos na Portaria PMDF


n.º 728/2010, deverá ser indicado um Representante da Administração pelo
CMT/CHEFE/DIRETOR (se for o caso).

3.2.11 Indicadores de Níveis de Serviço (Se aplica quando for Contratação


de Serviço Continuado)

Neste item deverão ser apresentados:

 Indicadores de Ordens de serviço executadas no prazo;


 Produtos recusados por vícios de qualidade.
 Para tanto, para cada um deste item deve-se descrever:
a) Finalidade
b) Meta a cumprir
c) Instrumento de Medição
d) Forma de Acompanhamento
e) Periodicidade
f) Mecanismo de Cálculo
g) Início da Vigência
h) Faixas de Ajuste no Pagamento
i) Observações
3.2.12 Disposições Gerais / Informações Complementares

Neste item devem-se incluir outros itens julgados necessários à


contratação/aquisição que não se enquadrem nos itens anteriores, considerando a
especificidade dos serviços e/ou bens. Todos os documentos comprobatórios das
informações constantes do presente Termo de Referência/Projeto Básico deverão
constar dos anexos, devendo ser indicados por assunto no sumário.

3.3 Procedimentos tomados pela PMDF após a confecção do Projeto

O projeto básico ou termo de referência após confecionado pela Unidade


demandante, é encaminhado para o Coordenador Setorial de orçamento da área
temática, esta autoridade avalia o projeto e em caso de parecer favorável o remete
para o Departamento de Logistica e Finaças, DLF, que por meio de sua Seção de
Procedimentos Licitatórios SPL e da Seção de Aquisição e Serviços SAS, irá formular
o Edital da Licitação com base nas informações constantes no documento inicial.

Após edital, e realizada a licitação do bem ou serviço pelo DLF, a PMDF assina
um Contrato Administrativo com o vencedor do certame licitatório.

SÍNTESE DA AULA

Nessa aula, você aluno conheceu as definições de Termo de Referência e


Projeto Básico e compreendeu a estrutura dos elementos que compõem o termo de
referência e o projeto básico.

Aula 4 - Contratos administrativos

Objetivo da aula

 Definir o que é contrato Administrativo.


4.1 Contrato administrativo ou contrato público

É o instrumento dado à administração pública para dirigir-se e atuar perante


seus administrados sempre que necessite adquirir bens ou serviços dos particulares.

Contrato é o acordo recíproco de vontades que tem por fim gerar obrigações
recíprocas entre os contratantes. Assim como o particular, o Poder Público celebra
contratos no intuito de alcançar objetivos de interesse público.

A Constituição Federal, em seu art. 37, XXI, vincula as contratações realizadas


pela Administração ao processo licitatório, salvo em casos específicos previstos na
legislação vigente. Dessa forma, as contratações do ente público são regidas pela Lei
nº 8.666/93 de 21 de junho de 1993, também conhecida como Lei de Licitações e
Contratos Administrativos, e suas alterações (Leis nºs 8.883/94, 9.032/95 9.648/98 e
9.854/99).

A principal decorrência da Constituição e da Lei é que todas as compras devem


ser antecedidas de um processo licitatório, existindo verdadeiro dever de licitar e após
a licitação a Administração Pública (PMDF) celebra um contrato com o particular.

Conforme art. 55 da lei nº 8.666/93, são obrigatórias algumas cláusulas, para


que obtenha uma segurança jurídica para ambas as partes. Estas cláusulas elencam
todos os itens que anteriormente aprendemos a formalizar em nosso Termo de
referência e outros itens, como forma de pagamento, reconhecimento dos Direitos
Administrativos, Garantias oferecidas e exigidas, dentre outros.

4.2 Da Execução e Fiscalização dos Contratos Administrativos na


PMDF

Agora iremos acompanhar os artigos e normas contidas na PORTARIA PMDF


Nº 728 DE 18 DE OUTUBRO DE 2010 (linkar portaria). Abra, leia e acompanhe os
itens apresentados.
4.2.1 A fiscalização

É o mecanismo conferido à Administração para garantir a perfeita execução do


contrato administrativo. Além de estar prevista no artigo 58, inciso III, da Lei nº
8.666/93, esta prerrogativa consta no artigo 67, do mesmo:

Art. 67 da Lei nº 8.666/93 A execução do contrato deverá ser acompanhada


e fiscalizada por um representante da Administração especialmente
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo
de informações pertinentes a essa atribuição.

§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as


ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que
for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.

§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do


representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para
a adoção das medidas convenientes.

4.2.2 A designação do fiscal

A designação do fiscal (e do seu substituto) deverá ser feita por meio de


Portaria, devidamente publicada, que contenha os dados do servidor e do contrato
que será fiscalizado (número do processo administrativo e do contrato firmado, partes,
descrição sucinta do objeto, prazo, etc.). Esta nomeação é específica para cada
contrato.

4.2.3 O fiscal

O fiscal deve ser formalmente cientificado da designação, preferencialmente


com aposição de ciência em documento a ser posteriormente juntado aos autos.

No entanto, são necessários alguns cuidados antes da escolha do servidor para


ocupar a função de fiscal do contrato.
4.2.4 A Administração

A Administração deverá verificar se o servidor tem conhecimento técnico


suficiente na área do objeto do contrato e das matérias correlatas à atividade
fiscalizatória.

Neste sentido temos o art. 1º da portaria PMDF 728 de 18 de outubro de 2010,


o Art. 1º desta portaria regula os procedimentos a serem adotados pelo DLF na
execução de contratos administrativos, convênios, acordos, ajustes e outros
instrumentos congêneres, celebrados no âmbito da Corporação.

4.2.5 Atribuições do executor do contrato

No art. 3º, da portaria PMDF 728 de 18 de outubro de 2010, veremos as


competências destinadas ao executor do contrato.

Após vermos as atribuições do executor na fiscalização do contrato,


estudaremos os procedimentos para alteração, reajuste de preço, revisão.

4.2.6 Alteração do contrato

De acordo com a Lei nº 8.666/93, no artigo 65, os contratos poderão ser


alterados em alguns casos, vamos a um breve resumo?

Os contratos podem ser alterados unilateralmente pela administração quando:

 Necessária a modificação do valor contratual em decorrência de


mudança quantitativa de seu objeto;
 Necessária a modificação do valor contratual em decorrência de
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto;

Os contratos também podem ser alterados em caso de acordo entre as partes,


são eles:

 Quando conveniente a substituição da garantia de execução;


 Quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou
serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação
técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
 Quando necessária a modificação da forma de pagamento, por
imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial
atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao
cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de
fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;
 Para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre
os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa
remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na
hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução
do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do
príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.

Outras formas de alteração de contrato, como valores, acréscimos de serviços


ou bens, redução de serviços ou bens, estão apresentados no mesmo artigo da lei
aqui trabalhada.

No mesmo sentido temos o exposto na Portaria PDMF 728/2010, que aponta


em seu Art. 3, que compete ao executor do contrato informar quaisquer necessidades
de modificação do contrato ao Diretor da Diretoria de Projetos.

Compete ao executor do contrato informar a diretoria específica sobre a


necessidade de prorrogação do contrato, para que sejam analisadas todas as
legalidades e vantagens para a administração na prorrogação do mesmo.

Cada tipo de serviço ou bem apresenta um prazo diferenciado e uma diretoria


ou departamento responsável pela análise de sua prorrogação, alteração de
quantitativo, valores e cancelamentos.
Deve-se atentar que contratos com longo período de vigência, precisam de um
planejamento orçamentário para serem renovados, pois devem estar inseridos no
planejamento de orçamento anual da administração.

4.2.7 Reajuste, Revisão de contratos

Antes de diferenciar os institutos, é preciso compreender o que é equação


econômico-financeira. De maneira simples, equação econômico-financeira do
contrato pode ser imaginada como uma balança em que, de um lado, estão os
compromissos assumidos pelo contratado e, de outro, o valor a ser pago pela
Administração.

É justamente esse equilíbrio fixado no final do procedimento licitatório que a


Constituição Federal garante que será respeitado ao longo do contrato.

Em razão dessa proteção, quando algum dos lados da balança se altera, surge
um desequilíbrio que pode ser resolvido de duas maneiras: por meio de um
REAJUSTE ou através de REVISÃO DE PREÇOS.

O REAJUSTE é utilizado para remediar os efeitos da desvalorização da


moeda, O reajuste pode ser tanto para mais quanto para menos, é admitido em
contratos com prazo de duração igual ou superior a um ano, desde que previsto o
reajuste de preço no edital e no contrato. Além disto, deverá ser explicitado no edital
e no contrato o critério de reajuste, exemplo “será utilizado o IGPM.

Neste sentido, consta no Art. 40, da Lei 8.666/93:

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o


nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de
execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o
local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como
para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o
seguinte:

[...]

XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de


produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data
prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa
proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994).

Já a revisão, que é a segunda grande maneira de reequilibrar a equação


econômico-financeira, tem fundamentos diferentes do reajuste e não depende de
previsão no edital, podendo ser concedida a qualquer tempo ao longo do contrato, ela
se dá em razão de fato posterior à contratação que: sejam imprevisíveis ou
previsíveis de consequências incalculáveis; que representem um caso fortuito ou de
força maior (como uma greve que impeça a fabricação do produto ou até mesmo
uma enchente) ou por conta de criação de um novo imposto.

Neste sentido, consta no inciso II, do Art. 65, da Lei 8.666/93:

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os


encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa
remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do
equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem
fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis,
retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de
força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica
extraordinária e extracontratual. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 65, § 5o. Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou


extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando ocorridas
após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos
preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos,
conforme o caso.

4.3 Sintese prática do Processo de compra realizado pela PMDF

Como resumo prático temos os seguintes passos para que a PMDF faça uma
compra ou contrate um serviço:

a) A Unidade Demandante (Unidade que necessita da compra de um bem


ou serviço) inicia a confecção de um Projeto Básico ou Termo de
Referência;
b) Este Projeto é encaminhado ao Coordenador Setorial de orçamento,
este irá avaliar e despachar o aprovo ou não do projeto;
c) Após o aprovo do Coordenador Setorial de orçamento, o projeto segue
para o Departamento de Logística e Finanças, que por meio de sua
Seção de Procedimentos Licitatórios SPL e da Seção de Aquisição e
Serviços SAS, irá formular o Edital da Licitação com base nas
informações constantes no Projeto Básico ou Termo de referência;
d) Realizada a licitação a PMDF celebra o contrato com o particular
vencedor do certame;
e) Após a celebração do contrato a PMDF irá nomear um fiscal/executor do
contrato e seu substituto, que irá representar a PMDF perante a
contratada e fiscalizará o fiel cumprimento do contrato.

Por fim, sugiro a leitura integral das seguintes portarias:

- Portaria PMDF nº 728, de 18 de outubro de 2010 que dispõe sobre


procedimentos a serem adotados pelo Departamento de Logística e Finanças (DLF)
na execução de contratos administrativos, convênios, acordos, ajustes e outros
instrumentos, celebrados no âmbito da Corporação e dá outras providências.

- Portaria PMDF nº 820, de 1 de dezembro de 2012. Altera o art. 26 da Portaria


PMDF n° 728 de 18 de outubro de 2010 e dá outras providências. Brasília, 2010.

SÍNTESE DA AULA

Nessa aula você pode ver as definições do que é um contrato Administrativo e


estudar como os contratos são executados e fiscalizados pela PMDF.

FINALIZANDO A UNIDADE
Posto isto, chegamos ao final da nossa segunda Unidade, você pode estudar
a e perceber as definições do que é o Termo de Referência e Projeto Básico,
identificou os elementos que compõem o termo de referência e o projeto básico, além
de conhecer os procedimentos adotados pela PMDF após a confecção do PB ou TR.

Juntos, vimos vários conceitos e normas onde aplicar os aspectos inerentes ao


contrato administrativo e sua fiscalização, e com isso, chegamos ao final da nossa
disciplina!

Esperamos que tenha sido uma oportunidade de aprendizagem para você!


REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS

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