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Sintomas Visuais Observados nas Lavouras de Soja

Safra 18/19
Cuiabá 15/05/2019
Participação

César de Castro – Embrapa Soja / Londrina


Fábio Ono – Fundação MT
Leandro Zancanaro – Fundação MT
Reginaldo Bruneta – Eng. Agr. Produtor
Interações fisiológicas e nutrição mineral de
plantas
Cuiabá 15/05/2019
Tópicos abordados

1 - Introdução
2 – Alguns aspectos de fisiologia da produção
3 – Principais problemas no campo
4 - Conclusões
1 – Introdução

Cultura

Sistema
dinâmico
Ambiente e interligado
de Agricultura eficiente Agricultor
produção
Tabelanecessária
Glicose 4. Quantidade de glicose
para obter necessária
um grama para EFICIÊNCIA
de produtos: obter um grama de
diferentes produtos finais.
Fonte (g)
Compostos nitrogenados: NO3- 2,5
(aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos). NH4+ 1,6
Simbiose 3,0
Carboidratos: (amido e celulose) 1,2
Lipídeos 3,0
Lignina 2,15
Ácidos orgânicos 0,9
Fonte: Penning de Vries (1974) e Merrien (1992).
DÉFICIT HÍDRICO: principal fator modulador da produtividade

➢ Período mais ou menos prolongado de falta de água;

➢ O melhor entendimento é que o déficit hídrico ocorre a partir de um balanço


negativo entre a quantidade de água absorvida pela planta e a quantidade
perdida por transpiração (Relação absorção e perda - Raiz x Folha);

➢ Portanto, não é necessária a ocorrência de um período prolongado sem


chuvas para que a planta sofra déficit;
➢ Exemplo: mesmo com água à disposição das raízes, nas horas de maior
demanda transpiratória, a planta exibe sintomas típicos da falta de água,
como folhas enroladas e perda de turgor (A raiz não atende a demanda).
Absorção e transpiração de “água” – durante um dia

Evolução da absorção e da transpiração de água nas folhas.

Fonte: adaptado de Kramer & Boyer (1995).


Dinâmica do estresse da água no solo, raiz e folhas

Relação de potenciais entre solo, raiz e folha ao longo do tempo.

Fonte: adaptado de Slatyer (1967).


Fornecimento de nutrientes e o desenvolvimento das plantas

As plantas seriam como animais invertidos, com a boca


enfiada na terra, de onde retirariam o “alimento”.
Aristóteles (384 a 322 A.C.)

Liebig (1840) estabeleceu os fundamentos da Nutrição Mineral


de Plantas - “Química Orgânica e suas Aplicações na Agricultura
e Fisiologia”.

Carl Sagan (1979): Eu acredito que o extraordinário certamente


deveria ser perseguido. Mas alegações extraordinárias (fantásticas)
exigem evidências extraordinárias (fantásticas).
A TROCA DO CERTO PELO DUVIDOSO: 1º o fundamental - MANEJO

Início da safra (emoção)


Vou apostar!!! Se der certo terei
um lucro de Pelo menos 4 scs/ha;
Se não der, perco só 1 scs/ha. Final da safra (razão)
ISSO É UM BOM NEGÓCIO!!!! Pois é, será que tive lucro com
aquele Produto Fantástico: Leaf
Foliar Spray, Plus, Golden,
Advanced, Master, Ultra,
Mega, Power, Quelatizado,
Nano, Smart???
Desordem nutricional mais comum

INTERAÇÕES

Solo x Planta x Ambiente


Fatores determinantes da Produtividade

CLIMA SOLO PLANTA MANEJO


50% 23% 13% 14%
Custo de Produção
Chapada Gaúcha-MG Aposte no que é certo Fonte: Prof. Sentelhas (ESALQ/USP)
ESTÔMATOS: fundamental à fisiologia das plantas

FACE ADAXIAL

± 130 mm2

FACE ABAXIAL

1 µm

± 316 mm2

Fotos: Carrera et al. (2019) 0,8 atm


Movimento de água nas plantas

SOLO PLANTA ATMOSFERA

O sistema Hidrodinâmico (S-P-A) forma

Gradiente de potencial hídrico


um fluxo que se produz a favor de um
gradiente de pot. Hídrico, e em sentido
decrescente
115 m

10 m

1m 0,8 atm
SISTEMA HIDRODINÂMICO - FLUXO DE ÁGUA: y→ y
SOLO PLANTA ATMOSFERA

Ψw atmosfera = -10 a -100 MPa -

Gradiente Ψw decrescente
A agua se movimenta
Ψw folha = -0,5 a -4 MPa da menor tensão
negativa no solo, até a
tensão mais negativa
na atmosfera
Ψw xilema

Ψw raiz = -0,1 a -1 MPa


+
Ψ w solo = -0,01 a -1,5 MPa
< DISPONIBILIDADE HÍDRICA (> EH) > PRESSÃO PARA EXTRAIR ÁGUA
Desordens nutricionais em condições de campo

Foto: Cesar de Castro


MOBILIDADE DOS NUTRIENTES: identificação visual dos sintomas

Em função das características de remobilização dos nutrientes, (principalmente no floema),


os nutrientes podem ser subdivididos, de modo geral, em três grupos:
➢ ALTA: N, P, K, Mg e Mo;
➢ INTERMEDIÁRIA: S, Cu, Fe, Mn e Zn;
➢ BAIXA: Ca e B.
ASSIM, preferencialmente ocorre:

➢nutrientes móveis: causam sintomas nas folhas mais velhas (gradiente de aumento dos
teores das folhas velhas para as folhas novas);
➢Nutrientes pouco móveis: causam sintomas nas folhas velhas ou novas;
➢Nutrientes imóveis: causam sintomas em folhas mais novas(gradiente de aumento dos
teores das folhas novas para as folhas velhas)
Mapa de solos - MT
Já observaram este sintoma?
0 kg/ha K2O 80 kg/ha K2O
Terço superior

Terço inferior
DEFICIÊNCIA DE POTÁSSIO: uma luta quase inglória

Falta de K, e/ou excesso de Ca e Mg?

Análise Foliar
------------------------------g kg-1--------------------------- ---------------------mg kg-1--------------------
N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
45 2,7 5,0 21 11 3 67 11 574 136 55
Entendendo os sintomas

O potássio é móvel nas plantas


Principais características da soja TCD - sintomas

➢ Após o início do florescimento, a planta cresce pouco e não mais


ramifica.

➢ O florescimento ocorre praticamente ao mesmo tempo, iniciando-


se na parte intermediária da plantas, e progride para o ápice e
para a base.

➢ Desenvolve vagens e grãos no topo e na base da planta,


praticamente ao mesmo tempo.

➢ As folhas do topo da planta são praticamente iguais às demais em


tamanho.

➢ E apresenta um racemo longo e com muitas vagens no nó terminal


Principais características da soja TCI - sintomas

➢ No início do florescimento apresenta 50% a 60% da sua altura final. Após esse estádio, a
planta ainda apresenta grande crescimento (flexibilidade/clima);

➢ O florescimento ocorre de forma escalonada, de baixo para cima na planta ( 4o a 5o nó).


Assim, pode-se ter vagens bem desenvolvidas na base e, ao mesmo tempo, flores no topo
da planta (Foto).

➢ As plantas crescem e se ramificam, mesmo durante o florescimento, a formação das


vagens e o enchimento dos grãos.

➢ As folhas do topo são menores que as folhas das demais partes da planta.

➢ O nó terminal apresenta poucas vagens. Apesar da diferença de tempo entre o surgimento


das vagens basais e o das apicais, todas alcançam a maturação aproximadamente ao
mesmo tempo (maior taxa de crescimento).
Entendendo os sintomas - TCI
Flor
Folha nova
Flor

Flores

Vagens

Sintomas nas folhas superiores: OBS: o K é móvel


Manejo inadequado da adubação

8 g/kg

K Ca Mg
-------- g/kg --------
2,05 28,6 13,4
3 g/kg 4,51 29,2 12,6
1450 ha

Prof. Relações
(cm) P Ca Mg K Perfil
Ca/Mg Ca/K Mg/K (Ca+Mg)/K
solo (cm)
mg dm-3 ---------------------------------cmolc dm-3---------------------------------------
PERFIL 0 - 10
0 - 10 17,62 6,75 3,58 0,06 1,9 112 60 172
A raiz que se vire 10 -20 1,15 5,10 2,18 0,04 2,3 128 55 182
10 -20
20 - 40
20 - 40 0,75 2,65 1,31 0,03 2,0 88 44 132
SINTOMAS NAS VAGENS
RELACÕES ENTRE NUTRIENTES: VAMOS PENSAR

Relações Ca, Mg e K, em função de teores hipotéticos dos nutrientes no solo.

Teores no solo (cmolc dm-3) Relações


Ca Mg K Ca/Mg Mg/K (Ca+Mg)/K
0,3 0,1 0,3 3:1 0,3 1,3
0,9 0,3 0,3 3:1 1,0 4,0
3,0 1,0 0,3 3:1 3,3 13,3
9,0 3,0 0,3 3:1 10,0 40,0
Diagnose Nutricional: nível crítico em função do estádio
Diagnose Nutricional: dinâmica de Fonte/Dreno
63 sc/ha

DAE Estádio N P K Ca Mg S Zn Mn Fe Cu B
------------------------ g/kg ------------------------ ---------------------- mg/kg -------------------

50 R2 64,1 4,0 25,2 8,2 3,9 3,1 51 138 137 10,3 49


56 R2 59,8 3,5 23,5 8,1 3,2 3,0 50 125 106 9,7 43
63 R3 62,1 3,6 22,6 9,8 3,4 3,1 56 141 170 10,6 47
70 R4 56,4 3,2 17,5 8,5 3,1 3,0 49 113 102 10,8 48
77 R5 61,0 3,4 17,1 10,5 3,1 3,2 61 126 90 11,0 45
84 R5 55,3 3,1 18,6 11,5 2,8 3,4 52 137 136 11,3 45
91 R5 51,7 3,0 16,7 13,6 3,0 3,2 41 155 115 10,6 39
98 R6 39,8 2,4 15,6 17,1 3,2 2,3 34 174 119 8,9 38
EFEITO DO POTÁSSIO NA PRODUÇÃO: grãos ou sementes
Importância do K na Síntese de Proteínas

Diagrama: Ruan F. Firmano , Embrapa Soja - Esalq/USP


Importância do K na distribuição da produção de soja

2393 kg/ha 3774 kg/ha

M100: 9,3 g M100: 14,9 g


[K]: 8 g/kg [K]: 16,5 g/kg
635 kg
-804 kg/ha -169kg/ha

M100: 14,0 g M100: 15,6 g

[K]: 16 g/kg [K]: 18 g/kg

M100: 12,5 g M100: 15,1 g


[K]: 14 g/kg [K]: 18 g/kg
136 kg -257 kg/ha -121kg/ha
Exigência Nutricional: monitorar é melhor do que remediar

Fósforo (P2O5) Potássio (K2O)


70 160
60 140

50 120
P2O5, kg/ha

100

K, kg/ha
40
80
30
60
20 40
10 20
0 0
0 40 80 120 160 0 40 80 120 160
Produtividade, Sc/ha Produtividade, Sc/ha

Fonte: Henry Sako (Cesb) / Embrapa Soja (dados preliminares)


DEFICIÊNCIA de K em MILHO: problema da automedicação irresponsável

Quando aparece sintomas no milho,


a soja já sofre há tempo
Importância da rotação de culturas no balanço da adubação

kg/t

Exportação comparativa de fósforo (P) e potássio (K) de soja, girassol, trigo e milho safrinha .
O OCASO do Magnésio

1,37 Diagnosis may be particularly


g/kg 714 mg/kg
Mn difficult in field when more
0.83
g/kg than one nutrient is deficient or
when a deficiency of one
nutrient is accompanied by
toxicity of another.

Móvel nas plantas


Such simultaneously occurring
deficiencies and toxicities can
Foto César de Castro be found, for example, in
waterlogged acid soils, where
both Mn toxicity and Mg
deficiency may occur.

Marschner (2012). P 301.

0.67 g/kg
Mg

Curiosidade
Foto Adilson Oliveira Nutricional Foto Cesar de Castro
Mg : possíveis desequilíbrios com gesso e/ou teor baixo no solo

MT GO
MS

MS RJ
PR 0,8 g/kg AL
Mancha X: o Ca, e em menor escala o K, é parte do problema
Mancha
areolada

Publicado 11/04/12

Soja: TMG alerta sobre sintomas de mancha aureolada – Publicado 02/04/12


Mancha X: Características e algumas análises de tecido
➢ Posição: de modo geral, ramos ladrão e folhas da parte inferior da planta;
➢ Tipo de plantas: bem desenvolvidas e lavouras com bom teto de produtividade;
➢ Característica nutricional: Teor de Ca baixo, e desbalanço com o K, além de outros
detalhes, na FOLHA COM o sintoma;

Investigar P K Ca Mg S Zn Mn Fe Cu B
PR --------------------------g kg-1------------------------ ----------------mg kg-1------------------------
Londrina 1 Mancha X 3,20 23,6 6,2 3,3 2,14 38,0 118 140 8,08 24,3
1 Normal 2,14 18,0 14,2 3,1 2,20 42,6 234 134 5,34 28,2
2 Mancha X 3,52 23,7 7,7 3,3 2,47 47,3 125 168 9,70 26,9
2 Normal 2,44 16,8 12,3 2,8 2,42 47,7 215 132 6,81 28,6
3 Mancha X 3,53 20,7 4,8 4,3 2,54 45,3 93,7 152 9,4 47,4
3 Normal 2,56 12,7 11,4 4,8 2,60 40,8 160,5 125 7,4 33,5

1 e 2. Ponta Grossa (2019) , 3. Londrina (2010)

Nova Andradina
Mancha X: Características e algumas análises de tecido

➢ Posição: de modo geral, ramos ladrão e folhas da parte inferior da planta;


➢ Tipo de plantas: bem desenvolvidas e lavouras com bom teto de produtividade;
➢ Característica nutricional: Teor de Ca baixo, e desbalanço com o K, além de
outros detalhes, na FOLHA COM o sintoma;

Amostras:1. CNP, 2. Sapezal, 3. Porto dos Gaúchos (2016) e 4. Rondonópolis (2018)

Investigar N P K Ca Mg S Zn Mn Fe Cu B
Rondonópolis
MT: -----------------------g kg-1--------------------------- --------------mg kg-1------------------------
1 Mancha X 53,2 3,8 23,0 2,9 3,72 1,60 64,0 104 170 8,7 49,7
1 Normal 65,5 2,2 14,8 7,1 2,92 1,58 65,8 125 328 5,3 33,2
2 Mancha X 47,2 3,1 20,0 4,9 2,96 1,49 38,8 21,9 119 8,9 31,8
3 Mancha X 43,9 2,4 18,1 3,5 4,74 1,65 24,1 31,9 148 4,1 29,8
4 Mancha X 52,0 4,8 24,3 3,4 3,8 2,8 62,4 36,8 143 11,8 70,0
4 Normal 43,8 3,1 13,8 19,6 5,6 2,68 64,9 76,4 172 5,8 48,1
Já viram este sintoma?
Calagem x potássio em solo arenoso
Faz. Lucrativa, Sapezal-MT
SAFRA??
Análise de solo inicial
pH P K Ca_Mg Ca Mg Al H MO Areia Silte Argila
Prof.
Água CaCl2 ..mg/dm3.. ............. cmolc/dm3 ............. ..g/dm3.. ......... g/kg .........
0-20 4,6 4,0 1,1 9,3 0,2 0,1 0,1 0,9 3,0 14,2 869 34 97

Sb CTC V% Relações Saturação (%) por: Zn Cu Fe Mn S B


Prof.
cmolc/dm3 % CaMg CaK MgK Ca% Mg% Al% K% H% .............mg/dm3.............
0-20 0,2 4,2 6,2 1,2 5,2 4,3 3,0 2,5 78,1 0,6 71,8 0,2 0,2 250 0,5 7,3 0,2

Amostra CaO% MgO% PN% PRNT% ABNT 10 ABNT 20 ABNT 50


Dolomítico 26,6 17,8 89,8 74,6 0,1 10,4 21,1
Calcítico 39,9 4,5 80,3 66,1 0,2 8,4 26,9
250 kg/ha de K2O
Dolomítico Calcítico TOTAL K K2O V
Dolomítico Ca Mg
Calcítico TOTALCaMg K Produti
PRNT 3
100%
-------- t/ha --------- PRNT 100% mg/dm3kg/ha % -------- t/ha------------cmol
--------- mg/dm3
c /dm ---------- sc/
0,0 9,1 6,0 36 250 61,58,1 2,9 0,0 0,3 6,0 9,7 26 56

L K V Ca CaMg Produtividade
Mg K2O Dolomítico Calcítico TOTAL K V Ca Mg CaMg Produtividade
3 3
-------- t/ha ---------sc/ha PRNT 100% mg/dm
00% mg/dm3 3
% ------------cmolc/dm ----------
kg/ha % ------------cmolc/dm ---------- sc/ha
36 61,5 2,9 0,3250 9,7
8,1 0,056,2 6,0 26 60,9 2,0 1,3 1,6 62,3
100 kg/ha de K2O
Dolomítico Calcítico TOTAL K K2O V
Dolomítico Calcítico Mg TOTAL CaMg K
Ca Produ
PRNT 100% 3 PRNT 3
100% 3
-------- t/ha --------- mg/dmkg/ha % ------------cmol
-------- t/ha --------- c /dm ----------
mg/dm s
0,0 6,1 4,0 27 100 1,4
49,9 2,44,5 0,3 4,0 8,0 25 5

K V Ca Mg K2O CaMg Calcítico TOTAL


DolomíticoProdutividade K V Ca Mg CaMg Produtividade
0% mg/dm3 % ------------cmolkg/ha 3
c/dm ---------- sc/ha PRNT 100% mg/dm3
-------- t/ha --------- % ------------ cmolc/dm3 ---------- sc/ha
27 49,9 2,4 0,3 100 8,01,4 4,5
55,0 4,0 25 49,1 2,2 0,6 3,9 59,6
100 kg/ha de K2O
Dolomítico Calcítico TOTAL K K2O V
Dolomítico CaCalcítico
Mg TOTAL
CaMg K Produti
PRNT 3
100%
-------- t/ha --------- PRNT 100% mg/dm kg/ha3 % -------- t/ha------------cmol
--------- mg/dm3
c /dm ---------- sc/
4,1 1,5 4,0 23 100 48,15,4 1,8 0,0 0,9 4,0 2,0 23 63

L K V Ca DolomíticoProdutividade
Mg K2O CaMg Calcítico TOTAL K V Ca Mg CaMg Produtividade
00% mg/dm3 % ------------cmolkg/ha 3
c/dm ---------- sc/ha PRNT 100% mg/dm3
-------- t/ha --------- % ------------cmolc/dm3---------- sc/ha
23 48,1 1,8 0,9 100 2,05,4 63,3
0,0 4,0 23 48,7 1,7 1,1 1,5 61,7
Análise de solo após a colheita (03/04 e 04/05), Sapezal-MT
K2O Dolomítico Calcítico TOTAL K V% Ca Mg CaMg Produtividade
kg/ha --------t/ha--------- PRNT 100% mg/dm3 --cmolc /dm3 -- ------------cmolc/dm3 ---------- sc/ha
0,0 6,1 15 43,1 2,1 0,2 10,5 50,0
1,4 4,5 15 45,7 2,2 0,4 5,5 49,3
2,7 3,0 4,0 16 44,9 1,9 0,7 2,7 53,2
4,1 1,5 17 41,6 1,5 0,8 1,9 55,5
5,4 0,0 17 42,1 1,3 1,0 1,3 50,8
0,0 9,1 19 56,2 2,9 0,3 9,7 51,4
100 2,7 6,1 14 57,4 2,7 0,6 4,5 53,8
6,0
5,4 3,3 17 55,4 2,2 1,0 2,2 52,5
8,1 0,0 17 55,3 1,8 1,3 1,4 52,5
2,7 9,1 16 67,4 3,1 0,6 5,2 49,7
5,4 6,1 16 66,8 2,8 1,0 2,8 50,2
8,0
8,1 3,0 16 67,8 2,3 1,4 1,6 51,4
10,8 0,0 16 66,6 2,0 1,7 1,2 52,5
K2O Dolomítico Calcítico TOTAL K V% Ca Mg CaMg Produtividade
kg/ha --------t/ha--------- PRNT 100% mg/dm3 --cmolc /dm3 -- ------------cmolc /dm3 ---------- sc/ha
0,0 6,1 27 49,9 2,4 0,3 7,9 55,0
1,4 4,5 25 49,1 2,2 0,6 3,9 59,6
2,7 3,0 4,0 24 48,2 2,0 0,7 2,8 61,6
4,1 1,5 23 48,1 1,8 0,9 2,0 63,3
5,4 0,0 23 48,7 1,7 1,1 1,5 61,7
0,0 9,1 27 62,5 3,2 0,5 6,3 57,9
100 2,7 6,1 25 62,4 2,8 0,9 3,3 62,4
6,0
5,4 3,3 24 63,5 2,6 1,2 2,2 61,3
8,1 0,0 21 64,2 2,4 1,5 1,6 61,4
2,7 9,1 26 75,3 3,2 0,7 4,4 65,0
5,4 6,1 25 62,4 2,8 0,9 3,3 62,6
8,0
8,1 3,0 22 75,6 2,8 1,4 2,0 60,0
10,8 0,0 20 76,8 2,6 1,8 1,4 63,2
Foto aérea no 7o ano de condução (safra 2009/10)
6 t/ha Calcítico 4 t/ha Calcítico

6 t/ha Calcítico

6 t/ha Calcítico 4 t/ha Calcítico


1 t/ha Dol. + 3 t/ha Calc.
Faz. Lucrativa, Sapezal - MT
ABRIR VÍDEO
Produtividade de grãos de soja Teores de Ca, Mg e K nas folhas
25
75
Produtividade de soja (sc/ha)

Ca - Mg - K nas folhas (g/kg)


20
70 K-folha

15
65

60 10
y = -0,0002x2 + 0,098x + 62,597
R² = 0,89
Ca-folha
55 5
Mg-folha

50 0
0 80 160 240 320 0 80 160 240 320

Doses de K2O (kg/ha) Doses de K2O (kg/ha)


Avaliação de cultivares à aplicação de Co e Mo via Semente ou via Foliar

Plantas com sintomas nas folhas unifolioladas


Já observaram este sintoma?
Em quais situações?
Já observaram este sintoma?
“A provável causa desse aumento temporário da absorção
de ferro se deve a um aumento de concentração do íon
Fe2+ na solução do solo em condições redutoras criadas
pelo excesso de chuvas.” (Bataglia e Mascarenhas, 1981)
BORO: limites estreitos entre deficiência e toxicidade? Perfil.

➢ Maior disponibilidade: pH 5,0 a 7,0


➢ Alta pluviosidade > perda por lixiviação > baixa disponibilidade > solos arenosos
➢ Seca (safrinha) > acelera os sintomas > “reduz” com umidade do solo.
➢ Seca > menor crescimento radicular > menor volume de solo explorado > menor
absorção de nutrientes
➢ Limites entre deficiência e toxicidade
➢ Via solo: 1,0 a 3,0 kg/ha
Efeito da falta de B nas raízes: PERFIL DE SOLO

A falta de B afeta desde a raiz, até os estômatos

O boro proporcionou o
desenvolvimento das raízes
mesmo sob condições de
Al tóxico (LeNoble et al. (1993) e
Lukaszewski & blevins (1996)

Como corrigir o Al tóxico no perfil?

Será que a melhor adubação boratada, aumentando o desenvolvimento do sistema


radicular, não melhoraria a resistência das culturas aos veranicos? (Yamada, T. 2000)
BORO: toxicidade em solos arenosos – água como fator determinante

Londrina – PR
Mato Grosso
235 mg/kg de B
Efeito da falta de água na absorção e transporte de B plantas

27 mg/kg
Entendendo
os
sintomas
Período de seca

Período de seca
12 mg/kg O boro não
é móvel nas
plantas

31 mg/kg

Brasil - SP Austrália
Considerações Finais

➢ Identificar e corrigir os fatores que limitam a produtividade


➢ Monitorar a Fertilidade do Solo e o Estado Nutricional das Plantas
➢ Manter históricos (Aplicação, Adubação, Produtividade, Chuva....)
➢ “Novas” Tecnologias necessitam de ajustes e pessoas capacitadas
➢ Desconfiem de “Tecnologias” que estão à frente da ciência
➢ Uso de tecnologia não é sinônimo de uso de produtos (avaliar sempre o
retorno econômico)
➢ Soma de detalhes ➔ Produtividade
➢ Parafraseando o grande poeta Fernando Pessoa: “ADUBAR É PRECISO”

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