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Organização de temas para a formação continuada de professores

Proposta inicial: Após um período de coleta e análise de narrativas de professores de


Geografia de diversos lugares do país, estão dispostos neste documento temas retirados a
partir da análise das narrativas que projetam-se como eixos possíveis e necessários a
serem trabalhados em uma formação continuada de professores, que vem sendo idealizada
pelo grupo de pesquisa Com a palavra o professor de geografia de diferentes lugares,
tempos e perfis - narrar, ouvir e entender: o que faz um professor fazer da maneira como
ele faz, apesar de…?

Temas destacados:
1. Destacar o que as narrativas trazem que nos subsidiam a construção de uma
formação continuada.
- Problematizar as memórias da formação escolar;
- Destacar o papel da relação professor-aluno no que diz respeito à afetividade;
- Enfatizar o caráter político da Educação e da docência;
- Provocar o pensar dos conteúdos/objetos de conhecimento/temáticas de forma
contextualizada;
- Educação inclusiva;
- Diferentes linguagens e TICs;
- Avaliação escolar;
- Clareza epistemológica de Geografia e de Educação;
- Que a formação deva vir das vivências dos professores, de suas narrativas, de suas
dificuldades;
- A formação não deve ser direcionada de forma homogênea, percebemos que há
dificuldades conforme o tempo de trabalho, o lugar da escola, a história de vida;
- Permitir que os professores falem sobre as suas vidas é um ponto muito importante
na formação, o falar e o ouvir, fará com que eles compreendam suas angústias e as
angústias do outro, bem como as experiências e as oportunidades;
- Trabalhar na formação a importância da escola e dos outros professores como
subsídio para trocas e aprendizagens;
- A necessidade de conhecer os estudantes;
- A mudança na relação com o passado, não ser ou ser como seus professores;
- O trabalho com os objetos do conhecimento da Geografia, por muitas vezes
percebeu-se nas narrativas a falta de conhecimento da Geografia em si;
- A importância da avaliação, concebendo as mazelas que envolvem esta prática
como processo;
- O aluno como ponto de partida;
- O entendimento do porquê das metodologias usadas, não somente buscar práticas
por que os outros fizeram ou por que as encontram em livros didáticos;
- O Trabalho com os livros didáticos;
- O rompimento com modelos reducionistas;
- A compreensão do potencial em ser professor – as possibilidades e resistência;
- Como lidar com uma Geografia e um ser humano que não são neutros;
- A lida com o manejo de sala de aula – a indisciplina dos alunos.

2. Destacar o que as narrativas salientam sobre a relação da universidade com a


escola e com a docência.
- Reconhecer os diversos saberes docentes (TARDIF) para superar a ideia de que a
licenciatura garante toda a formação docente e reconhecer a potência dos saberes
experienciais e, sobretudo, a reflexão sobre os saberes experienciais
- Contextualizar a escola
- Professor pesquisador
- preocupações com a leitura do lugar
- Apesar de um dos entrevistados falar na universidade como um lugar de formação
quase que perfeita, em muitos momentos há a memória da falta em estudar mais a
escola e seu cotidiano;
- O distanciamento dos ensinamentos da universidade para os ensinamentos da
escola. Entende-se que a universidade é o lugar de apropriar o conhecimento
científico, mas entende-se também que há algo errado, pois todos nós da educação
básica sentimos a falta de alguma coisa que não é pouca;
- Neste sentido há uma desconexão, pois uma das entrevistadas fala que a
universidade não ensina a burocracia das escolas, informação que, no sentido que
estamos falando não vem ao caso;
- Em momentos se diz que se teve que aprender em livro didático, nada bom para um
professor;
- Sentem falta de entender o cotidiano da sala de aula na universidade;
- A universidade deveria trabalhar mais sobre a indisciplina (acrescento aqui a
diversidade e as deficiências);
- A universidade precisa trabalhar os documentos oficiais, mesmo que tenha um teor
político de críticas na construção dos mesmos.
3. Destacar em que momento reparamos elementos que nos auxiliam a compreender
a identidade docente.
- Reconhecer os outros espaços que constituem a sua identidade profissional, para
além da escola e da universidade;
- Sentir-se professor; reconhecer-se professor (NÓVOA) – auto imagem e projeção
futura
- “Fome” de ser professor
- Questões políticas;
- Questões de desrespeito;
- Questões de vivências diferenciadas em espaços variados;
- A influência de professores;
- A escola como armadilha;
- A origem e as condições financeiras;
- Os grupos pelos quais passou;
- Ser homem ou ser mulher;
- A forma como abstrair a universidade...

Nelson: sugere a produção de um dossiê para a Revista Para Onde…


- Texto referente as narrativas, com vários tópicos …
- Escrever um texto no conjunto das narrativas..
- Ressonâncias…
- Pensar os depoimentos, o que tocou para compor o texto...

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