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CORNEA
Krachmer Palay
Atlas de CÓRNEA
•
Krachmer Palay • 3ª EDIÇÃO TRADUÇÃO DA 3ª EDIÇÃO
Tenha uma visão sem precedentes das doenças da córnea com a mais precisa e acurada
coleção de imagens da córnea disponíveis. Este é o único atlas que oferece uma revisão atualizada Jay H. Krachmer & David A. Palay
Atlas de CÓRNEA
e de fácil compreensão das apresentações clínicas e técnicas cirúrgicas para uma gama diversa de
distúrbios da córnea e da parte externa do olho.
`
• Revise as técnicas mais recentes e avanços em cirurgia de córnea incluindo ceratoplastia
endotelial e ceratoplastia lamelar anterior profunda (DALK).
• Obtenha uma orientação visual clara sobre a gama completa de distúrbios da córnea e
doenças externas graças a 1.300 das melhores imagens da córnea dos principais oftalmologistas
de todo o mundo.
3ª EDIÇÃO
www.elsevier.com.br/medicina
David A Palay MD
Associate Clinical Professor
Department of Ophthalmology
Emory University
Atlanta, GA
USA
ISBN: 978-85-352-7585-8
ISBN (versão eletrônica): 978-85-352-8115-6
ISBN (plataformas digitais): 978-85-352-8114-9
Capa
Mello e Mayer Design
Editoração Eletrônica
Thomson Digital
Consulte nosso catálogo completo, os últimos lançamentos e os serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br
Nota
Como as novas pesquisas e a experiência ampliam o nosso conhecimento, pode haver necessidade de alteração
dos métodos de pesquisa, das práticas profissionais ou do tratamento médico. Tanto médicos quanto pesquisa-
dores devem sempre basear-se em sua própria experiência e conhecimento para avaliar e empregar quaisquer
informações, métodos, substâncias ou experimentos descritos neste texto. Ao utilizar qualquer informação ou
método, devem ser criteriosos com relação a sua própria segurança ou a segurança de outras pessoas, incluindo
aquelas sobre as quais tenham responsabilidade profissional.
Com relação a qualquer fármaco ou produto farmacêutico especificado, aconselha-se o leitor a cercar-se
da mais atual informação fornecida (i) a respeito dos procedimentos descritos, ou (ii) pelo fabricante de cada
produto a ser administrado, de modo a certificar-se sobre a dose recomendada ou a fórmula, o método e
a duração da administração, e as contraindicações. É responsabilidade do médico, com base em sua experiência
pessoal e no conhecimento de seus pacientes, determinar as posologias e o melhor tratamento para cada paciente
individualmente, e adotar todas as precauções de segurança apropriadas.
Para todos os efeitos legais, nem a Editora, nem autores, nem editores, nem tradutores, nem revisores ou
colaboradores, assumem qualquer responsabilidade por qualquer efeito danoso e/ou malefício a pessoas ou pro-
priedades envolvendo responsabilidade, negligência etc. de produtos, ou advindos de qualquer uso ou emprego
de quaisquer métodos, produtos, instruções ou ideias contidos no material aqui publicado.
O Editor
K91a
3. ed.
Krachmer, Jay H
Atlas de córnea / Jay H Krachmer, David A Palay ; tradução Caroline Amaral Ferraz , Denise Costa Rodrigues
et al. - 3. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2015.
il. ; 30 cm.
1. Córnea - Atlas. 2. Córnea - Doenças - Diagnóstico - Atlas. I. Palay, David A. II. Título.
Revisão Científica
Luciene Barbosa de Sousa
Doutora em Oftalmologia - UNIFESP
Professora da Pós-Graduação de OFtalmologia - UNIFESP
Chefe do Setor de Córnea e Doenças Externas - UNIFESP
Presidente da Associação Pan-americana de Banco de Olhos
Coordenadora de Ensino da Fundação Banco de Olhos de Goiás
Tradução
Caroline Ferraz (Capítulos 2, 3, 20 e 25)
Professora Titular de Oftalmologia - Universidade Anhembi Morumbi/Laureate International University
Doutora em Oftalmologia UNIFESP
Denise C. Rodrigues (Capítulos 1, 4, 5, 8, 12, 16, 17, 21, 22, 23 24, 27 e 28)
Pós-graduada em Tradução pela Universidade de Franca (Unifran), SP
Bacharel em Tradução pela Universidade de Brasília (UnB)
Licenciada em Letras (Língua e Literatura Inglesas) pela UnB
Sumário vii
Índice 357
viii Sumário
Foi um prazer termos a oportunidade de escrever uma terceira • Um novo capítulo, intitulado “Técnicas de Biomicrocospia para
edição do nosso Atlas de Córnea. Acreditamos que esta edição seja Córnea”, escrito por Jay Krachmer, é um resumo das observações
um avanço significativo em relação ao livro anterior. de Jay e orientações provenientes de uma carreira que durou
mais de 30 anos.
No que esta edição difere das edições anteriores? • Foram adicionados, ainda, mais dois capítulos, intitulados
“Ceratoplastia Lamelar Anterior Profunda” e “Ceratoplastia
Endotelial”.
• Quase todas as figuras das edições anteriores foram editadas com
melhorias. Esperamos que esta edição esteja bem mais aperfeiçoada, mas
• Muitas figuras foram eliminadas ou substituídas. sabemos que ainda podemos fazer melhor. Tal como nas edições
• Foram acrescentadas 203 figuras. anteriores, pedimos aos leitores que nos informem sobre como
• Na primeira edição, 25% das figuras vieram de colaboradores. Na podemos contribuir para fazer uma futura edição ainda mais
segunda edição, 36% das nossas figuras vieram de colaboradores. aprimorada.
Nesta edição, 40% vieram de fora da nossa coleção. Com auxílio
da Internet, conseguimos obter contribuições provenientes da Jay H Krachmer, MD
África, da Ásia, da Europa e da América do Sul. David A Palay, MD
• Há um total de 103 colaboradores, mais do que as outras duas
edições anteriores.
Prefácio ix
Somos imensamente gratos aos nossos muitos colegas, associados 20.13, 20.14, 20.17, 20.18, 21.18, 21.32, 24.30, 24.31, 24.32, 24.33,
e amigos que ajudaram na preparação deste livro. Gostaríamos 24.34, 25.3)
de dar crédito e agradecer aos seguintes colaboradores que nos Andrew Huang, St. Louis, Missouri (7.53, 7.56, 9.35, 11.54, 11.55,
enviaram material: 11.189)
Infect Dis Clin North Am, 1992 (9.120)
Wallace L M Alward, Cidade de Iowa, Iowa (8.38, 11.142) Int Ophthalmol Clin 29:98-104, 1989 (9.127)
Haggay Avizemer, Tel Aviv, Israel (9.133, 11.68) Joe Iuorno, Richmond, Virginia (1.18, 6.3, 6.4, 6.34, 7.85, 9.138, 11.77,
Jerry Barker, Winston-Salem, Carolina do Norte (23.1) 11.108, 16.2, 16.10)
William Basuk, Falecido (2.7) Timothy Johnson, Cidade de Iowa, Iowa (20.12)
Allen D Beck, Atlanta, Geórgia (16.8) David Jordan, Ottawa, Canada (5.26)
Michael Belin, Merana, Arizona (11.130) Muriel I Kaiser-Kupfer, Falecido (13.12)
Erick Bothun, Minneapolis, Minnesota (9.15) Jack Kanski, Londres, Inglaterra (8.35)
Mario Brunzini, Buenos Aires, Argentina (12.68) Stephen Kaufman, Minneapolis, Minnesota (6.21, 9.10, 9.11, 12.82,
J Douglas Cameron, Minneapolis, Minnesota (6.17, 11.122, 11.174) 16.90)
Emmett Carpel, Minneapolis, Minnesota (11.137) Kenneth Kenyon, Marion, Massachusetts (9.18, 9.34, 11.57)
H Dwight Cavanagh, Dallas, Texas (8.5) William H Knobloch, Falecido (9.8)
Naveen S Chandra, Walnut Creek, Califórnia (25.34) David Knox, Baltimore, Maryland (9.52, 9.54)
Steven Ching, Rochester, Nova York (7.66, 7.67, 7.68, 7.69, 9.102, Steven Koenig, Milwaukee, Wisconsin (16.12)
9.103, 9.104, 11.177, 12.54, 22.2, 22.3, 22.4, 22.5, 22.6, 22.8, 22.9, Regis Kowalski, Pittsburg, Pensilvânia (12.1, 12.2, 12.3 (A,C,D,E,F),
22.15) 12.4)
Gary Chung, Federal Way, Washington (6.14, 6.15, 6.16, 17.9) Burton J Kushner, Madison, Wisconsin (3.8, 3.9)
David Cogan, Falecido (13.11) Ethan Kutzscher, Walnut Creek, Califórnia (1.16, 12.86, 12.87, 25.24,
Elisabeth Cohen, Cidade de Nova York, Nova York (9.24, 9.25) 25.30)
Michael Conners, Setauket, Nova York (25.37, 25.38) Sergio Kwitko, Porto Alegre, Brasil (11.117, 11.188, 22.7, 22.10, 22.11,
Elizabeth Davis, Minneapolis, Minnesota (25.48) 22.12, 22.16, 23.3, 23.9, 24.56, 25.41, 25.42, 25.43, 25.44, 25.45
Michael Diesenhouse, Tucson, Arizona (9.123, 18.11, 18.12) 25.49)
Claes Dohlman, Boston, Massachusetts (24.53, 24.54, 24.57) Peter R Laibson, Filadélfia, Pensilvânia (7.12, 7.62, 7.77, 7.78, 7.83, 8.7,
Fabio Dornelles, Porto Alegre, Brasil (1.27, 1.28, 4.8, 11.91, 11.147, 11.2, 11.4, 11.19, 11.49, 11.56 (Thiel-Behnke), 11.155, 12.21, 12.25,
25.5, 25.6, 25.40) 12.28, 12.35, 12.49, 12.58, 12.59, 13.6, 13.7, 14.3, 14.4, 14.7, 16.37,
Donald Doughman, Minneapolis, Minnesota (9.114) 16.82)
Richard Eiferman, Louisville, Kentucky (4.34, 8.29, 9.86, 17.2, 18.1, Ronald Laing, Sarasota, Flórida (8.4)
18.7, 21.53) Scott Lambert, Atlanta, Geórgia (20.16)
Robert S Feder, Chicago, Illinois (11.20, 11.21, 11.22, 11.37, 11.38, Michael Law, Kuala Lumpur, Malásia (11.6, 11.109, 11.118, 15.33,
11.56 (Lattice III)) 16.96, 16.97, 16.98, 21.8, 23.10, 25.10)
Sandy Feldman, San Diego, Califórnia (9.55, 9.56) Barry Lee, Atlanta, Geórgia (2.14, 7.60, 8.16, 9.99, 11.115, 21.45,
Richard K Forster, Miami, Flórida (7.32, 7.33, 10.5, 10.6) 21.46, 23.16)
Denise de Freitas, São Paulo, Brasil (1.11, 12.75, 25.35) Michael Lee, Minneapolis, Minnesota (9.151)
Juliana Freitas, São José do Rio Preto, Brasil (9.105, 9.106, 9.107, 9.108, Michael Lemp, Lake Wales, Flórida (5.1, 5.2, 5.3)
16.9) Mary Lynch, Atlanta, Geórgia (8.32, 8.36, 8.37)
Herb Friesom, Falecido (4.27, 4.28, 7.37, 7.51, 10.1, 10.2, 10.3, 10.4) Marian Macsai, Chicago, Illinois (24.44, 24.45, 24.46, 24.52)
Lawrence Gans, Hazelwood, Missouri (19.5) Mark Mandel, Hayward, Califórnia (16.88)
David Goldman, Palm Beach Gardens, Flórida (23.13, 23.14, 23.15, Mark J Mannis, Sacramento, Califórnia (4.3, 4.21, 5.20, 7.64, 11.69,
25.33) 11.70, 21.15)
Kenneth Goins, Cidade de Iowa, Iowa (22.1) Daniel F Martin, Cleveland, Ohio (6.5, 19.19)
W Richard Green, Deceased (4.26) Darlene Miller, Miami, Flórida (12.3 B)
Michael R Grimmett, Palm Beach Gardens, Flórida (6.45) Gioconda Mojica, Hayward, Califórnia (1.20, 6.66, 6.67, 7.23, 7.24,
Hans Grossniklaus, Atlanta, Geórgia (3.5, 3.10, 3.15, 3.18, 3.19, 3.31, 8.22)
3.34, 3.39, 3.41, 6.30, 6.58, 7.65, 8.14, 8.17, 8.28, 8.31, 8.41, 9.26, Andrew L Moyes, Kansas City, Missouri (4.20, 5.27)
11.3, 11.15, 11.32, 11.33, 11.34, 11.50, 11.61, 11.96, 11.99, 11.124, Jeffrey Nerad, Cincinnati, Ohio (3.18)
11.165, 11.178, 12.85) David Park, Stillwater, Minnesota (25.47)
M Bowes Hamill, Houston, Texas (16.43, 16.65) Rachana Patel, Jacksonville, Flórida (9.32, 9.33)
Stephen Hamilton, Atlanta, Geórgia (9.42, 19.6, 24.55) Charles Pavlin, Toronto, Ontário (6.28, 6.29)
Kristen Hammersmith, Filadélfia, Pensilvânia (21.37) Louis Probst, Westchester, Illinois (25.12, 25.13, 25.16, 25.21, 25.22)
David Hardten, Minneapolis, Minnesota (25.46) John J Purcell, St. Louis, Missouri (11.35, 11.36)
Andrew Harrison, Minneapolis, Minnesota (2.4, 2.6, 3.4, 3.35, 3.36, J Bradley Randleman, Atlanta, Geórgia (25.36)
3.37, 9.85) Christopher Rapuano, Filadélfia, Pensilvânia (11.23, 19.13, 23.11,
Koji Hirano, Nagoya, Japão (11.39, 11.40, 11.41, 11.56 (Lattice IV)) 23.12, 24.13, 24.14, 24.21, 24.22, 24.41, 24.42, 25.17, 25.25, 25.27)
Lawrie Hirst, Graceville, Austrália (16.6, 16.7, 24.8, 24.9) Merlyn Rodrigues, Bethesda, Maryland (11.87, 11.123, 11.169)
Edward J Holland, Cincinnati, Ohio 3.40, 3.42, 5.23, 6.26, 6.46, 6.54, Roy Rubinfeld, Chevy Chase, Maryland (11.5, 24.23, 24.24, 24.25,
7.38, 7.52, 7.81, 7.89, 7.90, 7.91, 9.94, 9.95, 9.96, 9.97, 9.128, 24.26, 24.27, 24.28, 24.29, 25.14, 25.15, 25.18, 25.19, 25.20, 25.23,
11.51, 11.52, 11.53, 11.56 (Granular II), 11.64, 11.65, 11.187, 12.11, 25.29, 25.31, 25.32)
12.24, 12.34, 15.20, 15.21, 15.26, 16.84, 16.85, 18.5, 20.3, 20.7, Alan Sadowksy, Fridley, Minnesota (9.93, 9.98, 9.100)
Agradecimentos xi
xii Agradecimentos
Jay H Krachmer
Para minha esposa e melhor amiga, Debbie, e meus filhos Sarah e Matthew,
e meus pais Sandra e Bernard.
Sem o seu amor e apoio não teria sido possível.
Dedico este livro à memória de meu pai, Bernard H. Palay MD.
David A Palay
Entrópio
Figura 2.6 Entrópio involucional. A pálpebra inferior está virada para dentro
e os cílios tocam a conjuntiva e a córnea. Isto ocorre com o envelhecimento e é
resultado da flacidez da pálpebra inferior e da fraqueza do complexo retrator.
Inflamações Alérgicas
Figura 4.29 Dermatite de contato. Isto pode desenvolver-se depois de uso Figura 4.30 Reação de hipersensibilidade. Acredita-se que o timerosal causa
prolongado de um medicamento tópico. Em termos clínicos, ocorre reação uma reação de hipersensibilidade tipo IV da conjuntiva. Aqui, o timerosal era um
eczematosa da margem da pálpebra e vermelhidão da pele periocular. Os sintomas conservante de solução de lentes de contato. Atualmente é usado com menos
incluem prurido e irritação. Este paciente desenvolveu uma reação a esparadrapo frequência em soluções para lentes de contato como resultado deste tipo de reação.
após vários dias de uso de curativo de pressão para abrasão da córnea.
34 Atlas de Córnea
Figura 6.1 Um papiloma séssil. Esta lesão benigna da conjuntiva consiste em Figura 6.2 Um papiloma grande. Este papiloma se estende até a superfície
múltiplos núcleos de tecido conjuntivo fibrovascular com um epitélio sobrejacente. da córnea.
As lesões podem ser sésseis ou pedunculadas. São causadas pelo papilomavírus
humano (subtipos 6, 11, 16 e 18); em adultos mais velhos, essas lesões podem ser
pré-malignas.
44 Atlas de Córnea
1
2
3
4 Estroma anterior
5
Estroma médio
Endotélio
Figura 11.12 Microscopia confocal da distrofia de Messmann. Na foto à direita observamos numerosos microcistos (1) preenchidos com material de reflexão
superior ao nível do epitélio basal. A foto à esquerda mostra imagem confocal do epitélio normal.
1
2
Figura 14.10 Visão direta e indireta da ceratite pontilhada superficial Figura 14.11 Coloração por fluoresceína da ceratite pontilhada
de Thygeson. superficial de Thygeson. São mostradas áreas escuras nas quais a fluoresceína
ultrapassa as bordas das lesões (coloração negativa) (1) e grânulos brancos elevados
com coloração por fluoresceína central evidente (coloração positiva) (2).
2
1
Figura 14.12 Ceratite pontilhada superficial de Thygeson inicial, Figura 14.13 Ceratite pontilhada superficial de Thygeson,
com grânulos elevados (destaque). com componentes subepiteliais (1) e granulares elevados (2).
Figura 16.24 Vários corpos estranhos na pele e córnea após uma lesão Figura 16.25 Corpos estranhos na córnea após uma lesão por explosão.
por explosão. Os corpos estranhos superficiais devem ser removidos com cautela; Mesmo paciente da Figura 16.24. Um corpo estranho na córnea anterior foi
talvez seja necessário deixar para trás corpos estranhos profundos. removido. Há um anel endotelial traumático (lado direito do quadro), formado
a partir de um efeito de concussão do corpo estranho e composto por células
endoteliais edemaciadas e depósitos de fibrina e leucócitos no endotélio. O anel
desapareceu vários dias após a lesão.
Figura 18.7 Recorrência de esclerite. Neste paciente, há uma área de Figura 18.8 Esclerite necrosante. São observadas áreas avasculares com
esclerite ativa (1) adjacente a uma área de afinamento escleral (2) de inflamação perda de tecido adjacente a áreas de inflamação ativa. Essa é a forma mais grave
esclerótica anterior. de esclerite e requer tratamento agressivo. Neste paciente o diagnóstico subjacente
era artrite reumatoide.
Uveíte Anterior
A uveíte anterior pode ocorrer sozinha ou em combinação com ceratite ou esclerite. Este capítulo se concentra nas causas primárias
de uveíte anterior relacionadas a etiologias específicas. Entretanto, muitas causas de uveíte anterior são idiopáticas e não podem ser
atribuídas a nenhuma doença sistêmica ou processo local.
Sarcoidose
É uma condição inflamatória sistêmica que afeta múltiplos órgãos e sistemas, incluindo olhos, pele, sistema nervoso central e sistema
pulmonar. Granulomas sarcoides podem aparecer na conjuntiva (Fig.s 6.47 e 6.48).
1 1
Figura 20.2 Sinéquia posterior (1) e hipópio hemorrágico (2) em um Figura 20.3 Iridociclite secundaria à sarcoidose. Nódulos de Koeppe (1)
episódio de iridociclite sarcoide aguda. ocorrem na margem pupilar, e nódulos de Bussaca (2) ocorrem na superfície da íris.
Figura 22.12 Infecção pós-operatória. Sete dias após o procedimento Figura 22.13 Ceratoplastia cristalina Infecciosa. Quatro meses depois de
DALK, um infiltrado corneano profundo causado por Staphylococcus aureus foi um procedimento DALK, este paciente desenvolveu uma infecção de interface
observado. O paciente passou por um procedimento de ceratoplastia penetrante compatível com o diagnóstico de ceratopatia cristalina infecciosa. Como é possível
bem-sucedido. presumir, o organismo entrou na interface através de sutura solta (1). Embora
a infecção tenha desaparecido com tratamento tópico com cloranfenicol, o
paciente desenvolveu formação de cicatriz corneana profunda e precisou de uma
ceratoplastia penetrante.
Dioptrias Micra
B C
Figura 25.36 Lasik, ectasia corneana. (A) Ectasia avançada é vista neste paciente quatro anos após a cirurgia de Lasik. (B) A topografia corneana mostra importante
aumento da curvatura inferior. (C) A córnea central está afinada com 286 mícrons.
A B
3
2
C D
Figura 25.37 Procedimento de Lasek (ceratectomia subepitelial assistida por laser). (A) Colocação de álcool (1) dentro do anel. (B) Retirada do flap epitelial. (C)
Aplicação do laser no leito. (D) Flap epitelial (2) sendo recolocado sobre o leito (3).
Figura 25.38 Lasek. Esta paciente de 52 anos desenvolveu uma úlcera corneana Figura 28.39 Opacidade reticular após Lasek. Este paciente desenvolveu
fúngica por Aureobasidium pullulans. O Aureobasidium é um fungo pigmentado haze com gravidade quatro meses após Lasek. Mitomicina não foi usada neste paciente.
isolado de detritos das plantas, terra, madeira, materiais têxteis e ar ambiente
fechado. Parece que o fungo foi introduzido na córnea por autoinoculação e
não na hora da cirurgia. O infiltrado se resolveu com tratamento antifúngico e a
acuidade visual melhorou para 20/32.
CORNEA
Krachmer Palay
Atlas de CÓRNEA
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distúrbios da córnea e da parte externa do olho.
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endotelial e ceratoplastia lamelar anterior profunda (DALK).
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doenças externas graças a 1.300 das melhores imagens da córnea dos principais oftalmologistas
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